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𝗳𝗼𝗿𝘁𝘆 𝗼𝗻𝗲 ➳ 𝘧𝘢𝘶𝘭𝘪𝘦

Eu fiquei chorando até cair no sono, chorei e fiquei repassando o nosso último beijo para que eu não pudesse esquecer, queria que esse beijo ficasse na minha memória. Quando eu desci no outro dia, meus amigos repararam nos meus olhos inchados e vermelhos, mas não perguntaram nada e eu não comentei nada, apenas fingimos que meus olhos inchados não existiam. Eu não falei para eles que o Peter esteve no meu quarto, seria capaz deles não me deixarem mais dormir sozinha.

Quando as minhas aulas de luta não estava mais me ajudando a esquecer o Peter, eu pedi para o Luke me ensinar algumas coisas com os computadores, e até que estou gostando, é um novo mundo cheio de algoritmos, estava explicado o porque do Luke passar quase o dia todo com a cara enfiada nas telas. Não foi bom só para mim, ele também gostou de ter uma aluna interessada em aprender, Noah e Sara ficaram um dia inteiro zoando a gente, nos chamando de nerds.

— Então, se eu quiser desligar algum programa com esses comandos, eu consigo? — Eu perguntei animada.

— Sim, claro que sim. — Luke respondeu sorrindo.

— Mesmo de longe? Tipo com um outro computador? — Eu perguntei curiosa.

— Ai não, cara Alyssa, isso é para outra aula, é muito mais complexo. 

— Vocês são uns nerdões. — Sara disse em pé atrás da gente.

— Ah, Sara, é tão... incrível. — Eu disse maravilhada.

— É melhor a gente ir treinar do que ficar ai teclando. 

— Ah, não. — Luke reclamou. — Ela já treinou com você hoje de manhã, agora é minha vez de treiná-la.

— Mas isso é chato! — Sara rebateu.

— Não é não! — Luke falou cruzando os braços.

— Fala sério, Luke. Lutar é mil vezes melhor.

Olhei para o Noah sentado na cadeira diante da mesa, ele me olhou rindo dos dois e eu neguei com a cabeça sorrindo.

— Mas a Alyssa gosta! — Luke falou revirando os olhos.

— Ela também gosta de treinar comigo. — Sara disse batendo o pé.

— É por isso que vocês dois formam um ótimo casal. — Noah comentou. — Duas crianças.

Luke e Sara se olharam sorrindo e começaram a se beijar, eu me afastei rindo e me sentei ao lado do Noah.

— Esses dois hein, quem diria. — Noah disse.

— Pois é. — Eu suspirei.

Ele me olhou avaliativo.

— Saudades dele? — Ele perguntou baixinho.

— Muito, você não faz ideia. — Eu sussurrei apoiando meu rosto na mão. — A imagem dele com a Abby não sai da minha cabeça, eles vem sem que eu permita, e dói, dói muito.

— Eu sinto muito por isso. — Ele sussurrou. — Eu queria saber o que fez ele tomar essa atitude.

— Beijar a Abby? 

— Não, se aliar aos Cefurs. 

— Você tem alguma idéia? — Eu perguntei esperançosa. 

— Não, não tenho. — Ele murmurou cabisbaixo. — Mas acredito que pensar nisso não me faz odiá-lo.

— Por quê? — Eu perguntei confusa.

— Bom, se ele teve algum motivo, quer dizer que ele não quis nos abandonar, não é? Mas teve que fazer.

— Você não o odeia? — Eu perguntei sussurrando.

— Você odeia? Seria capaz disso? 

Olhei bem pra ele que estava com uma sobrancelha levantada.

— Eu não sei, eu realmente não sei. — Eu disse. — Eu só... eu só queria que ele estivesse aqui. 

Noah me abraçou, passando seu braço pelo meus ombros.

— Eu também, Aly. — Ele sussurrou. — Eu também.

Depois que a Sara se juntou a nós e o Luke voltou para os computadores, nós ligamos a televisão da base para nos distrair um pouco, estávamos assistindo um filme quando um noticiário da nossa cidade interrompeu o filme do nada com uma notícia urgente.

— Acabou de chegar para nós uma notícia de última hora. — A jornalista disse.

— Aumenta o volume, Sara. — Noah falou ansioso.

Sara pegou o controle e aumentou, Luke tirou a atenção do computador para olhar a tv.

— Infelizmente o novo vírus Faulie chegou em nossa cidade, muitos cidadãos tem se contaminado muito rápido e ficando adoecidos, o ministério da saúde recomenda ficar em casa o máximo possível e usar máscara quando sair se necessário, devemos preservar a saúde de todos e ficarmos calmos, mas não se desanimem, a empresa Fycherfluar já conseguiu achar a cura e vai dar orientações para nós recebermos a vacina, logo mais traremos mais notícias.

