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𝘁𝘄𝗲𝗹𝘃𝗲 ➳ 𝘢 𝘣𝘳𝘪𝘨𝘩𝘵 𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵

Noah, Luke e Sara ficaram me olhando como se eu tivesse feito a pergunta mais besta do planeta. Noah levantou uma sobrancelha, Luke soltou um risinho e Sara apenas sorriu irônica.

— Você ainda pergunta? — Sara perguntou.

— Sim? — Falei óbvia. — Estou literalmente invadindo o lar de vocês.

— Minha cara, Alyssa. — Luke falou calmo. — Você vai dormir no quarto do Peter, é claro.

Olhei para o Peter sentado do meu lado e meu rosto esquentou, ele respirou fundo olhando para os seus amigos.

— Vocês não perdem uma, hein? — Ele reclamou. — Não estão vendo que a Alyssa não fica confortável com essas piadinhas? 

— Eu não me importo, na verdade. — Eu murmurei.

— Ah, não se importa, é? — Sara perguntou sorrindo maliciosa.

— Não! Eu não quis dizer isso! Eu só não me importo com as piadas. — Falei depressa.

— Você dorme no meu quarto e eu durmo aqui no sofá. — Peter falou apontando com a cabeça para um sofá no cantinho da base. — E você faz parte de nós, agora. Então sinta-se à vontade aqui.

— Incrível, eu estou tentando juntar vocês, e você inventa uma coisa dessa. — Sara falou para o Peter e eu afundei na cadeira.

— Sara! — Peter falou dando-lhe um olhar de alerta.

— Parei, chefinho. — Ela falou com as mãos rendidas.

Luke e Noah gargalharam apontando para a amiga.

— Bem feito, levou cartão amarelo do nosso líder. — Luke falou.

— Deixam de ser chatos. — Ela falou revirando os olhos.

— Ok, já deu de piadinhas por hoje. — Peter comunicou. — Ou vou pegar pesado no treinamento de vocês.

Eles dois pararam de rir na hora fazendo careta.

— Chato. — Disseram em uníssono.

— Sempre funciona. — Peter sussurrou para mim piscando um olho.

Depois que ficamos conversando, fomos todos para os quartos, antes a Sara me emprestou um pijama dela, uma camiseta de alça fina e uma calça de moletom, adivinhem que cor? Exatamente, preto. Parece ser a única cor que eles usam. Depois usei o banheiro do Peter para tomar banho, logo em seguida ele tomou também. Eu estava sentada em sua cama com as costas na cabeceira esperando, ele saiu do banheiro com uma blusa e uma calça moletom também, nem preciso falar a cor, não é?

Ele me olhou fechando a porta, foi até o armário ao lado da cama, pegou um cobertor e colocou do meu lado.

— E pra você? 

— Eu não sou muito de sentir frio. — Ele respondeu dando de ombros. — E tem um lá no sofá.

— Tem certeza que vai dormir no sofá? Está tudo bem mesmo? — Perguntei preocupada e ele sorriu tranquilo.

— Tá tudo bem, não se preocupe comigo.

Concordei com a cabeça suspirando, peguei o cobertor arrumando nas minhas pernas e olhei para cima pegando o Peter me observando.

— O que foi? — Eu sussurrei engolindo em seco.

— Nada. — Ele murmurou.

Continuamos trocando olhares, os dele intensos enquanto travava uma batalha com os meus. Comecei a sentir um frio na barriga ao estar sendo observada, até que ele abriu um sorriso e eu desviei meus olhos para o cobertor.

— Tá preocupada? — Ele sussurrou.

— Não, é só... eu nunca dormi no meio do nada.

Ele soltou uma risada e se agachou ao lado da cama ficando perto da minha altura.

— Nunca participou de um acampamento?

— Não, até dias atrás eu fugia de florestas. — Eu falei sorrindo.

Ele assentiu sem tirar os olhos do meu rosto e deu um sorrisinho de lado.

— Bom, se está preocupada que algum Cefur entre aqui, fique tranquila. — Ele falou calmo. — Eles não sabem que temos uma base aqui, só sabem da casa de madeira lá em cima e, além disso, trancamos a porta da base todas as noites.

— Tudo bem. — Sussurrei, respirei fundo e olhei ao redor.

— Então, vá dormir. 

Assenti ainda olhando para o quarto escuro.

— Ou tem mais alguma coisa que queria contar? — Ele perguntou, eu o olhei e mordi a boca. — O que está te afligindo, Alyssa?

— Estou com medo de dormir e ter pesadelos. 

— Como é esse pesadelo? 

Abri a boca, mas travei e engoli em seco. Peter, que estava com a testa franzida, fez uma cara séria.

