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☃︎ 09 ☃︎

Não revisado

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Wooyoung on.

— Eu estou grávido! — falei de uma vez.

Ele engasgou com a água, começou a tossir.

— Nem pense em morrer agora. — ainda nem casamos para eu ter uma pensão bem gorda.

Continuou tossindo, bati forte nas costas dele, pronto!

Desliguei a televisão, o assunto será sério.

Bebeu mais água, está até vermelho tadinho.

— Você está bem? — perguntei.

— Sim. — não parece. — Que brincadeira é essa bebê? Quase me mata.

— Não estou brincando. — é sério.

— Como não está brincando? — perguntou. — Nós só transamos com camisinha, você tem o problema de genética que não consegue engravidar sem tratamento, é uma brincadeira sim.

— Não é. — agora é o momento de contar. — Sobre o tratamento, eu fiz ele com dezenove anos e não me lembrava. — me olhou perplexo, fiquei assim também amor. — E a camisinha, lembra quando passamos a primeira noite juntos e ela rasgou no último round?

— Sim, mas você tomou a pílula. — então. — Jung Wooyoung, o que você fez com o dinheiro da pílula?

— Tomei sorvete. — quase que não sai.

— Você tomou sorvete com o dinheiro da pílula? — confirmei. — Não estou acreditando que a pílula virou sorvete.

Ele levantou andando de um lado para o outro desacreditado da minha atitude.

Será que ele terminaria comigo por isso? Foi um errinho bem pequeno.

Que se transformou em uma gravidez, mas não vamos citar isso agora.

— Você está grávido? — confirmei tirei os papéis embaixo da almofada, coloquei em cima da mesa de centro, ele pegou.

— Última parte. — leu a parte que confirma.

— De quanto tempo está? — coloquei a mão na barriga.

— Se está perguntando isso pensando que vou abortar, pode esquecer, eu crio esses bebês com ou sem você, nunca precisei de ninguém para saber me cuidar. — levantei a voz.

— Eu não iria pedir isso, meus pais são Judeus, me matariam se soubessem que só pensei nisso. — bom mesmo. — Só quero saber de quan... — pensou. — Espera, você falou bebê no plural ou eu estou sonhando?

— São gêmeos. — coloquei as fotos na mesa, uma de cada, ele pegou. — Eles ainda não formaram, mas o coração já está batendo forte, e são grandes pelo tempo de gravidez.

— Não puxou você. — muito engraçado.

Ele está olhando as duas fotos, peguei meu celular.

— A doutora gravou, quer ouvir? — ela me mandou depois.

Confirmou, dei play no vídeo, ele olhando a tela, logo os batimentos foram ouvidos.

— Posso? — pediu o celular, entreguei.

Ele ficou dando replay por alguns minutos, vendo e ouvindo várias vezes.

— Eu estou com nove semanas, isso equivale a dois meses e uma semana. — falei.

— Isso é realmente sério? Não está brincando? — sentou ao meu lado de novo.

— Eu não brincaria com isso, é sério. — estou receoso. — Você vai assumir? Vai querer fazer um teste de DNA?

— Sim, eu vou assumir. — que alívio! — Não vou fazer teste, confio em você com um olho fechado.

— Por que só um? — perguntei.

— Tomou sorvete com o dinheiro da pílula, pestinha. — nem sou. — Esses bebês vão ser amados pelos dois pais deles.

— Vão sim. — ele me abraçou.

— Perdão por te fazer pensar que não iria assumir. — beijou meu pescoço. — Só estava um pouco chocado com a notícia.

— Tudo bem. — também fiquei.

— Foi na sexta-feira que descobriu? — perguntou após se afastar.

— Sim, eu fiz exames na quinta-feira, e sexta-feira fui chamado para ver os resultados. — respondi. — Minha médica deu a notícia, não acreditei até lembrar da pílula/sorvete, e ela sugeriu chamar o bebê de Ice cream, porque até então era só um bebê.

— Quando se tornou dois? — já vamos chegar nessa parte.

— Como eu não estava acreditando ela achou melhor fazer um ultrassom, então a obstetra que vai acompanhar a gravidez inteira confirmou a gravidez, e falou "São gêmeos!". — só de lembrar já fico suando. — Aí eu desmaiei.

— Você desmaiou? — sim. — Queria estar lá.

— Para rir de mim, nem pensar. — palhaço.

— Não, eu provavelmente iria desmaiar também. — não duvido. — Então o sono em excesso, a fome, enjoos, mudanças de humor, sensível demais, tudo sintoma da gravidez.

— Exato. — ainda não caiu a ficha. — E eu não estou sensível.

— Não está? — neguei, ligou a televisão. — Assiste.

Fiquei olhando o documentário sobre o mundo animal, logo apareceu um guepardo atacando um filhote de antílope, tirou da mãe dele. Um bico se formou nos meus lábios, e lágrimas saíram dos meus olhos.

— Você é cruel, amor, isso não se faz com um grávido. — estou chorando por um antílope.

— Tadinho do meu bebê que não está sensível. — me acalmou. — Já passou, olha lá a família de focas.

Olhei, estão ensinando a foquinha a nadar.

— Fofinha! — falei.

— Sim, muito fofinha. — desligou a televisão.

— Estou assistindo. — liga.

— Bebê, precisamos conversar sobre nossos filhos. — ai meu Deus! Eu vou ter filhos! — Amanhã nós vamos ir assinar os papéis da nova casa, e eu já vou mandar preparar da segunda casa que vi, porque é maior agora que teremos dois bebês.

— Maior quanto? — perguntei tentando tirar alguma informação enquanto ele está distraído com o celular.

— Maior e não te interessa curioso. — grosso.

— O pai de vocês não me respeita nenéns, tomara que nasçam a minha cara. — chato!

— Não coloque meus filhos contra mim. — esse é o mesmo que disse "nunca foi meu sonho ser pai", a tá!

— Coloco sim. — ele não viu nada.

— Pronto, casa maior. — mais coisa pra limpar.

— Os nenéns estão bem, saudáveis, minha médica é excelente! Estou tomando as vitaminas, passando repelente para nenhum inseto maldito me morder, e já cortei todos os alimentos que fazem mal a eles. — contei tudo. — Quer saber algo mais?

— Só uma coisa. — o que? — Você está bem com a ideia de ser pai agora?

— Ainda não caiu a ficha, mas estou bem! — afirmei. — Sempre sonhei em ser pai, e você sendo o outro pai torna tudo perfeito.

— Não sonhava em ser pai, mas a cada minuto estou passando a amar isso. — que bom! — Prometo que vou cuidar de vocês, agora seremos quatro.

Miados.

— Seis amor, respeita nossos filhos de rabo. — ele riu.

— Garanto que vocês dão mais trabalho que os gêmeos. — miaram, eles discordam. — Vou contar para os meus pais, e meus amigos, talvez dar uma festa?

— Língua de nós todos, quietinho! — tirei o celular da mão dele. — Não vai contar para ninguém que estou grávido.

— Por quê? — perguntou quase fazendo birra.

— Ainda não fiz três meses, e é o tempo que corre o risco de perder os nenéns, isso já é um motivo enorme. — falei. — Segundo, após contar o Wooyoung não importará mais, apenas os gêmeos, ninguém vai perguntar "Wooyoung, como você está?", Só irei ouvir "Como estão os bebês?", E eu vou impedir isso até o dia do casamento.

— Como? Nós vamos nos casar em três meses, sua barriga já vai estar grande. — já vou explicar meu belo plano.

— Não vamos mais casar nessa data, vamos casar uma semana após o Yeosang. — falei. — Já conversei com ele, disse que não se importa desde que seja meu padrinho.

— Mas uma semana após o Yeosang significa que vamos casar em um mês? — ele entende rápido né? — Isso não é meio rápido? Vão falar que estamos casando rápido por você estar grávido.

— Eu estou, mas quando perguntarem, responda "A data do meu casamento não te interessa". — simples assim. — Não quero que no meu casamento as pessoas só perguntem dos bebês, é meu dia, já vão chamar atenção o restante da minha vida, pelo menos esse dia precisa ser eu.

— Nós. — nós nada.

— Eu, você vai sentir dores nas costas, pés inchados, enjoos, quer que eu continue? — negou. — Meu dia, mas eu deixo você aparecer um pouco.

— Vai noivar com um Jung, é uma delícia. — resmungou, bati no braço dele. — Mentirosos.

— Até nós voltarmos da Lua de Mel, ninguém vai saber dessa gravidez, ninguém! — deixar bem avisado. — Depois nós fazemos um almoço, convidamos todos que importam e contamos, certo?

— Certo. — sei disso. — Você vai aguentar não contar?

— Por sete anos não soube que eu gostava de você, sou excelente em guardar segredos. — falei.

— Essa doeu. — doeu mais em mim, te garanto.

— Não seja assim amor, veja pelo lado bom, você nunca me viu saindo com três homens, ou algum ex falando da sua aparência e dizendo que você não servia para mim. — tem o lado bom da história.

— Doeu também. — está todo doído hoje. — Não gosto de pensar que falaram isso para você, meu bebê! — me colocou em seu colo. — É o ser mais lindo do universo, e perfeito para estar comigo.

Sim, quem falou que eu não servia para estar com ele e me chamou de feio, morreu.

— Eu te amo! — deitei a cabeça em seu ombro.

— Eu também te amo! — muito mesmo. — Mais do que posso demonstrar.

— Sei disso bebê. — beijou a minha testa. — Você me amou primeiro, mas eu te amo mais.

Ficamos um bom tempo no sofá, eu já estava quase dormindo quando precisei correr até o lavabo.

Entra logo no terceiro mês para o meu pesadelo acabar, é nos três primeiros meses que o enjoo é persistente.

— Quer alguma coisa? — que você engravide.

— Na próxima gravidez, você vai engravidar. — escovei meu dente.

— Como assim próxima? Dois está ótimo! Mais que perfeito para mim. — veio atrás de mim para a cozinha.

— Para você, eu quero quatro. — ele sempre fica desconfigurado ao ouvir sobre termos quatro filhos.

— Conversamos sobre isso após os gêmeos nascerem, uns dez anos depois. — quanto tempo, não gostei. — Sem bico, bebê.

— Podemos adotar já que você não quer engravidar. — continuou negando. — Chato!

— Eu não vou engravidar, e não vamos adotar, ainda estou processando os primeiros filhos, vai devagar ou eu vou desmaiar. — nem falo nada. — O que vai fazer?

— O almoço!? — tô com fome.

— Vai não, eu faço e você vai sentar. — sinto que não irei fazer nada pelos próximos meses.

Sentei na cadeira alta do balcão, fiquei ali replanejando as coisas do casamento com o cerimonialista.

Ontem fizemos uma vídeo chamada para eu contar que a data do casamento mudou, ele quase desmaiou quando ouviu que era em um mês, chegou a ficar meio pálido.

Mas aceitou e já foi ajeitar a data de tudo, falar com o buffet. Os pais do San quase tiveram um troço quando ele falou "Não precisa pagar nada", para a mãe dele não desmaiar, sugeri que pagassem o buffet, aceitaram felizes.

O melhor chefe do mundo vai estar fazendo toda a alimentação do meu casamento com a sua equipe. Eu sugeri algo mais em conta, mas eles quiseram isso, não iria discutir com o embaixador.

— Amanhã vamos ir assinar o contrato da casa que horas? — perguntei.

— Dez horas. — marquei no celular.

— Vai demorar quanto tempo? — ele pensou.

— Meia hora. — respondeu. — Por que?

— Após isso, vamos ir tirar medida para nossas roupas. — informei.

— Vou poder escolher como eu quero? — neguei. — Mas é minha roupa.

— É minha casa, e você não deixou eu escolher nem a cor de uma cadeira, eu escolhi a sua roupa. — cada coisa.

— Chato! — sou mesmo.

Anotei na agenda que vamos no alfaiate amanhã, enfim se encerra meus compromissos de amanhã.

— Terça-feira vou ir experimentar os bolos e doces. — comentei.

— Eu vou? — neguei. — Muito chato.

— Já escolheu seus padrinhos? São dois. — única coisa que ele vai escolher.

— Quem são os seus? — quem será?

— Sang e a Nina. — que óbvio. — Lembrei de mais um compromisso.

Pegar os convites personalizados deles, mas só posso entregar após Helen voltar da Lua de Mel.

— Os convites chegam na quarta-feira, com a sua lista de convidados muitos serão enviados para fora da Coréia, os meus são daqui mesmo grande maioria. — falei. — Padrinhos, San?

— Amor para você. — tóxico. — Seonghwa e Mingi.

— Hongjoong não? — negou. — Ele não quis né?

— Não, só vai ao casamento pela comida. — a cara dele. — Eles não vão ter Lua de mel?

— Você só dá duas semanas de folga para Hongjoong e Seonghwa, Yeosang quer passar um mês viajando, então vai esperar as férias em Junho para fazer isso. — misericórdia um mês viajando com o San, eu já estou quase surtando em morar juntos após o casamento.

Eu e o San somos extremamente diferentes, até se adaptar vai demorar.

— Bebê. — olhei para ele. — O que acha de morarmos juntos antes do casamento? — nem fudendo.

— Por que faríamos isso? — perguntei tentando achar uma desculpa para falar "não" sem magoar ele.

Mas você não ama ele? Amo, e muito. Porém, o San ele nasceu no dia internacional de "irritar o Wooyoung", e ele faz isso com excelência, ninguém consegue me irritar com tanta facilidade igual ele.

E de propósito, ele gosta de me ver quase vermelho de raiva. Então ainda não quero morar junto, mesmo que eu more no apartamento e passe mais tempo aqui, lá é meu descanso para não matar esse idiota.

— Você passa mais tempo aqui do que no seu apartamento. — sabia que ele usaria esse argumento. — E assim já iríamos nos adaptando um ao outro com você morando aqui tempo integral.

Por que os argumentos precisavam ser bons?

— Mas pela sua cara você não quer morar comigo. — droga!

— Não é que eu não quero morar com você. — silêncio. — Eu só nunca me imaginei morando com o noivo antes de casar, sou um rapaz de família.

— Mas já morou dois meses com um dos seus namorados. — ele lembrou, merda! — O problema é ser eu, né? Você quer realmente casar comigo? Só aceitou por pena?

Dramático!

— San, respira. — parou de falar. — Eu te amo, e quero muito casar com você. — seis anos gostando dele. — Eu quero construir uma vida ao seu lado, aceitando todos os seus defeitos, e você os meus, mas hoje eu não me vejo vindo morar aqui, não estou pronto para isso, entendeu?

— Sim. — ótimo! — Vai estar pronto até nosso casamento?

