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Capítulo 13

O que eu fazia ali mesmo? Me fazia aquela pergunta desde da hora que me levantei, o momento que entrei no ônibus e até ali, andando pelos corredores enormes em busca da sala correta para a primeira aula. Me amaldiçoei por não ter acordado a tempo para vir junto com Lisandra e xingava até sua quinta geração por não ter me acordado.

— Merda. — Murmurei pela centésima vez, minha voz fazendo eco nos corredores vazios.

Não tinha nenhum aluno à vista, nenhum funcionário rondando por ali que pudesse ajudar, realmente estava sem sorte.

— Quer alguma ajuda? — Uma voz baixa chegou aos meus ouvidos me fazendo pular de susto. Me virei e vi Rafael encostado na parede, de braços cruzados como se fosse algum tipo de maldito modelo.

— Droga, me assustou garoto. Não sabia que você andava se esgueirando pelos corredores. 

— Não estou me esgueirando, só estava indo para minha aula quando vi que precisava da minha ajuda, pode agradecer depois. — Revirei os olhos.

— Quem disse que preciso da sua ajuda. 

— Ah,então devo presumir que vai ficar bem em achar sua sala sozinha? Desculpe, vou deixar você aí na sua missão falha. 

Merda. Ele tinha razão, não podia ficar perdendo tempo ali nos corredores afim de tentar achar a bendita secretaria para perguntar, eu me atrasaria ainda mais.

— Pode me ajudar? — Murmurei baixinho, mas foi o suficiente para ele escutar, pois se virou com um sorrisinho vitorioso.

— O que disse? 

— Não me faça repetir palhaço, me escutou bem.

— Ah, mas essa atitude não é coisa de uma menina educada, Aninha. — Fechei meus olhos e tentei encontrar minha alma interior. Aquela discussão era desnecessária.

— Pode me ajudar, por favor. — As duas últimas palavras saíram estranguladas tamanho esforço que eu fiz para as proferir.

— Agora sim. — Ele ficou muito perto de mim, perto demais, estendeu a mão e entreguei o papel que tinha as matérias que iria fazer nele.

— Artes visuais. Gosta de desenhar né. 

— Dá pra agilizar? 

— Vá até o fim do corredor, primeira porta à esquerda. — Arranquei com raiva o papel de suas mãos e marchei a passos decididos pelo extenso corredor vazio.

— Um obrigado se faz presente Ana. — Não respondi, apenas levantei minha mão como dedo médio pra cima.

O que mais me irritava era a risada do idiota. Ele estava me provocando e eu não entendia o porquê. Não que eu estivesse interessada, só que aquele deboche não ia passar em branco.

                            🎀🏅

Procurei Lisandra por todo canto, já não aguentava mais estar ali dentro daquele lugar cheio de alunos perambulando para todos os cantos e conversando sobre assuntos banais como matérias novas e professores exigentes. Ali não era meu mundo, me sentia intimidada e sozinha, ou seja, o dia que havia começado ruim estava se tornando um verdadeiro inferno. Estava tão distraída que acabei esbarrando em alguém levando não só o meu material, como os da pessoa, ao chão.

— Me desculpe, sou um desastre. — Murmurei sem manter contato visual, catando as coisas desesperadamente com receio de que alguém visse aquele mico.

— Não, tá tudo bem. Eu também não olhava para frente.

Nos levantamos e foi então que vi o mesmo garoto baixinho de cabelos ruivos que encontrei na secretaria no dia da matrícula. Ele sorria amplamente, na certa me reconhecendo também, afinal, minha imagem não era algo para esquecer tão facilmente.

— Oi, naquele dia não deu tempo de me apresentar, me chamo Jonathan. — Ele estendeu a mão e a peguei por reflexo.

— Ana. 

— Prazer Ana, que curso você faz? — Continuei andando vendo com exasperação que ele me seguia.

— Artes visuais e você? 

— Jornalismo. Meus pais queriam que eu seguisse carreira em medicina, como foi com toda a família, mas não levo jeito. Desmaio ao ver sangue. — Tentei acompanhar enquanto ele falava, pois Jonathan trocava de tópicos rápido demais e eu ainda estava tentando entender o porquê dele estar me segurando e puxando conversa.

— Tá sabendo que vai ter uma festa de boas vindas para quem é calouro? 

— Peraí, peraí, é Jonathan não é? — Quando ele assentiu eu continuei. — Antes de continuar essa conversa sem pé nem cabeça, posso saber por que está sendo legal comigo? — Ele pareceu sem graça e me arrependi no ato de ter sido uma cadela insensível.

— Eu só queria te ajudar a tornar sua estadia mais confortável, sei bem como é ser novo no lugar e não ter amigos. 

