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V I N T E

"Seja lá qual for o matéria de que nossas almas são feitas, a minha e a dela são da mesma "

Emily Jane Bronte
Mais um capítulo meninas feito com muito carinho pra vcs espero que gostem
de novo peço que leiam ouvindo a música.😘😘😗😗

Luiz

Sentado na minha sala observo o céu de Nova York, as nuvens pesadas prevê um possível temporal. Deste sempre eu odiei dias nublados, são tristes e melancólicos é como se fosse um presságio de um dia ruim.

Hoje como todos os outros dias foi dificil sair de casa e deixar Jud. Desde de ontem algo me angustia de uma forma quase sufocante. Tentei persuadir a ursinha de todas as formas, mais falhei miseravelmente. Sendo casado tanto tempo com ela eu deveria saber que minha mulher, é totalmente do contra, é engraçado pensar que eu um homem que sempre gostei das coisas do meu jeito, fui logo cair de amor por uma mulher que não gosta de receber ordens de ninguém.

Então, visto que nada que eu fizesse seria atendido por ela, pedi ajuda ao nosso filho. Eu sei que Jud tem um fraquinho por ele, e aceitaria sua "proteção ", apesar de saber que se tratando de Judith nem se eu deixasse o próprio Mel Gibson de guarda costas conseguiria segura -la. Sorrio ao lembrar na manobra que ela me deu ao me convencer em deixa -la ir ao centro. É inevitável eu nunca consigo dizer não a ela.

Meu pequeno furacão está quase entrando no nono mês de gestação do nosso pequeno Theodore . Quem a ver com aquele barrigão pensaria que o cansaço do final da gravidez a deixaria mais calma e quieta, só que acontece o contrário. A mulher parece que está ligada ao 220 volts, sempre se movimentando para lá e pra cá, tento colocar algum juízo naquela cabeça mais sempre acabo falhando.

O barulho de notificação de uma mensagem me faz largar o que eu estava fazendo. Abro a mensagem e vejo que é de Nicolas.

Nícolas : Chegamos ao centro, mais já fui expulso da sala. A Jud disse que não consegue fazer nada comigo respirando no seu pescoço 😒. Não se preocupe coroa estou sentado a frente a sala dela. Nada vai acontecer.

Tinha combinado com Nicolas que ele me mantivese informado sobre os passos da mae. Eu sei que isso não é certo, mais quando se trata da segurança de Judith e de meus filhos eu sempre faço de tudo para mantê -los protegidos, mesmo que isso os chateie.

EU : Obrigado filho, continue me informando e faça sua mãe comer algo, ela sempre esquece.

Envio a resposta.

NICOLAS : Pode deixar coroa.

Mesmo sabendo que Nico esta de olho na mãe esse pressentimento que algo ruim vai acontecer não passa, resolvo ir logo para essa reunião e ver se consigo sair mais cedo e pega -los no centro. Só me sentiria aliviado quando estivesse em casa com todos eles presentes.

Estou recolhendo os papéis que Giovana me deixou para levar para reunião quando o porta retrato que tenho sobre a mesa me chama atenção. É uma foto de nossa família, Jud colocou na cabeça que precisávamos tirar outra foto para colocar ao invés da antiga, já que nossa família cresceu. A nova foto foi tirada no dia em que descobrimos o sexo do bebê. Todos estávamos eufóricos em saber que o novo integrante dos Turner Lewis era um menino, cada sorriso das pessoas que estão na foto só mostram o quanto estávamos felizes. Guardo o porta -retrato quando a porta da minha sala é aberta por Leon.

- Cara... você está uma merda. - Leon zomba. - Já te disse meu velho, essa vida de empresário de dia e escravo sexual a noite não dá para você. -Gargalha. - Já pensou em contratar um garoto de progra.....

Não deixo que ele termine a frase e jogo uma enciclopédia que estava em cima da minha mesa, o filho da puta desvia fazendo o livro cair em um baque alto no chão.

- Quanta violência, ursinho. - O idiota rir até ver o quanto eu estou sério. - Cara, sinto muito pela brincadeira. - Diz arrependido.

Solto os papéis que tinha na mão e sento na cadeira, minhas mãos vão para cabeça despenteando meus cabelos. Eu só queria que essa porra de angústia passasse.

- Não é nada com você Leon. - Suspiro. - O que você está fazendo aqui mesmo ?