— Vou estar, fique tranquilo. — fazer terapia para controlar a raiva. — E você, vai estar pronto para parar de me irritar? — negou. — Pois fique, porque eu estou grávido e não posso ficar com raiva das suas gracinhas, faz mal aos seus filhos, cuidado com o que faz a partir de hoje Choi San.

— Quando fala meu nome inteiro, fico com medo. — líder da máfia com medo do noivo, bem menor que ele. — Não vou te irritar até eles nascerem.

— Obrigado! — até lá faço ele mudar de ideia sobre ficar me irritando.

Nós almoçamos e eu fui para o sofá enquanto ele lava louça, me ofereci para lavar, mas ele não deixou.

Fiquei bem pleno comendo chocolate e mexendo no celular.

— Chocolate faz parte da dieta? — perguntou sentando e colocando meus pés em seu colo.

— Sim, ajuda no desenvolvimento. — menti.

— Vou ver no Google. — um pé no pescoço dele.

— Pesquisa e fica sem sexo até eles irem para a faculdade. — ameacei.

— Tão agressivo esse bebê. — coisa da sua cabeça, começou a fazer massagem nos meus pés. — Logo esses pezinhos vão parecer dois pães.

— Discordo. — provavelmente vai.

Nosso dia foi tranquilo com ele me mimando muito como sempre. A noite após tomar banho e comer eu já estava procurando a cama.

— Já está com sono? — perguntou enquanto eu me ajeitava na cama.

— Muito, estou dormindo por três agora. — respeita meu sono.

— Tudo vai culpar os gêmeos né? — lógico.

— Com toda certeza. — eu dormi logo, ele, eu não sei.

Tive uma boa noite de sono, acordei uma vez para fazer xixi, logo vai aumentar. Cedo San me acordou, cedo mesmo.

— Isso não é hora de acordar um grávido. — falei.

— São nove e meia, vamos nos atrasar para assinar os papéis da casa. — cedo demais.

— Amor, você não me ama. — entrei no banheiro, e escovei meu dente, lavei o rosto.

Troquei de roupa no closet, camiseta branca e macacão jeans amarelo, boina amarela. Sentei no puff e calcei um tênis, estou quase pronto.

Após me perfumar saí do closet, peguei meu celular e coloquei no bolso da frente do macacão. Saí do quarto, desci para o primeiro andar, San saiu da cozinha.

— Toma, vai tomar seu café no caminho. — não me ama mais.

— Bom dia para você também seu chato. — peguei o que ele me deu e saí na frente, bicudo.

Entrei no carro que já estava parado na frente da casa dele, coloquei o cinto. Abri o potinho, salada de fruta com as frutas que eu gosto. Puxei no canudo do copo, suco de maracujá.

Está querendo dizer que ando estressado? Fala na minha cara.

Logo ele entrou, eu comendo sem olhar para o lado.

Ligou o carro e saiu, não se tem mais respeito pelo grávido nesse relacionamento.

Fiquei bem quieto comendo, quando acabou coloquei o copo e o potinho com a colher no banco de trás.

— Vai ficar bicudo o dia inteiro? — pretendo.

— Não estou com bico. — eu estou.

— Você está, quase chegando no vidro o tamanho do bico. — bater ou matar? Não vou criar os gêmeos sozinho.

— Falou que não iria me irritar. — estou calmo.

— Não estou te irritando. — calúnia, acabou de falar que meu bico quase chega no vidro, mas isso não é me irritar. — Você está se irritando muito fácil.

— Eu estou grávido, San, não controlo meus hormônios. — começando a me estressar. — E a culpa é sua.

— Que novidade! O que eu fiz dessa vez? — perguntou.

— Me acordou cedo e não me deu "bom dia". — vou achar outro noivo.

— Só por isso está bicudo? — ainda acha pouco?

— Se não me ama mais, é só falar. — ele riu. — Do que está rindo, idiota?

— Bom dia! Bebê mais lindo e dramático. — falou. — Melhor?

— Não, falou com sarcasmo. — cruzei os braços virando para a janela.

— Falta sete meses para os gêmeos nascerem? — confirmei. — Quanta coisa.

Chegamos ao lugar que vai assinar os papéis, saí do carro.

Ele parou ao meu lado, cruzei os braços, não vai segurar minha mão se não me dá pelo menos "bom dia".

— Sete meses, por quê? — resmungou e foi andando, eu atrás dele.

Entramos no prédio, ele falou na recepção e nós seguimos até a sala da corretora.

— Bom dia! San. — falou sorrindo para ele.

— Bom dia! Jisoo.  — para ela você dá "bom dia!"?

— Entra. — ela quase fechou a porta na minha cara após o San entrar. — Não te vi.

Mentirosa.

— Também não vi você. — sonsa.

— Quem é esse? — você não testa a minha paciência moça, já tem meu noivo para isso.

— Meu noivo, de quem já falei. — falou mesmo? — Jung Wooyoung, bebê, essa é a corretora, Choi Jisoo.

— Oi! E você, San, como está? — está acabando o pouco de paciência que tenho.

— Estou bem. — por enquanto você está.

— Pensei que iria vir sozinho. — eu acho fácil alguma mulher que aceita dinheiro para te dar um cacete, puta oferecida. — Lembra daquele final de semana que passamos na casa de praia dos seus pais? Precisamos repetir. — Deus, é pecado eu bater nela? — Você fica melhor solteiro, relacionamento sério não combina com você. — virou para pegar uns papéis tagarelando sobre meu noivo, empinando isso que ela chama de bunda.

Acabou.

— Escuta aqui, sua puta de esquina. — a sorte dela é ser mulher, ou estava lascada, virou para mim com cara de ofendida. — Você se coloca no seu lugar, que é o lixo.

— Mas eu nem fiz nada. — cínica.

— Teu cu que não fez, te bater eu não posso, mas estouro seus miolos com uma bala, arrombada. — filha da puta. — Fica se oferecendo para homem comprometido vai ser tratada igual puta barata. Você não sabe ser profissional, não é só o dinheiro dele que vai pagar essa casa, se não me trata com respeito, eu vou te tratar no mesmo nível para pior, como eu sei que você receberia uma comissão grande pela venda dessa casa, não vai mais, porque pela sua mão nós não vamos comprar casa nenhuma.

— San, você concorda com isso? — diga o contrário e fica solteiro.

— Ele que manda. — otária.

Saí do escritório dela trazendo o San.

— Fica tão gostoso todo estressado. — falou.

— Vamos ver se vai achar mesmo na sua vez. — tem para ele também.

Fui até a recepção.

— A mesma casa que meu noivo escolheu eu quero que você passe para outro corretor. — falei, e ela sem entender. — Porque se aquela puta chegar perto de mim, ou do meu noivo, nós vamos procurar outra corretora.

— Está falando da Jisoo? — ela mesmo. — Não sei se posso mudar.

— Pode, ou muda, ou coloco esse lugar abaixo. — ela digitou no computador. — Precisa ser homem, casado, e de preferência hétero.

Assim tenho certeza que não vai dar em cima do San.

"Mas você não confia na sua própria comunidade?" Óbvio que não.

"Não é todos que vão dar em cima dele, seu noivo não é a última Coca-Cola do deserto". Estamos falando do San, ele é a última Coca-Cola geladinha no deserto.

Uma vez uma bicha safada deu em cima do San, na minha frente, como era homem, grudei no pescoço dele que Choi teve trabalho para tirar.

— Os corretores homens são gays, mas tem uma mulher. — não. — Ela é lésbica.

— Pode ser ela. — estou seguro.

O que mais me irrita não é darem em cima do San, isso mostra que ele é muito lindo. O que me irrita é fazer na minha frente, como se eu não existisse, maior putaria.

Tem gente com fetiche em homem compromissado.

— Desculpa perguntar. — olhei para trás, uma mulher com o marido. — Mas pode me dizer o motivo para mudar de corretor, a minha é a Jisoo também.

Olhei o marido dela, você também deveria mudar.

— Se não quiser passar estresse, afeta o bebê. — está gravida. — Mude também, maior puta oferecida.

Conversei com a mulher como se conhecesse há anos, para falar mal de alguém eu socializo fácil.

Ela quis a mesma corretora minha.

Fomos juntos assinar os papéis da casa, a corretora ficou feliz, e informou que a outra faz isso sempre.

Após assinar San já pegou a chave da casa, assim saímos da corretora.

— Me dá a chave do carro. — estendi a mão.

— Por que? — porque será né?

— Eu vou dirigir, você não sabe onde é. — ele me entregou a chave, nós entramos no carro. — Só uma pergunta, por que você decidiu que essa sem vergonha seria a melhor escolha para corretora?

— Ela é uma boa corretora. — liguei o carro após colocar o cinto.

— Você tem o que na cabeça San? Nada né? Porque puta que pariu, como iria se sentir se eu te levasse na sorveteria que meu ex trabalha, ou qualquer estabelecimento que alguém que já me envolvi romanticamente? Iria ficar feliz? — perguntei.

— Não. — então.

— Pois é, como você me traz na corretora que passou um final de semana na casa de praia dos seus pais? Onde está o respeito por mim? E o pior, você sabe muito bem como me sinto ao ver essas mulheres perfeitas com quem já transou. — não posso me estressar, não posso. — Eu sei que sou lindo e tudo mais, mas me deixe longe das mulheres que já fudeu, eu não mereço passar por isso.

— Perdão bebê! Eu não sabia que ela faria tudo aquilo. — ainda sinto vontade de te matar. — Mas você se deu bem com a Seo-min.

— Porque ela é uma das poucas descentes que respeita seu relacionamento atual. — uma das poucas que se salva. — Meu problema não está em elas já terem dormido com você, o problema é sempre tentarem me atingir, me ofender, ou me chatear falando "nossa, mas seu namorado não é um pouco feio para você?", "ele não precisa emagrecer um pouco?", "Você deveria estar comigo Sanie oppa", oppa seu cu sua puta.

— Tão gostoso estressado. — parei no semáforo fechado, olhei para ele. — Perdão, prometo que nenhuma indecente com quem já dormi não vai se aproximar de você.

— É bom mesmo, porque eu não posso me estressar, os bebês precisam nascer calmos e saudáveis! — falei. — Da mesma forma que eu faço o possível para você não se sentir desconfortável em algum ambiente, você precisa fazer o mesmo comigo. Essas pessoas precisam ver que não existe mais nenhuma chance de você voltar a vê-las. — tão simples. — Eu não tenho número de homens que já me relacionei, ou qualquer categoria de contato, bloqueados no Instagram, para que você não se sinta inseguro na nossa relação, eu sou a sua maior prioridade, e você não deve deixar que eu me sinta inseguro, eu nem deveria falar isso, mas também é a primeira e última, espero que tenha entendido.

— Entendi bebê, você está certo em tudo. — eu sei. — Isso não vai mais acontecer, você é a única pessoa que importa na minha vida, não vou deixar você se sentir assim de novo, eu te amo!

— Eu também te amo. — eu preciso de um chá para acalmar.

Parei em uma cafeteria e pedi chá de camomila, tomei no carro de olhos fechados. Choi viu que aquilo afetou não só meu estado de espírito, mas também minha saúde, e colocou fundo de barulho de chuva, ele sabe que eu amo e me acalma.

— Está bem, bebê? — perguntou.

— Sim. — terminei meu chá.

Fomos até à alfaiataria, tiramos as medidas para os ternos, ele já tem os modelos para seguir. Deixou pago metade, a outra metade é na hora de pegar.

Voltamos para casa dele, os gatinhos ficaram comigo no sofá enquanto ele preparava o almoço.

Acabei dormindo, e não acordei tão cedo.

Quando despertei, vi que estava escuro, olhei ao redor.

San sentado na poltrona mexendo no MacBook, estou no quarto.

— Finalmente acordou bebê. — fechou o aparelho e veio até a cama. — Está melhor?

— Melhor? Do quê? — perguntei sentando na cama, estou só com a blusa branca, sem o macacão.

— Quando te acordei para almoçar, reclamou de dor de cabeça e queria dormir mais, tomou o remédio e voltou a dormir. — ah! — Então, a dor passou?

— Sim, não sinto nada. — falei. — Eu tô com fome!

— Tome banho, e desce, vai ter algo para você comer. — beijou minha testa e saiu.

Fui tomar banho, um longo banho, me sequei quando terminei, já vesti um pijama e passei desodorante.

Escovei o dente e saí do banheiro, calcei minha pantufa.

Desci para o primeiro andar, a mesa pronta me esperando, sentei para comer. Ele colocou suco natural de maracujá para mim, adoçado com mel, eu amo!

Ficou sentado me olhando comer.

— Por que está me olhando tanto? — perguntei quando terminei.

— Estou me sentindo culpado. — pelo quê?

— O que está te fazendo sentir culpado? — quero ver se posso ajudar.

— Foi por te levar naquela corretora e você ficar em situação de estresse que causou ficar com dor de cabeça. — ah! Tem razão em se sentir culpado.

— Não fica assim amor, eu já estou bem agora. — falei. — Errar é normal, permanecer no erro que não pode. Você disse que não vai fazer mais, então tudo bem. — não vou jogar na cara dele também. — Não somos perfeitos, mas precisamos melhorar a cada dia.

— Você é o melhor noivo que eu poderia ter. — eu sei.

— No relacionamento se algo te incomoda, você fala uma vez, eu falei, e agora deu sua palavra que iria mudar isso, então não tenho mais obrigação de apontar seu erro. — simples assim. — Mesma coisa você comigo, se algo que eu fizer te incomodar, venha e me fale, não espere para jogar na minha cara depois, sei que sou chato e estressado, mas tóxico não, então eu vou procurar melhorar se algo em mim, te incomoda.

— Está certo. — sempre.

Conversamos por duas horas sobre nosso relacionamento, até eu querer dormir de novo.

Tomei minhas vitaminas antes, e subi de volta ao quarto. Escovei meus dentes e deitei, cansado de não fazer nada.

[...]

Planejar casamento é horrível, não quero fazer isso nunca mais.

San vai ficar comigo para sempre!

E se fosse com o San opinando seria pior, eu mesmo estou me enlouquecendo.

Uma hora eu quero azul e branco, depois mudo para vermelho e branco, o cerimonialista está endoidando comigo.

E literalmente sozinho ajeitando, porque Nina ainda não voltou da Lua de mel, e Yeosang está enlouquecendo com o casamento dele.

Chamei minha mãe para me ajudar, ela foi comigo experimentar os bolos e os doces, como ela fez casamentos tem experiência para me orientar. Dessa forma ficou bem mais fácil, ela consegue me manter calmo.

