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capítulo único

John Watson sentia-se sem chão desde que seu melhor amigo havia o deixado.

Quando dormia, a imagem de Sherlock Holmes pulando do telhado se repetia em sua mente, por isso, preferia nem dormir. John estava exausto, estava a três noites sem dormir, e quando anoitecesse, seriam quatro.

Desde o enterro de Sherlock, John tem ido todos os dias ao cemitério visitá-lo, e frente à sua lápide, contava-lhe coisas, como se ele ainda estivesse vivo e atento a tudo, algumas dessas coisas soavam mais como confissões. E naquele dia, John resolveu confessar algo que estava enterrado dentro de si, algo que ele nunca contou a ninguém.

ㅡ Sabe, Sherlock... As vezes me pergunto se, em algum momento, você teve uma noção verdadeira do quanto era especial para mim. Se estivesse aqui, diria que sabe tudo, oh, as pessoas não percebem o quanto é óbvio, basta observar, elas veem, mas não observam... ㅡ John tentou imita-lo ㅡ Você observava as pessoas de um modo impressionante, conseguia decifra-las por inteiro, sem erros, as vezes, os alvos de suas observações odiavam ter a verdade sobre elas posta na mesa.

John forçou um riso.

ㅡ Eu achava isso incrível, e as afirmações que fazia sobre mim eram... Elas me deslumbravam.

Ele piscou repetidas vezes, encarando a lápide de mármore onde está gravado o nome do amigo, tentando não chorar.

ㅡ Eram deslumbrantes porque nunca ninguém havia prestado tanta atenção em mim. Ao menos, não do seu modo peculiar, tão peculiar que as pessoas o taxavam de aberração. Mas você não era uma aberração, não era um maníaco, não era nada daquilo que diziam...

John desviou o olhar da lápide, secando uma lágrima que ousou cair. Depois, tornou a encará-la.

ㅡ Você era diferente sim, da melhor maneira. E por isso que... Por isso que eu te amava.

John engoliu em seco, rendendo-se as lágrimas.

ㅡ Eu amei muitas pessoas, mas nenhuma delas era como você... Te amei de todas as formas que uma pessoa pode amar a outra.

Ele respirou fundo, tentando se conter.

ㅡ É a primeira vez que eu digo isso em voz alta. Sempre guardei isso pra mim porque tinha medo de te perder, sofrer em silêncio me parecia melhor do que ficar sozinho.

Coragem, John...

ㅡ Outra coisa que nunca soube é que... quando me convidou para morar com você, havia acabado de me salvar. A vida depois de uma guerra é horrível, a experiência é horrível. Eu estava quebrado, muitas vezes eu tentei dar um fim a esse sofrimento, e eu quase consegui...

John suspirou fundo, levando a mão direita até seu antebraço esquerdo, ao pulso, onde ali ainda haviam algumas cicatrizes que ele sempre escondeu por debaixo dos suetérs e dos casacos.

ㅡ Eu não esperava que me salvasse de um fim horrível, e depois, me salvou tantas e tantas vezes... E eu sinto muito não ter conseguido fazer o mesmo por você. Sei que agora não adianta dizer tudo isso porque não está mais aqui para me ouvir, talvez eu devesse ter dito o que sentia, como me sentia.

John secou mais lágrimas com a manga do casaco que vestia.

ㅡ Por que é tão mais fácil ignorar os próprios sentimentos do que lidar com eles?

Engoliu em seco outra vez, tentando lutar contra a onda de choro e de dor na qual estava se afogando.

ㅡ Pode ser que esse sentimento dure para sempre, e a dor também. Saiba que... você mudou a minha vida, e só espero que, de algum modo, eu tenha conseguido mudar a sua.

Após terminar de falar, John ficou alguns instantes em silêncio. Ousou olhar para o céu nublado, as nuvens indicavam que vinha muita chuva. Ele poderia esperar que a chuva caísse e o dissolvesse por completo, assim, desapareceria e seu sofrimento acabaria, mas não, tudo o que ganharia com isso seria um resfriado violento.

