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𝘁𝗵𝗶𝗿𝘁𝘆 𝘀𝗲𝘃𝗲𝗻 ➳ 𝘨𝘰𝘪𝘯𝘨 𝘢𝘸𝘢𝘺

Acordei assustada e dei um pulo na cama, alguém tinha acabado de gritar e ainda não amanheceu. Peter preocupado, se levantou e foi em direção a porta, como não sou nada boba, eu o segui para não ficar sozinha naquele quarto horripilante.

— Me espera. — Falei correndo desnorteada.

Ele se virou e ofereceu sua mão, imediatamente eu o peguei, ele abriu a porta e vi todos saindo de seus quartos assustados. Sara saiu de seu quarto batendo no Luke com uma almofada e ele correu rindo tanto que saía lágrimas de seus olhos.

— Mas o que...? — Eu murmurei confusa.

— Quem morreu?! — Sam perguntou descabelada e com os olhos inchados.

— Ninguém morreu. — Sara falou irritada. — Mas vou matar um agora! 

Luke riu mais.

— O que aconteceu? — Noah perguntou. — Por que gritou daquele jeito?! 

— O babaca do Luke entrou no meu quarto e me assustou. — Sara explicou batendo mais uma vez nele.

— Não acredito, acabou com o meu sono, não vou conseguir voltar a dormir agora! — Haley reclamou de braços cruzados.

Me encostei no Peter louca para cair na cama de novo, ele me segurou pela cintura.

— Vamos voltar a dormir, daqui duas horas vamos embora. — Peter falou aos outros.

— Duas horas? — Todos reclamaram.

— Três horas. — Peter disse por fim.

Todos voltaram para os quartos, eu deitei me cobrindo para me esquentar de novo, Peter deitou atrás de mim e ficamos de conchinha. Minutos depois, eu já estava dormindo de novo, sentindo a respiração quente dele no meu pescoço.

°•°•°•°

Acordei com o Peter passando sua mão no meu rosto, abri meus olhos e agora sim amanheceu, queria dormir mais,  mas temos que sair do castelo e voltar para casa.

— Bom dia, linda. — Ele disse no meu ouvido.

— Bom dia. — Eu murmurei.

Ele deixou um beijo no canto da minha boca e se levantou me puxando junto. Depois de fazer nossas necessidades e tomar um último banho, nós comemos mais biscoitos com o resto do chocolate quente que sobrou ontem a noite, enquanto eu bebia devagar o meu chocolate me deliciando, eu olhei para a grande janela da cozinha e arregalei os olhos.

— Não acredito. — Eu falei surpresa.

— O que? — Noah perguntou.

Não falei nada e apontei para a janela, todos se levantaram para ver lá fora.

— Tá nevando! — Haley exclamou.

— Sério?! — Sam perguntou por ser baixinha e não conseguir ver. — Eu amo a neve!

— Isso não é bom. — Peter falou negando com a cabeça.

— Se antes já ficávamos congelados apenas com o vento, agora vamos mesmo morrer nessa neve. — Sara disse. 

— E agora?! — Eu perguntei preocupada.

— Vamos tentar procurar casacos. — Peter falou ficando de pé. — Deve ter em algum lugar.

Novamente nos separamos para circular pelo castelo e achar casacos, por sorte, conseguimos encontrar um guarda-roupa cheio deles e bem quentinhos, nos agasalhamos e arrumamos nossas coisas, pegamos todos os biscoitos que tinham na dispensa para levar conosco. Enquanto eu colocava minha aljava e me certificava que o pendrive estava seguro dentro do meu bolso, o Peter se aproximou.

Ele ficou na minha frente, colocou uma touca que achou em mim e começou a arrumá-la para não cair, depois me olhou pegando meu rosto entre suas mãos e beijou minha testa demoradamente.

— Pronto. — Ele sussurrou. — Bem aquecida.

— Obrigada. — Eu sussurrei de volta e o beijei.

— Que melação, hein. — Sara reclamou.

Peter olhou para ela enquanto me envolvia em seus braços.

— Como se você não quisesse estar assim com o Luke. — Peter disse provocativo.

Eu e Sara arregalamos os olhos surpresas.

— Como você sabe?! — Ela perguntou indignada.

— Vocês não sabem disfarçar muito bem. — Ele respondeu sorrindo.

Sara ficou quieta olhando-o.

— Vai cuidar da sua vida, Peter! — Ela disse e saiu de perto de nós.

Ele me olhou sorrindo e deixou outro beijo na minha testa.

— Já estou cuidando. — Ele sussurrou e eu sorri. 

— Sorriso número oitenta e sete. — Eu e ele falamos juntos.