— Mas que droga. — Sara resmungou.

— É, os Cefurs estão indo com tudo. — Eu falei bufando.

— Como assim? — Noah perguntou.

— Ué, todos nós sabemos que esse vírus é uma invenção dos Cefurs, não é? — Eu perguntei franzindo o cenho.

— An?! — Eles murmuraram.

— E como você explica as outras cidades com o vírus? — Sara perguntou levantando uma sobrancelha.

— Tudo mentira, é só entrar nos sites de notícias das outras cidades que não vai ter nada sobre vírus nenhum. — Eu falei convicta.

Luke voltou para os computadores e digitou rápido, depois se virou para nós de novo.

— É, tem razão. — Ele disse confuso. — Não falam nada sobre vírus ou Faulie.

— Viu?! — Falei triunfante.

— Então... os Cefurs estão espalhando essa mentira só para essa cidade?! — Noah perguntou.

— Sim, para todos pensar que estão infectados e querer a vacina, assim tirando a memória de todos. — Eu falei calma.

— Mas como eles fizeram para a jornalista falar o que eles queriam? Porque sendo assim, não tem pessoas adoecidas. — Sara perguntou.

— A não ser que... — Noah disse. — A jornalista seja uma Cefur também.

— Verdade! — Sara falou fazendo careta. — Se bobear, tem Cefur para todos os lados dessa cidade.

— Você foi bem esperta, Aly. — Luke falou piscando um olho.

— Obrigada, mas temos que pensar em um jeito de pará-los, pelo jeito o tempo não está ao nosso favor. — Eu falei cansada.

Ficamos por três horas pensando em alguma coisa, mas como sempre, não tivemos nenhum avanço. Cada segundo que passava, os Ceefus venciam, se o jornal já falou dessa "vacina", quer dizer que eles conseguiram seguir as instruções do pendrive e logo vão tirar a memória de todos.

Eu e Sara resolvemos ir ao mercado comprar algumas coisas que estavam faltando em casa, nos agasalhamos e saímos caminhando tranquilamente até o mercado. As ruas estavam muito vazias, agora quase ninguém saia de casa seguindo as orientações que o jornal deu. Eu e Sara sabemos que esse vírus não existe, mas pensamos que é melhor usar máscara de qualquer jeito para não deixar nenhuma suspeita.

No mercado, pegamos poucas coisas para não carregar peso, todos estavam muito distantes com medo de ser contaminados. Depois, nós duas passamos na lojinha da senhora Lee, faz um bom tempo que eu não a via, a última vez foi antes de irmos atrás do baú. O sino na porta entregou a nossa entrada fazendo com que ela nos veja.

— Alyssa, minha querida. — Ela disse com a voz abafada por causa da máscara cheia de florzinhas desenhadas.

— Oi, senhora Lee! — Eu a cumprimentei. 

— Bom dia, senhora. — Sara falou. — Prazer em conhecê-la.

— Que amiga bonita, Alyssa. — A senhora Lee falou. 

— Muito obrigada. — Sara disse achando graça.

— Quanto tempo eu não te vejo, por que não veio mais aqui? Senti sua falta comprando várias besteiras. — Ela disse saindo de trás do balcão.

— Sinto muito, senhora Lee. Andei meio ocupada, nada de mais. — Eu falei dando de ombros.

— Ah sim, esses jovens de hoje. — Ela murmurou arrumando a máscara. — Veio comprar chocolate? Guardei uns pra você.

— Hum, então vou levar todos! — Eu disse animada.

A senhora Lee cerrou os olhos e eu gargalhei.

— Não vou comer sozinha, olha essa garota aqui do meu lado! — Falei divertida, apontando com o queixo para a Sara.

— Ah claro, como se você não comesse a maioria sozinha. — Sara disse provocativa.

— Só não te mostro a língua porque tô de máscara. — Eu falei cerrando os olhos.

— Ah, que horrível esse vírus, não é? — A senhora Lee disse pegando os chocolates.

— Ah é, horrível. — Sara falou com desdém.

— Pelo menos essa máscara nos esquenta nesse frio. — Eu murmurei.

— Isso é. — Ela concordou me passando a sacola cheia de chocolate.

Peguei o dinheiro no bolso e passei para ela.

— Ainda bem que essa Fycherfluar tem a vacina. 

Eu e Sara nos entreolhamos.

— É... bom, nós já vamos. — Eu disse rápido.

