V I N T E E O I T O
Como eu havia planejado a surpresa da Ursinha saiu nos meus conformes. Não foi fácil conseguir alugar aquele lugar, uma vez que o antigo pub havia fechado a alguns anos. Encontrar o proprietário levou quase três meses e quando eu o fiz, levou mas um em fazer ele me alugar o local. Tive que contar tudo a ele, como o seu antigo bar serviu de ponto de encontro para o meu grande amor. O velho ainda estava resistente e se não fosse por sua esposa, uma senhora doce e agradável que se compadeceu de mim eu acredito que o velho não teria concordado em alugar.
Mulheres, sempre nos fazendo realizar todos os seus desejos.
Valeu a pena todos os percalços que tive que passar para realizar essa surpresa para minha mulher, ver aqueles lindos olhos brilharem de alegria, me fez e faz o homem mais feliz do mundo. Eu vivo para fazer minha esposa e filhos feliz, é cada vez que eu vejo o sorriso que eu vi hoje a tarde nos lábios de Judith, me faz ver que eu estou no caminho certo.
Ainda ficamos por mais duas horas no local, o cara que era um cover do Ed sheeran cantou todo o repertório do ruivo. Judith chorou muito, no começo suas lágrimas me preocuparam até que ela me confessou que todas elas eram de alegria, de lá a levei para um dia no Spa, para ter seu dia de rainha, não que nos outros dias ela não fosse, por que ela era. Minha esposa é a melhor mãe, esposa e profissional que eu conhecia , as vezes eu pensava que só alguém com super poderes seria capaz de lidar com casa, filhos e um emprego que muitas vezes exigiam tanto dela , mas Jud tirava de letra tudo o que era atribuído a ela .
A deixei no Spa e voltei para casa, tinha que ficar com as crianças uma vez que todos estavam ocupados com os preparativos da festa , e sendo uma pessoa completamente honesta eu afirmo que minhas pestes precisam de supervisão. Mal coloco os pés em casa e ouço o choro alto de Nicole, da porta a vejo sentadinha na escada chorando com Carissa ao seu lado com a expressão preocupada olhando pra a irmã.
- Qual é o problema, boneca? - Pergunto ao chegar na escada e a pego no colo ela passa a chorar no meu pescoço me deixando angustiado.
- O vestido da Babá rasgou papai e eu não sei costurar e não tem ninguém que possa fazer isso . - Carissa que responde me mostrando um vestido de boneca rasgado. - Sinto muito, papai. - Abaixa a cabeça triste.
- Tudo bem, Cricket. - A tranquilizo. - Por isso que você está chorando, Nick? - Pergunto a Nicole que ainda chora no meu pescoço, ela balança a cabeça concordando . - Onde está a agulha e linha , Carissa? - Peço quando me vem a ideia de eu mesmo costurar esse vestido, odeio ver meus filhos chorando.
- Estão aqui, tem esse manual que serve para ajudar na hora de costurar. - Me mostra um papel que realmente serve de ajuda. - O senhor vai costurar o vestidinho da Babá, papai? - Arregala os olhos.
- Vou sim meu amor. - Nicole levanta a cabeça do meu ombro. - Voce vai parar de chorar se o papai costurar o vestido da Babá ?
- Vou sim papai. - Diz parando de chorar.
- Então vamos as duas para o quarto. - percebo o pandemônio que está pela casa, e que não vi Cayla, nem muito menos os outros. - Onde estão seus irmãos?
- Todos estão no Jardim ajudando na festa da mamãe, a gente tinha vindo aqui pega a boneca da Nick e a achamos com o vestidinho rasgado. - Carissa me informa quando fazemos o caminho do quarto delas.
Coloco Nicole sobre a cama e me sento no chão; olho para o manual que tem o passo a passo para costurar o vestido e vou seguindo até que o rasgo desaparece fazendo o vestido parecer novo outra vez, estou quase terminando quando um Flash de uma câmera quase me cega.
- De empresário do ano a costureira de roupinhas de boneca, que deprimente meu amigo. - O babaca do Leon gargalha com o celular tirando fotos minhas. - Diga x, Amélia.
Minha vontade é mandar o filho da puta se foder, mais minhas meninas estão no quarto e não irei dizer palavrões na frente das duas.