— Sua irmã ficou sabendo do casamento. — estava olhando as flores que vão ficar no altar.

— A senhora contou? — perguntei.

— Não, sua avó perguntou se iria a ver no casamento. — tinha que ser a vovó. — Ela veio perguntar o porquê não foi convidada.

— Sonsa. — resmunguei. — Mãe, nem peça para eu convidar, eu não quero, muito menos o San, ele nem entra na igreja se ela estiver lá.

— Não vou pedir filho, sua irmã merece esse gelo, já usufruiu demais nas suas costas. — concordo. — Já decidiram onde vão querer a Lua de Mel?

— Sim, Polinésia Francesa. — respondi.

— Excelente escolha, vou falar com seu pai. — lá é lindo. — Três semanas.

— Não eram duas? — se fez de sonsa e saiu andando pela floricultura.

Nós compramos as flores, e deixamos certo para no dia irem arrumar a igreja.

Visitamos o restaurante do chefe que fará as comidas, nós provamos o cardápio que eu decidi. Maravilhoso, e serve bastante.

Aquelas comidas em miniatura eu detesto.

Depois fomos comprar o vestido da minha mãe que vai entrar comigo, meu pai também, assim como o San vai entrar com os pais dele.

— O pai já comprou o terno? — perguntei.

— Ele queira ir de camisa pólo, quase bati nele, foi ontem comigo comprar o terno. — esse meu pai. — Seu sogro é embaixador, com certeza vai estar com um terno importado da Itália, e ele de camisa pólo, que vergonha eu iria passar.

— Na verdade, o terno do meu sogro está vindo da França. — minha sogra me contou. — É o vestido da minha sogra que vem da Itália, Milão mais especificamente.

— Então essa loja não serve, vamos para a próxima. — mas ela já tinha escolhido o vestido.

Comprou algo da alta costura, irá vir de fora do país.

O sapato achamos na PRADA, ela comprou e nós saímos.

Compramos casquinha de sorvete, e saímos tomando enquanto conversávamos.

— Você está diferente, filho! — fingi naturalidade. — Seu rosto está mais bonito, mais sedoso.

— Que bom! Eu troquei meu hidratante, deve ser isso. — nunca menti tão bem como agora.

São os hormônios que estão deixando minha pele assim, por enquanto, daqui a pouco começa as espinhas.

Mas vou usar alguns produtos para evitar, não quero ficar cheio de espinha, na adolescência eu não tive, não é agora que vou ter.

— Você mudou sua alimentação? — confirmei, dieta que a médica passou. — Ainda está afetado por causa da fala daquela mal amada?

— Sim. — precisei falar que sim, se eu falasse "não" ela saberia que era mentira, minha mãe me conhece muito bem.

Ouvi ela falando por quarenta minutos sobre "não se importe com a opinião dos outros", o que eu não faço para esconder uma gravidez.

No dia seguinte eu e San estávamos cedo na sala de espera da clínica, primeira consulta que ele vai estar presente.

— Solta minha mão, vai acabar quebrando meus dedos. — fiz uma massagem leve.

— Desculpa bebê, estou ansioso! — nem notei.

— E olha que não queria ser pai. — resmunguei.

— Eu te ouvi. — bom mesmo. — Não é que eu não queria, só nunca tinha pensado tão fundo sobre isso, mas agora que aconteceu penso que só não quis antes por não ser com você.

— Te amo! Mas para já, não vou chorar oito horas da manhã. — muito cedo.

— Você vai chorar por isso? — algum problema. — Esquece.

— Vou esquecer você aqui, panaca. — fui até o bebedouro e peguei água, tomei minhas vitaminas.

Voltei ao meu lugar, San e sua perna inquieta.

— Jung Wooyoung. — finalmente!

Nós levantamos e fomos, entramos no consultório da obstetra.

— Você deve ser o noivo. — falou com o San após sentarmos.

— Sim, Choi San. — se apresentou.

— Não quiseram esperar até depois do casamento? — difícil explicar.

— Esse era o plano original, mas alguém decidiu comprar sorvete com o dinheiro da pílula. — ainda bem que nem fui eu.

— Vamos ver o exame recente de urina que você fez, Jung. — abriu e leu tudo. — Está tudo bem, o nível do HCG está bem maior como era previsto acontecer.

— Eles estão bem? — perguntei.

— Estão, agora vamos fazer o ultrassom. — ela levantou e nós também, ouvimos batidas na porta. — Deve ser o especialista em gravidez masculina.

Ela abriu a porta e era ele mesmo, se apresentou.

Me sentei levemente inclinado, levantei a blusa, ela passou o gel gelado. San segurando a minha mão de novo, mas não está apertando.

Encostou o aparelho, o médico olhando e fazendo as próprias anotações no iPad.

— Aqui papais, os dois. — apontou eles.

— Ainda são pequenos. — Choi falou.

— Sim, o grávido só está com onze semanas. — ele contou mentalmente para saber.

— Na verdade, para o tempo de gravidez eles já estão grandinhos. — o médico observou. — Puxaram o senhor.

— Com certeza. — ele concordou.

Nem falo nada.

— Já dá para ver o sexo? — não fez nem três meses e ele quer ver o sexo já.

— Ainda não, a partir dos quatro meses, alguns dá para ver com três, mas não é sempre. — falou.

Após terminar a consulta e o médico me avaliar, nós fomos embora.

— Como está ficando a casa? — perguntei.

— Está bem. — se eu pudesse, matava ele. — E o casamento?

— Bem também. — otário.

Ele me deixou no meu apartamento porque tenho compromisso envolvendo o casamento. No restante da manhã visitei o lugar da festa, escolhi os guardanapos, cores dos pratos, talheres, taças, copos, prato para bolo e doces, mesa do bolo, mesa dos doces.

Nunca andei tanto, tô cansado!

Após um almoço bem nutritivo e saudável, continuei com a correria.

Fui olhar como está produção de lembrancinhas, já estão terminando. É uma caixa de madeira personalizada, sem nome nenhum, acho brega. Com alguns itens que representam o casal, quase coloco uma arma para representar o San.

Nina disse que no Brasil é muito comum distribuírem chinelos para as mulheres que ficam de salto, mas querem curtir a festa mais confortavelmente, e vi isso no casamento dela. Aderi ao meu, todos azul Royal, a data do casamento em dourado mais uma frase.

"Ele é hétero!", Sou um gênio, pode falar.

Sim, as cores que escolhi são Azul Royal e Dourado, uma pitada de branco.

Está ficando como sempre sonhei, e quero a casa assim também, estou quase surtando por não saber de nada.

Quando convidei Nina e Yeosang para ser padrinho, e madrinha, pularam abraçados gritando, fingi que não conhecia.

Yeosang foi o primeiro a se casar, uma cerimônia linda, muito emocionante porque o pai que era totalmente contra ele se casar com duas pessoas, foi, sentado na primeira cadeira emocionado vendo ele entrar.

Chorei, e San querendo me fazer parar de chorar.

— Bebê, nem é seu casamento e você está derramando rios, deixa um pouco para o nosso. — me deixa.

— Fica na sua, insensível. — me deu o lenço, sequei as lágrimas.

Teve a festa depois, para muitos eu estava muito bêbado, mas toda taça que eu pegava quem bebia era o San, ele não fica bêbado fácil.

Fomos embora cedo, as luzes da pista de dança estavam me deixando zonzo, se eu fico assim, logo estou vomitando.

Na casa dele, após um bom banho, deitei. Fiquei o dia inteiro andando, como ninguém desconfia da gravidez, estou sendo feito de escravo.

E minha barriga nem deu sinal ainda, graças a Deus!

Nem parece que tem dois nenéns dentro.

Yeosang me fez buscar coisa na cidade vizinha hoje, foi de carro, mas cansei mesmo assim.

Hongjoong e Seonghwa convenceram ele a pelo menos passarem dois dias em uma prévia da Lua de Mel, vão para o Japão, Yeosang adora a Disney.

— Bebê, seu chá. — sentei na cama, é para me ajudar a dormir melhor, o médico indicou. — Está com alguma dor?

— Não, estou bem! — bebi todo o chá. — Obrigado, amor!

— De nada bebê. — saiu do quarto com a xícara.

Escovei o dente e deitei novamente, dormi rápido.

Como sou alguém que sabe que após eles nascerem não irei dormir muito, estou dormindo agora.

Acordei uma hora da tarde, não sou obrigado acordar antes.

Primeiro, eu estou grávido, segundo, grávido eu estou, e terceiro, eu estarei grávido por um bom tempo.

— Bebê, pensei que não iria levantar hoje. — olhei a porta. — Ainda está na Terra, país Coréia, é uma hora da tarde, e o almoço está pronto.

— O que tem para comer? — perguntei.

— Tem legumes assados do jeito que você gosta, arroz, carne de boi, e kimshi. — tudo bem.

— Eu vou escovar o dente e desço. — falei.

— Tudo bem, boa tarde! Bebê dorminhoco. — nem dormi direito.

— Boa tarde! — levantei e entrei no banheiro.

Fiz minha rotina e iria descer, mas ouvi voz de mulher, tem visita.

Voltei ao quarto, troquei de roupa porque estava com pijama.

Desci e é Layla que está aqui.

— Oi, Layla! — ela me olhou.

— Oi, Wooyoung! Não sabia que estava aqui. — pois é, eu estou.

— Eu vim para cá após o casamento do Yeosang. — falei. — Ela vai almoçar aqui, amor?

— Não, ela já está de saída. — o que está acontecendo aqui?

— Wooyoung, você não pensa que a sua irmã já sofreu o suficiente? — com o que? — Para onde seus pais mandaram ela está sofrendo, ela já sabe que errou.

— Layla, eu te disse para não falar disso com o Wooyoung, qual parte não entendeu? — eu não posso ficar nervoso e nem estressado.

— É a irmã dele, ele precisa saber. — não, eu não preciso.

— Deixa ela falar, amor. — prestei atenção nas queixas dela.

Falou por vinte minutos, sobre como a Taeyeon está sofrendo.

— Então Wooyoung, fala com seus pais para eles tirarem ela de lá. — pediu.

— Eu poderia até pedir, mas foi uma decisão deles com ela, que se ela quisesse continuar no testamento, iria passar dois anos lá. — é simples. — Mais a terapia, porque você só conhece a Taeyeon há um ano, ela tem sérios problemas psicológicos que se não tratar, quem vai sofrer será você.

Conheço muito bem ela, a Layla não.

— Vou te dar um exemplo, ela já me queimou com chapinha só porque eu queria uma das presilhas dela emprestada. — gente normal não faz isso. — Só mais um, me bateu por querer apenas ver as maquiagens dela.

San após saber disso faltou pouco para ele matar ela.

— Não foi um tapa, foram tapas, chutes, socos, e eu nem me defendia porque não queria desobedecer meus pais sobre "nunca bater em mulher". — nossa, eu sou sofrido, misericórdia! — Agora se você acredita que uma pessoa assim, pode viver em sociedade, convença meus pais a liberarem ela.

— Mas ela já mudou. — só que não.

— Ela é sonsa e manipuladora, não caia nessa de mudança. — sabe manipular de um jeito diferente. — Quase que eu e o San não ficamos juntos por causa das manipulações dela, inventando mentiras, coisas terríveis. Eu não vou te ajudar tirar ela de lá, se quiser vai falar com meus pais sozinha, na opinião da maioria ela precisava passar mais de dois anos.

— Tudo bem, eu vou sozinha. — ela vai quebrar a cara.

Escuta o que eu tô dizendo, minha irmã não muda. Ela contou aos meus pais que a psicóloga disse que tem traços de sociopatia.

Que perigo eu corri, ela poderia me matar.

Ela foi embora, tadinha, mal sabe que vai se ferrar.

— Layla vai conseguir tirar sua irmã de lá, né? — colocou comida para mim, ajeitei os palitinhos.

— Vai, e ela vai ter uma surpresa em dois meses. — olhou para mim.

— O que você sabe? — perguntou.

— Ela está traindo a Layla com uma Americana rica, só quer sair para ir com a amante, e digo mais, ela já engravidou em uma das aventuras dela como "hétero por uma noite", mas abortou para Layla não descobrir as traições, não foi só uma vez. — será um caos. — Layla vai tomar no meio do cu, não se mexe com sociopata.

— Falta de aviso não foi, agora deixa ela se lascar. — eu que não vou impedir.

Nós comemos, e depois passamos um tempo juntos no sofá, assistindo filme com ele me mimando.

Uma mão fazendo carinho no meu cabelo, e outra na minha barriga alisando.

Na quarta-feira eu recebi nossas roupas para o casamento, experimentei a minha.

Me olhei no espelho, caso eu já tivesse criado barriga, pedi uma roupa que conseguisse esconder, ele fez exatamente como pensei.

Todos os detalhes, está lindo!

Faltam apenas dois dias e serei um Choi, não mais um Jung.

Meu pai não ficou nada feliz quando contei que eu ganharia o sobrenome do San, e deixaria de ter o dele, mas é a vida.

A mídia está alvoroçada querendo permissão para cobrir o casamento, o filho do embaixador de Israel está se casando, e com um homem, isso causa o alvoroço.

San não permitiu que chegassem perto, porque estou grávido e não posso me estressar com a mídia.

Ele tem sido muito atencioso com a gravidez, comigo também. Manda mensagem a cada dez minutos perguntando como estou, e se não respondo, ele aparece aqui no apartamento em desespero.

Tirei a roupa e guardei novamente na caixa, olhei na caixa que está a roupa do San, já imaginei ele usando, vai ficar mais lindo.

Primeira vez que irei ver ele usando social, nunca vi antes. Só via com roupas escuras, de couro, com correntes, jaquetas pesadas, típico de mafioso.

Agora verei ele de social, e branco, porque nós dois usaremos branco. Na hora que ele ver, vai ter um treco, San odeia a cor branca, vive de preto ou cinza.

Eu vou amar ver ele surtando, minha vingança por aquele palhaço me proibir de opinar na nossa casa.

Coloquei as duas caixas dentro da ilha no closet, bem guardadas.

Hoje já fui olhar as lembrancinhas, estão prontas! O cerimonialista ficou encarregado de fazer elas chegarem sem nenhum problema até o local da festa, onde serão distribuídas.

Ouvi a campainha, saí do meu quarto e caminhei até a porta, abri.

— Oi, amor! — o que ele faz aqui?

— Oi, bebê! — ele entrou.

— Tira o sapato ou eu arranco seu pé. — voltou tirando a bota, calçou a pantufa. — Coreano fake.

— Sem ofender. — não.

— O que faz aqui? — perguntei, fechei a porta.