— É comigo? — Ele sussurrou com dor nos olhos.

— Com aquele Cefur morto. — Sussurrei. — Eu estou andando na floresta, escuto vários gritos e então ele aparece e cai morto no chão com a flecha na cabeça.

Peter engoliu em seco e olhou para o chão comprimindo os lábios. Suas mãos tremiam quase imperceptivelmente e respirou fundo. Então, levantou o rosto e me olhou.

— Me desculpe por isso. — Ele sussurrou. — Se eu pudesse voltar atrás e fazer diferente, se eu soubesse…

— Está tudo bem, Peter. — Eu falei me inclinando em sua direção, meu rosto estava para baixo e o dele para cima. — Você me salvou de ser injetada, sabe-se lá o que teria acontecido comigo se você não tivesse aparecido.

— É, mas isso te custou ter medo de dormir. — Ele murmurou e fez uma careta olhando para as suas mãos.

— Você me salvou, Peter. — Eu falei séria. — Me salvou.

Ele levantou seus olhos até os meus e eu sorri, o movimento fez ele descer o olhar para a minha boca, ele engoliu em seco e assentiu lentamente.

— Você quer… que eu fique aqui até você dormir? — Ele perguntou incerto e meu coração se aqueceu.

— Faria isso? — Eu perguntei segurando um sorriso que queria se abrir.

— Agora mesmo. — Ele sussurrou.

Ele ficou me olhando com expectativa e então, meus lábios subiram em um sorriso, ele também sorriu e aproximou seu rosto do meu sussurrando:

— Sorriso número cinco, faltam noventa e cinco agora.

Dessa vez eu soltei uma risada e ele me acompanhou se afastando, eu me ajeitei na cama e me deitei. Peter foi até a outra ponta da cama e sentou ali.

— Obrigada. — Eu sussurrei.

— O que você quiser. — Ele murmurou. — Tenha bons sonhos.

— Boa noite.

Fechei os olhos tentando pegar no sono e senti o Peter arrumar o cobertor nos meus pés. Respirei calmamente esperando o sono chegar, passaram alguns minutos e ainda nada. Peter se mexeu se arrumando no colchão e suspirou. Não sei quanto tempo passou, uns quinze minutos talvez, e a cama se mexeu devagar. Eu abri os olhos e me deparei com ele me observando na ponta da cama.

— Se quiser pode ir. — Eu falei baixinho. — Deve estar cansado.

— Eu vou ficar. 

— Pode ir, não tem problema. 

— Alyssa, eu não vou sair daqui até eu ter certeza que você conseguiu dormir. — Ele insistiu.

— Você é bem teimoso, não é?

— Você também é. — Ele riu soprado e eu revirei os olhos.

Respirei fundo e me ajeitei de novo na cama, me encolhendo debaixo do cobertor. Se passou um minuto e resolvi abrir a boca:

— Peter? — Eu chamei e ele murmurou. — O que aconteceu com os pais de vocês? 

Ele demorou um tempo, mas depois respondeu:

— Os Cefurs pegaram eles e os mataram. — Ele sussurrou. — Eles descobriram onde os Cefurs se escondiam, mas não contaram para nós, então decidiram ir até lá e acabar com eles. Eu, Noah, Luke e Sara ficamos aqui e esperamos eles voltarem, mas nunca voltaram.

— Faz quanto tempo? 

— Sete anos, eu tinha treze naquela época.

— Então, vocês vêm enfrentando tudo isso sozinhos desde pequenos? — Perguntei surpresa.

— É, os nossos pais nos ensinaram tudo que sabemos hoje.

— E vocês nunca tentaram encontrá-los?

— Já tentamos, mas nunca encontramos. 

— Eu sinto muito. — Eu sussurrei.

— Tudo bem. — Falou suspirando com a lembrança. — Eles sempre quiseram uma vida boa para nós na cidade, por isso queriam tanto acabar com os Cefurs, para nos deixarem em paz de uma vez.

— Posso fazer uma última pergunta? 

— Pode. — Ele disse relutante.

— Por que vocês só usam preto?

Ele deu risada.

— É mais prático andar por essa floresta sem chamar atenção dos Cefurs, se ficarmos usando roupa colorida, é mais fácil deles nos verem de longe.

— Hum, faz sentido.

— Agora vai dormir. — Ele falou passando seu dedo no meu tornozelo.

— Tá bom. — Murmuro afetada com o seu toque.

— Boa noite. 

— Boa noite, Peter. 

Fechei os olhos me aconchegando, eu já não estava mais com medo de ter pesadelos com ele ali. Quando eu estava quase caindo no sono, senti ele se inclinar sobre mim e beijar delicadamente a minha testa. Depois, eu só ouvi a porta se fechar e no segundo seguinte, eu já estava dormindo.

