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Capítulo 8

Pov. Liesel Lancaster

Papai me aperta a com força inalando o cheiro dos meus cabelos. Senti que chorava pela forma que seu corpo tremia.

— Tudo bem papai, estou aqui. — Fechei meus olhos ao imaginar como reagiriam com a porte de Megan.

— Pensei que... que... — A voz dele foi falha ao ponto de atingir a mim também.

— Oh querida! — Minha mãe nos abraçou também emotiva, vi Arthur dar um meio sorriso sem graça e se sentar em um dos sofás.

— Quero pedir perdão a todos. — A voz dele saiu rouca chamando a atenção de meus pais.

— Na noite em que suas filhas foram acampar, senti algo de estranho em meu lobo. Ele estava agitado querendo caçar, só me lembro de ter perdido o controle da situação e atacado o acampamento.

Ele abaixou a cabeça esperando alguém surtar.

— COMO VOCÊ PODE! SEU... SEU COVARDE! SEU... SEU ASSASSINO! — Minha mãe partiu para cima dele ao qual ficou imóvel recebendo todos os socos no peitoral.

Isso deixou a mim e meu pai surpresos, ela nunca perdia o controle das emoções e agora estava a beira de um colapso.

— Acalme-se Liz! Vem comigo... — Meu pai a pegou no colo e a levou para o quarto.

— Eu ia dizer a eles! Porque você se intrometeu nisso? — Resmungão chateada me sentando ao lado dele, eu deveria estar brava com Arthur, mas algo me impedia de tal sentimento.

— Porque você é minha agora Liesel. E tudo o que for relacionado a você vou me preocupar. — Calei-me entando engolir suas palavras. Mas não deu tempo quando senti que ele me puxou para sentar em seu colo, não o afastei, pelo contrário, separei minhas pernas para poder ficar de frente pra ele que me analisava.

— Como pode ter certeza do que diz... — Ele segura firme minha cintura fazendo me arrepiar, roçando a barba rala em meu pescoço. Subiu uma das mãos em minha nuca e em seguida mordiscou meu lábio inferior o sugando depois.

— Porque seu corpo responde aos meus toques... Porque você foi a única capaz de sobreviver a transformação. — Não consegui sentir minhas pernas, estavam moles e formigando. Meu estômago dava voltas junto com as famosas borboletas e meu corpo estava absurdamente quente.

— É Arthur não é?  — Ouvimos os passos apressados de meu pai, tentei me desvencilhar dos braços dele, mas ele me segurou no lugar.

Solte-me Arthur, meu pai vai ficar furioso! — Pedi num sussurro, mas ele não permitiu puxando-me mais contra seu corpo.

— Sim. — Apenas respondeu isso, meu pai ficou seu olhar em nós de uma forma que sempre conheci causando tremores em meu corpo.

— Quero deixar claro também meu envolvimento com sua filha Sr Daniel. — Ele cruzou os braços como sempre fazia ao expulsar alguém indesejável de casa.

— E quer minha permissão para a ter? — Ele franze a testa fixando o olhar duro sobre mim.

— Acho justo.

— Justo? Acha justo? — Nesse mesmo momento consigo sair do colo dele e meu pai avança para cima dele no soco. Acerta dois que faz Arthur virar o rosto com violência.

— Não encosta mais em mim Daniel, ou não poderei controlá-lo. — Os olhos de Arthur estavam vermelhos e saia um rosnado de sua garganta que me deixava temerosa, como uma força me obrigando a submeter as suas vontades, baixei a cabeça. 

— Impossível!  — Papai recua alarmado. — Você existe...

— Papai? — Ele me olha ainda surpreso. — Do que está falando?

— Esperem aqui. — Ele sobe as escadas, seguro na mão de Arthur que me puxa para beijar meus lábios. Depois de calma, ele me faz deitar a cabeça em seu colo e começa fazer carinho em meus cabelos.

— Aqui. Este pergaminho fala de uma maldição há muito tempo lançado em um homem pelo Deus Anúbis. — Ele abre um rolo com um papel muito velho e amarelado.

Senti os músculos de Arthur tensionarem. Meu pai se sentou no outro sofá, fiquei o observando.

— Diz que o homem se tornaria uma fera e por muitos séculos ficaria vagando pela terra até ao final da eternidade. Mas o destino desse homem foi mudado pela Deusa da Lua a Selene, este homem teria uma chance de encontrar a sua companheira e viver com ela, gerando assim uma nova nação.

— Você é o primeiro Lhycan. —  Meu pai confirma suas suspeitas. Arthur estava calmo e agora relaxado.

— Sim, mas agora sua filha também é.  — Meu pai suspira nervoso.

— Isso é ruim! — Ele se levanta e começa a caminhar, ficava assim por apenas uma razão... Quando algo de ruim poderia acontecer.

— Vai haver uma guerra se descobrirem sobre minha filha. — Suas palavras sairam amargas para mim.

— O quê? — Levantei confusa.

— Seu pai tem razão Liesel, precisamos te proteger. — Senti o frio na espinha me incomodar.

— Droga Arthur! — Levantei me sentindo tonta. — Quando que iria me contar?

— Liesel se acalme. — Ele ergueu as mãos para me tocar, me afastei.

— Me acalmar? Você quem me colocou nessa enrascada e eu tenho que me acalmar? — Minha voz saiu alterada, comecei a suar frio e as coisas começaram a flutuar ao nosso redor.

— Liesel! — Minha visão fica turva escuto meu pai gritar enquanto Arthur impede a queda do meu corpo.

***

Anos depois kkkkkk saiu algo

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