— Seu celular está desligado? — tirei do bolso.

— Não, descarregou, por quê? Você enviou algo? — coloquei em cima da mesa.

— Umas vinte mensagens e te liguei seis vezes. — eu disse que se não atendo ele vem até aqui.

— O que aconteceu para me mandar tanta mensagem? — peguei água na geladeira.

— Layla tirou sua irmã das forças armadas. — tomei três copos de água enquanto raciocinava. — E Layla perguntou seu endereço para o Yeosang, ele me ligou desesperado preocupado porque você não atendia o celular, pensamos que a maluca apareceu aqui.

— Não tem como ela entrar, já deixei avisado na portaria que se ela aparecer é para falar que não estou. — ouvimos a campainha. — Vai olhar. — falei baixo.

— Por que eu? — perguntou na mesma altura.

— Você tem uma arma, use para defender seu noivo grávido. — ele tirou a arma das costas e foi até a porta, eu olhando de longe.

Olhou pelo olho mágico, destravou a arma.

— É ela. — falou. — Você está aqui, ou não?

— Não, manda ela ir embora. — me abaixei atrás do balcão.

Ouvi a porta abrindo, se essa doida tentar algo com o San vai ser a brecha que ele precisava para matar ela.

— O que faz aqui? — perguntou.

— Não sabia que estaria aqui. — lógico, você é capaz de me matar.

— Lógico, abriram o hospício. — doeu. — O que faz aqui?

— Quero falar com meu irmão. — vai ficar querendo.

— Ele não está, e você vai embora. — se eu fosse você iria.

— Está sim, qual é San, me deixa entrar. — não deixa, quero essa doida longe de mim.

— Nem fudendo, você não vai chegar perto dele. — isso aí. — A cada coisa que eu descubro que já fez com ele, penso em como te matar, não me dê mais motivo para realizar tudo que pensei, desaparece ou sua cabeça vai rolar.

Tem suas vantagens em casar com um mafioso.

— Não faria isso comigo, meus pais nunca iriam te perdoar. — vai nessa.

— Será mesmo? Talvez eles sejam gratos por eu os livrar de um fardo, você nunca deu motivo para eles se orgulharem, e é capaz de matar seu irmão, acredito que vão me perdoar sim. — esse doeu também.

— Eu não mataria meu irmão. — mataria sim.

— Não minta, você citou tudo que faria com o Wooyoung na terapia, sentia prazer em bater nele. — isso eu não sabia, e como ele sabe disso?

— Como sabe? — perguntou.

— Eu disse que ficaria de olho em você. — ou ele comprou o terapeuta, ou colocou uma escuta no consultório. — Se aparecer no casamento eu juro que te mato, some, muda de país e nome, torça para nunca mais cruzar meu caminho ou irei acabar com a sua vida.

A porta fechou, levantei.

— Ela foi embora? — sussurrei, confirmou. — Meu coração até acelerou.

— Senta um pouco bebê. — me fez sentar na cadeira, e preparou um chá calmante.

— Aonde vai? — perguntei.

— Na portaria, descobrir porque deixaram sua irmã entrar. — saiu.

O que descobriu é que ela entrou com a desculpa de entregar um presente para mim, o porteiro acreditou.

Nessa história San me levou para a casa dele, não é seguro ficar aqui no meu apartamento já que ela teve acesso.

Eu passei os dois dias vendo coisas para o casamento com gente armada atrás de mim, detestei!

Sexta-feira a noite eu fui olhar a igreja, como está a decoração, ainda estão no meio.

Eu me caso amanhã a noite, sábado.

— Até amanhã está pronto, né? — perguntei ao decorador.

— Sim, vamos terminar antes do almoço. — excelente. — A outra parte da minha equipe também vai terminar o local da festa antes do almoço, comunicaremos ao cerimonialista.

— Tudo bem, obrigado! — voltei ao condomínio após isso.

Entrei na casa, os gatos vieram me cumprimentar, passei a mão neles, todos bem gordinhos.

— Vocês estão grávidos? Parecem duas bolinhas. — miaram e saíram andando, acredito que não gostaram.

San não está em casa, notei isso quando não o achei em canto nenhum.

Subi e após tomar banho, deitei, passei um tempo mexendo no celular.

Choi chegou perto da meia-noite, se eu não tivesse colocado um rastreador nele ficaria preocupado.

Tô brincando!

Ele me mandou mensagem falando onde estava e que horas iria chegar, não sou tóxico.

— Bebê. — entrou no quarto. — Já vai dormir?

— Não, ainda não senti sono. — respondi.

— Já jantou? — confirmei.

— Comi antes de ir ver os últimos detalhes do casamento, separei sua parte, é só esquentar. — falei.

— Vou tomar banho primeiro. — entrou no banheiro.

Continuei mexendo no celular, conversando com meus amigos.

Após San descer para comer, eles me ligaram.

— Qual o motivo da ligação? — perguntei.

— Falar sobre a sua Lua de Mel. — Yeosang falou, lá vem. — Você e o San vão direto para a Polinésia Francesa após a festa?

— Sim, direto. — chegaremos após o almoço no domingo ou antes, depende das escalas.

— Sua noite de núpcias será de domingo para segunda-feira. — Nina comentou. — O que planejou?

— É, o que vai fazer de diferente? — Yeosang completou a pergunta.

— Dormir? — me parece uma excelente ideia.

— Você já tem dormido demais, transe bastante. — prefiro dormir.

— Não pretende fazer nada? — Nina perguntou, e eu confirmei. — Na minha noite de núpcias, Nayeon parecia que estava no cio.

— Na minha, coloquei uma fantasia que eles queriam há algum tempo. — Yeosang contou. — Foi incrível, nunca transei tanto como naquela noite.

— Também. — Nina concordou. — Então Yeosang, já tem alguma ideia? Eu como sua madrinha e Yeosang seu padrinho temos uma sugestão.

— Qual? — perguntei com tédio.

— E se você usar uma lingerie sexy? — nem vem que não tem.

— Vocês fumaram maconha? Yeosang, já falei para não ficar perto do Hongjoong quando ele fuma, você fica mais brizado que ele. — o bocó riu. — De onde tiraram essa ideia?

— Vídeo do YouTube, como surpreender o marido na noite de núpcias, o cara deu dicas incríveis. — Nina falou. — Para vocês gays no caso, para mim, lésbica, não dá certo.

— É Wooyoung, e nós já compramos a lingerie, de duas cores. — vou bater neles. — Uma preta e outra branca, e é lingerie masculina, achamos uma loja maravilhosa, fiquei surpreso de ter na Coréia, mas foi excelente.

— Te entregamos amanhã quando formos aí te raptar. — ótimos sequestradores, eles avisam antes.

— Você vai querer algo mais? Podemos comprar. — Yeosang perguntou. — Algum brinquedo sexual que queira experimentar, ou usar, tem uns vibradores novos no mercado que são deliciosos.

— Não quero nada, nada de brinquedo, e nem pensem em levar isso aí que compraram. — doidos!

— Por que? — perguntaram juntos.

— O problema não é a lingerie, você já usou para aquele ex babaca que ficava te controlando. — Nina lembrou. — Não gostou das cores? Nós trocamos.

— Ou é por já ter usado com um ex? Quer algo novo para a noite de núpcias? — não é isso.

— Amanhã eu falo com vocês, preciso desligar. — San entrou no quarto. — Tchau!

— Tchau! — desliguei, coloquei na mesa de cabeceira.

— Falando com seus amigos? — perguntou.

— Sim. — me cobri com edredom e liguei o ar-condicionado.

— Se está coberto, porque o ar? — quantas perguntas.

— Costume. — após escovar o dente, ele veio deitar, só cobriu até a cintura, tirou a camiseta que usava jogando na poltrona. — Quando voltarmos da Lua de Mel, se deixar roupa jogada, vai ser jogada pela janela enquanto pega fogo.

— Faria isso, bebê? — perguntou.

— Com toda certeza. — ele não sabe do que sou capaz de fazer se vejo coisa bagunçada.

— Tão bravinho esse bebê. — sou mesmo. — Amanhã passaremos o dia afastados, Seonghwa e Mingi vão me tirar da cidade.

É, eles vão para um clube, com pista de corrida, campo de golfe, quadra de tênis, piscinas, coisa da alta classe.

— Sua despedida de solteiro foi hoje, amanhã é só para você curtir mais um pouco. — falei.

— Sim, por que não quis despedida de solteiro? — de onde ele tira tanta pergunta?

— Acho besteira e não faz sentido. Nina com o Yeosang já tinham tudo planejado, mas eu estraguei os planos deles. — comentei.

— Por que não faz sentido? — olhei pra ele. — É a última.

Já sabe como eu amo esse tanto de pergunta. O San se eu deixar, ele faz mais de sessenta pergunta no dia, eu não tenho mais o que responder e ele está perguntando.

Sim, eu contei.

O recorde dele é oitenta e nove.

— Eu não estou solteiro, estou me despedindo do quê? Se fosse despedida de solteiro antes de entrar em um relacionamento faria sentido, mas antes de casar não. — simples assim.

— Faz sentido. — eu sei. — Já que amanhã só irei te ver no altar, e depois seremos oficialmente casados, despedida de noivado pode? Aceita?

— Pensar no seu caso. — fingi pensar.

— Bebê, não seja maldoso. — nem sou.

— Tô brincando! Aceito. — única despedida que faz sentido.

[...] 10:00 AM.

Quem está batendo panela? Levantei meio dormindo, calcei minha pantufa e saí do quarto.

Olhei pelo parapeito na sala, Seonghwa, Yeosang, Nina e Mingi batendo panela.

— Tem que ser um sonho. — resmunguei, cocei meus olhos e eles continuam aqui.

— Que barulheira é essa? — San parou ao meu lado. — Só podia ser, até você Mingi?

— Lógico, anda logo que estamos atrasados! — pararam de bater panela.

— Vale o mesmo para você Wooyoung, passa a noite transando e esquece dos compromissos, rápido. — Yeosang me apressando.

— Povo chato do cacete. — voltei ao quarto com San me seguindo.

Entramos no closet para trocar de roupa, eu tomei banho após o sexo, só para avisar.

Coloquei camiseta preta com o macacão jeans, calcei um all star branco.

Passei perfume, creme, e arrumei meu cabelo.

Entrei no banheiro, escovei meu dente e passei uma água no rosto, após secar espalhei o protetor solar até o pescoço.

Saí do banheiro passando protetor labial, precisei voltar, estar grávido é uma delícia.

Xixi não para na bexiga, tem dia que eu diminuo a quantidade de água, mas aí eu sinto mais sede e mais vontade de usar o banheiro, péssimo!

Lavei as mãos antes de sair, arrumei a cama, peguei meu celular e o cartão do San.

Ele entrou no banheiro, fiquei esperando sair, para me despedir.

Nós nos despedimos com um beijo, depois ele alisou minha barriga.

— Te vejo no altar. — falou e beijou minha testa.

— Até lá! — falei.

— Fica bem, e cuida bem deles. — sempre.

— ANDEM LOGO. — bicha escandalosa.

Saímos do quarto, descemos ao primeiro andar, San saiu primeiro com os padrinhos dele.

— Vamos? — Nina perguntou.

— Sim, só deixa eu tomar minhas vitaminas. — fui para a cozinha e eles atrás, com água tomei todas.

— A médica que receitou? — confirmei.

— Temos uma reserva em um bistrô para tomar café, vamos! — Yeosang olhando o celular.

Dei comida aos gatos e nós saímos, minha sogra irá vir pegar eles após o almoço, vão ficar na casa dela durante a Lua de Mel.

Fomos até o bistrô, tomamos café e conversamos sobre o casamento.

— Como se sente com a sua irmã querendo falar com você? — Nina perguntou.

— Tranquilo, se ela conseguir chegar perto de mim, San a mata, então é bom ela ficar longe. — respondi. — Pra onde vamos agora?

— E se você pintasse o cabelo? — Yeosang sugeriu.

— Nem pensar, gosto dele loiro, e o San ama meu cabelo assim. — o principal motivo é a gravidez mesmo.

— Chato! Vamos ao SPA. — preocupado com os bebês.

Saímos do bistrô e fomos até o SPA, recebemos massagens, limpeza de pele, hidratação dos pés e mãos, em seguida entramos em uma sala com hidro.

— A água está gelada? — perguntei.

— Não, morna. — vou evitar então.

Os bebês ainda não se formaram totalmente e eu não quero causar nada de ruim.

Não tirei o roupão, fiquei só com os pés dentro. Os dois parecendo duas galinhas cozinhando.

— Então Wooyoung, por que não quer a lingerie? — Nina lembrou.

— É mesmo, por que não quer? — agora os dois querem saber.

— Isso não importa. — os dois encheram o saco para saber. — Ta! Eu vou falar, mas se me julgarem, não conto mais nada para vocês.

— E quando nós te julgamos? — Yeosang perguntou.

— É só um aviso. — entendeu. — Não estou vivendo um bom relacionamento com meu corpo, por isso não quero lingerie nenhuma.

Os dois se olharam, pensaram.

— Foi pela ex do San te chamar de baleia enorme? — também. — Mas ela morreu.

— O comentário dela continua vivo. — essa é a questão. — Por conta dessa relação difícil, fico inseguro.

— Isso ainda tem dedo da sua irmã, ela vivia pegando no seu pé por conta do seu peso. — Yeosang já vai na raiz do problema. — Nós falarmos que seu corpo é perfeito não vai mudar nada, né?

— Sim, eu vou pensar que estão mentindo para me verem melhor. — simples assim.

— O quão sério está o relacionamento tóxico? — Nina  perguntou.

— Não estou mais aceitando fazer sexo com a luz acesa, e não tiro mais a camiseta também. — se preocuparam mais.

— Você nem pense em ficar sem comer! — eu não posso, não é só minha saúde que está em jogo agora.

— Está inseguro com o San também? — não entendi. — Se está inseguro com ele em relação ao seu corpo?

— Sim, e muito. — bastante mesmo. — Eu já tinha uma ponta de insegurança antes porque o padrão de pessoas que ele transava eu nunca estive dentro, agora está bem pior.

— Por que piorou? — Nina se interessou na resposta.

Porque estou grávido e vou engordar muito, no período de gravidez, você sente que seu companheiro pode te trocar a qualquer momento por alguém bem magro, de corpo definido, ou mulheres com corpos "perfeitos".

E não importa o quanto de segurança seu parceiro passe, sua mente sempre te faz pensar que alguém melhor pode aparecer.

— Porque eu engordei! — cinco quilos, até o final da gravidez estarei bem maior, eu sinto.

