Capítulo 10
Liesel Lancaster
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Abri meus olhos sentindo algo extremamente estranho. Olhei para o lado da cama e vi os cabelos de Arthur, parecia estar ajoelhado ao meu lado.
A sensação era de angústia, como se eu tivesse vivido o que está acontecendo. Uma pontada se faz presente em meu ventre, gemi baixinho recebendo a atenção de olhos verdes.
O que está acontecendo?
— Oi. Que bom que acordou! — Dei espaço para que ele sentasse perto de mim.
Outra pontada mais forte e mordi os lábios contendo o gemido.
— Você está bem? — Colocou a mão em meu rosto. — Parece quente.
— Estou bem. — Ele cheirou o ar e franziu as têmporas.
— Parece que você irá entrar no cio. — Corei com o seu comentário.
— O que devo f-fazer? — Realmente havia vivenciado esses momentos.
Arthur olhou em meus olhos e notei uma leve coloração de vermelho nos seus. Ele se levantou afastando-se.
Outra pontada de dor e coloquei a mão no local dolorido.
— Preciso me conter. Vou chamar sua mãe para que ajude em algo. — Suspirei me sentindo vazia.
Ele estava frio novamente. Como em outras ocasiões, um olhar sério, uma expressão sem sentimentos.
Algo dentro de mim agitou-se, estou claramente assustada com tudo isso e além do mais, há algo de muito estranho acontecendo.
Comecei a ligar os fatos, desde o amuleto de proteção, acreditava ser apenas supestição por parte de meu pai.
Momentos antes, quando me senti ameaçada por ter descoberto que Arthur havia matado meus amigos e minha irmã.
Mas de alguma forma, sinto uma força que me unia a ele e talvez seja isso que esteja anulando toda a raiva e rancor, todo o medo que tive por ele nesses últimos dias.
— Filha? — Minha mãe entra no quarto fazendo-me pensar, quando Arthur tinha saído pela porta?
— Arthur pediu para que a examinasse. — Ergui um pouco a blusa e ela aproximou-se, notei seu sorriso amoroso.
Seus dedos pressionaram na região do útero e gemi com o desconforto.
— Parece que logo irá sangrar. Precisamos cuidar disso, veias marrons irão surgir. — Sua mão pousou em meu rosto carinhosamente.
Notei compaixão e tristeza em seus olhos. Ela pegou algo em uma vasilha que trouxe, parecia uma planta verde ou um caldo sei lá.
— Vai queimar um pouco, mas irá atrasar os efeitos do cio. — Ela colocou a erva em um pano e logo em minha barriga, começou a queimar.
Reprimi o máximo os gritos, senti lágrimas caírem de meus olhos e notei a presença de Arthur ao meu lado.
Uma luz surgiu nas palmas de minha mãe, era violeta e estava aumentando a dor a cada segundo.
— Isso querida, seja forte! Já está acabando. — O grito surgiu no fundo da garganta, sentir algo querendo lutar contra.
Algo forte e poderoso.
— A loba está resistindo. — Senti a mão dele em minha cabeça.
— Kira! — Resmunguei o que a voz em minha cabeça repetia.
— É o nome da Alma Lupina dela. — Minha mãe respondeu.
— Está certo. — Senti o suor cair em meu rosto. — Kira, deixe. Será para o bem de Liesel.
Meus olhos arderam, senti que os ossos das minhas pernas queriam se quebrar, é o que acontece.
— Droga! Não vai dar certo. — Arthur se altera. — A loba não quer.
Vi minha mãe se afastar e a dor diminuir de forma rápida. Suada ergui o corpo para olhar minha barriga.
Estava crescendo veias escuras em torno do umbigo e as pontadas retornaram.
— Mãe! — Exclamei com medo. Ela me abraçou e senti um pouco de segurança.
Olhei para Arthur e ele estava com os olhos vermelhos.
— Não tem como! — Ele estava alterado. — Se acasalarmos agora, poderá ser possível uma gestação em um tempo difícil.
— Sim, mas posso… É isso! — Minha mãe se levantou e saiu do quarto.
Segurei o ventre sentindo a dor aumentar, Arthur afastou-se o máximo tentando se conter.
— Filha? — Meu pai entra desesperado.
— O que houve? — Preocupado se aproxima e acaba botando as manchas em minha barriga.
— Não pode ser. — Se afastou para analisar as reações de Arthur.
— Acreditei que poderia demorar, mas vejo que estou errado. — Explica para meu pai.
— Quanto tempo de transformação? — Meu pai se aproxima de mim e me encolhi com a dor.
— Um dia, duas transformações. — Responde fechando os olhos, seus músculos tensionaram.
— Ok, voltei. Consegui preparar algo que ajude a segurar sua fertilidade.
Em sua mão estava um frasco com um líquido azul florescente. Peguei o frasco e bebi todo o conteúdo, queria mesmo que a dor parasse.
— Está dando certo! — Minha mãe diz empolgada abraçando meu pai pela lateral do corpo.
— As veias estão clareando. — Arthur fala. — Mas ela ainda está no cio.
— Você não a marcou ainda. — Minha mãe responde.
Meu pai olha para Arthur, ameaçando. Mordi os lábios querendo sorrir da situação.
— Não vai colocar essas patas sujas de cachorro em minha filha! — Diz nervoso e Arthur ignora os avisos.
— Se eu não fazer, ela vai morrer. Vocês aprisionaram sua fertilidade, essa era sua função na maldição. Ser fértil e companheira do homem amaldiçoado.
— Ele tem razão amor, o cio dela vai ficar perigoso. Ela irá sentir dor e sangrar até não poder aguentar mais.
— Não tem outra solução? — Meu pai diz preocupado, seus olhos vieram de encontro com os meus.
— Não. — Arthur se aproxima e meu pai entra na frente. Seus olhos ficam violetas me assustando um pouco.
Isso me faz pensar que ninguém aqui é normal.
Os olhos de Arthur ficam vermelhos vivo, sua respiração descontrolada.
— Quer que sua filha morra? — Comecei a choramingar, a dor estava cada vez pior, recebo a atenção de ambos.
— Está certo. — Cedeu. — Mas, house machucá-la…
Deixou a frase no ar. Mesmo assim, meu pai não saberia que Arthur já havia cumprido este papel.
— Vem querido, vamos deixá-los sozinhos. — Apertei os olhos com força sentindo a dor mais aguda do que a última vez.
— Minha companheira. — Arthur aproxima-se.
Seus dedos deslizam pela pele exposta de meu ventre. Misturando dor ao prazer, seus toques eram quentes e acalmaram um pouco a dor.
Ajudo ele a retirar a blusa, Suspirei quando seus lábios encostaram no bico do meu seio direito.
Minhas mãos foram direto para seus cabelos macios. Ele sugou e mordiscou aumentando o desejo de ambos.
— Oh! Mais… — Senti meu corpo tremer, seus dedos foram direto para o cós da calça.
— Irei de vagar, ok? — Consenti. — Quero aproveitar este momento.
Seus dedos retiraram a calça juntamente da peça íntima. Arthur mordeu os lábios e seus olhos ascenderam, faíscantes.
— Não se preocupe, só irá engravidar caso queira. — Seus lábios quentes roçaram em minha pele febril.
Descendo com beijos leves até minha intimidade humida, dolorida. Arthur usou os dedos para abrir os lábios maiores e abocanhou me fazendo gritar.
— Arthur!
***
Opa! Consegui atualizar 😰😁
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