- Vim esperar a reunião acabar para levar a Cristal para almoçar. - Se aproxima preocupado. - O que está acontecendo Luiz?

- Eu não sei - Rio sem humor. -Desde ontem essa preocupação com Judith está me matando, ela está grávida e se recusa deixar de ir ao centro.

- A jud é bem teimosa todos nós sabemos disso. Mais também sabemos que ela nunca colocaria a vida do bebê em risco, sem falar que o centro é um dos lugares mais seguros para ela. Lá não tem aquela chefão do tráfico que é apaixonado por ela? - Ele diz querendo me tranquilizar mais a menção do cretino me faz fechar a cara.

- Sim. - Resmungo irritado. - Mandei o Nicolas com ela e mais dois seguranças.

- Então, homem, nada vai acontecer com a maluquete. - Aperta meu ombro. - Eu te entendo Luiz, eu sei o quanto nosso instinto super protetor e possessivo funciona. Eu vivo de cabelo em pé so tendo dois filhos e uma esposa que comparada a sua é um anjo- Brinca e eu bato nele.

- Não fale da minha ursinha. Eu a amo exatamente do jeito que ela é . - Digo com sinceridade.

- E você acha que eu não sei disso?

Nosso bate-papo é interrompido por uma batida na porta, Cristal coloca a cabeça na mesma e sorrir.

- Tá na hora tio - informa. - E você senhor Leon pode me esperar na minha sala. - Diz ao marido.

- Tudo bem ágape mou - O idiota ainda fala de mim.

Pego minhas coisas e vou para essa bendita reunião.

.....

Essa maldita reunião vem se arrastando por toda manhã, A muito tempo eu deixei de prestar atenção no que os investidores estão dizendo, a minha sorte é Gabriel e Cristal que estão conduzindo o espetáculo. Meus pensamentos estão longe, já conferi o celular por diversas vezes e todas as mensagens que Nicolas me mandou tem o mesmo conteúdo, eu já deveria ter me acalmado mais eu sinto que algo não está certo.

- Então é isso senhores - Gabriel fala chamando minha atenção. - Foi um prazer fazer negócios com vocês.

Todos saem, para minha alegria

- Qual o problema pai o senhor ficou a reuni... - Grabriel não termina a frase.

Leon entra na sala sua expressão é de pânico. Ele não precisa me dizer nada, eu sei, eu sinto que algo aconteceu com Judith. Tanto Cristal como Gabriel também se assustam.

- Luiz.

- O onde ela está ? - corro até ele o pegando pela lapela do terno . - Me diga - Grito.

- Se acalme... - Sacudo ele, meu desespero é grande, eu quero tudo menos me acalmar.

- Diga de uma vez filho da puta, onde ela está? - Grito.

- No hospital - Ele diz e eu sei que isso não é tudo - Ela foi esfaqueada. - Ofego e algo no peito quebra . Escuto cristal soltar um grito - Sinto, muito Luiz, isso foi tudo que me disseram.

Depois disso eu não escuto mais nada. Algo dentro do meu coração definitivamente quebrou, a dor é tanta que eu me curvo. Um monte de sensações vem de uma vez, a dor, a tristeza. Negação e por último a raiva.

- Você está mentindo - Rosno para Leon que me olha surpreso. - VOCÊ ESTÁ FODIDAMENTE MENTINDO FILHO DE UMA PUTA. - Grito em negação.

- Pai se controle.. - Gabriel tenta falar mais eu o corto quando acerto um soco nele o fazendo cair.

Sei que provavelmente mais tarde eu vou me arrepender por ter feito isso, mais agora tudo que eu quero é fazer essa maldita dor parar. Ela não pode está em um hospital. Não pode.

- Tio, meu Deus pare com isso a Jud pode está bem. - Cristal grita e ajuda Leon a levantar Gabriel.

Sempre me considerei um homem racional, era um característica minha. Mais isso mudava quando se tratava de Judith, mudava pelo simples fato que a mulher que eu amo esta na porra de um hospital correndo risco de perder a vida e nosso filho. E eu não posso culpar ninguém além de mim.

É minha culpa por ter deixado ela sair de casa.

É minha culpa em ter ficado nessa reunião estúpida enquanto eu deveria ter ido pegar ela.

É minha culpa de não ter levado a sério o mal pressentimento que venho sentindo deste ontem.