— Então não tem nada de segundas intenções não é? Porque francamente você não faz meu tipo. — Ele deu uma risada alta.

— Nem você, ao menos que tenha um pênis escondido por debaixo dessas calças só quero ser seu amigo mesmo já que isso é o que me falta aqui. — Arregalei os olhos.

— Então, você é...

— Gay? Sim. Algum problema? — Perguntou cauteloso.

— Não, que isso. — Balancei as mãos para tentar apagar a imagem idiota que ele deveria ter de mim. — Só que pensei que... esquece.

— Mas então, já sabe da festa? Como você é nova deveríamos ir. — Continuamos andando e pensei bem a respeito da festa.

Por mais que eu quisesse ir, eu via filmes americanos o suficiente para saber que nada de bom sairia de uma festa destinada a boas vindas de calouros, e se eu tivesse que pagar algum mico na frente de todos eu não o faria e os mandaria para o raio que o parta.

— Vou ter que beber algum vidro de molho de pimenta? — Ele me olhou como se eu fosse louca.

— Óbvio que não. — Trotes desse nível são proibidos, mas têm os que passam por prendas mais rigorosas, por assim dizer.

— Tipo os que os valentões acham mais fracos. 

— Não estamos mais na escola Ana, então isso de valentões abusando dos mais fracos não existe.

— Isso tem em todo lugar Johni, posso te chamar assim? 

— Um apelido? — Assenti. — Caramba, eu nunca tive um apelido.

— Então não teve amigos? 

— Olha pra mim Ana, ninguém quer ficar perto do esquisito nerd, sempre foi assim na escola e aqui não é muito diferente. — Ele deu de ombros como se aquilo fosse normal.

Mordi o lábio inferior o entendendo bem. Eu sabia bem o que era não ter amigos por um longo tempo, então sabia também como ele se sentia e aquela semelhança e sinceridade ao me contar aquilo só me fez gostar ainda mais dele.

— Então agora você tem um apelido e uma amiga. — Dei o braço para ele que entrelaçou no meu animado. — Eu também tenho um apelido, sabe. Não quero que me chame de Ana, mas sim de Natasha.

— Mas esse apelido não tem nada a ver com seu nome.

— Mas de acordo com minha identidade falsa esse é meu nome também, e como não estou pronta para me desfazer dela fica sendo meu apelido.

— Você faz identidades falsas? — Ele perguntou incrédulo.

— Não, mas meu amigo faz. Eu completei dezoito anos faz pouco tempo e tinha necessidade de sair para todos os lugares, meio que precisava. — Dei de ombros ficando satisfeita com a minha desculpa para a ID falsa. 

— Uau. Acabei de arrumar uma amiga e ela é tão descolada assim. Sabe, você se daria bem com a turma do Rafael.

Nos sentamos em uma mesa de canto afastada de todos olhamos para a cantina que vende diversos tipos de comida. Meu estômago roncou e remexi em meu bolso e a procura de algum dinheiro, para meu azar eu não tinha nenhum que não fosse utilizado no transporte público. Jonathan observava tudo e chamou uma velha senhora pedindo pão de queijo e refrigerante.

— Sabe, eu posso dividir com você. — Balancei a cabeça enfaticamente.

— Não quero caridade, pretendo arrumar um emprego logo, logo.

— Está precisando em uma lanchonete aqui perto.

— Depois me mostre onde.

— Mas então, não respondeu sobre a minha ideia.

— Sobre eu ser amigo do tal Rafael? Sei nem quem é esse sujeito. — Sim, eu estava dando uma de louca ou tentando minimizar a fama do senhor popular no campus.

— Vai me dizer que não conhece aquele deus grego. — Tirei um pacote de chicletes do bolso e ofereci para Johni, ele pegou um. —  É aquele cara que estava na secretaria junto com a gente, lembra?

— Sim. Não acho isso tudo. — Menti. O cara era um puta gostoso, mas eu não ia admitir aquilo em voz alta nem sobre tortura.

— Ah, qual é, o cara é um alto padrão, mas o irmão dele é mais gostoso ainda. 

— Pensei que você fosse um pária da sociedade, como conhece o irmão dele? 

— Não seja boba, eu o vi quando o boy veio falar com o irmãozinho aqui. Não tinha como não associar dois mais dois, os olhos são iguais e o mais velho é um pouco mais alto. — Fiquei imaginando dois homens iguais aquele idiota gostoso. Sim, às vezes o mundo era injusto com quem passava na fila da beleza.

Quando o pedido de Jonathan chegou na mesa ele insistiu para que eu pegasse um pouco e como eu estava realmente com fome, aceitei, dizendo que iria pagar quando saísse da fila do desemprego. 