De repente, John sentiu algo lhe agarrar pelas costas, alguém o agarrar, o prender em seus braços.

Sim, você mudou a minha vida, John.

Com o susto, John rapidamente livrou-se daquele agarre e virou-se para ver quem o prendia, mas só em ouvir aquela voz, soube no mesmo segundo, só não conseguia acreditar, tanto que não conteve o seu espanto e surpresa.

ㅡ É você? ㅡ Ele perguntou, emocionado.

ㅡ Sim... ㅡ Sherlock respondeu, emotivo.

ㅡ Deus... ㅡ John falou ㅡ Eu te vi morrer! Eu te vi pular daquele telhado! Eu toquei no seu pulso e você estava... Eu não acredito que aquilo foi mais uma das suas brincadeiras!

Ele se descontrolou, estava um pandemônio de emoções e sensações dentro de si, um misto de alegria e raiva, mas a alegria era maior.

ㅡ Eu devia te matar por isso, Sherlock Holmes!

ㅡ Segundos atrás, queria que eu estivesse vivo, agora que ressuscitei ao terceiro dia, quer me matar ㅡ ele brinca.

ㅡ Não seja tolo... ㅡ  John falou, pondo de lado seu orgulho, abraçou Sherlock, algo que sempre quis fazer.

Sherlock apenas retribuiu aquele abraço que recebia, envolvendo John ternamente.

Você está vivo... Está vivo... ㅡ ele falou, e Sherlock percebeu que John estava chorando de tanta emoção, e se agarrava a ele de um modo tão forte, como se tivesse medo de perdê-lo novamente.

E Sherlock também não se conteve vendo-o chorar.

Me perdoa, John... Me perdoa... ㅡ ele falou, o pressionando mais contra seu corpo. ㅡ Eu não devia ter te feito passar por isso...

Está tudo bem, Sherlock, está tudo bem. O que importa é que você está vivo.

Não está tudo bem, eu fiz você sofrer muito nesses dias... ㅡ Sherlock disse, afastando-se de John, podendo olhar em seus olhos, que estavam vermelhos de tanto chorar.

Por que você fez isso?

Sherlock suspirou, esboçando um sorriso em meio as suas lágrimas.

ㅡ Eu fiz por você, John. Preferi morrer de mentira a ver você morrer de verdade ㅡ ele respondeu.

ㅡ Por mim?

ㅡ É verdade tudo o que disse agora pouco? Sobre mim e... sobre o que você sentia por mim? ㅡ Sherlock falou.

ㅡ Você ouviu isso? ㅡ John ficou tímido, por mais que instantes atrás quisesse que o detetive estivesse vivo para ouvi-lo, não esperava que isso fosse acontecer.

ㅡ Na verdade, escutei tudo o que falou.

John gelou.

ㅡ Por que nunca me contou o que sentia? Não só sobre mim... ㅡ o detetive falou, calmamente ㅡ Mas sobre si mesmo.

ㅡ É muito difícil para mim falar disso, eu não queria te aborrecer... ㅡ ele falou, baixando a cabeça. ㅡ Além do mais, você já tinha feito tanto por mim...

ㅡ E poderia ter feito mais se soubesse o que estava acontecendo. Eu vi você tocar seu pulso quando falou sobre... ㅡ o detetive faz uma pausaㅡ Sobre dar um fim ao seu sofrimento.

John permaneceu em silêncio, de cabeça baixa.

ㅡ Por que não me contou?

ㅡ Eram meus problemas, não achei que estivesse interessado em saber deles.

ㅡ Saber como você se sente é importante para mim...

Sherlock tocou o rosto de John, fazendo-o erguer o olhar novamente.

ㅡ Você é a pessoa mais importante para mim, é mais do que meu melhor amigo.

ㅡ Mais que seu melhor amigo?