Meu pai sempre me dizia que a vida era feitas de escolhas, e independente da que você fizesse, ela sendo a certa ou errada , você tinha que aprender a conviver com ela.

Eu fiz a escolha errada em relação a Judith e agora eu tenho que conviver com o fato que posso perder ela e meu filho. E pensa,do nisso que o que acontece a seguir é como uma punição pelos meus pecados.

Gabriel

Ainda desnorteado do soco que levei do meu pai tento com ajuda de Leon e Cristal me levantar. Um urro de dor é ouvido, meu pai está no meio da sala de reunião curvado, seu desespero é visível, e como não seria?

- Caralho. - Grita Leon quando ver meu pai jogar uma das cadeiras na janela trincando o vidro . - Cristal saia daqui e chame a segurança - Cristal ainda está petrificada, sem reação alguma . - Agora.

Minha prima sai nos deixando para lidar com meu pai. O que acontece a seguir não é bonito. O homem que eu admiro e amo acima de tudo nada lembra o que está destruindo a sala. É um ato de total desespero. Eu entendo seu sofrimento, isso acontece quando a dor é tanta que você não sabe lidar e a única forma é extravasando em forma de raiva.

- Nos temos que fazer alguma coisa, Leon.

Nós dois corremos , apesar de ser em dois contra uma a força que ele tem vai a além da nossa.

- Pai você tem que parar - Grito o segurando por trás enquanto Leon puxa a cadeira das mãos deles.

- Me solte moleque. - Se balança nos meus braços. - Eu te disse para me soltar. - Chuta minha pernas.

- Você tem que se controlar Luiz, sua mulher está no hospital, ela e seu filho precisam de você. - Leon grita com ele. - Você tem que ser forte por eles.

Como se finalmente ele saísse do transe seu ataque contra nós para. Afroxo meu aperto e seu corpo cede o pego antes que ele caia no chão. Meu pai começa a tremer até eu ver que ele está chorando.

- Pai.... - Minha garganta trava.

- Eu não posso perder ela Gabriel.. -Um som sofrido sai dele. - Eu amo ela acima de tudo, eu não posso perder a única mulher que eu amei em toda minha vida.

Não percebo que estou chorando até um soluço sai de mim. Trago meu pai para meu peito e choramos juntos pela mulher que conseguiu fazer nos dois ama-lá incondicionalmente.

- Também a amo. - Beijo seus cabelos. - Eu amo Jud como se ela fosse minha mãe, não me importa em não ter saído dela, ela é minha mãe tanto quanto a verdadeira.-Murmuro e olho para Leon que também chora. - A Jud é forte, ela vai sair dessa junto a nosso irmão, mais ela vai precisar da gente, sua família.

- Sim , a Ursinha é forte e destemida. - Diz com a voz embargada. - Me desculpe meu filho por te bater. - Pede envergonhado.

- Tudo bem pai - Dou um sorriso triste. - Se isso aliviar sua dor, você pode fazer quantas vezes necessárias.

- Oh meu Deus - Cristal diz chorosa ao entrar na sala e o estado do meu pai. - Tio....

Ela corre para os braços do meu pai, os dois conversam baixinho por um tempo. Olho para a porta e vejo dois seguranças e Giovana que olha ao redor assustada. Quando ela percebe que está sendo observada por mim, o jeito que ela reaje é estranho, correndo da sala. Ignoro isso quando Leon avisa que temos que ir para o hospital.

Mentalmente eu peço a Deus que salve minha mãe e irmão.

..........

Luiz

Se me perguntarem como o caminho da empresa para o hospital foi feito eu não saberei dizer, tudo está um borrão. Gabriel assim que entramos no carro recebeu a ligação de Nat, avisando que já sabia do ocorrido, ela junto a Bah e Ray foram para minha casa pra ficar com as crianças, ela me disse que minha filhas e sobrinhos ainda não sabiam de nada, o que eu agradeço e muito. Não quero ter que lidar com isso agora, eles precisam saber por mim o que aconteceu com a mãe deles. Minha outra preocupação era Nicole e Nico já que ambos estavam com Jud. Leon me tranquilizou dizendo que a única ferida tinha sido Judith.

Eu ainda não posso acreditar que Jud foi vítima de um assalto algo não bate. Mesmo dentro do carro Leon pediu para uma amigo começar uma investigação. Seja quem tenha sido o responsável por isso eu quero atrás das grades.