- Deixe o papai em paz tio Leon, ele está costurando o vestido da boneca da Nick que rasgou.- Repreende Carissa.
- Isso mesmo, o papai é o melhor papai do mundo. - Nicole me defende deixando Leon envergonhado
Agora quem rir sou eu, levanto do chão e entrego o vestido a Nicole que grita e pula no meu colo agradecendo.
- O que está acontecendo aqui? . - Pergunta Gabriel ao entrar no quarto com o irmão nos braços - Te deixo só um minuto Leon e você já vem perturbar meu pai.
- Até você B. estava apenas tirando uma foto do velho que estava costurando roupinhas de boneca. - Resmunga o idiota como uma criança que levou uma bronca da mãe. - Sabem nem brincar. - Sai murmurando fazendo tanto eu como Gabriel dá risada até que sinto um mal cheiro.
- Toma seu filho pai, o garoto parece que comeu algo podre. - Faz uma careta e me entrega o irmão que sorri para mim quando eu o pego.
- Se voce é a babá dele o mais justo é trocar sua fralda. - Resmungo ao sentir o odor que vem do bebê. - Carinha, o que foi que sua mãe te deu? - Pergunto a ele que da uma risada gostosa e sem dentes.
- A Nat disse que tinha sido apenas uma papinha. - Gabriel faz uma careta quando o bebê solta um pum. - Nossa pai vá dá um banho nele antes que ele seja confundido com algo vencido.
- Não diga isso com seu irmão. - O repreendo. - Voce pode ficar de olho nas meninas enquanto dou um banho nele e o coloco para dormir? - Peço e olho para as duas que estão brincando de boneca sobre a cama.
- Claro pai pode ir, eu fico com elas. - Bate no meu ombro e vai para a cama vazia ao lado delas.
- Obrigado
......
Ter sido o pai solteiro não foi de todo mal, isso me fez aprender a cuidar dos meus filhos. Dá um banho em Theodore é quase uma missão impossível, uma vez que o pequeno empata fodinha não para um só minuto na banheira, ele faz de um banho uma festa. Quando chegamos ao quarto eu o levei para o banheiro e tirei sua fralda repleta de cocô eu quase cair duro para trás com o mau cheiro, Theodore apenas me olhava com a mãozinha na boca achando tudo divertido.
Sai do banheiro mais molhado que Theodore que tinha acabado de tomar um banho , tive que tirar a roupa molhada e vestir um moletom antes que pegasse um resfriado, Agora com um Theo limpo e muito cheiroso procuro por uma mamadeira que a Judith deixou com o leitinho dele na bolsa térmica, para dá e finalmente o fazer dormir
- Vamos comer rapazinho? - Ajeito ele no meu braço e me deito na cama, ele balbucia algo incompreensível. - Vou levar isso como um sim. dou a mamadeira a ele, o pequeno esfomeado toma todo leite em questão de minutos, o faço arrotar e o balanço no meus braços. Olho para ele e é como está olhando para sua mãe, os dois são completamente parecidos, e levando em conta sua personalidade risonha eu me vejo futuramente tendo tantos problemas com esse pequeno bebê como eu tenho com sua mãe, e por mais louco que seja, eu não posso me importar menos, eu os amo com loucura assim como eu faço com seus irmãos.
- Te amo, empata fodinha. - Mumuro para ele que boceja em sinal que está próximo a dormir. - Prometo ser sempre o melhor pai e o mais compreensivo possível.
Ele me olha até que fecha os olhinhos, beijo sua cabeça e também fecho meus olhos. O cansaço da noite passada cobra seu preço, e eu acabo dormindo junto ao meu filho.
.....
Judith
O dia no Spa foi maravilhoso algo que eu realmente precisava depois daquela surpresa do ursinho, chorei tanto que fiquei ao ponto de ficar desidratada, meu homem sempre me surpreende da melhor forma possível, hoje a noite quando essa festa acabasse eu lhe daria uma noite em forma de agradecimento. Solto uma risadinha ao entrar em casa e encontrar um verdadeiro pandemônio, garçons correm de um lado para outro, organizadores latem ordens para seus ajudantes e no meio de tudo encontro minhas pestes e as pestinhas dos meus sobrinhos, acenos para todos que retribuem o gesto. Procuro por Natasa e o Loverboy ja que não vi ambos.
