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Capítulo 5

A primeira fase do luto é a negação. E na minha cabeça a única frase que se repetia cada vez mais alto era: não pode ser, não, por favor, não pode ser.

O motivo do meu luto era simples, um belo homem que sorriu para mim.

Colocando as coisas assim não faz muito sentido. Porém, o tal homem era meu Júlio César, o cara dos meus sonhos em carne e osso. Mas, encontrá-lo não era uma coisa boa para mim, por isso, logo depois que eu o reconheci, depois do choque inicial, eu desfiz minha expressão de espanto e tentei uma fuga elegante sendo natural.

Na verdade, acho que até acenei para um velhinho dentro da sala de fisioterapia, só para disfarçar o tempo que eu passei ali com o rosto quase colado no vidro, assim como os cachorros fazem na padaria, só que o meu frango era um homem delicioso. Se bem que, eu também não deveria estar nada mal, já que o Júlio César me deu uma bela secada, mesmo ele não me reconhecendo.

Céus, eu espero que ele não me reconheça!

Há um mês atrás eu tinha um plano simples, uma noite quente e suada com um gostosão sem nome nem endereço. Até essa parte, eu fui vitoriosa, o problema surgiu quando emoções começaram a se juntar a nós na cama. E com toda a experiência que eu tive, eu já pude apontar com precisão que um iceberg iria aparecer na minha frente e arrasar a minha pequena jangada. Então, eu me poupei de problemas futuros e mantive o plano inicial de sexo anônimo.

Por mais que tenha se passado um tempo considerável desde o nosso encontro e que eu estivesse bêbada naquela noite, jamais conseguiria esquecer-me do meu par perfeito. E como eu nunca me engano, só havia duas possibilidades para explicar o que acabou de acontecer naquele corredor do hospital, ou eu tinha acabado de ver um fantasma ou o universo estava conspirando contra mim.

– Com licença, essa sala é apenas para funcionários, senhora.

A voz da enfermeira me fez prestar atenção ao local em que eu vim parar depois de fugir do meu encontro inesperado. Eu havia caminhado até a sala dos funcionários, na qual eu encontrei a doutora Salles mais cedo. Acho que meu subconsciente tornou esse espaço o meu refúgio pessoal no hospital. A mente humana é confusa, mas a minha só perde para a da Lili.

– Desculpa, eu só precisava de um tempo para pensar. – respondi ainda um pouco aérea com a situação.

– Não tem problemas, você pode ficar mais um tempo.

Assim que a moça pegou um copo de café na mesa das guloseimas ela foi embora, me deixando sozinha mais uma vez. Acho que foi a minha cara de perdida que a fez ser tão complacente comigo invadindo áreas privadas. Ao menos eu poderia ter mais um tempo longe do meu pai e mais um tempo para pensar no que fazer com a descoberta do Júlio César real.

Sei que muitas pessoas pensariam que eu sou maluca por desperdiçar uma chance de romance com alguém por quem o meu coração bateu mais rápido, mas essas pessoas não viveram o que eu vivi.

Eu não sou do tipo descrente no amor, na verdade, acho que sou mais uma romântica incurável, que por acreditar tanto na magia desse sentimento parei de ver tudo cor de rosa, pois o amor que vivemos não atinge às minhas expectativas. Ao menos para mim, o amor sempre se comportou diferente do que deveria, e se for para amar errado, que o Cupido fique longe de mim.

Por isso, eu deveria manter distância do Júlio César, lindo, gostoso e carinhoso que estava solto nesse mesmo hospital. Antes ter apenas uma boa lembrança do que uma realidade corrompida, certo?

O plano agora era outro, esconde-esconde com o guerreiro bonitão nos corredores do hospital. Humm... essa pode não ser uma ideia ruim, na verdade parece bem interessante... Impertinente Bianca!

Eu estava prestes a roubar uma das bolachinhas do pote dos funcionários, apenas para me despedir da sala com estilo, quando a porta atrás de mim se abriu, e eu literalmente fui pega com a boca na botija.

– Já estou saindo! Essa é a saideira.

– Você é nova na equipe? Esse pote é uma armadilha, esses biscoitos tem gosto de areia de gato.

Se a voz fosse feminina eu ainda estaria tranquila surrupiando um lanchinho para a noite, mas a rouquidão que acompanhou essas palavras fez com que eu me arrepiasse todinha. E antes mesmo de me virar, eu já tinha uma certeza, esse sacana de fralda e arco estava de marcação cerrada comigo!

Em menos de um segundo eu estava encarando o guerreiro dos meus sonhos, em toda a sua glória física. Não que ele estivesse pelado, mas com ele, era como se eu tivesse visão de raio x. Porém, por mais que fosse tentador olhar apenas para os seus músculos naquela roupa branca, eram os seus olhos verdes que me prendiam.

