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𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲 ➳ 𝘢 𝘨𝘳𝘦𝘢𝘵 𝘪𝘯𝘷𝘢𝘴𝘪𝘰𝘯

Quando eu disse para o meu pai que o colar estava perdido, a única reação possível que eu imaginei que ele teria era a raiva ou possivelmente o nervosismo, mas o que recebi foi uma cara neutra, ele não demonstrou nenhuma emoção, ou estava apenas escondendo o que sentia.

— O que você disse? — Ele perguntou gesticulando sua mão no ar. — Só pra eu ter certeza do que acabei de ouvir.

— Huh, eu perdi o colar que você me deu. — Eu murmurei nervosamente.

Ele piscou os olhos várias vezes sem reação.

— Como você o perdeu exatamente? — Ele perguntou dando um passo para mais perto. — Alguém te roubou?

— Não. — Falei negando com a cabeça. — Ninguém me roubou.

— Então, o que aconteceu? — Ele perguntou juntando as sobrancelhas. 

— Bem, eu estava dando uma volta na pracinha, quando eu voltei pra casa percebi que o colar não estava mais no meu pescoço, eu acho que caiu.

Eu mexi na barra da minha blusa nervosa esperando o que iria vir a seguir, observei bem o meu pai, seu rosto mudou de expressão, tem um certo brilho nos seus olhos e quase um sorriso.

— Então... não está mais com você? — Ele perguntou.

— Não, não está. Me desculpa pai, você falou pra mim cuidar dele e eu...

— Não, não! — Ele me interrompeu abanando as mãos. — Acontece, não tem problema.

Agora ele sorriu, parecia até... aliviado? Essa não era a reação que eu esperava dele, se esse colar é uma chave tão importante, por que ele não estava nervoso?

— Você só andou até a pracinha? — Ele perguntou cruzando os braços.

— Sim, até a pracinha. — Eu falei sorrindo forçado. 

— Tudo bem. — Falou sorrindo. — Ah, eu tenho que dar um telefonema para a empresa.

— Uhum. — Eu murmurei. 

— Eu vou lá no escritório. — Ele falou, indo em direção ao corredor.

Quando ele entrou no seu escritório, eu subi novamente as escadas e entrei no meu quarto fechando a porta, Sara que estava sentada na cama se levantou rapidamente quando me viu.

— E ai? O que seu pai queria?

— Percebeu que o colar não está mais comigo. — Falei passando a mão pelo meu rosto.

— O que você disse? — Perguntou de olhos arregalados. 

— Eu disse que perdi pela rua. — Me sentei na cama.

— E ele acreditou? 

— Provavelmente, sim. — Eu murmurei. — Ele estava sorrindo.

— Sorrindo?! — Ela perguntou incrédula. — Sorrindo porque perdeu a preciosa chave?! Que estranho.

— É, muito estranho.

Olhei para a janela, já estava escuro lá fora e os meninos ainda não voltaram, minha mãe chegou minutos depois e me chamou para o jantar, Sara falou para eu ir e que ficaria me esperando, sem fome e ânimo, eu saí do meu quarto. 

Quando terminei de jantar com meu pai falando para minha mãe que eu perdi o colar e ela ter a mesma reação que ele teve, eu subi de volta para o meu quarto para encontrar com a Sara, mas quando entrei, não foi a Sara que eu encontrei, e sim o Peter!

Ele estava encostado na janela olhando para fora, quando me viu, eu corri em sua direção e ele abriu os braços sorrindo, nos apertamos em um abraço quente e aconchegante. Ele colocou seu rosto no meu pescoço respirando fundo e depois levantou a cabeça para me olhar tocando meu rosto me fazendo fechar os olhos.

— Você está bem? Está melhor? — Ele sussurrou.

— Estou bem. — Eu abri os olhos.

Ele tocou meu lábio inferior com seu dedão e se aproximou raspando de leve sua boca na minha, ele suspirou e me beijou, movemos nossas bocas lentamente aproveitando o momento e ele desceu sua outra mão pela minha cintura. Depois se afastou e me observou, ele não falou nada e apenas ficou me olhando, eu comecei a ficar sem graça.