Damos risada, meu coração saltou no meu peito e eu o abracei, no canto da sala eu consegui ver a Abby de olho em nós, não consegui decifrar seu rosto de longe. Peter e eu nos soltamos e nos preparamos para sair e enfrentar o frio.

°•°•°•°

Faz quatro dias que estávamos caminhando pela floresta, antes eu via tudo verde, agora só tem branco ao nosso redor, não conversamos muito por causa do frio que faz nossas bocas ficarem travadas, tentamos a todo custo nos aquecer e andamos um perto do outro. A neve vai ficando cada vez mais espessa, o nosso andar cada vez mais lento, graças aos casacos que conseguimos encontrar no castelo, nós não morremos até então.

Nesses quatro dias, não tivemos nenhuma ameaça a não ser o frio, ainda tínhamos comida e água o bastante, de noite continuávamos fazendo uma fogueira para nos aquecer. Tudo que eu queria nesse momento era estar na minha casa com a lareira acesa, sentada na poltrona segurando uma xícara gigante de chocolate quente com marshmallow e lendo algum livro. Mas ainda eu estava aqui, enfrentando essa jornada na neve junto com meus amigos.

Uma jornada incrivelmente difícil.

°•°•°•°

Mais quatro dias se passaram, nenhum sinal dos Cefurs e nenhum sinal do frio cessar, o Luke ouvia o rádio todos os dias para ver se estávamos seguros do gás, desde que saímos do castelo não houve um dia que o gás foi solto, e isso é muito bom, talvez os Cefurs estejam cansados de brincar de tentar matar a gente, ou talvez apenas estão tentando achar outro jeito de fazer isso.

Faltam apenas dois dias para chegar na base, não dá pra acreditar que daqui há 48 horas vamos finalmente acabar com essa caminhada e sair dessa neve. Eu não tinha problema algum com a neve, eu até gosto, o problema não é a neve, o problema é a tempestade de neve que nos faz tremer de frio, fora isso eu estaria tranquila.

Dois dias para isso acabar. Não vejo a hora. De repente, me bateu uma forte esperança de que tudo isso iria se acalmar, e no final vamos todos ficar bem. Sem mais problemas.

°•°•°•°

Faltam poucas horas para chegarmos na base, ontem a tempestade de neve resolveu ir embora, agora estava mais fácil andar e já conversávamos mais. Eu e Peter andávamos na frente de mãos dadas, eu fiquei apreciando a neve, depois da tempestade a floresta ficou bonita só com o branco, antigamente eu só via essas árvores cheias de neve da janela do meu quarto, agora eu posso ver como realmente é bonito.

— Está ansiosa? — Peter perguntou.

— Muito. — Falei suspirando. — Não vejo a hora de entrar pela porta da base e ver coisas familiares.

— Falta pouco. — Ele falou passando seu braço pelo meu ombro.

— O que vamos fazer depois? — Eu perguntei passando meu braço pela sua cintura.

— Como assim? 

— Ok, temos o pendrive, mas agora o que faremos com ele? — Perguntei examinando-o e ele suspirou.

— Bom, vamos deixá-lo seguro, vamos esconder para que os Cefurs nunca o tenha em mãos. 

— Não é mais fácil destruir ele? Tipo, quebrar em pedacinhos? 

— Isso depende.

— Do que? 

— E se precisarmos dele em algum futuro? Nunca se sabe. — Ele disse apertando meu nariz e eu sorri.

— É, nunca se sabe. — Eu falei concordando. — Nós vamos ver o que tem nele?

— Vamos, quando chegarmos na base. — Ele disse acenando com a cabeça. — Sorriso número cem, eu ganhei o desafio.

— Ah, é mesmo. — Eu murmurei. — O que você vai querer?

— Eu vou pensar. — Ele disse sorrindo misterioso e voltou a olhar para frente.

Três horas se passaram, nós paramos para nos reabastecer e depois continuamos a caminhada, fui prestando atenção à nossa volta até que eu o vi bem do meu lado: o lago onde o Peter me ensinava a usar o arco e onde ele me deu o anel, o lago agora estava congelado. Significava que estávamos perto da base, fiquei mais ansiosa para chegar logo.

Vinte minutos depois, finalmente consegui ver de longe a casa, meus olhos se encheram de lágrimas emocionada, nunca pensei que iria sentir tanta saudades daqui, apertei a mão do Peter e ele apertou de volta, olhei para ele que estava com um sorriso relaxado, os outros suspiraram. Chegamos na casa e paramos em frente a ela.

— Finalmente em casa. — Noah falou suspirando. 

— Depois de vinte dias fora, quase um mês inteiro. — Sara disse cansada.