Olho para os ocupantes do carro todos perdidos em sua própria dor. Cristal está chorando baixinho no colo de Leon que a conforta, Gabriel está calado. Já eu do que posso pensar é que se algo acontecer com Jud ou Theodore eu nunca poderei me perdoar.

- Como esses abutres descobriram que estavamos vindo para aqui? - Gabriel Grunhi ao ver um monte de repórteres enfrente ao hospital. - Vamos entrar pela entrada dos fundo.

- Eu quero que você fale com a direção do hospital não quero nenhum desses sanguessugas perto da minha família. - Ordeno a Gabriel.

.........

- Eu sou o marido de Judith Turnes Lewis - Digo a recepcionista do hospital

- Sua esposa entrou na sala de cirurgia agora. - Ela olha um ficha. - Terceiro andar. Seus filhos estão lá.

Não espero por ninguém corro para pegar o elevador . Assim que chego o andar encontro Devon ao lado de Giana que tem Nicole no colo. Quando ele me ver caminha apressado para meu lado. Eu odeio esse homem mais o fato que ele foi o responsável de ajudar a Jud chegar o mais rápido ao hospital me faz engolir meu orgulho.

- Ela entrou agora na sala de cirurgia como não somos família eles não informam nada - Murmura e passa a mão no rosto preocupado. - Meus homens correram atrás dos dois sujeitos, os filhos da puta simplesmente sumiram como se um buraco os tivesse sugados. - Diz com raiva. -Não se preocupe Turner eu mandei um alerta, seja quem for eu vou descobrir.

- Eu estou disposto a pagar quanto for pedido para achar quem fez isso com minha mulher - Deixo a raiva sair em cada palavra.

- Não vai ser preciso. Eu irei fazer isso de bom grado assim como meus homens. Todos naquele centro amam Jud, ela tem a minha proteção e todos sabem - Explica, apesar de não gostar eu aceito e o agradeço por te-la trazido.

-Devon, obrigado por ajudá-la. - Digo
sincero e ele apenas concorda.

- E Turner vá pegar o Nico o garoto se recusa a sair de frente a sala de cirurgia. Até a segurança foi chamada mais ele não sai. -O que ele diz me preocupa.

Penso em sair para procurar o médico e meu filho quando uma enfermeira aparece.

- A família da senhora Turner Lewis. - Uma infermeira morena e jovem pergunta.

Meus familiares vem ao escutar a enfermeira falar.

- Eu sou marido dela -digo - Por favor me diga algo desde que cheguei ninguém me disse nada. -Imploro.

- Senhor, sua esposa entrou na sala de cirurgia algum tempo - Informa - o médico irá vim falar com voce assim que terminar . Eu preciso que o senhor assine os trâmites de pagamento....

- Isso é tudo que você tem para me dizer? - Digo com raiva. - Minha mulher está grávida e foi ferida com uma faca, e você vem me falar em dinheiro? - Grito e ela mantém uma expressao seca. - Qual é a porra do seu problema? A mulher que eu amo e meu filho estão lá dentro e eu não sei se ela está viva ou morta. Se é o fodido dinheiro que você quer eu lhe darei, porra se você me disser que fortuna inteira que eu tenho vai salvá - la eu te dou tudo . - Rosno desesperado.

- Se o senhor continuar com esse comportamento eu terei que chamar a segurança. - Ameaça a infermeira.

- Eu resolvo isso Luiz, vá se acalmar. - Leon toma a frente antes que eu pule no pescoço dessa mulher.

Coloco as mãos cabeça tentando manter o controle.

- Papai - Nicole chora ao meu ver. - A mamãe.. Foi a vovó feia. - Ela se embola toda me confundindo.

- Tudo bem Baby - Pego ela nos bracos. -Shiu, minha pequena flor a mamãe vai ficar bem. - Digo e beijo sua cabeça.

Eu rogo a Deus que sim.

- Voce promete papai? - Me pergunta fazendo beicinho - Voce promete que a mamãe e o Theodore vão ficar bem?

- Sim meu amor - Engulo a vontade de chorar. - Agora você vai pra casa com seu irmão, sim?

Eu tenho que tirar o mais rápido possível as crianças daqui.

- Eu quero ver a mamãe, papai- Choraminga.

- O papai promete que assim que a mamãe acordar vai te pegar, ok? - Peço, ela balança a cabecinha.