- Mamãe . - Grita Vic ao parar do meu lado e me dá um beijo.
- Oi, amor. - Retribuo o beijo. - Voce viu a Nat e o Theo? - Pergunto olhando pela sala.
- A Nat esta na cozinha e o papai está com o Theo. - Informa. - Eles estão no quarto.
- Vou lá está na hora da soneca do Theo. - Beijo seu rosto e subo.
Estou quase na porta do meu quarto quando resolvo tirar meu celular da bolsa que passou a tarde tocando, olho as mensagens e resolvo responder todas mais tarde, vejo que minha conta do instagram foi marcada, assim como meu Twitter que está no tropcis trend com a hastag com os dizeres Ursinhos foraver. Abro e vejo uma foto nossa na surpresa que o Ursinho me fez hoje, a montagem tambem tem uma foto do Luiz sentado ao chão do quarto das crianças costurando uma roupinha de boneca de nossas filhas, as fotos já foram compartilhadas tantas vezes que eu me perco nos números.
O meu coração incha mais e mais de amor por meu marido, sempre tão doce e atencioso que as vezes eu me sinto em um patamar a baixo de tudo que ele faz por mim e nossos filhos. Com esse pensamento eu empurro a porta do nosso quarto para encontrar Luiz deitado na cama com nosso bebê no peito, ambos dormem tranquilamente , com cuidado para ao lado da cama e tiro meu celular e bato uma foto dos dois, sem que eu perceba uma lágrima rola no meu rosto, guardo o celular e coloco a bolsa no chão. Enclino meu corpo para frente dou um beijo na cabecinha de Theo e um no rosto de Luiz.
- Já voltou, Ursinha? - Luiz me pergunta com a voz rouca de sono. - Acabei dormindo. - murmura e Theo resmunga, o Ursinho esfrega suas costas suavemente e o bebê volta a dormir, ele tira Theo do peito e ajeita na cama .
- Sim amor. - Sorrio e ele levanta com cuidado para que Theo não acorde.
- Como foi o seu dia, Ursinha? . - Beija meus lábios.
- ótimo . - O agarro pelo pescoço. - Muito obrigado.
- Tudo para te fazer feliz. - brinca com meus cabelos. - Por que você não vai se arruma enquanto eu coloco as crianças para o banho?
-Ja te disse que você é o melhor marido do mundo? - Pergunto olhando em seus olhos. - Te amo, Ursinho.
- Te amo mais, Ursinha. - Me beija, suas mãos sobem por minhas costas me puxando para junto de si, me esfrego despudoradamente em seu pau.
Nossa sessão de amasso termina com uma batida na porta.
- Jud, A equipe do salão está aqui. - Cristal diz do outro lado da porta. - Posso dizer que você já vai descer?
- Pode sim, Cristal. - Digo olhando para o ursinho, e passo os dedos em sua barba que está maior que o habitual. - Já estou descendo.
- Tudo bem, já estou indo não demore. - Diz e escuto seus passos cada vez mais longe. - Não tire a barba Ursinho. - Ordeno a Luiz que me olha confuso.
-Essa merda coça, sem falar que o Theo já tentou comer ela umas boas três vezes somente hoje . - Diz rindo.
- Não tire, eu tenho planos perversos com ela. - Abaixo a voz e sussurro no seu ouvido. - Hoje a noite quando a festa acabar eu a quero sentir entre minhas pernas enquanto você me chupa. - Mordo a ponta da sua orelha e ele geme.
Um tapa corta o ar e eu pulo de surpresa e pelo ardido na minha bunda.
- Vá se arrumar, mulher não tente um pobre homem. - Prende meus lábios com os dentes. - Vai lá Ursinha, fique mais linda do que você já é , hoje é seu dia amor. - Beija meu rosto e eu o finalmente o solto. - Quando mais rápido a festa começar mais rápido ela vai terminar e finalmente eu vou te ter só pra mim. - Meus olhos crescem em compreensão.
- Tudo bem Ursinho, já vou. - Sopro um beijo para ele que já está na cama pegando o Theo. - Amo vocês.
- Nos também te amamos. - Sorrir com Theo nos braços.
........