— Ah, tá bom, mas venha mais vezes! — Ela disse acenando. 

Sara me puxou e nós acenamos para ela.

— Tchau, senhora Lee. — Nós falamos.

Saímos da loja e respiramos fundo, como eu queria falar para todos dessa cidade que esse vírus era uma mentira e que não existe nenhuma vacina, seria tudo mais fácil, mas isso causaria muito desespero na cidade, sabendo que eles estariam prestes a perder a memória. 

Olhei para o outro lado da rua e vi um carro da polícia passando e sumindo no final da rua, parei de andar e olhei para Sara ao meu lado.

— O que foi? — Ela perguntou confusa.

— Acho que tive uma ideia. — Eu falei sorrindo.

°•°•°•°

Nós chegamos em casa e tiramos as máscaras, deixamos as compras na cozinha e fomos animadas até a base para encontrar os garotos.

— Chegaram, finalmente! — Luke falou girando na cadeira. — Cadê o meu salgadinho? 

— E o meu refrigerante? — Noah perguntou.

— Deixem para pensar em comida outra hora! — Sara falou. — Alyssa teve uma ideia!

— Que? Quando? — Noah perguntou. 

— Quando ela estava andando com os pensamentos longe. — Sara disse rindo.

Fiz careta e me sentei ao seu lado.

— Compartilha ai com os amigos. — Luke falou animado.

— Bom, não sei se pode dar certo, mas escutem. — Eu falei me arrumando na cadeira.

Eles dois acenaram enquanto Sara me olhou, eu contei para ela no caminho e ela gostou, basta ver se os outros vão gostar também.

— É muito simples. — Eu comecei. — O nosso maior problema é entrar na Fycherfluar, mas não entramos porque teríamos que enfrentar todos os Cefurs até chegar ao Marcos Davis, certo? 

— Certo. — Eles murmuraram.

— Bom, pra gente ter que enfrentar os Cefurs, teria que ter uns cem de nós, então minha idéia é... vamos procurar ajuda. — Eu falei calma.

— Ajuda? — Noah perguntou soltando um riso nasal. — Onde vamos encontrar um batalhão que gostaria de arriscar a vida? 

— É, onde? — Luke perguntou franzindo o cenho. — Não conhecemos ninguém.

Eu e Sara nos olhamos.

— Essa é a parte difícil. — Sara disse.

— Vamos falar com a polícia. — Eu completei.

Eles fizeram uma cara de incrédulos.

— Que?! Falar com a polícia? — Luke perguntou. — Isso não vai dar certo.

— Se fizermos isso, o que vamos falar para eles? — Noah perguntou. — "Oi, tudo bem? É que tem uma empresa querendo tirar a nossa memória, poderia nos ajudar?" 

— Exatamente isso. — Eu falei acenando.

— Eu não quero me envolver com a polícia, isso é estranho. — Luke murmurou fazendo careta.

— Tem alguma ideia melhor? — Eu perguntei calma. — Não vamos conseguir enfrentar aqueles Cefurs sozinhos, ainda mais agora que todo o batalhão deve estar lá para proteger o edifício.

— Alyssa tem razão. — Sara concordou. — É o único jeito de ir até lá, pedindo ajuda.

— Pensando bem, se formos só nós quatro, eles vão nos matar na certa. — Noah disse mexendo os ombros.

— Droga. — Luke murmurou bagunçando seu cabelo loiro. — Ok, é a nossa única saída mesmo.

— Então, estamos todos de acordo? — Sara perguntou.

— Sim. — Eles murmuraram.

— Ok, vamos falar com eles amanhã cedo. — Eu falei. — Quanto antes melhor.

°•°•°•°

Estávamos em frente a delegacia de polícia da cidade, parados em frente a porta tentando tomar coragem para entrar, é de manhã e quase não tinha pessoas nas ruas por causa do "novo" vírus.

— Quem vai primeiro? — Luke perguntou engolindo em seco.

— Vamos todos juntos. — Sara respondeu. — União pessoal, união!

— Tem certeza que esse é o único jeito de parar os Cefurs? — Luke perguntou pela centésima vez.

— Sim, Luke. — Dissemos em uníssono.

— Precisamos de mais pessoas para nos ajudar a entrar na Fycherfluar, eles são os únicos que podem nos ajudar no momento. — Noah falou.

— Ok, vamos lá. — Falei seguindo em frente.

Abri a porta da delegacia e os outros vieram atrás de mim, uma mulher de óculos e um coque perfeito sem um fio fora do lugar, tirou a atenção dos papéis no balcão e olhou para nós quatro perto da porta, eu engoli em seco e nos aproximamos até ela no balcão, apoiei meus braços na madeira e ela levantou uma sobrancelha, eu sorri amarelo.