— Qual o problema de engordar, Wooyoung? Corpos estão sujeitos a mudar, não importa o quanto de dieta e academia você faça, pode acontecer de engordar. — Nina falou. — Tem medo do San te deixar?

— É lógico, ele já esteve com modelos de passarela, viram como são magras? Eu não sou daquele jeito. — passei nem perto.

— Wooyoung, só vou te fazer uma pergunta, você conhece o San melhor que os pais dele. — começou a falar. — Ele seria capaz de te deixar só porque engordou? Responda com sinceridade. — odeio quando ela faz isso.

— Não. — ele não é assim.

— Se não quer usar a lingerie tudo bem, mas não deixe de curtir sua Lua de Mel por causa de alguns quilos a mais, ou a menos, seja feliz independente da forma que seu corpo está! — ela é boa nisso.

— Concordo com tudo que ela falou, sou péssimo com conselhos. — Yeosang falou.

Passei o dia fazendo as coisas que eles planejaram, e quando chegou a hora, fomos para o hotel que tem a equipe me esperando.

Tomei o banho que prepararam, com chá de camomila e pétalas, foi um delícia.

Fiquei de roupão enquanto arrumavam meu cabelo e faziam minha maquiagem, um fotógrafo registrava tudo.

— Wooyoung, teu futuro esposo pediu para te entregar isso. — Nina me entregou um cartão e uma caixa azul retangular.

Ele cita um poema que amo muito, falei dele algumas vezes.

"Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela".

Albert Camus

"Quero passar cada dia ao seu lado, que seja eterno o seu sorriso, e o seu amor.

Até ficarmos bem velhinhos vou te obrigar montar muita árvore de Natal, mesmo odiando essa data.

Prometo te dar motivos para fazer amá-lo"

Eu te amo!

De: Futuro Esposo.

Para: Pequeno raio de Sol.

— Vou bater nele por me fazer chorar. — o maquiador me deu lenços, sequei com delicadeza.

Na caixa tem chocolates, dei um para o maquiador, cabeleireiro, fotógrafo e meus amigos.

O restante eu comi sozinho, os bebês pediram.

Escovei o dente e me perfumei antes de me vestir. Calça branca social, camisa branca também, com a manga bufante e pequenos detalhes.

Calcei o sapato da PRADA, off white para continuar na paleta.

Saí deixando que meus amigos me vejam, bateram palmas.

— Perfeito! — Yeosang falou.

— Maravilhoso! — Nina.

— Obrigado! — os dois também já se arrumaram.

Nina com vestido longo azul Royal, e Yeosang de terno preto, a gravata azul Royal.

— Já podemos ir? — perguntei.

— Sim. — não quero me atrasar.

Saímos do hotel sete horas, a limousine nos levou até a igreja.

Como cheguei cedo, precisei ficar no carro esperando minha hora de entrar, Yeosang e Nina já foram porque eles entram primeiro.

Estou ansioso!

Nós decidimos não fazer votos, eu queria algo bem romântico e fofo, meu maravilhoso noivo queria citar coisas da nossa vida, que meus pais realmente não precisam saber ou ouvir.

Bateram no vidro, abri a porta.

— Sua vez, Wooyoung. — o cerimonialista. — Seu noivo vai acabar afundando o altar de tanto andar, está pensando que você fugiu.

— Bem a cara dele. — saí do carro.

Fomos até a porta da igreja, meus pais me esperando.

— Meu bebê vai casar. — minha mãe me abraçou chorando. — Agora te perdi de vez.

— Não me perdeu mãe, eu vou continuar morando na Coréia. — falei.

— Eu preferia na minha casa. — mães né?

— Xô! É minha vez. — meu pai desgrudou minha mãe de mim, aí ele me abraçou.

Por sermos coreanos as duas mães poderiam estar com os trajes tradicionais históricos, mas minha mãe não quis, e a mãe do San não é coreana, isso não a impediria de usar.

— Nem pense em nos abandonar por esse mafioso sem vergonha. — meu pai e seu amor incondicional pelo San.

— Não vou abandonar vocês. — falei.

Assim que me soltaram, me posicionei no meio deles, os braços dados, uma flor azul Royal na minha mão.

— Três, dois. — a música começou a tocar.

Eu queria a música tema de Transformers, minha mãe não deixou.

Então escolhi "Love Is Just A Word - Jasmine Thompson e Calum Scott", versão instrumental no violino e violoncelo, duas pessoas tocando.

— Um. — as portas abriram.

Entramos na igreja, está cheia!

Olhei San no altar, está chorando?

Seonghwa entregou um lenço para ele, está chorando!

No meio nós paramos para a foto, após fotografar continuamos caminhando.

Devo estar maravilhoso para tirar lágrimas do San, até então, nunca tinha visto ele chorar.

Eu continuo sorrindo, me recuso chorar, se eu começar não vou parar, meus hormônios estão uma bagunça e sei que posso chorar a cerimônia inteira.

Ao chegar no altar San desceu os três degraus, minha mãe beijou minha testa e depois meu pai.

— Cuida bem do meu filho, ou eu juro que te caço até o inferno. — meu pai amoroso falou.

— Vou cuidar. — bom mesmo.

Entregou minha mão para ele, e nós dois subimos, eles tomaram seus lugares ao lado dos meus sogros.

— Está lindo, bebê! — sussurrou no meu ouvido.

— Você também está. — de branco como eu, ele fica ótimo com essa cor.

— Boa noite a todos! — a juíza falou. — Vamos começar essa cerimônia, um noivo loiro apressado me disse para ser rápida porque já esperou sete anos por uma atitude do outro.

Nos fez rir, mas é a verdade.

— Estamos aqui nesta noite para celebrar a paciência, confiança, esperança, e o amor entre esse casal. — começou o discurso. — Eles escolheram com cuidado quem estaria presente para assistir essa linda união, pensando com carinho em cada convite, é uma honra a cada um que está sentado nesses bancos.

Concordo, realmente foi com cuidado.

— Wooyoung e San, vocês passaram por todas as fases antes de estarem aqui prestes a se tornarem casados. — falou. — Conhecidos, colegas, amigos, namorados, noivos, e agora com a troca de palavras vão para a próxima fase nesse amor.

Falta pouquinho e ele será oficialmente todinho meu.

— Com estes votos dirão ao mundo, "este é o meu esposo!". — acelera juíza. — Um de frente para o outro. — Nina pegou a flor, virei de frente para ele.

Se demorar mais, irei chorar.

— Wooyoung, é de livre e espontânea vontade que você aceita o San, como seu companheiro em matrimônio? — o microfone próximo a minha boca.

— Sim. — respondi.

— San, é de livre e espontânea vontade que você aceita o Wooyoung, como seu companheiro em matrimônio? — se ele negar eu choro um mês.

— Sim. — falta pouquinho.

— Assim sendo, por favor, dêem-se as mãos e preparem-se para dar e receber os votos de amor, que estão entre os maiores presentes da vida. — hein?

Juíza, eu falei nada de votos, meu futuro marido quer citar coisas indecentes e tem crianças aqui.

— San, você primeiro. — entregou o microfone para ele, segurou minha mão.

— O que pensa que está fazendo? — perguntei sorrindo, disfarçando a vontade de bater nele.

— Raio de Sol, sei que não está entendendo, porque combinamos que não teria votos. — você ignorou o combinado. — Mas seus amigos me contaram que seu sonho de adolescente era ouvir os votos no casamento, porque queria pensar que alguém um dia iria conseguir falar sobre você sem te machucar.

Bando de fofoqueiros!

— Então, escrevi esse para você. — sinto que vou chorar. — Wooyoung, a primeira vez que eu te vi na balada, perdido ao meio de tanta gente, completamente assustado com o ambiente, tive a certeza que existia perfeição na Terra. — declarou. — Me apaixonei desde o momento que conversei com você, sua voz calma tomou minha mente por muito tempo, a risada bonita que alegra quem ouve, o sorriso perfeito que me fez pensar nele o suficiente para acreditar que estava louco.

Uma lágrima escorreu, a última.

— Sua existência estava me fazendo duvidar da minha sanidade, não é normal pensar em alguém sete dias por semana, até que minha mãe falou que eu tava apaixonado. — maravilhosa minha sogra. — Te vi depositando seu amor e confiança em pessoas vazias, se decepcionando, chorando, desacreditado do amor por não ver o quanto eu estava apaixonado por você. — não vi mesmo. — Quando viajamos juntos pensei que essa seria minha chance de te mostrar como me sentia, e consegui, assim eu descobri que estava te amando loucamente.

Não posso chorar!

— Sua personalidade me encantou, o jeito único de se expressar, como se preocupa com as pessoas ao seu redor, mesmo tendo poucos amigos cuida bem deles para se manterem em sua vida por odiar perder pessoas. — me conhece tão bem. — Prefere sair ferido do que ferir alguém, vê sempre o bem nos outros com medo de se decepcionar. — bem demais.

Acaba logo, porque sinto que irei chorar.

— É perfeccionista ao ponto de querer bater em mim se acabo bagunçando o que arrumou. Ama ver as coisas arrumadas, porque mostra que consegue manter controle sobre tudo, você fica estressado senão está sob controle. —verdade. — Eu quero passar o resto da minha vida te vendo brigar comigo por deixar as coisas jogadas.

— Na hora que eu jogar na sua cabeça, muda de ideia. — ele riu.

— Sei que faria isso. — bom que sabe. — Você é quem mais acrescenta na minha vida, não quero nunca te perder, a sua existência já me torna feliz, e eu prometo te fazer feliz até depois da morte. — promessa é dívida. — O dia que eu te fizer chorar de tristeza, pode me matar porque não fará mais sentido continuar respirando, se consegui magoar alguém tão perfeito.

Tô chorando!

— Eu te amo, bebê! — beijou minha bochecha.

— Wooyoung, sua vez. — recebi lenços da Nina, sequei as lágrimas com cuidado e devolvi a ela.

Choi me entregou o microfone, eu não preparei nada.

— Aqui, seus votos. — Yeosang me entregou.

Olhei, não acredito.

— Esses votos eu escrevi após te conhecer, favor não julgar o pequeno Wooyoung, iludido. — mas tudo se realizou. — San, você foi o sonho de muitas pessoas, e o meu foi o único a se realizar. — sortudo. — Você foi o namorado perfeito, um noivo atencioso, e tenho certeza que vai superar minhas expectativas como marido. — vidente eu. — Espero te ver como o melhor pai para os quatro filhos que vamos ter.

Já tem dois a caminho.

— Eu amo pensar que alguém como você se apaixonou por mim, sendo assim, entrego meu coração a você, sei que vai cuidar bem dele. — está cuidando. — Ele está um pouco machucado, mas prometo que não irá se arrepender de aceitar todo amor que sinto por você! Eu te amo, Sanie!

Passei para o Yeosang meus votos antigos.

— Agora as palavras do Wooyoung atual. — falei. — Por anos pensei que nunca realizaria meu sonho de casar, e estou casando com o amor da minha vida. — nada melhor que isso. — Você conseguiu meu amor em questão de dias por me tratar de uma forma que eu nunca tinha sido tratado. No amor, eu nunca tinha sido feliz como sou quando estou ao seu lado, então sou grato por cada momento. — não posso chorar. — San, você é tudo que eu sempre sonhei e idealizei como o namorado, noivo, e agora marido. É carinhoso, atencioso, amoroso, me trata como um rei e me coloca como sua maior prioridade.

Nunca fui colocado nem como prioridade, agora eu sou a maior.

— Eu não poderia estar mais feliz de ter a oportunidade de dizer "Sim", para casar com você. — nem acredito que está acontecendo. — Eu te amo!

— Agora que os votos foram feitos, a troca de alianças. — Seonghwa entregou do San.

— Eu, San, aceito te amar, respeitar e cuidar, na saúde e na doença, na riqueza. — não falou pobreza.

— Pobreza, San. — a juíza repetiu.

— Não, impossível na pobreza. — não me mata de vergonha e fala logo. — Eu sou mão de vaca, e ele também.

— San, anda logo. — falei.

— Na pobreza. — bom mesmo.

— Já sabemos quem manda aqui. — sou eu mesmo juíza, esse bocó parece adolescente às vezes.

— Na alegria e na tristeza, todos os dias da minha vida. — nada vai nos separar.

Colocou a aliança no meu dedo anelar esquerdo, beijou em cima.

Nina me deu a aliança.

— Eu, Wooyoung, aceito te amar, respeitar e cuidar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, todos os dias da minha vida. — coloquei a aliança e fiz o mesmo.

— Assinem aqui. — eu assinei primeiro, depois ele. — Pelos poderes a mim concedidos, perante Deus e a lei, eu vos declaro casados, podem se beijar!

Ele segurou em minha cintura e me beijou, me deixei levar pelo beijo.

Enfim, casados!

— Ouviu a juíza, perante Deus e a lei, agora você é oficialmente todinho meu! — falei baixo após me afastar.

— Sempre fui. — me deu um selinho, tem palmas ao fundo, e choro.

Deve ser minha mãe.

— Sempre né? — ele já entendeu.

— Nunca vai esquecer que eu era um puto como diz você? — não.

— Não vai ser possível, sempre que der, eu lembro. — dei um selinho nele. — Meu puto preferido.

— Preferido? Eu tenho que ser o único, bebê! — cada coisa.

Nós saímos primeiro, e era meu pai chorando.

Muitas fotos antes de entrar na limousine, ir para a festa.

— Tô com fome! — primeira coisa que notei. — Será que tem algo aqui. — achei amendoim.

— Como eles estão? — perguntou dos bebês.

— Com fome. — respondi abrindo o saquinho. — O que achou de usar branco?

— Não foi ruim, mas não quero nunca mais. — chato!

— Nem acredito que me casei. — comentei. — E com você, o que torna mais inacreditável.

— Também não acredito que casei com você, você é muito perfeito. — encostei a cabeça no ombro dele.

— Promete que não vai desistir de mim? Mesmo quando eu estiver insuportável por causa da gravidez. — pedi.

— Prometo! — beijou minha cabeça, fui comendo todos os amendoins que encontrei no carro. — Deu de amendoim, não vai conseguir jantar assim.

— Marido chato! — cruzei os braços bicudo.

— Fica assim não, bebê. — me abraçou. — Senti sua falta, passei o dia sem notícias suas.

— Nas fotos que eu vi, não parecia que estava sentindo minha falta. — sem vergonha.

— Meu bebê mais dramático. — seu nariz.

Assim que chegamos no local da festa, as pessoas já tinham chegado, limousine é mais devagar.

Entramos de mãos dadas, mais aplausos.

Mereço mesmo.

