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Capítulo 10

POV Sophia

O dia hoje estava a ser horrível. Sabem a sensação que temos quando acordamos e nós só queremos mesmo é ficar na cama? Como se pressentíssemos que o dia hoje não ia dar certo? O meu dia começou assim. Ana veio-me acordar, uma vez que teríamos a primeira consulta com o Dr. Andrew Kavanagh. 

Sinceramente eu achava uma perda de tempo, eu nunca mais vou conseguir andar. E já me mentalizei que vou ficar agarrada a esta cadeira para sempre. Mas a Ana e a "Tia" Flora parece que ainda sonham com esse milagre.

— Sofi...vamos, tens que tomar banho. Não podes chegar lá a cheirar que nem uma porquinha...

— Então não vamos.— eu respondi voltando a fechar os olhos.

— Ah!!! Nem penses.— Ana tira os lençóis de cima de mim, e pega-me ao colo, colocando-me na cadeira.

— Sabes que tens que arranjar alguém para me ajudar mais cedo ou mais tarde, certo?— Ana olha para mim, sem perceber o que eu estou a dizer...— Ana eu vou crescer, vou pesar mais, e tu não vais ter força para me pegares ao colo.

— Tu vais crescer sim, mas vais estar a andar.— olho para ela, franzindo os olhos...— E nem me venhas com essa cara. Tu só não vais melhorar se não quiseres.

— Será tão difícil perceber que eu não...

— Para. Podes parar agora mesmo.— Ana senta-se na minha cama de frente a mim, que estou sentada na minha eterna amiga cadeira...— Ouve o que te vou dizer, porque eu juro que vai ser a última vez: tu não tens nada que te impeça de andar. A tua lesão não te impede de andar.

— Mas pode...

— Sophia, vamos fazer uma coisa. Vamos a esta consulta, falamos com o médico, tiramos todas as dúvidas. E desta vez eu vou deixar que tu fales, que dês a tua opinião, que tires as tuas dúvidas. Mas por favor, não digas que não, sem antes ouvir tudo o que o médico de diz.

— Tudo bem, mas se eu decidir que nada vale a pena, tu e a Tia deixam-me viver em paz.

— Prometes que vais com os ouvidos e coração bem abertos? Que vais ouvir bem o que o médico te disser?

— Prometo. Agora vamos lá tomar banho, senão daqui a pouco temos aí a Dona Flora a dizer que estamos atrasadas.

E assim, fomos as duas tomar banho. Ana sempre acaba por tomar banho comigo. Sei que daqui a uns tempos deixamos de poder fazer isto todos os dias. Ela vai começar a trabalhar, e eu a estudar, não vamos ter tanto tempo. Mas sei que ela sempre vai arranjar uma forma de estar comigo. Ana tem sido muito mais que uma irmã, ela tem sido uma mãe para mim.

Assim que estamos as duas prontas, fomos até à cozinha onde a Tia Flora já tinha o nosso pequeno-almoço pronto. E entre risadas e ralhetes fomos comendo felizes. Quando estávamos prontas saímos de casa rumo à consulta com o Dr. Luke Kavanagh.

— Sofi, promete que vais ouvir tudo o que o Dr. Luke te vai dizer?

— Sim, eu prometi. Mas se nada do que ele me disser me convencer vocês as duas prometem-me que vão parar de me chatear com consultas e fisioterapias, certo?

— Eu prometo.— diz a minha irmã, mas a a Tia Flora, olha para nós as duas e franze os olhos.

— Eu não vou fazer parte dessa promessa. E nem que tenha que te amarrar mas vais fazer tudo o que o Doutor te disser...- eu ia a falar, mas ela nem me deixou terminar...— Nem vale a pena abrires essa boca, porque não me vais fazer mudar de ideia Senhorita Sophia Anne Steele.

— Tia...

— Nem me venhas com argumentos Ana, nem parece teu. Não vou entrar nesse vosso acordo.