Dou um beijo nela e a passo para Gabriel. Que vai para casa esperar notícias com as crianças. Ele se ofereceu a contar os irmãos, e eu agradeço por isso não sei como iria ter coragem de dizer as meninas.

- Vocês viram o Nico? - Pergunto cansado. Deus parece que envelheci dez anos nas últimas horas.

- Ele está naquela sala. - Giana aponta um corredor.

Agradeço e vou para a sala onde meu filho está, quando eu piso na mesma é como se alguém me tivesse socado no estômago. A camisa branca que meu filho usa está toda ensanguentada, mais o que me choca é como eu encontro Nico. Seus olhos estão vermelhos devido ao choro, sua expressão é de derrota.

- Eu falhei com ela pai - Soluça - Por minha culpa ela pode morrer, assim como meu irmão. Se eu não tivesse ficado para trás eu poderia te-la salvado.

Culpa. Tudo se resume a culpa que sentimos.

Meu coração dói com suas palavras. Chego a meu filho em passos largos e o puxo para meu braço onde ele chora livremente.

- Nicolas me escute bem garoto - O afasto um pouco para olha lo. - Nunca mais repita isso, você não tem culpa pelo o que aconteceu. Sua mãe te mata e me mata se ela sonhar isso. - Ele sorri um pouco. - Ela vai sair dessa meu filho, nos estamos falando de Judith Turner Lewis a mulher mais teimosa que esse mundo conheceu.

- Eu a chamei de mãe, ela chorou e disse para me acalmar. - Sua confissão me faz o apertar mais nos meus braços. - Mesmo ela sofrendo com dores eu pude ver o quão feliz ela ficou quando eu a chamei de mãe. Agora eu não sei se vou poder chama- la assim novamente.

Durante todos esses meses eu e Jud esperamos muito por esse dia.

- Voce vai - Digo com convicção. - Ela te ama, você é o menino dela.

- Eu também a amo papai. - Sussura.

O mantenho nos meus braços o quanto posso, Nicolas é uma criança fechada qualquer tipo de afeto mostrado por ele é um progresso para nós.

- A cirurgia terminou tio, o médico quer falar com voce. - Cristal entra correndo na sala dizendo tudo de uma vez.

Saímos os três correndo e encontramos o médico rodeado a Leon, Devon e Giana.

- Marido da paciente Turner Lewis? -O Medico pergunta assim que me ver.

- Sim. Como estão meu filho e esposa? - Peço angustiado assim como todos os outros.

- A cirurgia foi um sucesso. - Diz para alívio de todos. - Foi preciso ser feito uma cesária na paciente o bebê passa bem já que estava quase no nono mês de gestação não vai precisar ficar na encubadora . Daqui alguns minutos você pai poder vê-lo.

Eu não posso conter o sorriso de alegria, so falta saber sobre minha Jud.

- Sua esposa teve sorte que os golpes de faca não perfuraram o rim. Mais foram precisos muitos pontos, tivemos que induzir a paciente ao coma devido às muitas dores. Amanhã talvez ela saia do coma tudo depende como o estado dela progride , devido a medicação que ela terá que fazer uso, a amamentação está fora de cogitação pelo menos nos dois primeiros meses. Isso é Tudo senhor Turner , quando o bebê estiver pronto uma enfermeira vem busca - lo. - Diz

Me sinto aliviado ao mesmo tempo preocupado, o fato de Judith não poder amamentar Theodore vai mata la, mais isso tudo será para o bem dos dois.

- Obrigado doutor. - Agradeço - Gostaria de ver minha esposa -preciso ver minha ursinha.

- Assim que ela estiver no quarto o senhor pode ir vê-la,mais hoje so é permitido uma pessoa.

- Tudo bem. - Concordo.

Não seguro as lágrimas que começam a cair livremente ao saber que tanto minha esposa e filho estão bem na graças de Deus.

- Pai, a mamãe e o Theodore estão bem. - Nicolas diz chorando. - Eu prometo nunca mais deixar de chama-la de mãe e dizer o quanto eu a amo. - Puxo meu filho para um abraço emocionado.

- Ela sabe que você a ama - Murmuro.

- Eu também te amo pai. Me desculpe por nunca dizer o quanto eu os amo e sou agradecido por vocês nos adotarem.