ㅡ Você disse que eu te salvei quando fomos morar juntos, porém, naquele instante, você também havia me salvado, só que eu não tinha noção disso. Na verdade, eu nem sabia que precisava ser salvo até isso acontecer, ㅡ ele disparou ㅡ por mais que estivesse rodeado de pessoas, sempre estive sozinho por causa do meu jeito de ser, por ser diferente. E por nunca ser aceito pelos demais, aceitei ficar distante das outras pessoas. Mas você, John Watson, foi a primeira pessoa que me aceitou sem julgamentos, abraçou minhas loucuras e esquisitices de uma forma quase fantasiosa para mim, porque alguém me aceitar como sou era apenas um fantasia. E para mim era uma fantasia alguém me amar do jeito que sou. 

Sherlock abriu um outro sorriso.

ㅡ Tentei não me apegar pois tinha medo de te perder de um segundo para o outro, porque quando fosse embora, eu não sofreria tanto. Porém, foi impossível, só que eu não esperava que fosse me apegar tanto a você a ponto de... a ponto de não querer que, um dia, me deixasse, de ter medo de ficar sozinho outra vez. E quando você estava em perigo de morte naquele dia, no telhado, eu só pensei em... Em como seria dolorosa a vida num mundo onde você não existisse mais. Por isso, fiz tudo aquilo, John. 

ㅡ Então, você...

ㅡ Eu te amo, John, e me desculpe se... nunca soube demonstrar isso do modo que você esperava, e por não ter cuidado de você da melhor maneira ㅡ Sherlock confessou.

O coração de John batia mais forte ouvindo aquilo, queria poder lhe falar tantas outras coisas, mas não conseguia esboçar reação alguma, tudo o que conseguia fazer era respirar fundo e olhar nos olhos dele, como se sua vida dependesse disso. Sherlock estava igualmente tenso, mas tomou a atitude, aproveitou que sua mão tocava o rosto dele e o puxou para um beijo.

John ficou surpreso com aquele ato repentino, mas logo cedeu aos lábios de Sherlock, pois aquele beijo era algo que sempre sonhou, ou melhor, algo que ambos sempre sonharam.

Era um beijo casto, sem pressa, como se estivessem se conhecendo outra vez. 

ㅡ John... 

ㅡ Sherlock... ㅡ o médico disse, o puxando para outro beijo demorado. 

Ambos aproveitavam cada nuance daquele beijo, cada sensação, como se aquele momento nunca mais fosse se repetir, como se fosse um adeus. Quando se separaram por falta de ar, sorriram como tolos um para o outro, como se fossem dois adolescentes que acabaram de dar o primeiro beijo em toda uma vida, desviando o olhar.  

ㅡ Eu sempre quis fazer isso ㅡ ambos disseram em uníssono, em seguida, deram risadas, mas após os risos, Sherlock mudou sua expressão, para algo mais sério.

ㅡ Tem algo errado, não é? ㅡ John perguntou.

ㅡ Sim... Eu não posso ficar com você, John, por mais que eu queira. Todos acham que estou morto, inclusive Moriarty, e é melhor que as coisas permaneçam assim, pelo menos, por um tempo. Então, terei que desaparecer.

ㅡ Eu nunca mais verei você? 

ㅡ Não irei embora para sempre, John, eu vou voltar, isso só... pode demorar ㅡ ele respondeu.

ㅡ E para onde você vai? ㅡ John perguntou.

ㅡ Não sei ainda, mas prometo que, quando estiver algum lugar, você saberá onde e como estou, não é um adeus definitivo ㅡ ele falou.

ㅡ Você me promete?

ㅡ Eu prometo ㅡ ele disse, trazendo John para um último beijo, seguido de alguns selinhos doces. 

Naquele dia no cemitério, Sherlock havia prometido que aquele não seria um adeus definitivo, e ele cumpriu sua promessa. Ao longo do tempo em que passaram separados, Sherlock dava sinais de onde estava, as vezes, ousava enviar cartas não assinadas para o 221B, cartas que John deveria queimar logo após lidas.

Passados dois anos, Sherlock Holmes retornou para a Baker Street, e o dia em que ele voltou certamente foi o melhor dia da vida de ambos, sobretudo a de John Watson, que finalmente poderia dizer que era um homem feliz. 

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postando essa one shot pq ta chovendo e ta frio, espero q tenham gostado bjss

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