Eu sabia que convencer a minha Tia, seria bem mais difícil. Ela está sempre a dizer-me que "A esperança é a última a morrer...", mas será tão difícil perceber que não quero criar ilusões. Eu tenho medo, se colocar na cabeça que vou poder voltar a andar, voltar a ser o que sempre fui...e se de repente tudo der errado? Não quero sofrer mais, não quero fazer a Ana e a Tia Flora sofrer. É mais fácil simplesmente encarar a dura realidade: que irei ser eu e a minha amiga Cadeira para o resto da vida sempre juntas.

Tivemos a consulta bem cedo, o Dr. Luke dá as consultas da parte da manhã das 08h00 às 10h00, e depois começa com a parte da fisioterapia. A clínica é enorme, damos o nosso nome e ficamos a aguardar. Passado alguns minutos chamam-nos, ao entrar no consultório o meu coração quase para...

Estão dois médicos dentro do consultório, e eles são lindos. Um deve ter mais ou menos a idade da Tia Flora, e se não for casado talvez eu me arme em cupido e os junte. O outro deve ser da idade da Ana, mas ela que me desculpe mas ele é meu. Neste momento eu já nem me importo com a esperança, a desilusão...eu quero estar perto daquele pedaço de mau caminho.  Eu sei que sou nova e tal mas ele é lindo.

— Bom Dia Senhoras e Senhorita.— Uau, o homem é educado...— Sou o Dr. Bob Kavanagh, e este é o meu filho Luke...— Luke! Lindo nome...— Será ele que irá seguir a Senhorita Sophia...

— Sofi...— eu interrompo o médico, o que faz a Tia Flora e a Ana olhar para mim...— É assim que todos me chamam.

— Muito bem Sofi, que tal ires dar uma volta na clínica com o Dr. Luke enquanto eu falo com a tua mãe e a tua avó.— e desato a rir...mãe!? Avó!?

— Sophia. Bom Dia Dr. Kavanagh, sou Flora Philips sou uma tia postiça destas meninas. E esta é a Anastácia Steele, irmã da Sophia.

— Ah! Desculpe-me pelo meu erro.— Ele diz, e olha de novo para mim...— E então, Sofi que tal um passeio com o Dr. Luke.

— Tudo bem, mas se eu tiver perguntas sobre isto tudo, posso fazer-lhe a ele?

— Claro que sim. Ele vai ser o teu médico, então podes perguntar-lhe tudo o que quiseres.

— Ok. Vamos Doutor?

— Vamos mocinha.— vira-se para a minha irmã e para minha tia...— Já vos trago esta menininha.

— Eu não sou menininha, sou uma pré-adolescente...— porque será que sempre me tratam como alguém incapaz...— Eu posso estar nesta "coisa", mas sei muito bem o que quero e não quero.

— Sophia, isso são maneiras de falar com o Doutor.— Ana olha para mim com aquele olhar que o nosso pai dava quando se zangava...— Desculpe Dr. Luke, mas a Sophia às vezes não mede o que diz.

— A Senhorita Sophia tem toda a razão, a cadeira não a define...ela define a cadeira. Por isso para além de lhe ir apresentar o espaço, tirar as dúvidas e falar o que vou querer que ela faça...vamos ao bar comer uma belo de um sumo, que achas?

— Pode ser, mas dás-me um doce também!?

— Sophia Anne Steele.— Agora é que estou em problemas, porque foram duas vozes em simultâneo a chamar pelo meu nome todo.

— Vamos lá, se te portares bem na visita, pode ser que eu de te um doce.

Saí com o Dr. Luke/Dr. Delícia e vamos andando/rodando pela clínica. Ele mostrou-me algumas salas onde se fazia fisioterapia, mostrou-me a piscina, para além de consultórios onde fazem tratamentos mais especializados e personalizados.

— Então, vamos falar um pouco sobre o que te aconteceu?

— Eu não gosto de falar sobre esse dia, até porque nem me lembro de muita coisa.— baixo a cabeça, por sentir uma lágrima descer pela minha cara.