- Nicolas, eu e a Jud que somos agradecidos por Deus ter colocado você e a Nick em nossas vidas.

Percebo que que os demais nos deram privacidade e quando percebem que já terminamos nossas conversa vem nos abraçar e juntos fazemos uma prece para agradecer a Deus por salvar Jud e o bebê.

Não demorou muito para a enfermeira que iria me levar até meu filho aparecer. A moça simpática que se chamava Marine nos informou que seria melhor ir um de cada vez ver o bebê, assim eu pedi a Leon e Cristal para providenciar um apartamento no hospital e levasse Nícolas para tomar um banho, com isso resolvido eu sair para conhecer o pequeno Theodore.

Todo caminho feito até o berçário eu lembrei os planos que Jud e eu tínhamos feito para quando nosso bebê nascesse. Ela estava tão feliz, pensavar em ter um parto humanizado. Então o destino mostra que os planos que fazemos sempre podem ser desfeitos basta um piscar de olhos. Meu conforto é saber que tanto ela como Theo estão bem.

Assim que entro no berçário o choro alto de um bebê me chama atenção. Chame de instinto paterno ou o que que seja, mais eu sei que é meu filho, eu sinto sem ninguém precisar dizer que é ele que está chorando em plenos pulmões.

- O que está acontecendo com ele? - Pergunto angustiado a Marine.

-Calma papai, ele apenas está sentindo falta da mãe, o fato dele ficar nove meses na barriga dela os conecta. - Explica enquanto eu faço a higienização antes de ir pegar meu filho.

Marine sai para pegar meu filho e eu fico andando de um lado para ou outro nervoso. Theodore não foi um filho planejado mais com toda certeza ele já era muito amado deste que descobrimos que Jud estava grávida.

- Diga oi a seu pai Theodore.

Eu nunca vou poder descrever a sensação que senti ao pegar meu pequeno bebê nos braços, meu peito se encheu de amor. Eu quero abraça -lo mas o medo de machuca -lo me para. Ele é tao pequeno. Mesmo com o rostinho inchado eu posso ver o quanto ele parece com a mãe, o mesmo formato de rosto, o nariz arrebitado e a pelagem negra como a noite. Theodore é uma versão masculina da minha Jud.

- Theo... -Minha voz se torna embargada. - Theodore você pode não entender agora, mais eu não me importo em ter repitar quando você for maior. Eu e sua mãe te amamos acima de tudo, te prometo ser o melhor pai do mundo e proteger de tudo e todos . Eu te amo, meu filho. - Sussurro para ele que faz beicinho e volta a chorar.

- Está na hora da mamadeira. O senhor deve saber que devido o quadro de sua esposa o bebê vai ser alimentado pelo o leite que temos no nosso banco. - Me informa Marine com um sorriso. - Agora eu tenho que levr esse rapazinho.

Eu não quero ter que entregar meu filho agora, aperto ele suavemente no meu peito.

- Eu poderia dar a mamadeira a ele? - Pergunto implorando que ela diga sim. -
Por favor a mãe dele não vai poder fazer isso hoje e eu sinto que preciso ser eu a dar sua primeira mamadeira. - Balanço Theo nos meus braços tentando o fazer parar de chorar.

- O hospital não permite. Mas levando em conta o seu pedido a gente pode manter isso como nosso segredo. Eu vejo o quanto é importante para o senhor. Sente naquela poltrona que já volto - Ela sai e vou para onde ela disse.

Theodore continua a chorar isso me angústia, assim como Jud quando as crianças choram me levam a loucura. Eu não suporto ver quem eu amo sofrer.

- Carinha, sua mamadeira ja vem. Eu sei que você prefere sua mãe, mais agora ela não pode, eu te prometo que amanhã eu te levo para vê-la. - Converso com ele e por um minuto parece que ele entende o que eu digo até voltar a chorar.

Então uma ideia me vem, espero que funcione me dói ele chorando.

Puxo na memória uma música que cantei muitas vezes para Vic e as gêmeas dormirem. Limpo a garganta e começo a cantar baixinho sem me importar que o berçário está cheio de enfermeiras me olhando.

Isn't he lovely.

Ele não é adorável?

Isn't he wonderful.

Ele não é maravilhoso?

Isn't he precious.

Ele não é precioso?