— Vocês querem tirar foto na mesa de bolo, agora, ou depois? — o cerimonialista perguntou.

— Depois, eu estou com fome! — confirmou.

Sentamos em nossa mesa, só nós dois.

— Quem são as pessoas que não conheço? — San foi me falando quem cada um era, tudo da máfia ao redor do mundo.

Após o jantar, todos vieram, quando eu falo todos, é porque não teve um que não veio, nós parabenizar pelo casamento. Muito educados, nem parece que são mafiosos.

— Wooyoung. — meus sogros, levantei e eles me abraçaram.

— Se o San não cuidar bem de você, é só ligar, ainda podemos dar um jeito nele rapidinho. — minha sogra falou.

— Se levantar a voz para você, pode bater. — meu sogro.

— Mãe e pai, o Wooyoung vai levar a sério isso. — jamais.

— Coisa da cabeça dele. — falei.

— E você está deslumbrante! — fale mais sogrinha.

— Sim, San escolheu bem. — pelo menos uma vez né.

Na mesa de bolo, só foi foto com meus pais, sogros, e amigos íntimos.

Tiramos as fotos apenas os recém casados, meu fotógrafo arrasou.

Fiquei maravilhoso em todas.

— Já pode cortar o bolo? — confirmaram.

Eu e o San tiramos o primeiro pedaço, meu obviamente.

Com meu prato fui até a mesa de doces, pegar alguns docinhos.

— Wooyoung, você vai deixar algum aí? — Nina perguntou, o fotógrafo tirou foto eu com meu prato lotado de doces.

— Não pretendia. — meu marido me levou para a nossa mesa antes eu limpasse a mesa de doces. — Queria mais.

— Bebê, você nem pode comer tudo aquilo de doces. — droga.

Experimentei o bolo, nossa, delicioso!

— O bolo está perfeito! — falei. — Quer?

— Você vai falar "não te dou", então não. — tirei um pedaço e entreguei na mão dele, experimentou. — Está gostoso mesmo.

— Eu sei, eu que escolhi. — voltei a comer, e dos docinhos.

— Tão humilde meu bebê. — eu transbordo humildade.

Após comer meus docinhos e dois pedaços de bolo, passamos um tempo cumprimentando outros convidados.

E assim chegou a hora da primeira dança, no meio da pista. Suas mãos em minha cintura, e as minhas ao redor de seu pescoço.

A música "Put Your Head On My Shoulder" começou a tocar.

— Música antiga e romântica, bem sua cara bebê. — eu sei.

Começamos a dançar devagar no ritmo da música.

— Eu te amo! — falou.

— Também me amo. — quem não amaria.

— Engraçadinho! — sou também.

— Eu te amo! — agora ele sorriu. — Gostou do casamento?

— Sim. — tudo está perfeito. — Então após me conhecer você fez votos do nosso casamento? Já me amava.

— Fica na sua, eu era muito sonhador. — pode nem sonhar mais. — Eu gostei de você desde o primeiro momento, mas parecia inalcançável, jurava que nunca iria olhar pra mim.

— Mas eu olhei, e muito. — me deu um selinho. — Perfeito demais para não admirar.

Dançamos calmamente aquela música, perdidos em nosso mundinho.

A música acabou, e a seguinte começou, outros casais vieram dançar.

— Tio Wooni. — olhei para baixo, a priminha do Sab, tem nove anos.

— Sim, princesa? — prestei atenção.

— Posso dançar com o tio San? — deixei ela dançar com ele e fui me sentar.

Tomando um suco de maracujá, vou dormir a viagem inteira.

Para quem ainda tem fome, eles continuam servindo comida, quem quiser doce também segue sendo servido.

Olhei a pista e San não está mais lá, só vi a menininha dançando com o Seonghwa.

Deve ter ido em algum lugar, aproveitei que ele sumiu para pegar mais doce e bolo, quem regra o que ando comendo é ele.

Comi bem tranquilo, pedi a um garçom para levar meu prato, limpei a boca com guardanapo quando vi meu esposo desaparecido.

— Está na hora, vamos? — confirmei.

Nós nos despedimos de todos, fomos para a casa dele.

— Vai tomar banho, eu vou tirar a maquiagem. — ele foi para o banheiro.

Primeiro tirei uma foto, postei ela e mais uma com o San.

Com demaquilante removi toda maquiagem do meu rosto, limpei bem meus olhos.

Sinto que perdi um quilo, o reboco estava forte.

Tomei banho após o San, lavei meu cabelo para tirar todo spray.

Passei fio dental antes de escovar o dente. Fiz minha rotina de cuidados com o rosto, passei creme no corpo, óleo na barriga e saí com roupão.

— Dez minutos para se vestir. — olhei para ele. — Não estou te apressando.

— Sei. — entrei no closet, vesti a roupa que deixei separada, calça moletom preta e camiseta branca, meia preta e chinelo nos pés.

Passei a toalha no cabelo tirando o excesso da água, suficiente!

Após me perfumar, saí do closet.

— Yeosang te entregou seu cartão? — confirmou.

— Vai assim? — olha ele querendo ficar aqui.

— Sim, algum problema? — perguntei.

— Não, está lindo, bebê! — até parece que vou me arrumar mais que isso, tô morrendo de canseira, querendo dormir.

— Então vamos! — peguei meu celular e passaporte, as malas ele já levou para o carro.

Partimos para o aeroporto, passar três semanas fora da Coréia.

Terceira viagem com o San, nossa segunda foi para Israel, conhecer os parentes dele.

Embarcamos 00:30 horas, chegamos onze horas da manhã na Polinésia Francesa, dormi o trajeto inteiro.

San estava doido para transar no avião, nem pensar.

Já fizemos isso indo para Israel, o lugar que Jesus nasceu, que pecado!

Nós fomos para o hotel, e com um acompanhante seguimos até o bangalô, San deu a gorjeta e eu entrei.

Saí na sacada do bangalô, o mar logo ali, a vista é incrível.

— É incrível aqui! — falei quando ele me abraçou por trás. — Tô com fome!

— Já quer ir procurar um restaurante? — confirmei.

— Espera eu trocar de roupa. — entrei no quarto.

Abri minha mala, peguei um shortinho preto e camisa de botão azul-escuro.

Troquei de roupa no banheiro amplo, aproveitei e escovei o dente.

Nosso primeiro dia na Polinésia foi incrível, tiramos fotos no mar, no restaurante, na praia, para deixar de recordação da nossa Lua de Mel.

De noite enquanto eu tomava banho me senti observado, olhei para trás e vi San na porta me assistindo, é show agora?

— Fora já, San! — expulsei ele.

Parabéns para quem gosta de tomar banho com namorado, noivo ou marido, porque eu detesto. Meu banho é sagrado, gosto de refletir embaixo d'água, relaxar. Meu marido é movido a sexo, vai querer transar.

Fomos jantar após os dois estarem limpos e arrumados, comi pouco porque passei o dia comendo várias coisas durante o passeio, ainda me sinto cheio.

Ainda passeamos na praia, tomei um sorvete, só para lembrar o motivo de estar grávido.

Voltamos ao bangalô bem tarde, eu fui o primeiro a me aprontar para deitar, pijama soltinho, não que eu vá ficar com ele por muito tempo.

San veio se deitar logo em seguida, abraçou minha cintura, juntou meu corpo ao dele.

— Esse perfume é novo? — cheirou perto do meu pescoço.

— Sim, ganhei do Yeosang para usar na Lua de Mel. — segundo o que li na embalagem, tem algo nele que deixa a pessoa doidinha para transar.

Só usei porque é cheiroso, tirar uma meia perto do San já é suficiente para ele pensar "sexo?".

— Eu gostei. — imaginei que iria gostar.

Começou a beijar meu pescoço e apertar minha cintura, descendo em direção da minha bunda.

— Está cansado? — neguei. — Ótimo! Podemos ficar a noite inteira.

Meu pobre quadril.

Ficou por cima de mim, após me virar, e me beijou.

Primeiro sexo após estarmos finalmente casados.

Quando passou a beijar meu pescoço, estiquei o braço e desliguei o abajur, ele ligou de novo, tornei desligar.

E ele ligou, vou bater nele.

— Agora eu tenho certeza. — sentou na cama.

— Por que está ligando? E tem certeza do que? — me sentei também.

— Eu precisava confirmar uma coisa que seus amigos me contaram na festa ontem. — respondeu.

— O que aqueles fofoqueiros te contaram? — perguntei.

— Que está inseguro com seu corpo. — eu não conto mais nada. — E pelo jeito é verdade, até comigo bebê? Eu fiz algo para te deixar inseguro?

— Não, isso são apenas coisas da minha cabeça. — falei.

— Eu sempre achei seu corpo perfeito, bebê! E continuo tendo a certeza disso. — sinto que vou chorar, droga de hormônios. — Não tenha vergonha do seu corpo, eu amo ele, nem de expôr ele, porque independente do número que estiver na balança, vou continuar te achando um tremendo gostoso.

— Para, vai me fazer chorar, besta. — estou muito emotivo.

— Entendo que por conta da gravidez você acabe pensando que vou te deixar por alguém bem magro ou no padrão que sempre fala, mas eu nunca faria isso, eu te amo! E não vou te abandonar, te deixar sozinho com meus filhos por estar engordando, apesar que ainda não vi mudanças, tirando seu humor. — bati no braço dele. — Como agora. Você está gerando duas vidas, é completamente normal ganhar peso, pense que são os bebês pesando.

— Se for assim, já estão com dois quilos e meio cada. — misericórdia.

— Eu te amo! Aqui. — colocou a mão no meu coração. — E o brinde que é seu lindo corpo.

— Eu também te amo. — escolhi bem com quem casar.

Nessa noite o abajur ficou ligado.

Autora on.

A Lua de Mel do casal passou bem devagar, aproveitaram cada segundo juntos, completamente apaixonados um pelo outro, demonstraram o quanto se amam em cada momento.

Voltaram a Coréia, a barriguinha já estava aparecendo. San toda noite conversava com seus filhos, alisava, Wooyoung dormia enquanto ele fazia isso.

O Choi mais novo conseguia esconder a barriga com moletom e roupas largas, isso bastava para ninguém ver as duas vidas que cresciam em seu ventre.

Passaram com os médicos, queriam ver como os bebês estavam.

— Eles estão ótimos! E cada vez maiores. — a médica falou. — Querem saber o sexo? Já dá para ver perfeitamente.

— Não. — falaram juntos.

— Queremos saber só após nascer, nós não nos importamos com isso, desde que venha com saúde e minha cara, está ótimo! — Wooyoung explicou.

— Tudo bem, então manteremos o mistério até o nascimento desses nenéns. — o casal achou ótimo.

Saíram da clínica cedo, Wooyoung emburrado.

— Qual o motivo do bico, bebê? — perguntou.

— Já faz uma semana que voltamos, quando vamos para a nossa casa? — já estava para bater no marido.

— Agora. — disse simples.

— Sério? — confirmou. — Eu te amo! — deu um selinho no mais velho e correu para o carro.

— Não corre, raio de sol. — foi atrás do pequeno pestinha.

San dirigiu, se afastando da cidade, entrou em uma rua cercada de árvores altas.

O grávido ansioso, olhando tudo ao redor.

Ao chegar em um portão grande, abriu sozinho.

— Quem abriu? — Wooyoung perguntou.

— O segurança. — respondeu. — Sua segurança em primeiro lugar, o que não falta é isso.

— Tudo bem. — entraram na propriedade.

Logo Wooyoung avistou a mansão, agora entendeu o preço que estava no contrato que assinou.

Assim que estacionou, foi abrir a porta para o marido, saiu devagar segurando a mão do mais velho.

— O que achou, bebê? — olhou.

— Linda! Mas e dentro? Quero saber como decorou. — de mãos dadas seguiram até a porta, San abriu e deixou que o menor entrasse primeiro. — Uau!

— Uau que horrível? Ou, uau que linda? — estava preocupado.

— Uau, que perfeita! — Wooyoung saiu admirando tudo.

— Vai se perder, bebê. — fez um tour com o outro pela mansão, amou cada pedacinho da casa. — E aqui. — abriu a porta, o loiro entrou e não entendeu.

— Por que esse quarto não tem nada? — perguntou.

— Será dos nossos filhos, vamos decorar ele juntos. — explicou. — Cada pequeno detalhe, que mostre o quanto eles serão amados.

— Nem começa, é muito cedo para me fazer chorar. — olhou para o teto evitando as lágrimas. — Mas está certo, eles serão muito amados por nós.

— Com certeza, bebê. — beijou-lhe.

Marcaram o almoço para o próximo final de semana, todos confirmaram sua presença. Não disseram o motivo, apenas falaram "queremos matar a saudade".

No sábado Wooyoung e San começaram cedo preparar tudo, meio-dia a governanta com as outras funcionários colocaram tudo na mesa enquanto os donos subiram para se arrumar.

Quando desceram, os melhores amigos de Wooyoung já estavam na sala.

— Está matando! — falou com dificuldade após um abraço de urso do Yeosang.

— Desculpa! — pediu. — Sentimos sua falta.

— Também senti a de vocês. — uma camiseta de Choi escondia perfeitamente a ondinha em sua barriga.

Quando sentava no sofá usava uma almofada no colo, sempre teve esse costume, mas agora é por um bom motivo.

Após todos chegarem, foram para a sala de jantar, todos se sentaram. O almoço foi tranquilo e satisfatório, o casal estava feliz com a união das duas famílias, se davam bem.

Após a sobremesa ser servida, Wooyoung cutucou o marido distraído.

Usou uma colher para dar batidinhas em uma taça, os dois ficaram em pé, a família olhando o casal.

— Nós marcamos esse almoço não só para matar a saudade de vocês. — o loiro falou.

— Queremos dar um comunicado. — San anunciou.

— Certeza que vão mudar de país. — Yeosang falou.

— Vão? — senhora Jung se preocupou. — Como assim vai me deixar sozinha aqui?

— Pensa que vai para onde com meu genro, San? — a mãe ama mais o genro que o filho.

— Não é isso, mãe, Wooyoung não vai para lugar nenhum. — falou. — Nós não vamos sair do país.

— Ainda bem! Então qual é o comunicado? — senhora Jung perguntou.

— Mãe e pai, sogro e sogra. — Wooyoung tomou a palavra novamente. — Vocês serão vovôs!

Yeosang engasgou com saliva e Nina com vinho, quase que os mais velhos dali também partem dessa para melhor.

— Brincadeira né? — o pai do loiro perguntou.

— Tem que ser, nós iríamos perceber. — a mãe não acreditava.

— Não é brincadeira. — puxou toda sobra da camiseta, deixando bem justa, alisou a barriga. — E são gêmeos.