— O que foi? — Eu perguntei e ele sorriu ainda me olhando.

— Nada. — Ele disse soltando minha cintura e pegando minha mão. — Só admirando o quanto a minha namorada é linda.

Um sorriso se abriu nos meus lábios. Peter respirou fundo e tocou minha boca.

— Sorriso número trinta e três, faltam sessenta e sete agora. — Ele murmurou. — Vou chegar até o final.

Neguei com a cabeça e nos sentamos na minha cama lado a lado.

— O que você e a Sara ficaram fazendo? — Ele perguntou divertido.

— Só ficamos assistindo e conversando, nada de mais. — Eu dei de ombros. 

— Conversaram sobre o quê? — Perguntou levantando a sobrancelha. 

— Papo de garotas.

Queria falar para ele sobre a Sara e o Luke, mas acho que não é o certo.

— E... o seus pais? — Ele perguntou baixo.

Eu soltei um suspiro apertando sua mão.

— Eu falei para o meu pai que o colar sumiu. — Falei lentamente.

— E o que ele disse? — Ele me olhou interessado.

— Foi muito estranho. — Falei me lembrando. — Parecia que ele não estava muito... interessado.

— Como assim? — Ele franziu o cenho. 

— Ah, não sei, Peter. Ele parecia aliviado.

— Aliviado?! Isso não faz nenhum sentido.

— Foi o que eu e a Sara pensamos. 

— Não sei, não. — Falou pensativo. — Isso não era o que eu esperava...

— É, nem eu.

Ficamos em silêncio, cada um com seus pensamentos tentando entender o meu pai, até que lembro da Fycherfluar.

— Como foi na Fycherfluar? — Eu perguntei curiosa. — Conseguiram alguma coisa?

Ele suspirou desviando os olhos.

— Só ficamos de longe observando os guardas. 

— São muitos? 

— Não muito, mas tem. — Falou passando a língua nos lábios.

— E o que vamos fazer? — Eu perguntei ansiosa. — Qual é o plano?

— Bom, conversei com os meninos e vamos entrar dentro da Fycherfluar. — Ele respondeu me olhando atentamente.

— O que?! — Eu perguntei abismada. — Peter, observar do lado de fora é uma coisa, agora entrar lá dentro é outra história, é arriscado. Vão ficar cercados por milhões de Cefurs prontos para atacar!

— É por isso que vamos amanhã de noite, vai estar escuro, então fica mais fácil para ninguém nos ver. — Ele explicou segurando minhas mãos. — Sei que é arriscado, mas temos que descobrir onde está aquele baú.

Balancei a cabeça concordando.

— Eu vou junto, não é? — Eu perguntei esperançosa.

— Nem pensar! — Ele falou soltando um riso nasal. — Se é arriscado para mim, imagine pra você! Você não vai.

— Mas, Peter...

— Alyssa.

— É sério! — Falei soltando suas mãos e me levantando. — Eu quero ir junto! Mesmo que você tenha me treinado poucas vezes eu consigo atirar uma flecha!

Ele levantou uma sobrancelha.

— Tá, eu consigo mais ou menos atirar uma flecha. — Eu continuei. — Mas eu quero ir e vou ir.

Ele abriu a boca para me rebater, mas eu o interrompi.

— Se você não me levar junto, eu vou te seguir igual aquela vez! 

Ele apertou sua mandíbula e balançou a cabeça.

— Alyssa, por favor, entenda... é perigoso demais, vamos estar dentro do covil dos Cefurs, qualquer coisa pode acontecer.

— Peter...

— Eu não posso te perder de novo! — Ele falou ficando de pé. — Não entende?! Eu não posso!

— E não vai. — Eu me aproximei. — Vamos ficar bem, eu vou ficar o tempo todo perto de você, não vou sair do seu lado, eu prometo!