Less than one minute old
I never thought through love we'd be
Making one as lovely as she
But isn't he lovely made from love

Menos de um minuto de idade
Nunca imaginei que através do amor estaríamos
Fazendo alguém tão adorável quanto ele
Mas ele não é adoravelmente feito de amor?

Isn't he pretty.

Ele não é bonito ?

Truly the angel's best.

Verdadeiramente o melhor dos anjos.

Boy, I'm so happy
We have been heaven blessed.

Cara, estou tão feliz
Estamos sendo celestialmente abençoados ...........

Theodore se acalma e me olha com aqueles mesmo grandes olhos castanhos que eu amo tanto na mãe dele. Continuo a cantar e ele fica me observando, quando termino percebo o silêncio que jaz na sala, olho em volta para encontrar as enfermeiras limpando os olhos. Marine está no meu lado com a mamadeira na mão me olhando com a admiração.

- Aqui está a mamadeira desse pequeno rapazinho - Funga. - Theodore é um bebê de muita sorte. - me entrega a mamadeira.

Olho para meu filho e deixo uma lágrima solitária cair. Eu que era um homem de sorte.

......

Sair do berçário e deixar meu bebê foi difícil, mais Marine me prometeu que eu poderia ir vê -lo na hora da próxima mamadeira. Deixei Theo dormindo tranquilamente. Voltou para a sala de espera. Nicolas é o primeiro a ir ver o irmão e depois deles foram outros, todos não conseguiam esconder a admiração ao conhecerem meu bebê.

Só o que faltava era ver minha Jud a espera para reencontra-la estava me deixando nervoso. Procurei o médico que que me tranquilizou dizendo que eles estavam fazendo apenas alguns procedimentos.

Demorou um pouco mais de duas horas para finalmente eu pudesse ir ao quarto de Jud. Assim que passo da porta eu a encontro dormindo pacificamente em uma cama no meio do quarto. Sua pele morena está pálida, o médico havia me dito que foi devido ao sangramento que ela teve ao ser esfaqueada.

Chego a ela rapidamente e me debruço sobre ela com cuidado para não machuca- lá. Beijo sua testa e seus lábios não consigo parar as lágrimas que descem como uma Cachoeira nos meus olhos.

Hoje foi o pior dia da minha vida, a possibilidade de perder minha esposa me deixou ao ponto da loucura, fiz coisas que não me orgulho.

-Ursinha me desculpe por ter falhado com você e nosso filho. -engulo o choro e encosto minha testa na dela . - Me desculpe mais eu não sou forte o bastante para te perder.- Choro. - Eu preciso te contar algo mesmo que você não lembre amanhã. Eu so preciso dizer, que eu menti em não te dizer que eu já te conhecia quando eu te vi na cadeia.

Pela primeira vez eu me permito contar a ela que a paixão e amor que eu sinto por ela não vem de dez anos atrás e sim de muito tempo antes. E como um vídeo que você aperta o replay eu volto aquele dia a mais de dezoito anos atrás.

Ando rapidamente pelas ruas do Distrito financeiro em Nova York, tenho um almoço com meu irmão e já deveria esta no pub em que marquei com ele, levando em conta que Júlio é uma pessoa que nunca foi pontual é provável ele chegue mais atrasado do que eu.

Ainda não é nem a hora do almoço e já estou rezando que essa merda de dia acabe logo. Ser pai solteiro é difícil, junte isso a ser pai de um adolescente. Gabriel vem mostrando um comportamento completamente diferente que ele tem, de uns tempos para cá vive se metendo em brigas, a razão que quase todos os dias me fazer ir visita-lo na escola. A psicóloga dele diz que isso se dá a transição da infância para adolescência. Até tento conversar com ele, mais todas as tentativas vão para o ralo, as vezes penso em casar e dá a ele uma figura materna, mais mudo de ideia rapidamente.

Não que eu seja avesso a relacionamento porque não sou. Ao longo dos meus trinta e cinco anos eu estive alguns namoros sérios, mais todos acabam pelo mesmo motivo; Eu não consigo amar mulher alguma,Já tentei de todas as formas até mesmo com a mãe do meu filho, houve algum momento em nosso relacionamento que eu pensei que a amasse, mais acontece que eu confundi a amizade que eu sentia por ela em amor. Cheguei a conclusão que meus relacionamentos se resumem ao interesse carnal. Eu não me orgulho nem um pouco disso.Júlio vive me dizendo que a mulher que vai ser a dona do meu coração está por aí. Eu sempre dou risada desse papo furado dele.