Meus olhos mal cabem no meu rosto ao me olhar no espelho, o trabalho da cabeleira ficou divino. Quando Julie - A cabeleira - sugeriu uma trança boxeadora eu tenho que admitir que torci o nariz para sua sugestão, mais o resultado ficou completamente espetacular, as tranças foram feitas no cabelo solto onde ondas grossas caem sobre minhas costas. Minha maquiagem é olho tudo, boca nada, O que faz meus olhos ficarem em evidência.
Saio do espelho do meu quarto e vou para o closet pegar o vestido um Ellie Saab , presente dado por Luiz. O vestido é de um azul petróleo que pode ser confundido com Preto,
de corpete todo de renda com um decote profundo e mangás longas, a saia longa é reversa com uma longa fenda que me permite exibir minha perna torneada.
Maquiagem e cabelo : ok!
Vestido : ok!
Olho para meu pulso e deixo um suspiro sair, a pulseira que Luiz me deu será a única joia que usarei hoje, quando eu disse que nunca a tiraria do braço não estava mentindo, brinco com os berloques e me perco nas minhas memórias, durante toda minha adolescência e início da fase adulta eu sempre sonhei em ter o que hoje eu tenho, não a riqueza que meu marido possui, claro que não vou ser hipócrita em dizer que o dinheiro que ele tem não traga um bom conforto no estilo de vida que levamos. O que eu ansiava mais do que o próprio ar que eu respirava era ter uma familia, filhos para mimar e um marido que me amasse acima dos meus defeitos.
Eu sei sem que ninguém me diga ou aponte o quanto eu sou falha. Meu temperamento é explosivo, minha personalidade não me permite concordar de cara com uma ordem, mais nem mesmo isso fez Luiz se afastar de mim. Eu amo tanto este homem que as vezes eu me questiono se é normal. É normal, amar alguém mais do que a você mesmo? É normal querer estar viva pelos próximos cem anos apenas para tê-lo ao seu lado?
Me perco nas questões da minha vida até que braços forte me cercam , o cheiro delicioso do perfume masculino, uísque e cigarros, um cheiro próprio dele me invadem as narinas. Suspiro baixinho quando ele beija meu pescoço, todas minhas terminações nervosas se agitam com seu toque, fecho os olhos tentando apreciar o seu poder sobre meu corpo.
- Jud... Você está linda, querida. - Diz baixinho ao me vira nos seus braços. - A mulher mais linda que eu vi em toda minha vida. - Seus olhos brilham e ele beija minha testa.
- São seus olhos, Ursinho. - Sorrio e o olho tão lindo vestido em seu terno três peças. - Voce também está um tesão. - Brinco com sua barba.
- Vim te pegar, grande parte dos convidados chegaram. - Me puxa pela mão, para sairmos do quarto. - A babá do Theo ja está no quarto.
Como nosso bebê é muito pequeno não vamos levá-lo para a festa, isso está me angustiando de certa forma, são pouca pessoas que confio ficar com meu filho.
- Podemos nos despedir dele?. - Peço e ele levanta minha mãos aos seus lábios e beija.
- Claro meu amor.
- Onde estão os outros? - Pergunto me referindo aos nossos outros filhos. - Deste que cheguei os vi uma vez.
- Estão aterrorizando as pessoas. - Bufa. - Nossas criança são terríveis.
- Elas não são tão ruins assim. - Digo ofendida que faz Luiz gargalhar.
- Ursinha, nossas filhas são tão ruim quanto uma possível terceira guerra mundial.
- Não são não, elas são ótimas crianças, um pouco hiperativas, são eu admito, mais elas são ótimas. - Argumento e ele me puxa em seus braços.
- Tudo bem mamãe urso, nossas crianças são ótimas crianças, com tendências terroristas. - brinca. - Agora vamos ver nosso pequeno Theo.
Estava tão empenhada em defender nossas crias que nem percebi que estava praticamente dentro do quarto. Assim que piso no quarto vejo meu Theo dormindo no berço enquanto sua babá está sentada cantando uma melodia para que o bebê se manter calmo. A comprimento e vou para o berço e Acaricio sua bochecha, dou um beijo sem encostar os lábios em sua cabeça e deixo um eu te amo para meu filho.