Ele me olhou por uns minutos e depois suspirou vindo ao meu encontro e me abraçando.

— Tudo bem. — Falou cedendo. — Mas não vai sair da minha vista.

— Não vou! — Falei sorrindo.

Ele percebeu e sorriu, logo depois estava fazendo a contagem.

°•°•°•°

No dia seguinte da tão esperada invasão a Fycherfluar, eu passei o dia todo na base com os outros e mandei uma mensagem para a Sam me acobertar, caso meus pais desconfiem de algo. Peter me treinou um pouco com o arco caso aconteça alguma coisa. Quando foi de noite nós jantamos, depois eu coloquei o meu traje e a aljava com flechas nas costas e o arco fechado no cinto do traje, depois todos nós ficamos esperando dar meia noite para irmos até a Fycherfluar.

Quando deu meia noite, saímos da base com todos preparados com as aljavas cheias, caminhamos juntos na escuridão, um perto do outro e o Peter segurando minha mão. A cada minuto, ouvi ele suspirar e me olhar preocupado, acho que ele se arrependeu de deixar eu ir junto.

Minutos depois chegamos na tão grandiosa empresa, ela é maior do que eu imaginei, toda branca com vidros e mais vidros, deve ter uns sete ou oito andares. Ficamos escondidos nas árvores, demos uma espiada e vimos alguns guardas, todos armados. Engoli em seco.

— Arrependida? — Peter sussurrou no meu ouvido.

— Não. — Falei rápido.

Senti ele suspirar do meu lado.

— Foi uma péssima ideia você ter vindo. — Ele sussurrou olhando os guardas.

— Já conversamos sobre isso. — Eu sussurrei me encostando na árvore, ele respirou fundo e me olhou.

— Alyssa, se alguma coisa der errado e os Cefurs nos atacarem, eu vou ter que lutar contra eles e ao mesmo tempo me preocupar com você, se você vai estar segura daqueles vermes.

— Olha, eu sei que... — Eu parei de falar ao ouvir um galho se quebrando atrás de nós.

Todos viramos para ver o que era e nos deparamos com um Cefur apontando uma arma para mim, Peter rapidamente me puxou ficando na minha frente e deixando com que a mira ficasse nele, eu segurei firme na blusa de seu traje temendo o pior.

— Olha só quem veio nos visitar. — O Cefur falou divertido.

Eu juntei as minhas sobrancelhas, reconhecendo essa voz de algum lugar.

— Pois é, queríamos saber como cheira o covil dos ratos. — Sara falou debochada.

— Covil cheiroso, não é? — O Cefur perguntou divertido.

— Só se o seu cheiroso for de poço. — Ela disse fazendo uma careta.

O Cefur desviou os olhos da Sara para olhar para o Peter.

— Tentando proteger sua namoradinha? — Ele perguntou dando uma passo para frente. — Como vai fazer isso se trouxe ela até aqui? Uma idéia burra, devo dizer.

Peter ficou tenso e cerrou a mandíbula, percebi a sua mão ir devagar para o seu arco.

— Como quer tanto protegê-la se nem sabe como fazer isso? — O Cefur perguntou rindo. — Fala aí, Alyssa.

— Falar o quê? — Eu perguntei.

— Já contou para os seus amigos do dia que você me deixou com um olho roxo? — Ele perguntou e eu ofeguei.

Eu apertei mais o traje do Peter e aquele Cefur ergueu a mão e tirou a máscara de hóquei revelando o seu rosto, ele tinha um sorriso satisfeito nos lábios ao olhar o meu rosto.

— Matthew?! — Eu perguntei surpresa.

Peter me olhou sobre os ombros com o cenho franzido, e os meus amigos me olharam chocados.

— Surpresa, querida Alyssa? — Ele perguntou sorrindo debochado. — Bom rever você depois do baile, que inclusive, você estava uma gata.

Peter endureceu o corpo ainda na minha frente e olhava para o Matthew como se pudesse atirar facas pelos olhos.

— Peter... — Eu sussurrei, quase a voz não saiu.