Chego ao pub e me dirijo para a mesa que fica no canto ao lado de uma janela de vidro que me permite ver o movimento da rua sem ser visto. O vidro tem uma proteção quem está fora não ver quem está dentro e quem está dentro ver quem está fora. Gosto muito desse pub é agradável e discreto. Peço meu Bourbon e enquanto espero volto minha atenção para a rua. Pessoas andam gritando nos seus telefones. Jovens estilosos em seus grupos, todos os tipos de gentes tão perdidos nos seus próprios mundos que não vêem ao redor, algo me chama a atenção, na verdade uma garota.

A garota de jeans gastos e camisa de alguma Universidade está com uma pilha de livros que cobre seu rosto, devido a isso ela não percebe o cara enorme que vem ao seu encontro falando no telefone. Penso em gritar para ela, ai lembro que não a jeito que ela me escute já que o pub tem acústico. O cara acabar por bater nela derrubando todos seus livros. Ele diz alguma coisa que eu identifico como " Olhe por onde anda " e a deixa no chão recolhendo seus livros, sem se importar com o mal humor do babaca que foi responsável pela batida.

Uma vontade estranha de proteger essa estranha me toma, isso nunca aconteceu. Associo isso ao fato de odiar homens que não sabem tratar bem uma mulher. Já estou levantado da minha cadeira para ir ajudá-la quando ela se levanta de vez e ajeita a alça da bolsinha no ombro e os livros no outro braço. Como se sentisse meu olhar ela olha diretamente para o vidro e sorrir. Eu estaco.

Por um momento o mundo ao meu redor para de existe. Parece que so temos nos dois; A estranha e eu.

Porra!!!

Ela é linda. O cabelo escuro como a noite brilha aos raios de sol. A pele é de um tom de Moreno que me faz pensar que ela tem alguma herança genética Latina. O sorriso dela é a porra do sorriso mais lindo que eu já vi em toda minha vida. Mais são seus olhos que me fazem perder qualquer compostura.

Olhos castanhos grandes e cheio de promessa.

Por um minuto me permito pensar como seria tê-la para mim. Eu nunca acreditei em paixão a primeira vista, mais ela me faz repensar o conceito.

Esse momento pode ter durado um segundo ou uma hora eu não sei. O que eu sei é que tão rápido que ela olhou para minha alma, mesmo sem saber ela se foi. Ela sai apressada me fazendo sair da energia que eu estava. As palavras do meu irmão vem como um golpe duro em minha cabeça.

"A dona do seu coração está por ai, quando você se permitir enxergar o mundo ao redor você irá ve-la. "

Algo dentro de mim me diz que eu finalmente a enxerguei.

Saio do pub correndo chamando atenção de alguns clientes, ao chegar ao lado de fora procuro por ela e não encontro, saio de um lado para o outro pergunto até mesmo as pessoas se alguém viu a minha estranha e ninguém sabe informar. Quando eu volto para o pub derrotado acabo tropeçando em algo, ao olhar para o chão encontro um exemplar de orgulho e preconceito de Jane Austen. Percebo que esse livro pertencia a ela. Abro e procuro por alguma informação nome ou endereço mais tudo que encontro são marcações em trechos do livros.

Desse dia em diante eu voltei todos os dias ao mesmo pub durante um ano no mesmo horário, nunca mais eu voltei a vê-la. Tinha me conformado tinha perdido a mulher que finalmente fez meu coração bater até que a tragédia que acometeu minha vida, me fez ir a cadeia conhecer minha sobrinha. Esperando por cristal no pátio de visitas eu não esperava em reve -la sentada em um dos banco lendo o mesmo livro que eu guardava comigo a mais de sete anos.

Nesse dia eu jurei a mim mesmo que faria minha missão de vida ganhar o coração da garota que tinha o meu sem nem ao menos saber.

- Durante anos eu guardei na memória cada traço seu. O que eu não sabia era que anos depois a mulher que me nocauteou naquele pub seria a mesma que passaria a ser o centro do meu universo. - Termino meu relato e sinto um toque na minha bochecha abro os olhos rápido e vejo Judith me olhando com nada além de amor.

- Quando penso que eu nao posso te amar mais ursinho você vem e mostra o contrário . - Sussura com dificuldade. - Eu te amo, Luiz.

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