- Qualquer coisa, você pode me chamar, se o Theo chorar ou qualquer coisa que seja, eu te peço por favor que me chame. - Digo a babá.
- Tudo bem senhora, mas acredito que ele não vai chorar ou até mesmo acordar. Ele é um bebê muito calmo. - Diz olhando para meu filho.
Me despeço e finalmente vou para minha festa.
.......
Tenho que me lembrar em agradecer a cristal e Natasa pela a organização da festa, dizer que a decoração está linda é quase um eufemismo. Meu jardim foi transformado em um
verdadeiro baile a máscara, a meia luz junto aos muitos pontos de Luz que estão espelhados por todos os pontos das tendas, dão um ar dark, nas mesas os arranjos são feitos com penas brancas e nos talheres podem ser encontradas máscaras.
Olho para meu marido que está lindo em sua máscara grega dourada, percebendo que está sendo observado ele vira e sorri para mim. Ajeito minha máscara que é uma versão feminina da de Luiz so que Prata com lindas penas no meio.
Vamos andando pela festa e cumprimentando meus convidados, vejo Drew e Lucy em um canto conversando intimamente, ele me ve e acena, bato os lábios dizendo que depois irei falar com eles e ele concorda, Lucy sorrir para mim e eu retribuo. Continuo andando até que encontro minha família, até mesmo Jena e o pai de Truck estão aqui. Devo admitir que o homem é lindo de morrer, o conheci semana passada quando ele reapareceu como um passe de mágica na vida do filho, dizer que a reação de Truck foi ruim é quase uma piada, ele não reagiu nada bem. Jena tentou fala com ele e não teve sucesso até que ela me ligou e me pediu que eu conversasse com ele.
Eu e Truck tivemos uma conversa franca, era tanta mágoa e dor pelo que aconteceu na separação dos seus pais que o fez se retrair na presença do pai. Nos conversamos por hora e o fraquinho que eu tinha por esse doce de menino só aumentou, eu prometi nunca contar tudo que ele me disse a ninguém , é notório que se o pai de Truck quer reconquistar seu filho ele vai ter que trabalhar muito.
- Mamãe a senhora está parecendo uma princesa. - Carissa diz eufórica ao me ver e me abraça.
- Muito obrigada meu amor. - Encho ela de beijos, sinto braços em minha cintura e encontro Cayla junto a Nick me agarrando. - A mamãe ama abraços, É vocês estão grandes de mais para abraçar essa velha mãe? - Faço beicinho para Vic, Nico e B. Os três veem e me abraçam também.
- Parabéns mamãe. - Dizem em uníssono.
Se afastam e eu recebo abraços e beijos dos outros. Agradeço a minhas amigas. O Dj coloca Im Not The Only One - Sam Smith, Olho para o Ursinho que já sabe o que quero.
- A bela dama me concederia essa dança? - Faz uma referência ao oferecer a mão e as crianças batem palmas
- Seria uma honra.- Pego sua mão e ele me leva para o centro do salão.
Nossos filhos pequenos nos acompanham. Passo os braços em seu pescoço enquanto seus braços vão para minha cintura. As gêmeas e Nick dançam ao nosso redor, vejo Vic e Cíntia dançando com seus namorados mais na ponta. Balanço ao ritmo da música nos braços de Luiz.
- Eu te amo, Judith. - Sussura no meu ouvido.
- Eu te amo; Luiz - Beijo sua boca castamente.
........
Margareth.
Observo a suburbana dançar alegremente nos braços de Luiz e percebo que é a hora perfeita para colocar meu plano em prática.
Nos últimos meses tenho vivido de forma quase indigente tudo por culpa dessa putinha imunda, hoje eu tiraria algo dela que ela ama acima de tudo, algo que ela me tirou sem um pingo de piedade. Caminho entre os convidados sem ser vista reconhecida, vestida em um Valentino um dos poucos vestidos que sobraram dos meus dias dia glória, consigo passar sem que ninguém conseguisse me parar. O que um bom vestido e uma peruca cara não faz. Procuro pelo salão por Douglas que também está aqui, em algum lugar da festa e não encontro. Imprestável tão sem serventia como a vaca da Giovana. Essa que continue se escondendo, por que quando eu pouser minhas mãos sobre ela, ela irá se arrepender por ter me roubado e traído.