Conversamos sobre banalidades, Jonathan me contou sobre sua vida e que vivia sozinho em um apartamento financiado por sua avó, que o adorava e apoiava suas escolhas de curso, ele tinha um gato chamado Loki e era fã de quadrinhos e universo Marvel. Gostava de fazer aplicativos que nunca seriam famosos por vários motivos e namorou apenas uma vez. Ele até tentou puxar assunto comigo sobre minha vida, mas apenas fornecia o que havia sido ensaiado por mim. Contei tudo sobre minhas aventuras quando ainda estava em São Paulo, deixando de fora meu passado antes de tudo isso.

O papo estava agradável até que uma sombra pairou por cima de nós, me dando conta de que não estávamos mais sozinhos. Um rápido olhar pra cima me fez constatar que era Rafael ali, aquele garoto pegou a noção e enfiou no cu.

— Perdeu alguma coisa aqui? — Ele deu um meio sorriso, que com certeza seria capaz de molhar várias calcinhas, incluindo a minha, mas aquele era apenas um detalhe que não deixei transparecer.

—Tá de amigo novo. Fala aí... qual o seu nome mesmo? — Vi meu novo colega ficar quase roxo. Não havia me dado conta de que ele seria tímido e como sou idiota, faz todo o sentido, ele não tinha amigos.

— Jonathan. Sabe que é falta de educação não saber o nome das pessoas? 

— Não vou gravar o nome de cada indivíduo do campus. — Eu sabia que ele estava certo, mas eu não perdia a oportunidade de o provocar.

— Que seja. O que o trás a mesa dos excluídos senhor popular? — Ele passou a mão atrás da nuca, como se minha pergunta o tivesse pego de surpresa.

— Vim saber se você vai à festa dos calouros, eu sou um dos organizadores.

— Não, nós não... — Coloquei a mão na boca do meu novo amigo para que ele se calasse.

— E por que eu não iria? — Coloquei em meu rosto a expressão mais cínica que já consegui na vida e sustentei seu olhar.

— Então, posso te esperar? — Me levantei ficando de frente para ele, o medindo de cima para baixo, ocasionando um olhar de luxúria dele. Era proposital, eu sabia o que estava fazendo.

Sim, eu queria transar com aquele cara, mas para diversão do que qualquer outra coisa. Aquelas provocações toda e esse joguinho de gato e rato me excitavam demais e eu tinha que ter um passatempo naquela merda de faculdade. 

Quando um dos professores passou todo o programa do curso senti que ia envelhecer uns vinte anos naquele período. Ia foder minha mente nos estudos dali por diante, não teria tempo para ficar entrando e saindo de festas, teria que fazer o pouco dinheiro da minha mãe valer a pena, afinal, foi guardado com sacrifício. O que eu podia ao menos era dedicar meu corpo ao relaxamento e eu queria provar se minha teoria estava certa.

Toda vez que eu olhava pra um cara eu tentava adivinhar se o corpo dele era capaz de me proporcionar prazer e uma boa foda, normalmente minha intuição não falhava, afinal, horas antes de transar com Rodrigo eu tive aquela intuição de que o boy sabia o que fazer com o corpo de uma mulher. E naquele momento eu tinha o mesmo pressentimento com Rafael, era questão de tempo até tirar a prova dos nove. 

— Pode, Jonathan e eu iremos.

— Mas você disse que não... — Chutei a canela de Jonathan o que acarretou em um gemido de dor.

— Te espero lá então. — Ele se virou e fiquei analisando o corpo dele, definitivamente a bunda dele deveria ser espetacular.

Me sentei animada na cadeira e recebi os olhares de desaprovação de Jonathan que ainda esfregava sua perna.

— O que foi isso? Disse que não ia.

— Falou bem, eu não ia, agora eu vou. Sabe que mulheres mudam de opinião como quem muda de roupa. 

— Não me disse que conhecia Rafael. Ele parecia bem interessado, mas não se ilude mana, ele não costuma pagar de namoradinho com ninguém. — Dei uma risada alta e ele me bateu por estar chamando atenção de outros alunos.

— Então ele que se prepare porque eu também não sou do tipo que se apega. Eu só quero aquele corpo.

— Queria eu ser desapegado assim. — Ele resmungou partindo pão de queijo em quatro pedaços.

— Então é um senhor romântico? — Ele assentiu. — Uma dica, príncipes encantados não existem.

— Palhaça. — Ele me bateu. — Então vamos mesmo? 

— É óbvio, vamos botar pra quebrar nessa festa. — Cruzei os braços e me encostei no encosto da cadeira.

Já estava na hora daquele campus conhecer Natasha.

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