Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝘁𝘄𝗲𝗻𝘁𝘆 𝗼𝗻𝗲 ➳ 𝘬𝘪𝘥𝘯𝘢𝘱𝘱𝘦𝘥

Peter

Eu estava ofegante, me sentia sufocado, parecia que o ar não entrava mais em meus pulmões, minha vista escureceu por uns segundos, mas balancei a cabeça para me concentrar. Eles a levaram, eles levaram a Alyssa, minha Alyssa. Eu tentei chegar até ela, eu corri como se eu estivesse na maratona mais importante da minha vida, mas não passei na linha de chegada e eles a levaram para longe de mim. Eu pensei em usar o meu arco, mas se eu atirasse poderia acertar nela.

Agora estou sem ar de novo, estou correndo para outra maratona, essa para chegar na base e pedir ajuda aos meus amigos. Abri a porta com o corpo inteiro tremendo tentando normalizar minha respiração, meus amigos se assustaram pelo jeito brusco que eu abri a porta, eles vieram até mim perguntando o que aconteceu e onde estava a Alyssa.

— Eles a levaram. — Falei baixo, levando minha mão na minha testa. — Levaram ela, eu não consegui chegar a tempo.

— O que?! Quem?! Os Cefurs?! — Noah perguntou arregalando os olhos.

Balancei a cabeça, minha garganta se fechou e engoli em seco, encostei na parede me curvando e apertei os olhos, tentei respirar fundo para ver se ajudava a me acalmar, mas em vão. Eu me sentia perdido, um inútil. A última vez que me senti assim, foi quando eu era pequeno e percebi que meus pais não voltariam nunca mais, que nunca mais passariam por aquela porta cheios de esperança, que eles estavam mortos.

— Como assim você não conseguiu chegar a tempo? — Luke perguntou afobado. — Você não estava com ela?!

— Eu... eu fui pegar... — Minha voz falhou. —  Eu fui pegar meu arco que tinha caído, quando eu virei, os Cefurs já estavam com ela e entraram no móvel.

— Cara, você está tremendo, senta um pouco. — Sara falou assustada.

Me sentei no sofá no canto da parede e passei meus dedos no rosto nervoso.

— Vamos achar ela, Peter! — Noah falou, sentado do meu lado.

— Vamos, sim! — Sara falou convicta. — Nem que seja a última coisa que faremos! Aly já é da família.

Fechei meus olhos encostando minha cabeça no sofá, engoli em seco outra vez com a minha garganta arranhando. Me lembrei dela se debatendo nas mãos daqueles nojentos gritando por mim, pedindo minha ajuda e eu não consegui ajudá-la.

— Vou tentar ver as câmeras! — Luke falou se sentando na frente dos computadores. — Aí seguimos o móvel.

— Isso, Luke! — Noah falou parando atrás dele.

Eu me levantei indo para o meu quarto quase correndo, eles não me impediram e também não me seguiram, eu só queria ficar sozinho. Me sentei no chão contra a porta fechada e senti um bolo na garganta, eu só queria que estivesse ela comigo e em segurança, eles devem estar a machucando, pensar nisso faz meu coração doer. Eu me apaixonei por aquela garota teimosa, mas corajosa. 

Comecei a segui-la porque eu percebi que alguns Cefurs seguiam ela para todos os cantos, minha primeira sugestão foi que ela fosse uma Cefur, mas depois que eu a segui por dois meses, percebi que não. Então, a minha segunda sugestão era que aquela garota tinha algo de interesse para eles, mas não sabia o que era, então continuei seguindo ela para descobrir, mas nunca achei a resposta até agora. O colar. O maldito colar. Foi por causa daquele colar que eu falei com ela pela primeira vez.

Eu não pensei muito quando vi aquele colar no chão e fui atrás dela, porque a Alyssa não estava usando ele, estava no bolso. Mas, estar ali de frente para a garota que tanto desconfiei e observei, me fez ter mais certeza. Eu via a sua energia e sua luz irradiando por cada canto daquela cidade. Agora ela estava com os Cefurs, sabe se lá onde, e ela estava fraca e doente. Eu não sei o que vai acontecer, só sei que eu vou trazer ela de volta para mim, custe o que custar.

°•°•°•°

Alyssa

Os dois Cefurs me puxaram fortemente para fora do móvel que estávamos, fazendo meus braços latejarem da dor, fiz uma careta com a minha cara provavelmente inchada de chorar. Eles começaram a me empurrar, dei uma rápida olhada ao nosso redor e percebi que ainda estamos na floresta, eles me empurram em direção a uma cabana velha, entramos e eles me levaram para um corredor, as madeiras rangem com os nossos passos, eles abriram uma porta e me jogaram lá dentro, fazendo eu cair de joelhos. Os dois também entraram e um deles pegou o meu braço me levantando e me jogando em um sofá cheio de poeira bruscamente, bati minha cabeça e praguejei de dor.