°•°•°•°

Senti algo quente no meu rosto, franzi minhas sobrancelhas em confusão, abri os olhos e ainda estava um pouco escuro, aí me lembrei que dormi na base bem no quarto do Peter. Uma mão acariciou minha bochecha, me virei coçando meus olhos e lá estava ele ajoelhado no chão na minha frente. 

— Bom dia, dorminhoca. — Ele sussurrou sorrindo.

— Bom dia. — Murmurei me espreguiçando. — Que horas são?

— Seis da manhã.

— Já?! Queria ficar dormindo. — Eu reclamei e ele riu fraco.

— Eu também, mas tenho que te levar pra escola.

— Ainda bem que é a última semana. — Falei me sentando na cama.

— Quando é a sua formatura? — Ele perguntou sentando ao meu lado.

— No sábado. 

— Eu queria poder ir. — Falou baixo pegando minha mão.

— Eu também. — Eu sorri fraco. — Mas eu entendo.

Ele assentiu e ficou de pé me puxando junto.

— Posso tomar um banho? 

— Claro, não precisa perguntar, você já é daqui. 

Tomei um banho e coloquei uma roupa da Sara, sai do quarto de Peter e segui para o corredor chegando na base, franzi o cenho não encontrando ninguém, os outros devem estar dormindo ainda. Escutei um barulho na escada e depois o Peter apareceu passando pela porta, já vestido com seu típico traje.

— Vamos subir. — Ele falou estendendo a mão.

Entrelacei nossos dedos e ele me guiou até lá em cima na casa de madeira, depois me levou para a cozinha e fez eu sentar na cadeira em frente a pequena mesa. Ele pegou um prato e um copo colocando na minha frente, molhei meus lábios com fome.

— Come tudo! — Peter falou cerrando seus olhos.

— Pode deixar! 

Enquanto fui comendo, ele pegou um prato para ele e seu copo se sentado no meu lado.

— Foi você que fez? — Eu perguntei, pegando um pedaço de bacon.

— Foi, está bom? 

— Está delicioso. 

— Obrigado! — Falou sorrindo convencido. — Essa é só uma das minhas várias habilidades!

Gargalhei e continuamos comendo.

— Sorriso número seis. — Ele cantarolou e eu neguei com a cabeça.

Quando acabamos de comer, saímos da casa e caminhamos pela floresta amanhecida.

— E os outros? — Eu perguntei. — Não fez nada para eles?

— Eles que se virem. — Ele respondeu e tomei um mini susto quando ele agarrou a minha mão e entrelaçou nossos dedos.

Durante o caminho, ele conseguiu me fazer sorrir mais três vezes, a verdade é que com o Peter, é fácil sorrir e ficar leve. Continuamos o caminho conversando baboseiras até chegar na escola, antes de chegar perto do portão, eu parei de andar e de rir me lembrando de uma coisa, Peter me olhou para avaliativo.

— Peter! — Falei eufórica. — Eu esqueci a minha mochila!

Ele deu uma risada.

— Não tem graça! — Falei batendo no seu ombro.

— Eu trago pra você quando eu vier te buscar, não precisa se preocupar. 

— Tá bom, acho que não vou usar meu material mesmo. — Falei dando de ombros. — Vou ajudar a arrumar a escola para a formatura e a festa.

— Você tem um par para a festa? — Ele perguntou curioso.

— Não, eu não tenho. — Respondi fazendo careta. — Eu nem quero ir nessa festa.

— Então, por que vai? Você não é obrigada a ir, vai se formar do mesmo jeito. — Ele disse, acariciando minha mão.

— Bom, eu vou porque meus pais estão mais ansiosos do que eu pra esse feito. — Falei soando divertida. 

— Então não fica a festa toda lá. — Ele falou, parando de andar perto da árvore escondida da escola. — Se quiser, eu posso vir te buscar e te levar para a base e então fazemos uma pequena comemoração por lá.

— Sério?! Faria isso?

— Claro que sim, você aceita? — Perguntou se aproximando de mim com um sorrisinho.

— Claro que aceito, com toda certeza! Mas amanhã não vou poder ir na base, vou ficar o dia todo com a Sam e a Haley para escolher o vestido. 

— Tudo bem, então nos vemos no sábado à noite, eu te pego aqui às oito, pode ser? 

— Está ótimo! — Falei animada, eu estava tão animada que eu dei um beijo na sua bochecha e corri para entrar na escola antes que ele pudesse ver o meu sorriso gigante.

Mas não adiantou, porque ele viu:

— Sorriso número dez!

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