Mas algo estava diferente no meu amante anônimo, não só pela barba rala que ele exibia agora, definindo seu maxilar forte e emoldurando aqueles lábios convidativos, não, era algo mais profundo.

– Eu sou o Daniel, o fisioterapeuta. – acho que fiquei tempo demais encarando o homem, pois ele até deu um passo para trás e me estendeu a mão.

– Eu... hum... sou a Bianca, a psicóloga. – gaguejei enquanto sacudia a mão dele, que estava quente, mas que não me fez sentir eletricidade como da última vez.

– Muito prazer Bianca!

Ele se afastou e se serviu com café, enquanto eu o analisava da mesma forma que um falcão observa sua presa. Podia parecer que eu apenas estava despindo o com os olhos, mas no fundo eu tentava decidir o que fazer daqui em diante.

Com certeza esse homem não me reconhecia como a Cleópatra, que ele levou até o paraíso numa noite, e esse era um ponto ao meu favor.

– Aqui é ficam os verdadeiros biscoitos. – ele me entregou um pote com a identificação café fresco. – As enfermeiras escondem o jogo, mas esse aqui é o nosso segredinho, tá?

Eu acenei com a cabeça e roubei algumas coisas do pote. Eu estava um pouco petrificada, como uma adolescente num encontro com seu ídolo pop. Será que eu estava babando por fora? Porque por dentro eu estava me tremendo toda, e não de uma forma boa. O que eu faria agora?

– Então, você começou hoje?

– Ah, não, eu não sou da equipe. Odeio hospitais, nunca trabalharia num lugar desses! – pelo menos minha voz estava funcionando.

– Não sei se me ofendo ou ficou com medo de você ser uma assassina. – o sorriso dele desmentia completamente suas palavras rudes.

– Eu seria boazinha no seu assassinato.

– E eu não reclamaria da ultima visão.

Alguém estava flertando aqui! Meu charme não se limitou àquela noite. Nada melhor do que uma paquera para aliviar a tensão e animar o ego. Mas, só porque estávamos falando do J.C., ou melhor, Daniel, que estava agora me olhando atentamente.

– Eu não te conheço de algum lugar? – o franzir entre suas sobrancelhas o deixava mais atraente, mas ao invés de atiçar o meu fogo, suas palavras foram um grande balde de água fria.

– Não, acho que não. Eu cheguei à cidade hoje. – respondi com o máximo de descontração fingida que eu consegui.

– Desculpa, é que você me parece familiar.

– É que eu estava perdida pelos corredores, igual a um ratinho na roda. – eu disfarcei minha crise interna com um lindo sorriso.

– Espero te ver mais vezes por aqui. – ele estava saindo da sala, mas deve ter percebido a pequena gafe que cometeu. – Não que eu te deseje coisas ruins. Às vezes eu esqueço que este é um hospital.

– Acho que entendi o que você quis dizer. Talvez eu apareça na sua aula com os velhinhos.

– Outro segredinho, Bianca, não os chame de velhinhos. Eles são meio rancorosos e preferem o termo terceira idade, mas pode ter certeza de que será muito bem vinda na minha aula.

– Com um convite assim, Daniel, eu sou incapaz de recusar.

Antes de cruzar a porta o deus grego de branco me deu uma piscadela com seus olhos verdes brilhantes e me lançou o mais quente dos sorrisos. E confesso que fiquei perdida entre as reações que nossa interação causou no meu corpo, pois meu estômago parecia ter milhares de borboletas e a minha calcinha havia sido incinerada.

Eu havia encontrado a minha metade da laranja numa noite qualquer e a abandonado no dia seguinte. Mas o destino, essa força invisível que rege nossos passos, me fez ficar novamente frente a frente com a minha alma gêmea, dando assim o mais claro sinal possível. Eu tinha que escolher, decidir se eu aceitava me lançar nesse jogo de sentimentos ou se eu abandonava a partida antes do apito final.

Afinal, quais são as chances de, no mundo real, eu encontrar o meu J.C. na cidadezinha da qual eu fugi há tantos anos e justamente num hospital, o lugar que eu mais odeio na face da Terra? Só pode ser o destino esfregando um grande sinal de neon na minha cara, me avisando para largar de ser trouxa, certo?

Sempre me mantive há milhas e milhas de distância de qualquer envolvimento emocional com os homens, mas dessa vez eu sentia que deveria me arriscar. Talvez dessa vez Cleópatra e Júlio César teriam um final feliz.

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Bom gente, o que vocês acham desse Daniel? Ele é mesmo nosso Júlio César?

E para quem quiser dar uma olhadinha na minha página do Face, fiquem a vontade para deixarem suas teorias ;)

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