— Eu não imaginei que seria tão fácil te pegar. — Um deles disse, fazendo com o que me jogou no sofá soltasse uma gargalhada escandalosa. — Sorte a nossa que o Blake deu uma brecha.

— Você viu a cara dele quando pegamos ela?! 

— Claro que eu vi! — O outro respondeu risonho. — Parecia que ia matar a gente com um só olhar.

— Não duvido que queira de verdade, já que sequestramos a preciosa garotinha dele. 

Eles fizeram um toque com a mão e se viraram para mim.

— Agora vamos ao que interessa, se não já sabe o que a chefia faz com a gente não é? — O da voz mais grossa falou.

Ele pegou uma cadeira velha e colocou bem na minha frente se sentando nela..

— Olá, Alyssa. — Ele falou. — Surpresa de estar aqui?

Eu fiquei quieta olhando-o com o ódio que estou sentindo no momento.

— Não vai responder? — O que estava de pé perguntou.

— O gato comeu a sua língua? Se não comeu eu posso fazer esse serviço. — Ele me olhou dos pés a cabeça e meu estômago embrulhou.

— Quem são vocês? — Eu perguntei e eles riram.

— Qual é, Alyssa…

— Tirem as máscaras. — Eu falei firme.

— Acha que somos idiotas de fazer isso? Não somos. — Ele apoiou sua cabeça nas mãos.

Eu respirei fundo e perguntei:

— O que vocês querem de mim? Por que me trouxeram aqui? 

— Por dois motivos. — O da cadeira falou. — Primeiro: irritar o Peter Blake, e segundo: pegar uma coisa de volta para o nosso chefe.

Arregalei os olhos levemente, eles querem o colar. Me senti aliviada por ter deixado ele na base com os outros.

— Eu quero o colar. Me dê.

— Eu não sei do que você está falando. — Eu falei me fazendo de sonsa.

— Ah, você sabe. — O de pé falou. — O colar que o seu pai te deu e você nunca tirou do seu pescoço.

— Eu não estou com ele, não está aqui. — Eu falei. — Estão vendo ele aqui? Não.

— Está mentindo. 

— Estou falando a verdade! — Falei engolindo em seco. — Vocês nunca vão ter esse colar!

De repente, a minha cabeça foi para o lado e eu cai no sofá, ele acabou de me dar um tapa. Ofeguei e coloquei minha mão na minha bochecha que ardia. Olhei para ele com ódio.

— Seu desgraçado! — Eu murmurei fervendo de raiva.

Rapidamente eu fiquei de pé, pronta para dar um chute no meio das suas pernas, mas os dois me seguraram antes de qualquer movimento e me sentaram de volta do sofá sem nenhum esforço. Meu corpo estava fraco demais. 

— Fica quieta! — Ele gritou. — Fale agora onde você colocou o colar ou vai sofrer as consequências!

— Nunca! 

— Você não vai sair daqui enquanto não falar onde está o maldito colar!

— O Peter e os meus amigos vão me achar! — Falei convicta. — E vocês vão se ferrar, todos vocês!

Eles gargalharam.

— Eles nunca vão conseguir te achar, Alyssa. 

— Quer pagar pra ver? — Eu perguntei.

Eles pararam de rir me observando.

— Por que vocês querem tanto o colar? 

— Não vamos dizer. — O de pé falou. — Informação privilegiada.

— O colar é meu. — Eu falei. — Eu tenho o direito de saber.

— Claro que tem. — Falou debochado.

Cerrei os olhos e uma ideia me veio na mente, eles dois são dois idiotas e palhaços, pode dar certo. Querem ter o ego acima da cabeça.

— Vocês todos são uns inúteis. — Falei tentando irritá-los. — Não podem fazer nada que querem, só faz o que o seu chefe manda, vocês dois só servem para obedecer e mais nada, não tem escolha própria.

— Claro que temos! — Falou irritado. — Você não sabe de nada.

— Ah, não? — Eu fingi inocência. — Quem falou para vocês me pegarem? Vocês vieram por vontade própria, então?

— Cala a boca, garota! — O sentado gritou. — Não sabe de nada que está acontecendo, isso é muito maior do que você pensa! 

— Até parece, vocês são todos uns molengas, capachos do seu chefe.

— Não, nós vamos descobrir onde está o seu colar para abrir um baú e pegar o pendrive com a última instrução para construir a maior máquina de vacina de todos os tempos para fazer todos dessa cidade perderem a memória e então vamos dominar tudo! 

