☃︎ 06 ☃︎
Não revisado
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Voltamos para o chalé já estava tarde, porque eu quis ir em uma loja de chocolate, fiz meu próprio chocolate.
— Me dá um pedacinho do seu? — pedi seguindo ele para a cozinha.
— Não, você não quer me dar um pedaço do seu. — olha como é ruim.
— As coisas funcionam assim, você divide comigo, e eu não divido. — lei básica.
— Está me dizendo que não vai nunca me dar nada? — perguntou tirando os chocolates da sacola.
— Exato! — entendeu rápido. — Espera, não, eu posso te dar muitas coisas, menos minha comida.
— Certeza que eu sou o safado? — absoluta.
— Claro! Sou um anjinho. — ele riu. — Agora me dá um pedacinho do seu.
— Nem tenho outra opção. — não mesmo.
Abriu o chocolate dele, tirou um pedaço e me entregou.
— Obrigado! — beijei a bochecha dele.
— Dou a barra se continuar fazendo isso. — só vou rir.
— Não precisa, só quero experimentar sua combinação de chocolate amargo com leite. — Comi o chocolate, realmente gostoso! — Muito bom! Não mexa nos meus chocolates.
— Sim senhor. — colocou na geladeira.
Subi para o quarto e ele atrás, entramos no cômodo, acendi a luz.
Peguei na mala o que uso para tirar a maquiagem, e uma máscara para colocar depois.
Sentei na cama, ele está no banheiro escovando os dentes.
Comecei a tirar pelos olhos, passando o lenço e tirando o que cobre as pequenas imperfeições.
— O que está fazendo? — já saiu apenas de calça, alergia a camiseta, espero que nunca sare da alergia.
— Tirando a maquiagem. — respondi.
— Estava de maquiagem? — confirmei. — Não dá muita diferença, é lindo sempre.
— Obrigado! Mas a diferença é enorme. — falei.
— Coisa da sua cabeça. — sentou ao meu lado.
Peguei meu celular na mesa de cabeceira, procurei uma foto minha com maquiagem.
— Olha. — olhou a foto. — Agora essa sem. — a próxima. — Viu? Tem diferença.
— Para mim, não. — ele nunca apontaria algum defeito meu.
— Você não apontaria meus defeitos. — o primeiro a fazer isso.
— Porque não tem nenhum. — onde estava todo esse tempo?
Deixei o celular de lado e continuei tirando a maquiagem, com um cotonete e um produto limpei meus olhos, dentro e fora.
— Isso não dói? — neguei.
— Pronto! — Peguei os lenços sujos e levei para o banheiro, joguei fora. Escovei meus dentes e lavei o rosto.
Saiu do banheiro, peguei um pijama na mala e voltei, troquei de roupa, ao sair com o pijama de cetim San está mexendo no meu celular.
— O que está fazendo com meu celular? — perguntei.
— Olhando se tem mensagem de algum concorrente. — até ri.
— San, não saio com ninguém há meses, não vai achar mensagem nenhuma. — falei.
Guardei umas coisas na mala, peguei outra máscara.
— Achei! — falou.
— O quê? — perguntei.
— Um tal de Mike, diz "Obrigado por ontem, você melhorou minha noite". — só vou rir. — Fez o que para melhorar a noite dele?
— Mike é um amigo da Nina, que chegou na Coréia faz um mês e estava com alguns problemas com a lei, usei a influência dos meus pais e ajudei assim, dessa forma ele dormiu melhor, não fiquei com ele. — expliquei. — Ficar com o Mike, você é engraçado.
— Por que não ficaria com ele? — peguei meu celular e procurei a foto.
— Esse é o Mike, magrinho e fofinho, no meio da foto. — apontei. — Agora vê esse homem enorme, com esse monte de músculos, e uma tatuagem no braço escrito "vou te matar com isso", é o marido do Mike, nem se me pagassem eu iria.
— Nem eu iria, quanto esse cara tem de altura? — aproximou a foto.
— Dois metros, um soco dele e já pode preparar o funeral que não irei sobreviver. — falei. — Mike conheceu ele na academia, mas só foi até conquistar o grandão, depois deu adeus a academia.
— Faz sentido ser em uma academia, olha o tamanho desse braço. — eu vi ao vivo, fiquei gaguejando o tempo inteiro de medo.
— Não queria ver ao vivo. — me entregou o celular, joguei para trás na cama.
Prendi minha franja com presilhas, assim eu abri a máscara.
— Quer? — perguntei. — Tenho uma sobrando.
— Aceito. — Uma parte do cabelo dele já ficou presa, prendi uma parte rebelde que não estava com o restante, presilha de morango.
Coloquei a máscara primeiro nele, depois em mim.
— Vamos tirar uma foto. — estiquei para pegar meu celular, ele juntou comigo e tirei a foto. — Ficou ótima!.
Deitamos os dois com a máscara certinha no rosto, encarando o teto.
— Sua relação com a sua irmã é bonita, muitos irmãos não se dão bem. — elogiou.
— Agora nossa relação é boa. — falei.
— Algum dia já foi ruim? — perguntou.
— Ela não te contou pelo jeito. — comentei. — E sim, nossa relação já foi ruim.
— Por que? — olha que é uma longa história.
— É complicado, mas vivíamos brigando quando mais jovens, depois ela que brigava comigo. — falei sem me importar. — Começou a melhorar já estava com dezenove anos.
— Mas eu já conhecia vocês nessa época. — para você ver como é recente.
— Sim, eu revidava as provocações até certa idade, mas sempre fui ensinado a não bater em mulher, então nunca encostei um dedo nela, agora eu já apanhei bastante da Taeyeon. — contei.
— Seus pais não faziam nada a respeito? — perguntou.
— Eles não sabem, ela teve o mesmo ensinamento sobre não bater nas pessoas, eu, mas eu era o único a seguir isso. — faz parte. — Agora já passou, estamos bem desde que ficamos adultos.
— Não parece que vocês viviam brigando. — pois é.
— Ela melhorou bastante desde que começou a namorar a Layla. — graças a Deus.
— Bom para você, né? — com toda certeza. — A Taeyeon já foi de mentir?
— Quando mais nova sim, agora não. — respondi segundo o que ela me disse.
Lembrei de algo.
— Sabia que eu poderia ter tentado descobrir sua sexualidade e ficar com você mais cedo? — ele virou o rosto, coloquei reto para não tirar a máscara.
— Por que não fez isso? — perguntou.
—Promete não ficar bravo com ela? — preciso ter certeza.
— Prometo! — não passou muita certeza.
— Taeyeon vivia dizendo que você era o maior galinha e não se importava com os sentimentos de quem se relacionava, então nunca tive coragem de me aproximar para ficar com você. — ele está quieto.
— Galinha é por ficar com várias pessoas? — confirmei. — Essa Taeyeon inventa cada coisa. — ele tenta parecer sarcástico, mas é nítido que não está nada feliz com o que descobriu.
— Deu o tempo da máscara. — tirei do meu rosto, e do dele. — Vou fazer um chá, você quer?
— Do que vai fazer? — perguntou se sentando na cama.
— Camomila. — está precisando.
— Então sim. — saí do quarto, desci para o primeiro andar.
Fiz o chá, coloquei em duas xícaras e subi de novo.
Entrei no quarto, entreguei uma das xícaras para ele.
— Obrigado! — agradeceu, sentei ao lado dele.
— De nada, eu usei mel para adoçar, não sei se gosta. — avisei antes que ele provasse.
— Eu gosto. — ainda bem.
Bebi devagar, ele tomou rapidinho.
— Deu meia-noite. — falou olhando o relógio na cabeceira. — Véspera de Natal.
— Infelizmente. — falei, olhou para mim. — Que foi?
— Nada, muito ódio para alguém desse tamanho. — bati no braço dele. — Viu?
— Quietinho! — terminei o chá. — Eu trouxe, você leva. — ele saiu com as xícaras.
Escovei o dente de novo, aí voltei para a cama e me deitei.
Ele entrou e foi até o banheiro, eu fiz a barreira enquanto isso, não sei se vai querer dormir com risco de acordar comigo em cima dele.
Antes de deitar apagou a luz, deitou ao meu lado.
— Por que colocou a sua barreira? — perguntou.
— Não sabia se iria querer dormir encostando. — respondi.
— Por mim, não teria feito essa barreira desde o primeiro dia. — tirou os travesseiros. — Bem melhor.
— Já fique sabendo que pode acordar comigo em cima de você. — avisei.
— Não vou ligar. — puxei o edredom me cobrindo devidamente.
Ele permaneceu com o edredom cobrindo só até a cintura, está com as mãos atrás da cabeça, encarando o teto enquanto pensa.
Virei e fiquei olhando ele pensar, queria saber o que se passa na cabeça dele nesse momento.
— Ainda está pensando sobre o que minha irmã disse? — perguntei.
— Não. — ele está. — Vamos dormir!
— Tudo bem. — fechei os olhos para dormir.
— Posso te abraçar? — não vou sorrir.
— Pode. — já estou sorrindo.
Ele me abraçou, estar entre esses braços fortes, uma delícia!
Agora vou dormir feliz!
[...]
— Wooyoung, você não sabe usar. — Quem disse?
— Solte meu chocolate ou te faço de peneira. — falei.
— Atiraria em mim, por causa de um chocolate? — perguntou.
— Já empurrei o Yeosang de um barranco porque ele pegou meus bombons, o que você acha? — empurrou as barras para o meu lado do balcão.
— Agora me dá essa arma. — Peguei meus chocolates, e passei a arma. — Como pegou?
— Você bobeou! — fui com meus preciosos para o sofá.
— Estava destravada, que livramento! Essa foi quase. — tenta a sorte de novo. — Quer assistir filmes?
— Quais? — perguntei.
— De Natal. — por que? Eu nem atirei nele e é isso que recebe como agradecimento, assistir a filmes de Natal.
— Você não vai com a minha cara? — ele riu. — Só vou aceitar porque estou de bom humor.
— Nem parece que acabou de apontar uma arma para mim. — Nós subimos para a sala de tv, sentamos no sofá. — Quer um de romance com Natal, comédia de Natal.
— Tem morte no Natal? — negou. — Então comédia.
— Esse aqui, é do Brasil. — "Tudo bem no Natal que Vem". — É comédia, vamos ver esse?
— Vamos! — ele deu play.
Comi meu chocolate assistindo, tive que dar um pedacinho para o sem vergonha.
O filme foi engraçado no início, mas terminei chorando, não entendi.
— Você disse que era comédia San. — idiota.
— Filmes natalinos tem final imprevisível. — nem percebi.
— Escolhe um que eu não vá chorar. — limpei meus olhos.
Passamos a tarde assistindo mais filmes natalinos, no segundo filme eu já estava grudado no San , gosto de ser um grudinho.
— Não liga que eu fique assim? — perguntei.
— Como? — perguntou.
— Grudado com você, já disseram que eu sou muito grudento, como um defeito. — falei.
— Não ligo, você grudadinho assim é a melhor coisa. — fez carinho no meu cabelo.
Assistimos mais um filme antes de ir tomar banho, ele foi primeiro já que minha mãe ligou.
— Oi mãe! — falei.
— Oi filho. — ouvi sua voz. — Como estão as coisas aí?
— Estão bem mãe. — mais que bem na verdade. — E aí?
— Ótimas! Liguei para desejar feliz Natal, para você e o San. — Sabiá. — Faça um almoço para vocês dois.
— Claro mãe, obrigado! — ela ficou esperando. — Feliz Natal!
— Obrigado! Pela sua voz percebo que está muito feliz, aconteceu algo entre você e o San? — eu conto?
— Não. — respondi.
— Sei, sua irmã quer falar com você. — passou para a Taeyeon.
— Feliz Natal! — mais uma.
— Para você eu não dou. — falei.
— Chato! Você e o San, como está sendo? — perguntou. — Perdi meu melhor amigo?
— Não, ele continua sendo seu melhor amigo. — respondi. — E está sendo legal.
— Se apaixonou mais né? — você não tem noção. — Só não esquece que ele é um galinha, amo ele, mas isso é um fato, não merece você.
— Ta! — viu? Ela vive falando isso. — Por que fala isso?
— Porque ele vive transando por aí e não se prende a ninguém, galinha. — ainda não justifica.
Se ele não namora, qual o problema em ter uma vida sexual ativa com várias pessoas?
— Você fazia isso. — falei. — É galinha?
— Me respeita Wooyoung, não sou galinha. — Claro que não.
— Quero falar com a mãe, devolve para ela. — demorou para ela fazer isso, significando que estava afastada para minha mãe não ouvir.
— Oi filho, o que quer falar comigo. — falei o que tinha para falar e desliguei.
Alguns minutos depois San saiu do banheiro de roupão, normalmente já sai com calça.
— Esqueceu de levar calça? — perguntei.
— Não, eu vou usar a hidro. — ele colocou ela para encher.
— E eu vou tomar banho. — Peguei meu pijama e entrei no banheiro, fechei a porta.
Tomei um banho relaxante, lavei meu cabelo, hidratei, ficou bem macio.
Me sequei, e vesti o pijama de shortinho preto e a camiseta branca com um urso marrom na frente.
Escovei o dente, passei hidratante labial. Saí do banheiro passando a toalha no cabelo, para ajudar a diminuir a umidade.
Olhei a hidro, Choi dentro me observando, parecia o predador se preparando para atacar a presa.
Eu sou a presa!
Coloquei a toalha em um gancho, passei os dedos no cabelo.
— Está mais que convidado a se juntar a mim. — não sei se aceito.
Me aproximei da hidro, tirei a pantufa e usei a escada para subir, sentei na beirada colocando apenas meus pés para dentro.
— Pode entrar, não vou te morder. — não sei se acredito.
— Melhor não. — rejeitei.
— Por que? — perguntou.
— Porque se eu entrar, te conhecendo, a chance de acabarmos na cama sem roupa, é muito grande. — respondi.
— E qual o problema? Que melhor forma de passar a noite de Natal, que transando? — safado!
— Conversando seu sem vergonha. — Tive uma ideia. — Vou pegar um vinho, tem preferência?
— Não, pode escolher. — tudo bem.
Sequei meus pés antes de calçar a pantufa. Saí do quarto, desci para o primeiro andar e fui até a adega de vinhos, escolhi meu vinho preferido, peguei duas taças na cozinha antes de subir.
Caminhei para o quarto, entrei e fechei a porta usando o pé.
Fui até ele, tirei a pantufa e subi, coloquei os pés dentro e sentei na beirada. Entreguei uma taça para ele, uma ficou comigo.
— É meu preferido. — servir a taça dele.
— Deixa eu ver o nome. — mostrei na garrafa. — Esse é bom!
Servi minha taça, coloquei a garrafa do meu lado.
— Estava falando com a sua mãe? — confirmei. — Queria desejar Feliz Natal?
— Sim, ela e a Taeyeon. — contei.
— Ah! — é Taeyeon, você perdeu seu melhor amigo. — Ela perguntou de mim?
— Sim, ela perguntou como estava sendo com você, se perdeu o melhor amigo, respondi que estava sendo legal e que ela não perdeu. — mas não tenho tanta certeza agora. — Aí ela falou "Se apaixonou mais, né?", E "Só não esquece que ele é um galinha, amo ele, mas isso é um fato".
Não vou falar a última parte, ele pode ficar triste.
— O que mais ela disse? — perguntou.
— Perguntei porque disse isso, e ela falou que você fica com várias pessoas, não se prende a ninguém, galinha. — respondi. — Aí eu falei que ela fazia isso, e perguntei se era galinha, pediu respeito e que não é.
— Ela te falou mais uma coisa, o que? — bebi do vinho. — Pode falar, não vou ficar triste se esse é o seu medo.
— Melhor não. — falei.
— Melhor sim, me conta. — Bebi mais vinho para ter coragem.
— Que você não me merece. — se apertar mais a taça vai quebrar. — Mas eu não concordo com ela só para deixar claro, estou muito feliz com isso que estamos tentando.
— Sua irmã conseguiu me decepcionar, não esperava isso dela. — Fudeu! — Ela perdeu o melhor amigo.
Fudeu muito!
— Não ligue para isso, você ainda tem um dos gêmeos, eu. — quem sabe deixa ele feliz. — Não é grande coisa, mas não vou falar de você pelas costas.
— Você é muita coisa raio de sol. — amo esse apelido. — Também estou feliz com essa relação que estamos tentando. — sorri para ele. — Sorriso perfeito!
— Obrigado! — agradeci com vergonha. — Como vai se resolver com ela?
— Apenas conversar e depois, adeus! — ele parece que não dá segundas chances.
— Com você é um único vacilo, né? — negou.
— Três, e esse é o terceiro. — hein?
— Minha irmã já vacilou outras duas vezes? — confirmou. — Com o quê?
— Ela mentiu para mim, falou pelas minhas costas, e agora isso. — eu tenho a impressão que se ela não fosse minha irmã, ele matava ela.
— Sinto muito! — falei. — Se minha mãe souber, Taeyeon vai apanhar após ficar velha.
— Sua mãe já bateu em vocês? — perguntou.
— Me deu um tapa na mão quando roubei uma coisa, agora Taeyeon apanhou de verdade. — respondi.
— O que ela fez? — você nem imagina.
— Por onde eu começo? — já sei. — Quando meus pais completaram vinte anos de casados fizeram uma viagem para o Havaí, ficaram dez dias lá curtindo sem os filhos.
— Quantos anos vocês tinham? — já chego aí.
— Dezesseis. — respondi. — Minha mãe disse que nós tínhamos responsabilidade suficiente para se cuidar, e caso acontecesse algo era para ligar para a minha avó, até aí tudo bem.
Só até aí mesmo.
— Eles viajaram na quarta-feira, na quinta-feira Taeyeon estava espalhando convites da festa que iria ter em casa. — mas isso não é motivo, calma que vai piorar. — Eu avisei que iria dar ruim, e disse que iria contar para a mãe, ela me ameaçou e eu fiquei quieto.
— O que usou como ameaça? — deixamos para outro dia. — Me conta.
— Umas fotos minhas, ela iria espalhar pela escola, eu estava nu nessas fotos, tirou enquanto eu tomava banho já para usar caso eu quisesse contar. — como ela era do mal, misericórdia.
— Sua irmã é o cão. — você não sabe a ponta do iceberg. — Continue a história.
— Na semana seguinte já tinham quase 150 pessoas confirmadas na festa, com DJ e tudo. — foi uma desgraça. — Na sexta-feira minha casa estava cheia de alunos, menores de idade tomando bebida alcoólica, usando droga, fazendo sexo.
— Já entendi porque ela apanhou, foi merecido. — está enganado.
— Calma, ainda não cheguei no motivo principal. — sim, ainda vai piorar. — Eu estava no meu quarto com fones de ouvido, trancado, para não entrar algum doido querendo fazer coisas estranhas comigo. — fui precavido. — Taeyeon nunca foi boa de conta, ela errou o dia que meus pais iria chegar.
— Pensou que seria no domingo, e eles chegaram no sábado. — exato.
— Então, três horas da manhã o carro dos meus pais pararam na frente de casa, eu assistindo pela janela, nem tentei avisar porque queria ver ela se ferrar pelo que fez comigo. — eu era tão vingativo. — Minha mãe saiu igual um touro do carro, meu pai atrás no mesmo nível, entraram empurrando adolescentes drogados que estavam na porta.
— Isso consegue piorar? — vai ver que sim.
— Eu saí do quarto, eles já estavam subindo. — dia memorável. — Ela já perguntou brava "Cadê a sua irmã?", Nem desconfiou de mim, graças a Deus.
— Você é muito santinho para fazer isso. — obrigado!
— Respondi que não sabia, e eles começaram a procurar ela até que acharam. — aí que a merda estava feita. — Estava no quarto deles, transando com mais três meninas.
— Sua irmã é doida? — provavelmente. — O que sua mãe fez?
— Gritou "Você ficou maluca Jung Taeyeon?", Quando falou o nome inteiro já sabia que ela iria apanhar. — eu assisti tudo de camarote. — Meu pai fechou a casa e ligou para todos os pais dos alunos que estavam ali, eu achei o número de cada um.
— Sua vingança. — isso aí.
— Muitos alunos já foram embora apanhando, tinha gente de catorze anos bêbado. — o cúmulo do absurdo. — Após todos irem embora, Taeyeon apanhou, e ainda teve que limpar a casa inteira. — nunca fiquei tão feliz de ver alguém apanhando. — E assim meus pais trocaram de quarto, o que ela usou é dela até hoje.
— Que bagunça sua irmã fez. — Terrível né?
— Você já apanhou dos seus pais? — negou.
— Nunca dei motivo para isso acontecer. — eles nunca descobriram isso, sim. — E sobre as fotos, o que sua mãe fez?
— Ela não sabe, Taeyeon me implorou para não contar. — não merecia, mas meu coração é muito bondoso. — Estaria de castigo até hoje.
— Sua mãe colocou ela de castigo? — neguei.
— Meu pai, ficou dois anos de castigo. — dois longos anos. — Não podia sair com amigos, dormir fora, celular não, iPad não, computador não, namorar não, sair para comprar roupa não, tudo que ela amasse fazer meu pai tirou.
— Mas, eu conheci vocês com dezessete anos, não tinha passados dois anos. — pois é.
— Essa foi a primeira vez que meu pai abriu uma exceção, mas ela só poderia sair se eu fosse junto para ficar de olho. — assim ela me obrigou a ir. — Fui obrigado, não queria ir.
— Foi quando eu te vi pela primeira vez, ainda se arrepende? — neguei.
— Depois desse dia ela cumpriu o restante do castigo. — falei.
— Não cumpriu, eu vi ela em várias festas naquele ano. — Taeyeon, se a mãe descobrir você está ferrada.
— A mãe já disse que se ela vacilar mais uma vez, vai morar sozinha. — e isso seria péssimo.
— Ela já tem vinte e quatro anos, qual seria o problema? — então.
— Ela não sabe cozinhar, minha mãe tentou ensinar, mas disse que não precisava já que sempre tivemos cozinheira em casa, limpar também não, e outras coisas básicas que precisa para morar sozinha. — respondi. — Outra coisa, ela não tem dinheiro sem ser dos meus pais, nada mesmo.
— Então seria bem ruim ela ir morar sozinha. — mas ela se esforça também para decepcionar meus pais, e olha que eles são bem liberais.
Nós nunca fomos proibidos de namorar, usar a roupa que quisesse, pintar o cabelo, colocar piercing, sair e voltar tarde (desde que avise é claro), até fazer tatuagens.
— Mas vamos parar de falar dela, você sempre foi santinho? — confirmei, coloquei mais vinho na taça.
— Nunca vi graça em desobedecer ou fazer coisas que iriam decepcionar meus pais. — falei. — E eu vendo que ser assim dá mais lucro, resolvi continuar, tudo que eu pedir meus pais me dão.
— Tudo? — confirmei.
— O carro eles me deram, o apartamento, ainda colocaram a mobília dentro. — porque vou desobedecer se tenho esses privilégios. — Ao invés de falarem "Se vacilar vai ir morar sozinho", sempre ouvi "Fica mais um ano aqui".
— Continue assim. — vou continuar. — Entra aqui, a água está boa.
— Estou sentindo nos meus pés. — apontei.
— Vem, prometo que não vou te seduzir. — duvido muito. — Nem tentar transar com você.
— Só porque pediu com jeitinho. — Bebi o restante que estava na taça.
Deixei a taça ao lado da garrafa, entrei na hidro sentindo a água molhar meu pijama.
— Realmente boa. — sentadinho estou.
— Fala espanhol? — confirmei mexendo na água. — Sientate aquí. (Senta aqui.) — apontou seu colo.
— E a coisa de não me seduzir? — perguntei.
— Não estou, meu raio de sol. — com certeza está.
— Se eu acabar naquela cama sem roupa, você vai apanhar San. — levantei e ele suspirou me olhando. — Que foi?
— Sua roupa está colada em seu corpo, desenhando perfeitamente, que tentação! — que vergonha!
— Você não está pelado, né? — perguntei e ele riu.
— Não, estou de bermuda, fique despreocupado. — ainda bem.
Sentei em seu colo, tirei a taça de sua mão e coloquei longe. Passei os braços ao redor de seu pescoço, senti suas mãos entrando na minha camiseta, apertou minha cintura.
— Agora estamos bem pertinho, o que você quer tão perto assim? — perguntei.
— Te beijar, posso? — confirmei.
Ele me beijou, e eu só segui fazendo o que a boca dele ditava em cada movimento.
Beijar ele se tornou um vício, dentro de uma hidro tornou mais quente o ambiente. Ou sentir que apertou minha bunda, isso não se faz, fiquei molinho.
O gosto do vinho deixou nosso beijo alcoolizado, e muito gostoso.
Não estou bêbado para maiores preocupações, duas taças não me deixa bêbado, só duas garrafas.
— Sua boca, eu beijaria ela para para sempre. — sussurrou, beijou minha mandíbula em seguida o pescoço. — Pretendo fazer isso.
— Aceito. — nunca recusaria.
Continuou beijando e chupando a pele do meu pescoço, eu sinto que vou acordar com marcas amanhã.
— Você disse que não iria me seduzir. — falei de novo.
— Não estou. — mentiroso.
Senti dois dedos tocando meu mamilo sensível, não consegui conter o gemido, esse idiota sorriu.
— Sensível aqui. — muito. — Pode me tocar também mi amor.
— Não, se eu te tocar vamos transar. — e é o que estou evitando.
— Claro, então só eu te toco. — me beijou novamente sem deixar meu mamilo sensível. — E se não quer transar hoje, não geme assim, fica difícil não se excitar ouvindo isso.
Complicado, tocou no meu mamilo e eu já não consigo controlar mais nada.
Seguimos nos beijando até que a mandíbula cansasse.
— Você não deveria rebolar desse jeito. — é involuntário. — Está me seduzindo!
— Você me seduziu primeiro! — ele que começou.
Nós ficamos ali dentro até o sangue voltar ao seu devido lugar, circulando no restante do corpo.
Saímos da hidro, secamos, eu fui com outro pijama para o banheiro, troquei. Escovei o dente antes de sair, agora posso dormir.
Ele já estava com uma bermuda moletom, disse onde deveria colocar a roupa molhada e ele foi colocar.
Nós deitamos, apagamos a luz.
Ainda ganhei um beijinho de boa noite, dormi sorrindo.
[...] Manhã de Natal.
Senti alguém me sacudindo devagar e me chamando, acordei.
— Bom dia! — Choi.
— Bom dia! — resmunguei. — Que horas são?
— Nove horas em ponto. — só isso.
— Muito cedo para me acordar, San, tenta em três horas. — virei para o outro lado.
— Trouxe café para você. — sentei na cama. — Sabia que isso resolvia.
— Me ganhando pelo estômago, esperto! — falei.
Colocou a bandeja na minha frente, em cima das minhas pernas.
Olhei o que ele trouxe, Cookies, bolo e panqueca, com capuccino claro.
— Obrigado! — agradeci.
— Abre isso antes de comer. — presente. — Sei que não gosta do Natal, nem de trocar presentes, mas acredito que vai gostar desse.
— Não precisava, vamos ver o que tem aqui. — é uma caixa pequena, balancei e não ouvi nada. — Quando comprou?
— No dia que me convidou para vir. — interessante.
— Foi no shopping? O com andar só para lojas de alto nível? — confirmou. — Se foi a noite, eu estava lá.
— Fazendo? — perguntou.
— Ajudando o Yeosang. — respondi.
Tirei o embrulho vermelho com renas, o plástico que protegia a caixa em si.
Abri a boca olhando, como ele sabe?
— Como você descobriu? — perguntei.
— Lembra o dia que entrei no seu quarto para matar uma barata? — confirmei. — Então, eu vi na sua prateleira, a coleção de funko pop de super-heróis antigos dos quadrinhos, faltava esse, comprei torcendo para que você já não tivesse comprado.
— Não, eu parei de colecionar faz três anos. — falei olhando o pequeno funko.
— Não gostou? — perguntou.
— Eu amei, muito obrigado San! — falei. — E você dizendo que não presta atenção.
— Só em você que eu presto atenção. — muito fofo!
— Te beijaria agora, mas ainda não escovei o dente. — disse.
— Não ligo. — eu ligo.
— Fique longe. — ele riu. — Só um instante.
Coloquei o funko na mesa de cabeceira, tirei a bandeja dali e levantei. Na minha mala peguei o presente dele, voltei para a cama.
— Não ia entregar. — entreguei para ele a caixa levemente pesada. — Mas você me deu um presente, e está merecendo, espero que goste.
— Com certeza vou. — sentei e peguei a bandeja, comecei a comer enquanto ele abre o presente.
Então logo a caixa do robô apareceu, ele sorriu olhando.
— Nem vou perguntar como sabia, você é muito observador. — falou. — Obrigado! Sempre quis ter um desse, agora eu tenho.
— Não foi nada, pode ir brincar com o robô. — e ele foi mesmo.
Nós fizemos o almoço juntos, passamos o dia de Natal bem juntinhos.
Após anos eu finalmente estava feliz em um dia de Natal, normalmente eu fico desejando que o papai Noel seja atropelado por uma das renas.
A noite nós ficamos no terceiro andar conversando e olhando as estrelas, amo fazer isso.
E eu cada vez mais apaixonado pelo San!
Antes eu tinha sentimentos por ele, mas algo que ficava guardado a sete chaves, quando veio a tona foi muito forte, e ele se mostrando ser quem eu sempre quis namorar, alguém que não tente mudar quem eu sou para o agradar.
Ele me escuta falar sem parar, não liga com meu grude, nem eu ser apegado, e gosta que eu tome todo o espaço.
Talvez eu esteja amando Choi San.
E isso me assusta muito, mas sinto uma grande calma dentro de mim.
Após o Natal eu estava doidinho para finalmente fazer sexo, mas senhora Hansson acabou com os meus planos.
Passei o dia todo ajudando ela na pousada, e San ajudando o senhor Hansson a consertar umas coisas. Quando anoiteceu fomos liberados, voltamos ao chalé.
Após tomar banho e jantar nós caímos na cama apagados, estava morto de cansaço, o dia inteiro carregando coisas, não estou acostumado com nada disso.
No dia seguinte após esquiar, nós fomos arrumar as roupas. Lavamos todas que sujaram enquanto estávamos aqui, após secas guardamos na mala, ele foi mais rápido porque sujou menos que eu.
Almoçamos e eu voltei a arrumar minha mala, amanhã já vamos embora.
San estava no banho quando o celular dele tocou, não atendi porque não é o meu, como ligou mais uma vez, deve ser importante.
— San, tem alguém te ligando. — falei alto.
— Pode atender, fale que eu ligo depois. — Amanhã é dia de perguntar umas coisas para a Taeyeon.
Peguei o celular dele, li o nome de quem está ligando, é apelido.
"Minha fofinha", quem é?
Atendi curioso, vai que eu consigo descobrir, acredito que seja outra melhor amiga.
— Oi, San está no banho. — falei após atender.
— Tudo bem, pode passar um recado para ele? — confirmei, pelo sotaque forte não é coreana. — Diga que a Yuuko ligou para avisar que está tudo pronto para o casamento, ele só precisa estar em Tokyo dia nove para seguirmos as tradições.
Casamento? De quem?
— Desculpe perguntar, mas quem vai casar? — perguntei.
— O San, sou a noiva dele. — noiva dele? — E quem é você?
— Amigo dele, Jung Wooyoung. — respondi.
— Ah! Espero te conhecer no casamento, venha com ele, pela sua voz parece ser legal, vou gostar de te conhecer. — ela é simpática. — Quando passar o recado diga que mandei um beijo.
— Claro, foi um prazer falar com você Yuuko. — é japonesa.
Por isso ele vai embora para o Japão, está se casando.
— Digo o mesmo, tchau! Wooyoung. — ela desligou.
Deixei o celular dele em cima da cama, não toquei mais.
Troquei de roupa e calcei um tênis, terminei de arrumar a mala segurando as lágrimas.
Desci as duas para o primeiro andar com dificuldade, mas consegui, voltei ao quarto e sentei na cama.
Noiva? Casamento? Ele vai casar com alguém em duas semanas.
Simplesmente não entra na minha cabeça, ele diz que gosta de mim e faz isso, não vi sentido nenhum.
Quer dizer, se ele gosta mesmo de mim, às vezes só foi uma diversão, e isso vai doer mais.
Ouvi a porta do banheiro, olhei e ele saiu com conjunto moletom, estávamos planejando sair e ir até a praça.
— Já está pronto? — perguntou. — Quem ligou?
— A Yuuko. — ele parou de mexer na mala, se levantou e olhou para mim. — Ela pediu para mim, te dar um recado. — não chora Wooyoung. — Está tudo pronto para o casamento, você precisa estar em Tokyo dia nove para seguir as tradições.
— Não é isso que você está pensando. — é mesmo?
— Eu não pensei em nada, Choi. — Voltei a formalidade, levantei. — Casamento, você vai se casar em duas semanas, uma moça muito simpática, parabéns! Escolheu bem, e eu pesquisei sobre ela no Instagram, o padrão que você jura não ter, ela está completamente dentro.
— Posso ex... — não.
— Não, não tem explicação para isso, é simples, eu sou lerdo, não burro, você brincou com meus sentimentos. — a primeira lágrima escorreu. — Fez que gostava de mim quando na verdade, está noivo, qual é a jogada? Se divertir um pouco antes de casar? Ou melhor, ter uma experiência com um gay antes de viver dentro de um casamento que todos vão aceitar? Eu disse no primeiro dia que essas brincadeiras só eu fico machucado, mais uma vez eu estava certo, você me machucou, Choi.
Mais um, mais um fazendo isso.
— O que eu fiz para você? Algum dia eu te tratei mal? Quando eu te dei motivos para você fazer isso comigo? Você me ouviu falando sobre várias situações que as pessoas brincam com meus sentimentos, pisam no meu coração, me usam apenas como uma experiência "Se eu não gostar, é só jogar no lixo", eu não sou descartável, e mesmo ouvindo você fez igual. — ou pior. — Você prometeu que não iria me machucar, em que momento decidiu fazer isso? E o pior de tudo.
Respirei fundo.
— Você me fez te amar e depois me descartou, eu nunca amei ninguém Choi, mesmo tendo dois namorados eles não tiveram isso, você sem ser meu namorado conseguiu que eu te amasse. — ele tentou falar. — Não, fica tranquilo, eu não vou tentar acabar com seu casamento, pode se casar com ela e ser feliz, tenha uma família, filhos, o cachorro que você tanto quer, mas não se esqueça que você poderia ter o mesmo comigo.
Eu preciso sair logo daqui.
— E sobre meu amor, eu guardei o que sentia por você por seis anos, agora que sei quem é você consigo te superar. — não consigo. — Taeyeon tem razão, você não se importa com o sentimento das pessoas e não me merece, eu queria não ter feito essa viagem com você, o único pedacinho do meu coração que deixaram eu tinha confiado que você iria cuidar, mas fez o contrário e quebrou.
Limpei a lágrima que escorreu.
— Não me siga, adeus Choi!......................
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