Deveria ter jogado ela junto àquela pobretona da mãe dela na rua. Paro de pensar nisso ao subir as escada, tento focar em meu plano em pegar a criança fedorenta. Tento lembrar onde fica o corredor dos quartos, vou seguindo até que ouço alguém cantando, paro em frente da porta que está aberta. Uma mulher na casa dos quarenta esta sentada em uma cadeira se balançando com aquele bebê horroroso no colo. É minha oportunidade perfeita.
Bato na porta e ela me olha confusa.
- Posso ajuda -la? . - Me pergunta solicita , tento pensar rápido em uma desculpa, sei que essa mulher não vai sair daqui de boa vontade.
Avisto um abajur e isso irá me ajudar.
- Claro, acabei me perdendo. Você poderia me indicar o banheiro? - Peço educadamente e ela se levanta e coloca o bebê no berço .
- Por aqui....... - Ela anda na frente e aproveito para puxar o abajur antes que ela consiga virar bato forte na sua cabeça e ela cai no chão.
Coloco o abaju de qualquer jeito no chão e saio arrastando a mulher, não me preocupo em verificar se ela está viva ou morta, apenas empurro o corpo para o lado da cama de suporte. Vou ao berço e quando chego lá encontro aquela criança horrorosa acordada.
- Volte a dormir peste. - Resmungo e o moleque faz uma careta. - Nem adianta me olhar assim, suburbano mirim, você vai ser minha galinha dos ovos de ouro.
Pego o fedorento com cuidado para não encosta-lo no meu corpo, olho bem pra ele que está também me olhando.
- Voce é bem feinho. - Constato. - Mais vai valer algum dinheiro no mercado humano. - O moleque me olha até que golfa no meu Valentino . - Sua peste!! olha o que fez no meu vestido. - Grito e ele solta um pum fedorento. - Eca, seu sem modos tinha que ser filho daquela suburbana.
Decido que está na hora de sair com essa praga quando estou quase chegando na porta encontro não só uma peste, mais todas elas, junto um cachorro pulguento.
- Onde você pensa que vai com meu irmãozinho sua vovó do botox. - Aquela menina sem modos pergunta.
- Estava indo leva-lo a sua mae. - Minto
- Múmia pré histórica acha mesmo que somos idiota? O Leonzinho pode até parecer um mas o resto não é . - A insuportável diz apontando para o único menino do grupo. - Voce está sequestrando meu irmãozinho, vou chamar a Polícia pra você, sua criminosa.
Me canso desses delinquentes e puxo minha arma e aponto na cabeça do melequento mirim , as pragas finalmente se calam.
- Seus melequentos acharam mesmo que não estaria preparada? Saiam da minha frente antes que atire nesse moleque sujo. - Grito e eles se afastam da porta.
Me encaminho até a sacada ao descer o primeiro degrau me deparo com todos os novos ricos e também a Polícia me olhando com cara de poucos amigos
- Me dê meu filho bruxa velha, eu vou arrancar seus olhos se você fizer mal a ele. - A suburbana tenta chegar até a mim mais é contida por Luiz que esta furioso.
- Senhora Evans entregue a criança ao casal, antes que piore sua situação. - Um policial diz.
Olho para os lados ensaiando uma saída, vejo Gabriel trazendo Douglas pelo pescoço. Que merda.
- Achei esse filho da puta querendo fugir - Empurra o paspalho do meu filho para um soldado que o prende
- Imprestável você iria fugir e me deixar. - Grito com meu filho.
- Isso é sua culpa velha maldita, você acabou com minha vida, vassoura velha. - Grita.
- Calem a boca os dois, ande senhora Evans não temos o dia todo. - Avisa e eu não tenho outra alternativa a não ser entregar o chechelento a praga.
Que o pega e sobe correndo junto aos outros. A vagabunda me olha com olhos fumegantes de raiva e caminha na minha direção ante que consiga correr ela me pega pelo cabelo.
- Me solte, sua maltrapilha. - Grito. - Voce vai deixar ela me bater? - Grito para o policial que dá de ombros. - Incompetente.