— Andem, digam logo! — Matthew falou quase gritando. — O que querem aqui?

— Não está óbvio? — Luke falou debochado. — Viemos invadir seu covil, babaca.

Antes mesmo do Matthew abrir a boca, ele caiu no chão, eu saí de trás do Peter para ver o que aconteceu, o Peter atirou nele e foi tão rápido que eu nem percebi ele pegando a flecha na sua aljava. Eu olhei para o corpo do Matthew e engoli em seco.

— Ele está morto? — Eu sussurrei.

— Flecha tranquilizante. — Peter falou com os dentes cerrados, ainda olhando com ódio para o Matthew.

— Ele vai ficar desacordado por uma hora, tempo suficiente para invadirmos. — Noah explicou para mim.

— Por que não matou logo ele?! — Sara perguntou.

— Eu tinha que ser rápido antes que ele percebesse, eu não vi qual flecha eu tinha pegado. — Peter respondeu e guardou o ser arco.

— Pelo menos ele não vai sair correndo para contar que estamos aqui. — Sara falou soltando um riso nasal.

— Ok, agora vamos começar o plano. — Peter falou.

Todos mexeram a cabeça concordando, Peter veio até mim, pegando a minha mão e nos aproximamos mais perto da empresa e depois nos abaixamos atrás de um arbusto. Ele se inclinou e colocou a sua boca na minha orelha.

— Depois quero saber quem é esse Matthew. — Ele sussurrou.

— Posso falar agora: um complemento idiota que eu odeio. — Eu sussurrei de volta.

Peter suspirou e olhou para os guardas.

— Não podemos atirar nos guardas, vai chamar muita atenção. — Peter falou para todos dessa vez. 

— Como vamos entrar, então? — Sara perguntou.

— O Luke conseguiu a planta do complexo, tem uma entrada escondida no outro lado, um tipo de saída de emergência, vamos entrar por lá. — Peter explicou.

— Tudo bem. — Sara disse confiante. — É moleza!

Todos nós olhamos para ela e ela franziu o cenho.

— O que foi? — Ela perguntou mexendo os ombros.

— Ok, os guardas trocam de posição a cada quinze minutos, quando trocar, nós corremos. — Peter avisou, ignorando a Sara.

Ficamos esperando abaixados no escuro a troca de guardas, senti o Peter me olhando o tempo todo, mas fiquei concentrada nos guardas, ele apertou minha mão e então eu olhei para ele.

— Por favor, fique segura. — Ele sussurrou.

— Vou ficar se eu estiver com você. — Eu sussurrei sorrindo fraco.

Ele não devolveu o sorriso, apenas voltou a observar os guardas, um minuto depois escutamos um apito e eles começaram a andar para trocar de posições.

— Agora! — Peter falou.

Nos levantamos e corremos juntos, Peter o tempo todo segurando firmemente minha mão como se eu fosse me perder, atravessamos o gramado e chegamos na parede nos encostando nela em fileira. Um guarda passou por nós e eu prendi minha respiração com medo, mas graças a pouca luz ele não nos viu.

— Me sigam. — Peter sussurrou.

Peter me puxou e os outros vieram atrás de mim, andamos com todo cuidado do mundo sem nos desencostar da parede do complexo. Paramos perto de uma porta e Peter tentou abri-la.

— Está trancada. — Ele sussurrou e depois olhou por cima da minha cabeça. — Luke!

Luke que estava atrás de mim, passou para o lado do Peter e colocou a mão dentro de sua mochila procurando por algo, ele é o único que carregava uma mochila. Ele achou o que estava procurando e prendeu um pequeno quadrado, esperamos uns segundos e a porta abriu "magicamente" com o pequeno quadrado.

Entramos depressa e o Noah fechou a porta, estava tão escuro que não enxergava minha própria mão.

— Tanto dinheiro e essa empresa não compra uma lâmpada. — Luke falou rindo soprado e Noah soltou uma risada.

— Pega as lanternas, Luke. — Peter murmurou.