— Sofi. Está tudo bem, não vou insistir. Posso só fazer uma pergunta?— olho para o meu suposto novo médico...— Só respondes se quiseres, ok?

— Ok.

— Eu e o meu pai vimos o teu relatório médico, e nada nele indica que tenhas que viver agarrada a essa amiga aí. Então, posso saber porque é que nunca quiseste fazer fisioterapia com o Dr. José Rodriguez?

— Porque...não sei...talvez...por medo.— ele olha para mim e ergue a sobrancelha...— Medo de falhar, medo de me iludir, e pior iludir a Ana e a Tia Flora.

— Percebo. Então vamos fazer um trato. Vais começar a fazer a fisioterapia e todos os exercícios que te dizer para fazer. Sempre que houver um progresso positivo, iremos guardar isso para nós...e no momento certo, que és tu que irás decidir mostramos à tua irmã e à tua tia.

— Eu...e se não houver progressos? Até quando...

— Não vamos dar um prazo, eu não gosto de trabalhar com o tempo como limite. Promete-me apenas que vais dar duro, que vais dar o teu melhor?

— Tudo bem, eu prometo...— e neste momento um furacão ruivo chega perto do meu Dr. Delicia.

— Tio "Luqui"...— "tio", pelo menos não é pai...

— Se não é a minha piolha mais linda.

— Eu não xou piola...— Ela responde olhando para o Dr. Luke com os braços cruzados e uma car de má.— E ó...o eu conto pala a Tia Bi.

— Boa Dia Dr. Luke.

— Boa Tarde Alex, vieram com o John?— pergunta o Dr. Luke.

— Sim vim trazê-lo, agora vamos para escola. Mas essa "mini-artista" quis vir à sua procura.

— Eu tina que vir te dixer que o papá já ca tava. O eu xó deixa o tu faxeres aquelas coixas com o papá meu.

— Ok. O tio já vai lá, agora estava a falar com esta nova...

— Taumbém vaix tatar do doi-doi dela?

— Sim, se ela me deixar.— A pequena olha para o médico, depois para mim e de novo para o médico...— A Sophia está com um bocadinho de medo, sabes?

— Pexebi.— chegando-se mais perto ela tenta sussurrar, mas é algo que não dá muito resultado...— Queles que o eu diga aquilo que o papá semple dix?

— Achas que pode resultar?— ela encolhe os ombros e sorri.

— O eu vai tentar.— chega mais perto da minha cadeira. Pede colo, e com ajuda do Dr. Luke ela senta-se ao meu colo...— Olá. Eu xou a Xamanta, ou Xam, e o meu papá tá na cadeila de lodas taumbem. Mas ele semple diz: "Cada tenvaviva no camino é um paxo pala o xeu dextino"

Fico a olhar para aquela menina, eu percebi mais ou menos o que ela quis dizer. Mas o tal Alex repetiu de novo a frase "Cada tentativa no teu caminho é um passo para o Teu destino". Aquela menina tão pequena já passava por algo tão cruel como ter o pai numa cadeira de rodas, e mesmo assim ambos tinham esperança que ultrapassariam os obstáculos. Decidi naquele momento que eu iria tentar, e não só tentar por tentar, mas dar o meu melhor para ultrapassar os meus obstáculos.

Depois de nos despedirmos dos dois, o Dr. Luke levou-me de volta para o consultório. Assim que entrei tinha três pares de olhos a observar-me. Quase que me assustei, mas apenas dei um sorriso...

— Eu vou tentar, vou esforçar-me ao máximo. Eu quero fazer isto...

Logo foi um choro pegado entre Ana e a Tia Flora, porém eu sei que era de alegria e alívio. Assim que nos aclamamos todos, combinamos que assim que eu tivesse os meus horários da escola começaríamos as sessões. Ficámos a saber também que a clínica tinha um serviço de transporte para casos de crianças como eu em que os pais estando a trabalhar não podiam acompanhá-los.

Saímos todas felizes da clínica...Porém nem tudo o que é bom dura para sempre...e logo algo tinha que correr mal nas nossas vidas...

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