Mais surtos.

Demorou quase meia hora para pararem de surtar.

— Eu vou ser avó! — a mãe de San estava radiante de alegria. — Meus primeiros netos.

— E últimos mãe, encerramos aqui. — San acabando com a graça da mãe, Wooyoung não falou nada.

— Dois netinhos. — a mãe de Wooyoung foi o abraçar. — Parabéns! Vocês serão excelentes pais, sei que esses nenéns terão a melhor vida que um ser humano pode ter.

Todos parabenizaram o casal.

— Está de quanto tempo, Wooyoung? Um mês? Dois? — o sogro perguntou.

— Quatro meses. — as avós olharam para ele. — Desculpa esconder todo esse tempo, mas se contasse antes ninguém iria ligar para mim no dia do meu casamento, então eu decidi manter entre nós, os pais, e os médicos, mais ninguém. — eles sabiam que era verdade, se tivesse contado antes, ninguém iria querer saber dos noivos.

— Se está de quatro meses, já sabe o que é? — Nina perguntou.

— Não, nós decidimos não saber até eles nascerem. — San respondeu.

— Cinco meses, dá para aguentar. — Yeosang falou. — Quem será os padrinhos?

Surtando de novo.

— Eu disse que deveríamos ter contado só após nascer. — Wooyoung sussurrou para San.

— Concordo. — assistiram a intriga.

[...] Seis anos depois.

— Papai, papai, papai, papai. — as crianças correram até San que acabou de entrar.

— Quem são as princesas mais lindas da minha vida? — duas menininhas loiras, idênticas ao Wooyoung.

— Somos nós. — responderam.

— Se comportaram? — perguntou.

— Claro papai, somos uns anjinhos. — aprontaram.

— Isso me pareceu mentira. — as duas se fizeram de sonsa. — Até nisso são iguais o Wooyoung, cadê ele?

— No jardim. — correram escada a cima.

— Não corram nessa escada. — repreendeu.

Tirou a bota, calçou o chinelo antes de seguir até o jardim.

Wooyoung pegou amor por cuidar de flores e plantas, tem um jardim coberto e um aberto.

Passou pelo aberto, foi onde o esposo costuma ficar em dias nublados, entrou e viu ele regando as petúnias amarelas.

Ficou admirando seu raio de sol, como é agradecido pela vida ter dado esse lindo presente, seu marido é perfeito.

— Vai babar, amor. — notou sua presença mesmo de costas.

— Com certeza. — concordou. — Muito lindo!

Wooyoung virou para ele sorrindo, a barriga de oito meses em evidência.

— As duas pestinhas se comportaram? — foi até o marido, passar a mão na barriga do loiro.

— Nenhum pouco, me deixaram de cabelo em pé. — contou. — Queriam pular no meu sofá, jogar óleo no chão para deslizar pela casa, os gatos se esconderam delas, estão os dois no nosso quarto dentro do closet onde as duas anjas não alcançam.

— São só crianças, bebê. — falou.

— Não sei quem puxaram, eu sempre fui uma criança quieta, você incrivelmente era quieto também quando criança, só acredito porque minha sogra amada falou. — foi molhar os cactos.

— Ela puxaram você, em tudo, são iguais. — espirrou água no mais velho por tal calúnia. — Não joga água em mim.

— Não diga mentiras. — voltou a molhar seus cactos. — Elas estão com quem agora?

— Sozinhas, subiram correndo. — Wooyoung saiu apressado sendo seguido por San.

— Eu espero que a senhora Hye-Min esteja com elas, senão as duas estão aprontando. — entraram na casa, subiu a escada, não estavam no segundo andar, foram ao terceiro. — Choi Arin e Choi Ayun, larguem essa tinta agora.

— Mas papai. — Ayun tentou falar.

— Vou precisar repetir? — largaram a tinta. — Eu já falei que não é para vocês saírem pintando a casa inteira, por isso que tem a sala de pintura, é lá o lugar de pintar, não meu precioso sofá.

— Mas branco é sem graça papai, laranja é melhor. — Arin falou.

— Você é branca, quer que eu te pinte de laranja? — as duas se olharam.

— Não papai. — negaram juntas com biquinho. — Desculpa papai.

— Estão desculpadas, se eu ver vocês duas com essas tintas fora da sala de pintura, irão ficar sem ir na casa dos seus avós. — as duas amavam. — E nada de ver seus tios. — saíram bicudas da segunda sala.

Wooyoung se aproximou do sofá, olhou o estrago, seu sofá novinho está laranja.

— Amor, pede para trazerem outro. — San ligou para a fornecedora dos seus móveis, no dia seguinte um novo sofá iria chegar.

Se abaixou para ver se não sujaram o chão, só umas gotas de tinta.

— Ai. — colocou a mão na barriga.

— O que? Se machucou? Eles vão nascer? — correu para perto do menor, o ajudou levantar.

— Não, só foi uma contração. — tranquilizou o outro.

— Já disse para não se abaixar. — preocupado.

— Tudo bem! Vou ir ver se as duas tomaram banho. — falou. — Limpa essas gotas de tinta no chão, por favor.

— Claro, bebê. — saiu da sala e desceu para o segundo andar, foi até o quarto da Arin, bateu à porta.

— Entra. — entrou no quarto, sentada na cama desenhando em seu caderno.

— Já tomou banho, filha? — confirmou. — Coloque seu uniforme, e desça para almoçar.

— Sim, papai. — desceu da cama e correu para o closet.

Conferir a Ayun, bateu à porta também.

Dormiam juntas até os quatro anos, começaram a brigar muito, separaram elas e a união voltou, só queriam seu próprio espaço.

— Entra. — essa estava com um livro em mãos.

— Tomou banho, filha? — perguntou.

— Sim. — respondeu.

— Vista seu uniforme e desça para o almoço. — foi até seu closet.

Desceu ao primeiro andar, sentou na poltrona e esperou, logo as duas gêmeas desceram segurando a escova de cabelo e o lacinho.

Wooyoung passou no cabelo das duas, e amarrou um rabo de cavalo.

— Lindas! — elogiou.

— Nós sabemos. — e subiram de volta.

— Iguais a você. — San falou indo para a cozinha.

— Depois apanha, e eu saio como ruim. — ficou alisando sua barriga e conversando com os bebês.

Sempre chutam enquanto faz isso, amam ouvir a voz do papai.

— Eles podem te ouvir, papai? — Ayun perguntou observando.

— Sim, e você também. — a menina se aproximou mais. — Quer tentar? — confirmou. — Me dê a sua mão? — colocou em cima de onde um deles mais chuta. — Pode falar.

— Irmãozinho, eu não sei se você é um menino ou uma menina, mas com certeza será chato. — chutou. — Ele está me batendo.

— Você o chamou de chato, filha. — passou a mão onde foi chutado.

— Tá! Vai ser legal. — chutou de novo. — Continua me batendo, não vou gostar de você! — e saiu andando.

— Crianças. — resmungou.

— Papai, papai. — Arin parou em sua frente, abriu a mãozinha gordinha mostrando presilhas douradas. — Coloca no meu cabelo, por favor?

— Claro, meu anjo. — Arin gosta de andar como uma princesa, presilhas douradas ou prateadas, vestidos, sandálias bonitas. Lara é o oposto, prefere o mais básico possível, calça, blusa e jaqueta, sempre de tênis ou chinelo.

Por Wooyoung vestia as duas iguais, mas criaram seu próprio estilo e ele apenas aceitou as vestir como querem.

— Obrigada papai! — Wooyoung observou o uniforme, a saia preta plissada e a camisa social branca com o símbolo da escola particular. Ayun estava com a calça, e a camisa, se insistir para vestir a saia, ela chora.

— De nada!

— O almoço está pronto! — a governanta anunciou.

— Obrigado Hye-Min! — agradeceu a mulher. — Almoçar meninas, lavem as mãos primeiro.

Almoçaram em família, as meninas estão aprendendo a usar garfo e faca, por acompanhar os avós chiques em eventos de extrema elegância, precisam aprender a usar garfo e faca.

— Não espeta a carne com a faca, Ayun. — ensinou novamente cortar. — É fácil.

— Tá bom, papai. — conseguiu sozinha, Arin estava com o garfo espetando uma bisteca enorme e mordendo, Wooyoung e San negaram olhando aquilo.

— Filha, use a faca. — ensinou a menina. — Segure com a direita e corte com a esquerda.

— Muito difícil, prefiro espetar. — resmungou cortando.

Após terminarem, as duas subiram para escovar o dente e pegar a mochila.

— Boa aula! Se comportem! Ayun, não corrija seus professores na aula de inglês, Arin mesma coisa. — beijou a testa das duas.

— Tchau! Papai. — e saíram de casa.

— Eu volto logo. — Choi saiu em seguida.

Wooyoung começou a sentir as contrações mais frequentes, deitou no sofá e ficou tentando relaxar.

— Inspira em quatro. — inspirou. — Respira em quatro. — respirou.

— Wooyoung? — sentou no sofá e olhou para Hye-Min. — Quer um chá? Vai te ajudar a relaxar.

— Eu aceito. — voltou a deitar.

Quando terminou de tomar o chá, San entrou, aí deitou no colo dele.

— O que está sentindo, bebê? — perguntou.

— As contrações, mas é normal. — ainda estavam fracas.

— Quer andar um pouco? — iria negar.

— Tudo bem, vamos andar. — saíram da casa e começam a andar devagar, San de olho no loiro. — Eu estou bem, não precisa me olhar como se algo estivesse para acontecer.

Continuaram andando ao redor da casa, passaram pelo jardim aberto, Wooyoung admirou as abelhas buscando poli em suas flores.

— Essa doeu. — parou, respirou fundo.

— Vamos sentar. — sentou no banco que tinha no jardim.

— Ainda estou com oito meses, não era para estarem tão fortes, das gêmeas não foi assim. — falou passando a mão na barriga, respirou fundo novamente.

— Tem certeza que está com oito meses? — o menor contou.

— Sim, é oito. — confirmou. — A médica não errou, e também de acordo com a data da noite que a camisinha rasgou, é oito meses.

— De novo uma camisinha rasgada. — Choi falou.

— É, mas dessa vez eu não tomei sorvete com o dinheiro da pílula, a culpa foi sua por usar lubrificante com óleo de coco na composição, anta. — respirou fundo ao sentir outra contração. — Não sei como não tem mais uns vinte filhos espalhados pelo mundo, faz sexo com vários e não sabe o básico da porra de uma camisinha, ou você tem?

— Tenho o quê? — perguntou.

— Vinte filhos espalhados por aí. — olhou desconfiado para o marido.

— Não tenho. — afirmou. — Você não tomou a pílula porque não quis, eu comprei.

— Não foi bem assim, a médica disse que após ter as gêmeas o tratamento que fiz iria parar de agir, e como eu não fiz o retorno para ter mais um ano sofrendo, não pensei que seria necessário tomar a pílula. — falou. — Faz onze anos que eu passei pelo tratamento, mas parece que Deus queria que tivéssemos mais dois, porque sou o primeiro caso que após todo esse tempo consegue engravidar.

— Nossas mães amaram. — mais dois netinhos.

— Lógico que iriam amar, quem está com os órgãos todos apertados pela segunda vez, sou eu, não elas. — mais forte. — Vamos à clínica!

— Certeza? — confirmou. — Quer tomar banho antes?

— Óbvio que sim, vai me ajudar, não vou abaixar. — falou.

Entraram na casa, Choi não quis subir. Após ajudar Wooyoung tomar banho, subiu sozinho e pegou roupa para o menor.

O loiro vestiu, calçou o chinelo.

— Vai tomar banho, as contrações pararam. — liberou San para um banho.

— Serei rápido. — sentou no sofá e esperou o marido, os gatos finalmente apareceram, foram direto no pote de ração.

— Sei que querem nascer, mas esperem um pouquinho. — falou com a barriga.

— Vamos bebê! — com a bolsa dos bebês, tudo que precisam.

Foram ao hospital, após passar pela recepção, a médica veio atender Wooyoung.

— Vai vestir a camisola, mas os gêmeos estão apressados demais. — trocou sua roupa pela camisola, sentou na maca, ela examinou. — Eles podem nascer hoje, mas não agora, você vai fazer algumas coisas que induzem o parto, falta um pouco.

— Sabia. — foram para o quarto espaçoso.

Sentou na bola de Pilates, ficou girando enquanto segurava as mãos do esposo.

— Puta que pariu! — apertou.

— Eu preciso da minha mão, bebê. — o olhar que recebeu. — Acho que não, pode quebrar.

Já sentiu as mesmas dores uma vez, não sabia que teria uma segunda vez.

— Não reclame da sua mão, quando quem está sentindo as dores de uma segunda gravidez sua, sou eu. — fechou os olhos controlando a respiração.

— Minha? — levou um chute na canela.

— Por acaso eu fiz sozinho, San, foi sozinho? Idiota. — levantou e começou a caminhar pelo quarto. — Puta que pariu! — apoiou as mãos na cama. — Fala para a Nina buscar as meninas na escola quando der o horário, não precisa dizer o motivo, só fale que aconteceu um imprevisto.

— Sim, senhor. — ligou e pediu para Nina buscar as gêmeas. — Pronto, algo mais?

— Não conte a ninguém que estamos no hospital, eu não quero aquele alvoroço aqui como na primeira vez. — está treinado agora. — Sua mãe e a minha falando, nem fudendo, amo elas, mas agora só preciso de você.

— Ninguém vai saber, bebê. — seguiu caminhando e culpando San. — Precisa de mim, para me xingar?

— Não, mas nesse momento ajuda aliviar a dor. — xingou novamente. — Dessa vez está pior.

— Quer que eu chame sua médica? — negou.

— Eu aguento. — anoiteceu.

— Seu jantar, bebê. — entrou com a bandeja, Wooyoung estava sentado na bola de Pilates novamente.

— O que tem aí? — perguntou.

— Frango grelhado, salada, e arroz, mais um suco de maracujá. — sentou na cadeira, San colocou a bandeja na frente dele na mesa.

— Obrigado amor! Não só pela comida, mas por me aguentar, sei que fico insuportável na gravidez. — agradeceu. — Você é um marido excelente, e um pai excepcional! Eu te amo!

— Você não fica insuportável, bebê, não precisa agradecer, estou fazendo o mínimo. — beijou os fios loiros. — Eu te amo!

Wooyoung um pouco comia, um pouco xingava, sabia como era e decidiu prosseguir a gravidez. Quando descobriu a gravidez a médica deu a escolha de poder interromper pelo risco que corria, algo poderia dar errado, mas ele não iria abortar, seguiu até hoje e os bebês estão mais que saudáveis.