— Vamos entrar logo, estou com saudades dos meus filhos. — Luke murmurou. 

Olhamos para ele interrogativos.

— Meus computadores, gente. Calma, né. — Ele falou se explicando.

— Eu e a Haley vamos indo. — Sam disse.

— O que? Por quê? — Eu perguntei confusa.

— Queremos chegar a tempo para o passeio de formatura. 

— E eu tenho que conversar com meus pais. — Haley disse me olhando.

— Ah, tudo bem. — Eu falei concordando.

— Tem certeza que não quer vir com a gente? — Sam perguntou.

— Tenho, vou ficar por aqui mesmo. — Eu falei sorrindo fraco. — Quero me certificar que tudo vai acabar bem.

— Até que foi legal vocês aparecerem do nada na nossa missão. — Noah disse divertido, olhando especificamente para a Sam.

— Foi mesmo, não é? — Luke disse rindo.

— Eu também acho, eu admito. — Sara falou dando de ombros. 

— Se cuidem, meninas. — Eu falei indo abraçá-las. 

— Você também. — Elas disseram.

— É só ir em frente certo? — Sam perguntou.

— Isso, não tem erro. — Peter afirmou.

Elas se afastaram e andaram para longe de nós, Sam olhou rapidamente para trás e acenou, Noah alegremente acenou de volta e eu franzi a testa ligando os pontos, mordi a boca escondendo um sorriso. Depois, eu e os outros entramos na casa e descemos para a base, Luke ligou a energia e olhamos tudo com saudades ao nosso redor.

— Meus bebês! — Luke disse passando a mão pelos computadores. — Nunca mais vou pra longe, papai promete.

Dei risada e Sara me acompanhou gargalhando.

— Como é bom estar de volta. — Eu falei me sentando na cadeira e tirando a touca da minha cabeça.

— Esse lugar não mudou nada. — Abby falou.

Ah, tinha até esquecido que ela ainda estava com a gente.

— Eu estava com saudades daqui. — Ela continuou a dizer.

— Você vai ficar? — Noah perguntou relutante.

— Se vocês me aceitarem. — Ela disse sugestiva.

Todos olharam para o Peter esperando a sua resposta, já que era o líder.

— Tanto faz. — Ele disse com desdém. — Não faz diferença você ficando ou não. 

— Então, eu vou ficar. — Ela disse decidida ainda olhando pra ele intensamente.

Eu suspirei e fiquei de pé.

— Bom pessoal, eu vou tomar um bom banho quente e me alimentar com comida de verdade. — Luke disse tirando o clima e batendo as mãos.

— É, ninguém mais aguenta barras de cereais, fruta, biscoito e marshmallows. — Sara falou fazendo careta. 

— Todos devem descansar e depois voltamos para ver o que tem no pendrive. — Peter falou.

Concordamos, já estávamos se mexendo para ir aos quartos quando escutamos uma pequena explosão lá em cima e paralisamos em nos nossos lugares assustados.

— O que foi isso? — Eu me manifestei.

De repente, escutamos vários passos e meu coração acelerou de medo. Luke rapidamente foi até o computador e olhou as câmeras da base.

— Droga, estão invadindo a base! — Ele gritou.

— O que?! — Dissemos em uníssono.

— Pelos Cefurs?! — Abby perguntou assustada e arregalando os olhos. 

— Por quem mais seria? — Sara perguntou irônica.

A porta da base onde estávamos começou a ser chutada e segundos depois,  vários Cefurs entraram e nos cercaram apontando as armas para nós, Peter correu até eu e pegou a minha mão. Olhei para a porta e nada mais e nada menos que o Marcos Davis entrou. Ele andou até o meio lentamente com um sorriso cínico. 

— A viagem foi boa? — Ele perguntou juntando as mãos na frente. — Conseguiram o que queriam?

— Seu monte de merda! — Sara esbravejou. 

— Só isso que sabe dizer? — Ele perguntou levantando a sobrancelha.

Ficamos quietos, ele nos avaliou um por um e depois parou seu olhar em mim, Peter me apertou e sua respiração ficou mais rápida.

— Me dê. — Davis falou se dirigindo a mim.

— Não. — Falei firme.

— É melhor me dar para não sofrer as consequências.

— Já sabe a minha resposta. — Eu disse baixo.

Ele ainda me olhou e suspirou, então ele balançou a mão em minha direção e rapidamente quatro Cefurs cercaram a mim e ao Peter, ele tentou lutar contra eles, mas outro Cefur chegou por trás de mim, pegando o pendrive no meu bolso. Os Cefurs saíram de perto novamente e entregou o pendrive aos Davis.