- Cale a boca bruxa velha. - Aperta meu cabelo. - Se voce me dão licença eu tenho umas contas para resolver com essa gralha. - Diz para os convidados que estão me olhando sem oferecer ajuda. - Agora vou te mostrar a nunca mais chegar perto dos meus filhos. - Me diz insana.
Engulo em seco, maldita hora que aquelas pestes entraram no quarto.
.....
Luiz
Acompanho minha mulher que está ensandecida arrastando uma Margareth pelos cabelos, que grita que ela pare.
- Todos fora agora. - Jud grita enlouquecida e nem um funcionário fica na cozinha.
Jud a solta e antes que Margareth consiga correr ela acerta um tapa forte nela que a faz cair no chão.
- Sua vaca isso é Por voce apontar uma arma para o meu filho. - Tapa. - Esse por você infernizar minha vida - Tapa. - Esse pela vez que você disse de que meus filhos fedem . - Tapa, Tapa. - E esse é Por voce junto ao seu filho ter matado minha criança- Ela grita com dor e acerta um soco no nariz da velha.
- Tire essa imunda de cima de mim, você vai ficar aí enquanto ela me bate? - Grita pra mim.
- Fique feliz que é ela que está te batendo e não eu. - Rosno com raiva.
E continuo no mesmo lugar onde vejo minha mulher descarregar toda raiva nessa velha do mal.
Quando Carissa veio avisar o que estava acontecendo no quarto do bebê eu juro que fiquei a ponto da loucura, mais era algo que já esperava. Por isso a Polícia estava na minha casa disfarçada. O sumiço dos dois nesses últimos meses, sabendo que eles usariam a festa para atacar eu avisei a Polícia, só não sabia que Margareth seria tão má ao ponto de invadir o quarto de Theo e querer rouba-lo dizer que tanto eu como Judith enlouquemos era uma piada, mas seguimos as ordens do delegado, Jud estava morrendo de medo que algo acontecesse com nosso menino.
Percebo que a velha desmaiou e vou tirar Jud de cima dela, minha ursinha chora e se treme toda.
- Já acabou, Ursinha . - A pego em meus braços. - Tudo bem. - Ela enterra o rosto no meu peito e soluça.
- Ela ia roubar o Theo , ela queria machucar o Loverboy, Luiz. - Chora.
- Me escute Jud. - Pego seu rosto em minhas mãos. - Eu nunca vou deixar ninguém machucar nossos filhos ou você, vocês são meus, e irei lutar até meu último suspiro para os manter salvo. - Ela me dá um sorriso trêmulo.
- Eu acredito em você, Ursinho. - Segura a mão que está no seu rosto. - Vamos ver nossos filhos?
- Sim, vamos. - A abraço - Esse inferno finalmente acabou, querida.
.......
Não demorou muito para a Polícia levar os Evans presos, quando eles saíram eu e Jud subimos para o quarto, Andrew que estava na festa junto a Lucy me tranquilizou avisando que resolveria tudo e que essa tentativa de sequestro so aumentaria a pena dos dois e que levando em conta muitos fatores ambos mofariam na cadeia.
Agora no nosso quarto que está ocupado por todos nossos filhos, Jud tem Theodore apertado em seus braços enquanto conversa com ele, o pequeno sorrir para cada coisa que a mãe diz.
- Estou tão feliz mamãe em saber que a múmia velha foi presa. - Sussura Vic. - Agora nos finalmente teremos paz.
Olho para Jud que sorrir para mim e concorda com o quê nossa princesa diz, ela se aconchega no meu peito e Sussura no meu ouvido.
- Finalmente esse inferno acabou, Ursinho. - Seus olhos brilham. - Mesmo com tudo que aconteceu eu não poderia estar mais feliz.
- Também, Ursinha. - Beijo sua testa.
E era verdade, eu tinha tudo o que eu mais quis ter com essa mulher. Eu tinha filhos que eram minha alegria de viver, tinha amigos quem eram como irmãos e uma esposa que era uma parte de mim.
Eu nunca poderia reclamar da vida que conquistei ao longo dos anos. Toda noite eu agradecia a Deus por me permitir viver a vida que levava.
Olho para Jud e admiro sorrindo para nossos filhos, essa mulher era a razão do meu viver.
- Te amo, minha Jud. - Digo no seu ouvido.
- Te amo, meu Ursinho. - Sorri.
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