— Choi. — a médica entrou no quarto. — Vamos ver como está?

Já tinha terminado de comer. A médica o examinou novamente.

— Só mais um pouquinho, em uma hora eu volto. — se foi.

— Vou escovar o dente. — foi até o banheiro do quarto com sua escova, escovou o dente e voltou.

— Deita um pouco. — San sugeriu.

— Se eu deitar piora. — precisava andar.

Seguiu caminhando pelo quarto, as vezes apoiava as mãos na cama, respirar fundo, o marido olhando preocupado e triste por não poder fazer nada para diminuir a dor.

— Bebê, sabe aquelas danças do Brasil que você gosta? — confirmou sem entender. — Por que não faz isso?

— Agora? — sim. — Só vai me ajudar distrair.

O mais velho procurou uma e mostrou ao menor, assistiu algumas vezes. Riram juntos enquanto faziam, conseguiu distrair Wooyoung.

— Ai. — e o líquido. — Chama a médica. — San saiu do quarto e foi chamar a médica. — Finalmente! Vocês quase matam seu pai de dor. — falou com a barriga.

— Choi Wooyoung. — entrou com o Choi mais velho. — Faltava só meia hora, bebês apressados. — falou. — As enfermeiras irão te preparar, logo conheceremos esses gêmeos apressadinhos.

Os dois foram preparados, logo estavam indo para a sala de parto. San gravando para mostrar a família depois.

— Pronto Wooyoung? — confirmou, já estava anestesiado.

Cortaram no mesmo lugar das gêmeas, estava louco para saber o que é seus nenéns.

Logo ouviu um choro, o primeiro.

— É um menino, pais. — San mais que feliz. — E o pulmão está excelente pelo choro forte. — passou para as enfermeiras.

— Eu disse que viria menino. — Wooyoung falou.

Continuaram com o parto, o segundo bebê chorou ao sair do conforto da barriga.

— É uma menina. — o mais novo ficou feliz. — Espera.

— O que? Não é menina? — ele não entendeu.

— Tem mais um. — San quase desmaiou.

— Cinco filhos? — deu tela preta.

— Como não apareceu nos ultrassons? — a médica prosseguiu com o parto ignorando o surto dos pais.

Logo ouviram mais um choro forte.

— É mais uma menina. — Wooyoung estava surtando? Com toda certeza, mas muito feliz, e chorando de alegria. — Pai San se quiser acompanhar as enfermeiras com os bebês, logo levamos Wooyoung para o quarto.

— Não, vou ficar com ele. — e ficou com o esposo até ser levado para o quarto.

Estava dormindo enfim, teve um dia cansativo, estava exausto!

— Eu te amo! Raio de sol. — beijou sua testa.

Quando Wooyoung acordou sentia alguém segurando sua mão, olhou para o lado, San sentado na poltrona dormindo.

Soltou devagar, levantou e foi para o banheiro bem devagar. Tomou um banho, detesta ficar sujo. Vestiu outra camisola, mas de abrir na frente. Escovou seus dentes antes de sair.

— Tomando banho sozinho, bebê? É perigoso. — voltou a cama.

— Não acho, estou ótimo! — San entrou no banheiro, e enquanto isso trouxeram seu café da manhã. — Quando poderei ver meus filhos?

— Assim que terminar o café, precisa estar bem alimentado para amamentar os três. — sua ficha ainda não caiu.

— Tudo bem, obrigado! — começou comendo a parte salgada, San saiu e se juntou a ele, os dois comeram juntos. — Cinco filhos, amor! Cinco, não é quatro, é cinco!

— Eu pensei que iria desmaiar quando a médica disse "Tem mais um", estava bem escondido. — nenhuma ultrassom mostrou o terceiro. — Que nomes iremos dar?

— Vamos ver antes. — a porta abriu e três enfermeiras entraram empurrando os bercinhos.

— Vai precisar de ajuda para amamentar? — negou, já sabe como é a dor que o espera.

Saíram. San ajudou o loiro descer da cama, seguiram até os bercinhos.

— Meninas loiras como eu. — comentou. — Mas o menino só tem uma mecha loira, o restante é preto.

— Mas são iguais a você de novo, isso é tão injusto! — a boca, o nariz, os olhinhos ainda estão fechados, as bochechas. — São lindos!

— São mesmo. — pegou o menino no colo. — Não siga o exemplo do seu outro pai, seja um santinho como eu, se puxar esse negócio de ser um safado, vai virar padre.

— Ele não tem nem um dia de vida e já está sendo ameaçado. — San resmungou.

— Sua mãe pediu que os nomes deles fossem bíblicos, o que você acha? — perguntou.

— Mas seus pais são budistas, eles não vão achar que estamos favorecendo os meus pais? — era uma questão a se pensar.

— Não, minha mãe estava perto quando sua mãe sugeriu, ela gostou da ideia. — amamentou enquanto pensava em nomes para seus filhos.

— Para o menino, tem Benjamin. — Wooyoung sentiu um aperto no coração.

— Não, não combina com ele. — falou olhando o menininho.

— Então, Asafe? — mostrou o significado para o esposo.

— Meu pequeno Asafe. — abriu os olhinhos. — Ele gostou.

— Qual você tem para as meninas? — lembrou de um nome que achava lindo quando criança que viu na bíblia de sua avó.

— Acsa. — falou. — Pequena Acsa.

— O significado é "A adornada". — Choi comentou. — Falta uma.

— Hadassa. — e os três nomes foram escolhidos, seus três bebês tinham nomes lindos, com significados lindos.

Após os três dias no hospital, voltaram para casa. San pediu para Nina levar as gêmeas para a Disney, uma semana de diversão.

A adaptação dos trigêmeos ao mundo exterior estava difícil, não gostaram de estar fora da barriga, choravam para absolutamente tudo.

San ajudava no que podia, porque seu esposo tem a mania de querer fazer tudo sozinho. Na primeira gestação foi igual, acha melhor se sobrecarregar que dividir as coisas.

— Bebê, me dá a neném, vai tomar banho e comer. — Choi pediu a pequena Acsa, a mais chorona.

— Não precisa, posso comer com ela no colo. — os outros dois já dormiram.

— E o banho? — perguntou. — Você não conseguiu tomar banho desde ontem, ou foi antes de ontem?

— Isso não importa. — não ligava.

— Bebê, se não me dar ela vou avisar todo mundo que eles nasceram. — sabe que Wooyoung vai odiar ter todos na casa.

— Ta! — entregou a bebê ao marido.

— E tome um banho longo, ela vai ficar bem comigo. — os dois que dormiam estavam no carrinho.

Wooyoung subiu um pouco, voltou só com a cabeça para ver San segurando a filha.

— Vai tomar banho! — sabia que ele estava ali.

— Chato. — foi tomar banho, e cochilou em pé no chuveiro.

San conseguiu fazer Acsa dormir, colocou no carrinho. Ligou a televisão no YouTube, e colocou barulho de água, sempre funcionou com as gêmeas, dormiam a noite inteira.

— Senhor Choi. — sua governanta. — Precisa de algo?

— Sim, prepare uma comida bem forte para o Wooyoung, por gentileza. — pediu.

— Ele foi tomar banho? — confirmou. — Tudo bem, irei preparar. — foi para a cozinha.

Nina mandou notícias das gêmeas, fotos delas em brinquedos, com seus personagens preferidos. Arin com as princesas, e Ayun com o Darth Vader de Star Wars.

O loiro apareceu após um tempo de cabelo molhado e roupa limpa, mas com os olhos fundos e olheiras, não dorme faz três dias.

— Senhor Choi. — os dois olharam. — Wooyoung, sua comida está na mesa.

— Obrigado, Hye-Min. — agradeceu, a mulher se retirou. — Ela dormiu?

— Sim, e os três continuam dormindo. — falou. — Pode ir comer.

— Já volto. — foi para a sala de jantar.

Wooyoung aos poucos foi permitindo que San fizesse a parte dele, estava cansado demais para continuar fazendo sozinho.

As gêmeas voltaram em um domingo, o motorista foi buscar na casa da Nina. Antes do almoço estava estacionando na frente da mansão, as duas saltaram do carro e correram para dentro.

Os gatos subiram correndo ao ver as terríveis de volta ao lar, sempre querem encher os dois de acessórios.

Foram parando ao ver o carrinho de bebê, se aproximaram devagar, olharam dentro, seus irmãozinhos estavam dormindo.

— Três? — Ayun resmungou.

— Não era dois? — fez dois com os dedinhos.

— Cadê as princesas do papai? — olharam Wooyoung, correram até o pai. — Senti saudade das minhas pequenas.

— Nós também. — falaram abraçadas com o pai.

— E eu? Não ganho nada? — San fez drama.

Foram abraçar ele, ganharam beijo na testa.

— Por que tem três bebês? — Ayun perguntou.

— É que um estava escondido e nós não vimos. — Wooyoung respondeu-lhe. — Já tomaram banho na casa da tia?

— Sim. — confirmaram.

— Então subam para trocar de roupa. — o motorista entrou com as malas das duas. — Obrigado, senhor Lee!

— Por nada, senhor Choi! — e saiu fechando a porta.

— Suba com as malas, amor. — sentou no sofá perto do carrinho.

Quando as duas voltaram, apresentou os bebês a elas.

— Quem será que me chutou? — Ayun se perguntou olhando eles. — Vamos ver, chato! — Asafe mexeu a perninha. — Sabia que era você! Não seremos amigos!

— Ayun, ele é só um bebê. — Wooyoung tentou aliviar para o menino.

— Não lhe dá o direito de me bater. — parece um adulto falando.

— Passou tempo demais com sua tia Nina. — reconhece esse jeito de falar de longe.

— Elas vão poder usar presilha como eu? — Arin perguntou.

— Sim, se gostarem. — Respondeu.

— O Asafe também? — pensou e confirmou.

— Se ele quiser, sim. — não é seu cabelo para decidir algo.

— Estou de olho em você Asafe! — Ayun falou e sentou no sofá. — Deixa eu pegar a Acsa?

— Quero o Asafe. — Arin também sentou no sofá esperando.

Wooyoung colocou com o maior cuidado do mundo os bebês no colo das mais velhas, que continuaram segurando com o mesmo cuidado, já amavam seus Irmãozinhos.

Hadassa ficou no colo do pai, bem tranquila.

San voltou parando ao lado do esposo, os dois observando seus filhos.

— Todos tem a sua cara, e personalidade, que tal fazer mais um para se parecer comigo? — sugeriu baixo.

— Eu juro que te mato se me engravidar de novo. — ameaçou sorrindo. — Você vai para a faca!

— Justo eu? — confirmou.

— Na primeira veio dois, na segunda veio três, quantos vem na terceira, quatro? Cinco? — só de pensar surtou um pouco. — Vai ser operado sim!

— Ta! — concordou.

Estavam felizes com sua "pequena" família, amavam tudo aquilo. Houveram algumas dificuldades para ficarem juntos, mas nunca mais se separaram.

Feitos um para o outro, mesmo que haja algumas diferenças pequenas. Personalidade, gostos, estilos, um odeia o Natal e o outro ama.

Falando nisso.

— O que vamos fazer no Natal? É amanhã. — San perguntou.

— Não iremos fazer nada, e não vai transformar essa casa como a casa do Papai Noel igual ano passado, tenho dores de cabeça só de lembrar a quantidade de pisca pisca. — Wooyoung respondeu. — Se quiser fazer algo, será lá fora, nada aqui dentro, e pequeno, pisca pisca não.

— O que acham meninas, podemos enfeitar uma árvore lá fora? — as duas estavam falando com os bebês olharam seu pai.

— Não gostamos do Natal! — Wooyoung sorriu vitorioso.

— Quem sabe um dos trigêmeos goste amor, não perca a esperança. — falou para provocar.

A família foi almoçar, os trigêmeos no carrinho porque já tinham tomado seu almoço. As gêmeas comendo e conversando entre si, os pais só olhando.

Quando a noite chegou, San conseguiu convencer o loiro a sair para jantar, as crianças ficaram sob supervisão da governanta e uma babá.

Durante aquelas horas, San fez Wooyoung se distrair e se divertir. Eles amam ser pais, mas precisam do seu momento a sós como qualquer casal que tem filho.

Voltaram para casa bem tarde, San fez Wooyoung colocar uma venda antes de entrar na propriedade. Estacionou o carro no lugar de sempre.

— Você vai gostar da surpresa. — com certeza.

Saiu do carro, e ajudou Wooyoung sair, foi ajudando o menor até estar de costas para a segunda surpresa pegou a caixa com o presente. Parou na frente do loiro.

— Bebê, tire a venda. — tirou.

— É pra mim? — perguntou.

— Sim, você continua odiando o Natal após anos com alguém que ama. — a mesma coisa. — Mas, esse ano eu me esforcei mais, é seu.

— Isso me assusta. — tirou o laço, e a tampa, colocou no chão por não ter jeito.

Voltou a atenção no conteúdo dentro da caixa, tirou o globo de neve.

— Aperta esse botão ao lado. — apertou e ele acendeu.

Wooyoung aproximou do rosto para ver.

Um homem idoso segurando um menino no colo, apontando a neve caindo, e um gatinho preto sentado olhando também.

Balançou e viu os flocos de neve.

— Meu vôzinho e meu gatinho que morreram. — limpou a lágrima. — Eu amei! Muito obrigado! — abraçou o esposo.

— Terá uma lembrança eterna deles. — beijou a bochecha do loiro. — Tem uma segunda surpresa.

— Mais? — confirmou. — Onde está?

— Espera. — guardaram o globo de neve na caixa, colocou com cuidado no chão. — Coloque a venda de novo. — acatou o pedido mesmo sem querer. — Se vire devagar. — virou para a segunda surpresa, San ligou tudo e parou ao lado do menor.

— Já posso tirar? — perguntou.

Olhou o relógio e esperou mais um minuto.

— Sim. — tirou e quase caiu para trás. — Feliz Natal! — falou, uma árvore de Natal gigante cheia de pisca pisca. — Linda né?

— Eu... — sem palavras. — Eu vou te matar, San!

— Fudeu! — correu do pinscher, que logo estava atrás dele. — Não pode correr, bebê!

— Para te matar eu posso, deve estar cheia de esquilos. — voltou a ter medo quando outro pulou na sua cara e mordeu seu nariz.

Eles se amavam, só demonstravam de uma maneira diferente.

Serão felizes para sempre, até depois da morte..........................




Fim!!!

Mais uma finalizada meus amores! Espero que vocês tenham gostado!

Ate a proxima! 

Feliz Natal!

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