Eu tateei o braço do Peter tentando me localizar e ele passou seu braço pelo meus ombros.

— Cadê... — Luke murmurou mexendo na mochila. — Cadê essas merdas!

— Vai logo! — Sara falou impaciente.

— Tô tentando. — Luke falou. — Achei!

Ele ligou uma lanterna no rosto do Noah.

— Vira pra lá, cabeção. — Noah falou, colocando a mão em seus olhos.

Luke riu e entregou uma lanterna para cada, eu liguei rapidamente a minha e comecei a olhar ao nosso redor, estávamos em um pequeno espaço com vários corredores, ou seja, várias direções para ir.

— E agora? Para onde vamos? — Noah perguntou frente.

— O Luke decorou os caminhos. — Peter comentou. — Vamos segui-lo.

— Me sigam caros amigos, e eu mostrarei o caminho!— Luke falou fazendo graça.

Luke foi na frente e começamos a segui-lo, eu andei olhando tudo em volta, aqui só tem corredores escuros, isso é sombrio. 

— Agora a esquerda. — Luke murmurou. — Direita. Direita.

Minutos depois, Luke parou bruscamente fazendo todos nós tropeçar um no outro.

— O que foi agora?! — Sara perguntou irritada.

— Uma luz piscou. — Ele sussurrou olhando para cima.

— Fala sério. — Noah bufou.

— Eu vi! — Luke falou olhando-o.

— Foi a minha lanterna, idiota. — Peter falou ao meu lado revirando os olhos.

— Ah, menos mal. — Luke falou seguindo caminho.

Segurei minha risada, caminhamos e depois subimos uma escada, nesse andar não estava tão escuro quanto o outro, dois corredores depois paramos em frente a uma porta.

— É aqui. — Luke falou.

Ele pegou na maçaneta e tentou, fiquei surpresa por estar aberta. Entramos, fechamos a porta e desligamos as lanternas, a luz aqui não estava acesa, mas tem vários computadores ligados fazendo com que a sala ficasse clara.

— Isso é um paraíso pra mim! — Luke disse animado. — Computadores!

— Ok, ok. — Peter falou. — Vamos seguir com o plano e sair logo daqui.

Luke largou a mochila, se sentou em frente ao maior computador no meio da sala e enfiou um pendrive nele.

— Copia tudo e vamos se mandar daqui. — Noah disse atrás dele.

— Até que foi fácil. — Sara falou.

— Fácil até demais. — Peter murmurou com nervosismo, ele olhava o tempo todo para a porta e seu corpo estava tenso. — Muito estranho.

Soltei a minha mão do Peter e passei pelos computadores olhando tudo curiosa, se passaram quinze minutos e quando achamos que estava tudo bem, começamos a ouvir passos no andar de cima, muito passos como se estivessem correndo.

— Droga! Acho que nos descobriram! — Noah praguejou.

— Rápido, Luke! Termina isso logo! — Peter falou indo para o meu lado.

— Ainda falta muito! — Luke falou. — Não dá pra parar agora, cara!

Peter começou a xingar e passou a mão pelo cabelo tentando pensar em algo.

— Não deve ser muitos, vamos ter que ir até lá! — Sara falou. — Se não já era, não vamos conseguir pegar as informações.

— É isso, vamos logo. — Noah concordou, indo em direção a porta.

— Vão que eu dou um jeito aqui. — Luke murmurou concentrado no computador.

Peter me olhou vacilante não sabendo o que fazer.

— Você tem que ir, eu vou ficar bem. — Falei tranquilizando-o.

— Eu cuido dela, Peter. — Luke falou, olhando para ele sobre seus ombros. — Você precisa ir, é o melhor lutador entre nós.

Peter suspirou e se aproximou, eu o abracei e ele deixou um beijo na minha testa.

— Eu já volto. — Ele sussurrou e me deu mais um beijo, dessa vez nos meus lábios.