— Me devolve! — Eu falei indo pra cima, mas o Peter me impediu, me apertando em seus braços. — Seu desgraçado!

— Finalmente está em minhas mãos. — Ele murmurou avaliando o pendrive. — Agora é só seguir com o meu magnífico plano.

— E qual é? Vai tirar a memória de todos?! — Luke perguntou irado.

— Exatamente, e a de vocês também.

Ficamos ali parados e sem saber o que fazer, todos nós rendidos.

— Vá embora logo, já tem o queria, tá esperando o que?! — Noah perguntou irritado.

— Ainda não tenho tudo. — Davis falou na maior calma. — Eu quero duas pessoas trabalhando comigo, seus pais, Alyssa. É claro que, eu não preciso deles, eu mesmo sou um gênio! — Ele falou se gabando. — Mas quero eles ao meu lado.

— Eles não estão aqui, foram embora. — Falei baixo.

-—Mas se eu te levar junto comigo, eles com certeza vão aparecer para salvar a querida filha, não acha? — Ele perguntou sorrindo.

— Não. — Peter falou firme. — Você não vai levá-la.

— Quem vai me impedir? Você? É pra rir mesmo. — a
Davis disse realmente rindo.

— Vai ter que passar por cima de mim, primeiro. — Peter falou me empurrando para trás dele.

— De mim e de meus companheiros você, quis dizer. — Davis falou dando de ombros.

— Ele não tá sozinho. — Noah falou.

— Vocês contra mim? É moleza. 

Ele balançou a mão na minha direção de novo e dessa vez, todos os Ceefus andaram até mim, apertei minhas mãos no traje do Peter e arregalei os olhos, então o Peter pegou uma flecha e seu arco e apontou para o Davis fazendo todos pararem em seus lugares.

— Vai atirar em mim? — Davis perguntou fingindo indignação. 

Peter não respondeu, apenas continuou mirando nele, quando ele fez que ia atirar, uma voz o interrompeu.

— Abaixa o arco, Peter. — Abby falou apontando uma flecha para o Peter.

Fiquei confusa, todos ficaram.

— O que você tá fazendo?! — Peter perguntou. - Não vou abaixar.

— Abaixa! — Ela gritou. — Agora!

Ela foi andando até parar ao lado do Davis ainda apontando para o Peter, ela nos traiu, ela é uma Cefur.

— Eu sabia! Eu sabia, sua traidora! — Sara gritou. — Eu nunca confiei em você e nesse seu teatrinho!

Abby apenas soltou um sorrisinho.

— Abaixa o arco, Peter. — Abby falou. — É o meu último aviso.

— Peter, por favor. — Eu sussurrei temendo que ela atirasse nele.

Peter não ligou e continuou apontando a flecha para o Davis, então a Abby cerrou os olhos e mudou a direção da sua flecha para mim, fazendo o Peter rapidamente abaixar o arco.

— Muito bem. — Ela disse abaixando o arco também. 

— Quando a Abby me disse que a Alyssa era o seu ponto fraco, ela não estava brincando. — Davis falou rindo e achando graça de tudo.

Peter respirou fundo e apertou a mandíbula.

— Ok, vamos embora, pessoal. — Davis falou e os Ceefus começaram a sair da base. — Está fase está encerrada.

Abby passou por nós batendo seu ombro no do Peter de propósito e ele apertou os punhos com raiva, Davis passou por nós e deu uma última olhada em mim e foi embora.

Respirei aliviada e Sara chutou uma cadeira na sua frente.

— Eu odeio ela! Odeio! — Ela esbravejou.

— Calma, Sara. — Luke falou sério. — Ela ainda vai ter o que merece.

— Droga. — Peter murmurou passando a mão pelo seu cabelo.

— Temos que sair daqui. — Noah falou. — Achar outro lugar.

— Se eles entraram hoje, com certeza, podem entrar outra vez. — Peter concordou. — Ainda mais agora que querem levar a Alyssa. Noah tem razão, temos que sair daqui, é muito arriscado.

— Mas, para onde vamos? — Sara perguntou derrotada. — Não temos outro lugar.

Ficamos pensativos, até que uma ideia passou pela minha cabeça, uma ideia não, uma lembrança. Quando eu era pequena, eu vi o meu pai sumir por uma parede de casa, eu perguntei como ele fez isso e ele disse que foi mágica, depois eu fui crescendo e esqueci como toda criança, achando que era uma brincadeira. Mas deve ser verdade. Tem que ser verdade.

— Minha casa. — Eu falei. — Vamos pra minha casa.

É pessoal... mais alguns capítulos e NECKLACE acaba.

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