Abri a boca chocada, o Cefur que estava sentado se levantou e empurrou o outro que acabou de falar isso tudo.

— Você é burro? Ficou maluco? — Ele gritou. — Você acabou de dizer pra ela o projeto do Marcos Davis!

Estou ofegante, então é isso! Eles querem fazer todos dessa cidade perderem a memória para eles dominarem todos nós! Não existe essa de encontrar vacina para o vírus Faulie, é tudo mentira da Fycherfluar.

— Quer saber? — Ele falou pra mim. — Você vai ficar aqui até morrer.

Eles saíram do cômodo e trancou a porta, eu corro até lá e bati na porta.

— Me soltem! — Eu gritei. — Vocês não podem me deixar aqui!

É inútil, me sentei no chão no canto da parede e me encolhi, tudo o que eu posso fazer é esperar e não perder a esperança dos outros me acharem. Tudo que eu queria agora é estar nos braços quentes e calorosos do Peter, me sentindo segura.

Comecei a tossir, coloquei a mão na minha testa e eu estava mais quente, fechei os olhos me encostando na parede, estava escuro e gelado, e as madeiras úmidas não ajudavam. Minutos e minutos se passaram e foi ficando difícil deixar meus olhos abertos pelo cansaço, sem perceber, eu caí no sono.

°•°•°•°

Acordei assustada e a respiração pesada, olhei em volta e ainda eu estava nesse lugar horrível, tentei me levantar, mas não consegui por estar fraca. Não sei por quanto tempo eu estava aqui ou por quanto tempo dormi, dei uma tossida, agora minha garganta estava doendo, me arrumei melhor no chão, estou toda dolorida por ter dormido de mal jeito.

De repente, escutei barulhos altos e madeira se quebrando, meu coração acelerou, escutei gritos e depois passos se aproximando rapidamente. A maçaneta da porta começou a se mexer freneticamente, mas a porta não abriu por estar trancada. A porta começou a ser chutada e empurrada, me encolhi no canto esperando aqueles Cefurs entrarem. Com um baque estrondoso, a porta caiu no chão toda quebrada, a pessoa entrou no cômodo com uma cara determinada. 

— Peter. — Eu sussurrei, então as lágrimas de alívio escorreram pelo meu rosto.

Ele me viu no canto encostada na parede e se aproximou correndo preocupado, se agachou na minha frente e me puxou para os seus braços, eu enfiei meu rosto em seu pescoço e apertei os meus olhos.

— Ah, meu Deus! — Ele murmurou contra meus cabelos e me apertando contra si. — Você está bem, você está bem. Está segura agora, estou aqui.

Ele se afastou um pouco para me olhar, pegou meu rosto entre suas mãos e me examinou inteira.

— Te machucaram? — Ele perguntou com dor no olhos.

Balanço a cabeça negando embora seja mentira. Ele secou minhas lágrimas e beijou minha testa.

— Tá tudo bem, já passou. — Ele sussurrou. 

Percebi que seus olhos estavam um pouco inchados, mas não perguntei o porquê, ele andou chorando. Ele passou sua mão pela minha testa e meu pescoço.

— Você está muito quente. — Ele murmurou preocupado. — Vamos sair logo daqui antes que você fique pior.

Peter me pegou no colo, eu enlacei meus braços em seu pescoço e encostei minha cabeça em seu peito. Ele se levantou, saiu daquele quarto e depois da cabana velha, vi os meninos e a Sara lá fora com os dois Cefur caídos no chão sem nenhuma reação.

— Eles estão... — Falei quase sem voz.

— Shh... não se esforce. 

— Mas... vocês... mataram eles? — Eu sussurrei.

Ele ficou quieto, isso é um sim.

— Peter. — Murmurei fechando os olhos.

— Eles mereceram, Alyssa. — Ele falou com a mandíbula travada. — É a consequência por ter te levado de mim.

Fiquei quieta até ele chegar onde os outros estavam, eles se aproximaram para me ver.

— Ela está bem? — Sara perguntou preocupada.

— Vai ficar. — Peter respondeu. — Vamos embora desse lugar, ela está com febre.

— Vou pegar o remédio na casa dela. — Noah avisou. 

— Eu vou com você. — Sara falou.

Eles vão por um caminho enquanto vamos para o oposto.

— Onde ela estava? — Luke perguntou e eu senti o Peter suspirar.

— Trancada em um quarto. 

— Agora está tudo bem. — Luke disse confortando-o. — Ela está segura e já nos vingamos.

Eles não falaram mais nada, meus olhos foram se fechando e só sentia o leve caminhar do Peter.

— Pode dormir, meu amor. — Ele sussurrou, beijando minha testa. — Estou bem aqui, está segura agora.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro