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〔001〕as ambições de um homem

SE HAVIA UMA CARACTERÍSTICA que pudesse definir com precisão Otto Hightower, era sua ambição. Desde a morte da rainha Aemma, ele sutilmente manipulava tudo nas sombras para seu próprio benefício, movimentando toda a corte como peças em um tabuleiro de xadrez.

Ele casou sua preciosa e facilmente controlável Alicent com o rei, mas, mesmo após ter um filho homem, Viserys se mostrou firme na decisão de manter sua filha Rhaenyra como herdeira do trono de ferro. Otto não se importava realmente que Rhaenyra fosse uma mulher, o verdadeiro problema era que ela não era de seu sangue, e, com sua personalidade feroz, jamais seria controlada por ele.

Quando um informante chegou até ele no meio da noite, com a informação de que a princesa havia sido vista em um bordel da Rua da Seda, o paladar da Mão do Rei pareceu se adoçar e, dali em diante, ele sabia exatamente o que fazer. Ele imediatamente procurou Viserys e contou-lhe sobre a situação.

Uma donzela, ainda mais a futura rainha que era tão incerta no trono por ser uma mulher, vista em um bordel sujo como uma prostituta suja comum, junto com seu próprio tio, era uma desgraça dos deuses. Uma desonra para a Casa Targaryen e para Viserys.

— Vossa Graça foi muito paciente com a princesa — disse Otto a Viserys com a voz mansa. — No entanto, visto que ela tomou atitudes que podem… prejudicar sua honra, creio que seria melhor tomar uma severa decisão.

O rei, que olhava pela janela pensativo, franziu a testa, virando-se para sua Mão. Ele sabia que não deveria deixar as coisas permanecerem como estão, mas Rhaenyra era sua filha e ele não queria fazê-la passar pelos sacrifícios da coroa ainda, como ele teve ao se casar com sua atual esposa.

— E quais exatamente seriam suas sugestões? — perguntou com cansaço no olhar do Targaryen.

Otto suprimiu um sorriso, pois havia chegado justamente onde queria para alcançar seus objetivos.

— Sua filha deveria ter um casamento forte, que possa ajudá-la a se endireitar e ficar… mais calma — começou a dizer. — Eu proponho que ela se case com meu filho mais velho, que ficou em Vilavelha, Gwayne Hightower.

A expressão de Viserys era tensa por vários minutos. Sua Mão havia apresentado um ótimo candidato e nunca deu motivos para rejeitar uma aliança: ele e a Casa Hightower vinham sendo aliados fiéis desde os tempos de Aegon, o Conquistador. Ele logo pensou em sua esposa, Alicent. Ele não conseguia nutrir nenhum amor por ela, mesmo que mínimo, mas a respeitava por seus esforços e como mãe de seus filhos.

Ele não queria que Rhaenyra fosse infeliz. Nunca. Entretanto, se ela desejasse um dia ascender ao Trono de Ferro e trazer estabilidade aos Sete Reinos, ela precisaria fazer esforços que nem sempre vinham com satisfação. Além do mais, Viserys quis acreditar que, como uma jovem, ela tinha a chance de descobrir o amor.

— É uma excelente proposta, eu suponho — disse o rei, servindo-se de uma taça de vinho. — Mas devo avisar que, como minha herdeira, os filhos de Rhaenyra devem ter o nome Targaryen.

Otto já esperava por isso, e para ele não era um grande problema.

— Com certeza, Vossa Graça.

Naquele momento, após vários minutos de uma extensa conversa, ficou decidido que a princesa Rhaenyra Targaryen se casaria com Sor Gwayne Hightower, uma união que vestia uma máscara de dever e poder, mas que na verdade não passava de um desejo obsessivo de um homem que nunca herdaria nada. Eram os caprichos de um homem ganancioso.

Mais tarde naquele dia, as palavras do rei chegaram aos ouvidos de sua filha como um balde de água fria, uma mortalha que anestesiou seus sentidos por alguns segundos antes de reagir. Ela simplesmente não conseguia acreditar que novamente seu pai havia caído naquele papo barato, ela estava cansada de como Viserys agia.

— Eu não posso acreditar nisso — a voz dela expressava incredulidade. — Não bastou você casar com aquela mulher, ainda teve que me vender como um prêmio? Não vê que Otto faz tudo isso para benefício próprio?

Nesse momento, os humores de nenhum dos dois estavam dos melhores. Cada um imerso em sua própria frustração por não poder tomar suas próprias escolhas e não pensando bem nas palavras. Eles eram Targaryen, afinal. O sangue do dragão queimava ansioso em suas veias.

— Não discuta comigo, Rhaenyra. Eu te dei todas as oportunidades, você conheceu tantos e tantos jovens lordes deste reino, uma oportunidade rara que a maioria das mulheres e até mesmo das princesas não tem — os olhos violetas de Rhaenyra faíscavam ao ouvir seu pai — mas como você me retribui? Caindo na lábia de seu tio e indo para um antro de perdição, correndo o risco de ferir não só sua honra como também a do seu reinado. Então não ouse discutir comigo, você se casará com Sor Gwayne e ponto final.

Lágrimas de frustração rolavam pelo rosto raivoso da Targaryen, mas ela se negou a dar o gosto de alguém ver, tendo se retirado para o quarto antes de desabar completamente. As palavras de Daemon ecoando em sua mente sobre casamentos não ajudavam muito, pois não era isso que ela queria.

Rhaenyra não queria precisar do status de esposa de alguém para ser reconhecida como digna de respeito. Um dia ela herdaria o dever de unificar os Sete Reinos e essa chama mantinha seu coração protegido. Para ela, isso já era honra suficiente para ser mais do que faziam parecer.

A partir de então, a relação dentro daquela casa ficou mais abalada do que já estava, um silêncio quase palpável. Isso se estendeu até o dia em que os Hightower de Vilavelha vieram com seu indesejado noivo para dar início à patética celebração de casamento que aconteceria por duas semanas, a mando de seu pai. Se ela não o conhecesse, pensaria seriamente que era algum tipo de tortura.

Ela seguia pelos corredores da Fortaleza Vermelha, sendo seguida por suas damas rumo ao lado de fora, onde encontrou com seu pai, Otto e Alicent. Rhaenyra não fez questão de dar os devidos cumprimentos a nenhum deles. Ela não estava ali para encenar que fazia parte de uma família feliz e sim por dever, pelo peso que a coroa trazia antes mesmo de ser colocada em sua cabeça.

A carruagem rodeada por cavaleiros segurando o estandarte verde com a imagem da característica torre branca esperava, finalmente, o momento havia chegado. Tudo o que ela viu sair da carruagem foi a Lady e o Lorde Hightower. Não que Rhaenyra se importasse, mas ela ficou curiosa, pelo menos até ver um cavaleiro de cabelos ruivos descer de um corcel branco e, imediatamente após saudar o rei, abraçar Alicent.

Quando enfim Gwayne parou em frente a ela, foi um momento tenso e constrangedor. Era claro que ambos tinham pouco ou nenhum interesse um no outro e o olhar de todos fixos na interação deles apenas tornava tudo ainda mais desconfortável. Rhaenyra reparou brevemente nele.

Gwayne era bonito, ela não negava isso a si mesma. Ele era alto, seu corpo, mesmo dentro da armadura de couro, era visivelmente forte, e seus olhos eram de um verde incrivelmente vivo, como uma folha.

O Hightower segurou a mão da princesa na sua, dando um beijo no nó dos dedos.

— É uma honra para mim poder conhecê-la, princesa.

— Igualmente, Sor.

Um silêncio se seguiu e antes que ficasse muito tenso, Viserys coçou a garganta, chamando atenção para si mesmo.

— Há aposentos preparados para vocês, senhores. Acredito que a viagem tenha sido longa e vocês mereçam um merecido descanso.

Estava longe de acabar; na verdade, só estava começando, e Rhaenyra já queria montar em Syrax e sumir de vista, aproveitando sua limitada liberdade.

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