Ele saiu com a Sara e o Noah, me virei para o computador esperando o Luke passar tudo para o pendrive. Minutos mais tarde escutamos gritos, eu e o Luke nos entreolhamos e depois voltamos a olhar para o computador. 86% concluído, falta pouco. Comecei a bater meu pé no chão nervosa. 90% concluído.

Me assustei com o barulho da porta se abrindo bruscamente, um Cefur se aproximou correndo na nossa direção, Luke rapidamente se levantou da cadeira e caiu no chão com o Cefur, me afastei enquanto os dois trocavam socos embolados um no outro.

Olhei para o computador, 93% concluído. Me virei para a porta a tempo de ver outro Cefur entrar, dessa vez na minha direção, antes que ele se aproximasse, eu peguei uma flecha e o meu arco e mirei nele, mas não atirei e ele parou de andar.

— Sei que você não tem coragem de atirar. — Ele falou.

Eu dei um passo para trás sentindo minhas costas contra a parede e minhas mãos tremiam. Dei uma olhada no Luke que estava lutando com mais um Cefur.

— Vamos, querida Alyssa. — Ele disse dando um passo. — Atira em mim, bem no meu peito. 

Eu não consigo. Eu apertei o arco e a flecha fazendo meus dedos ficarem vermelhos com a pressão, eu queria me afastar mais, mas a parede me impedia.

— Viu? Você é uma covarde. — Ele falou e vi o seu sorriso pelos buracos da máscara.

Apertei meus dedos no arco ainda mirando nele, eu sentia o meu coração querendo sair da boca. Eu não pensei que fosse tão difícil.

— Você não... — Ele disse, mas foi cortado por uma flecha.

Me assustei e olhei para o lado, o Luke atirou nele.

— Você está bem, Aly? — Ele perguntou do outro lado da sala.

— Sim, obrigada. — Falei respirando fundo e guardei a flecha e o arco.

Nesse momento, outro Cefur entrou na sala, ele me olhou e correu na minha direção enquanto eu me encolhi na parede, antes dele me alcançar, ele caiu perto dos meus pés com uma flecha nas costas, olhei para a frente e vi o Peter na porta com o arco mirado no Cefur caído, ele me olhou respirando rápido pelo cansaço.

— Tá tudo bem? — Ele perguntou ofegante.

Apenas balancei a cabeça concordando, Luke foi até o computador e tirou o pendrive.

— Pronto! — Ele falou guardando em seu bolso.

O Noah e a Sara apareceram atrás do Peter cansados e suados.

— Rápido! Vamos sair logo daqui! — Noah falou, eu e o Luke saímos da sala apressados.

— Vem. — Peter falou me dando a mão.

Nós corremos pelos corredores, descemos as escadas e continuamos correndo, alguns Cefurs apareceram atrás de nós e aceleramos o passo, passamos por mais corredores até encontrar a porta de emergência que entramos antes, passamos para o lado de fora e escutamos um alarme, me assustei pensando ser o gás.

— É o gás? — Eu perguntei temerosa.

— É. — Sara falou arregalando os olhos. — Droga, estamos ferrados.

Continuamos correndo para longe da Fycherfluar,  entramos na floresta escura e paramos para respirar. Coloquei minhas mãos nos joelhos cansada e senti a mão do Peter na minhas costas.

— O que vamos fazer?! — Luke perguntou. — Não vamos conseguir chegar a tempo na base!

Me levantei arregalando os olhos.

— Vamos morrer?! — Eu perguntei.

— Não vamos morrer! — Peter falou firme. — Ninguém aqui vai morrer!

— Então, o que vamos fazer? O gás vai chegar logo. — Noah falou assustado.

Peter olhou ao redor tentando achar uma saída, mas não tinha uma saída. A base ficava muito longe, então não conseguiríamos chegar a tempo, mas também não poderíamos entrar na Fycherfluar de novo, se não vão nos matar, em qualquer opção... vamos morrer, estava tudo perdido.

Nossos garotos estão numa situação complicada... O que vocês acham que vai acontecer? 👀

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