— Bom dia, eu... — Eu falei, mas fui interrompida.

— Cadê suas máscaras? — Ela perguntou voltando a olhar para os papéis em suas mãos.

Olhei para os outros de olhos arregalados, esquecemos de colocar as máscaras, Sara apontou com o queixo para ela.

— Huh... é... nós esquecemos. — Eu gaguejei.

A mulher sem tirar sua atenção dos papéis, pegou uma caixinha e me entregou, franzi o cenho e vi que são máscaras descartáveis, olhei de novo para os meus amigos que deram de ombros, dei uma máscara para cada e coloquei uma em mim, depois coloquei a caixinha de volta no balcão.

— Obrigada. — Eu murmurei. — Eu queria...

— O que eu posso fazer por vocês? — Ela perguntou se, me interrompendo de novo.

— Nós gostaríamos de falar com o delegado, por favor. — Falei nervosa, mexendo meus pés.

Ela olhou para nós com a sobrancelha levantada.

— E por que vocês acham que o delegado vai querer perder seu tempo conversando com... crianças? — Ele perguntou com desdém.

— Não somos crianças! — Sara esbravejou.

Chutei de leve sua perna com o meu pé, ela me olhou  e sussurrou um "o que?" e eu cerrei os olhos para ela fazendo-a bufar.

— Olha, senhora... — Noah falou se aproximando. — É muito importante o que temos para dizer.

— O delegado já tem muitas coisas importantes para fazer. — Ela disse separando umas folhas.

— Tenho certeza que não é mais importante do que temos para falar. — Eu disse com firmeza.

— Eu sinto muito, mas não vai ser possível. — Ela falou suspirando.

— Mas é um caso de vida ou morte! — Luke falou irritado.

— Então me conte, roubaram vocês? Te seguiram? — A moça perguntou cansada.

Comecei a ficar irritada, quando eu estava prestes a abrir a boca e falar umas verdades, a porta da frente se abriu revelando o delegado.

— Cintia, você pediu o meu café? — Ele perguntou se aproximando.

— Sim, senhor, está na sua mesa. — Ela respondeu arrumando seus óculos.

O delegado percebeu a nossa presença e se virou para nós.

— Ah, olha só, o que esses jovens fazem aqui? — Ele perguntou amigável. — Precisam de algo?

— Sim! — Nós falamos aliviados.

— Queremos falar com o senhor, é urgente. — Noah falou.

— Claro, claro. — Ele disse. — Cintia, por que não me falou que eles queriam falar comigo? Não tenho muita coisa pra fazer hoje.

Nós olhamos para a Cíntia que fazia cara de paisagem, Sara riu debochada e Luke revirou os olhos. O delegado nos chamou para segui-lo até a sua sala, nós entramos e sentamos em um sofá de couro enquanto ele sentou diante de sua mesa. Ele pegou seu café e um prato de donuts coloridos.

— Então, o vocês fazem aqui a essa hora da manhã? — Ele perguntou mordendo um donuts.

— Nós queremos falar de uma coisa muito importante. — Noah falou.

— Uma coisa que vai afetar todos nessa cidade se não fizermos alguma coisa. — Eu completei.

— Então me falem, se é algo que afeta minha cidade, eu preciso saber. — Ele disse franzindo o cenho.

Respiramos fundo e nos entreolhamos.

— Tem haver com a Fycherfluar. — Eu disse baixo.

— Fycherfluar? — Ele perguntou confuso. — Mas é essa empresa que vai nos dar a vacina contra o Faulie.

— Ela está mentindo, não existe nenhum vírus chamado Faulie. — Luke disse.

— Como não? — O delegado riu. — E o tanto de mortes que as cidades vizinhas estão tendo?

— É tudo mentira! — Eu falei. — É só pesquisar na internet, não tem nada de vírus nenhum. Foi a Fycherfluar que montou notícias falsas para nos fazer acreditar que tem um novo vírus.

Ele ainda confuso pegou seu celular, depois de minutos, ele olhou para nós.

— Como vocês sabem disso? 

Nos entreolhamos de novo, todos nervosos.

— É melhor contar tudo. — Sara disse sussurrando.

Olhamos para o delegado que estava com as sobrancelhas erguidas em nossa frente.

— É uma longa história. — Eu falei.

Ele ergueu as mãos e deu de ombros.

— Temos tempo. — Ele disse.

Estamos chegando no final, mais dois capítulos e o livro acaba!!!

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