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Capítulo 4 - Eco


Sentado na grama encarando o horizonte, Pedro tenta entender como foi parar na atual situação. Num momento, estava cuidando de sua vida, em seguida está no meio do nada com um velho maluco que o manda ir ao inferno para poder se salvar. Com muita pena de si mesmo, atira pedrinhas no rio lá embaixo, olhando a água se desviar das pedras naquele curso gracioso e inevitável. Uma figura está à margem. Vestido claro vaporoso, cabelos longos em cachos soltos cor de chocolate. Observa encantada uma borboleta pousada em seu dedo anelar. Entretida com o inseto, não percebe a aproximação de um javali, que mesmo pequeno, se aproxima depressa com as presas ameaçadoras. Pedro percebe o risco e age rápido, pega a maior pedra que encontra e corre em direção à cena, atirando-a na fera, que escapa por pouco e foge para o bosque guinchando, enquanto a ninfa olha a cena boquiaberta.

- Você está bem? – ele pergunta ofegante, ainda olhando para a mata onde o bicho sumiu.

- Bem. – a voz delicada da ninfa o faz lembrar de alguém, ao olhar para a figura, custa controlar o grito.

- Helena! – apesar do cabelo mais longo, a moça é idêntica à amiga. Altura, nariz, boca, olhos e voz, até as sardas e pintinhas no olhos. É a própria Helena.

- Helena? – a ninfa responde com uma pergunta.

- Você é Helena. Como veio parar aqui?

- Aqui. – ela responde com o olhar aflito.

- Por que não fala direito comigo? – ele já está irritado

- Comigo. – ela responde apontando para si, com os olhos marejados. Pedro já acha que a menina está zoando com ele, quando uma outra ninfa, loira, com grandes olhos cor de violeta se aproxima da cena.

- Não fique bravo. Ela foi amaldiçoada por Hera e, ao contrário de você, não conseguiu escapar do destino imposto pelos deuses.

- Ela é minha amiga. O que aconteceu?

- Amiga? Você a expulsou de perto quando a conheceu. Por sua causa ela agora vive nas cavernas e raramente vem até nós.

- Expulsei? Eu nunca expulsaria a Helena, gosto dela muito mais do que ela imagina. – declarou e virou-se para a outra ninfa. – Você sabe o quanto eu gosto de você?

- Você. – ela respondeu triste, se afastando da cena toda.

- Espera, Eco. Não foge de novo. – a ninfa loira suplica à amiga, mas a outra já sumiu entre as árvores.

- Você a chamou de Eco? Aquela é Helena. Mesmo com essas roupas, sem falar direito, a reconheceria em qualquer lugar.

- Não sei de quem está falando, Narciso. Aquela é Eco, e ela foi amaldiçoada por minha culpa.

- Como assim? O que você fez?

- Não fui só eu, mas enfim, eu estava lá. Você sabe que Zeus costuma andar por aqui quando fica entediado da vida no Olimpo. Digamos que nós, ninfas, adoramos ajudar a espantar o tédio do coração do nosso deus favorito. Eco era a única que nunca se interessou pelas nossas festinhas, então ela nos protegia. Na última vez, Hera veio procurar o marido, brava como só a deusa do casamento sabe ficar. Eco usou toda a lábia que sempre teve para enrolar a esposa traída, assim ele teve tempo de fugir. Quando descobriu o que aconteceu, Hera fez o que sabe fazer melhor. Pensou numa maldição cruel e puniu a pobre Eco por ter ajudado as amigas.

- Mas você há de convir que não foi certo o que vocês fizeram.

- É tudo uma questão de ponto de vista, enfim, ela podia ter castigado uma de nós que estávamos com ele, ou o próprio marido só pra variar. Eco é a melhor de nós. A mais doce e leal. Não merece o que Hera fez e nem o que você fez.

- Eu?

- Sim. Você. Ela estava apaixonada e você a enxotou porque ela não conseguia falar algo que fosse diferente da última palavra que você dizia. Não sei o que pensou, mas foi por isso que pedimos a Nêmesis que o fizesse sofrer o mesmo que ela. Espero que tenha aprendido a lição.

- Tenho certeza que aprendi. Agora o que eu quero entender é por que Helena está aqui e você insiste em chama-la de Eco.

- Não sei quem é Helena e estou começando a achar que você é um idiota. E eu sou Aymilie e estou te avisando. Fique longe dela, ou vai se entender comigo.

Pedro assentiu com um sorriso assustado. A aparência delicada da ninfa não conseguiu disfarçar o olhar ameaçador. Agora precisava lidar com mais essa charada. O que Helena poderia estar fazendo ali? Não é ninguém parecida. É ela! Agora tem que pensar em como cumprir os tais desafios e precisa lembrar Helena de quem ela é de verdade para leva-la de volta para casa. Já está escurecendo quando chega de volta à casa de Narciso e encontra Liriope cantando enquanto toca as plantas e elas parecem agradecer e devolver o toque. A casa parece uma continuação do próprio bosque, contando com poucos elementos de fato construídos. Um tronco deitado faz as vezes de sofá e o limo alto lembra um tapete verde e fofo. Um colchão de plumas espera por ele e, de repente, o conforto parece um luxo imerecido, mas muito desejado.

- O que Tirésias queria com você? Ele não te assustou, assustou?

- Não. Só queria dizer que a maldição foi quebrada e que vamos ficar bem.

- Ele se sai bem como mensageiro dos deuses. Me assusta mais que o próprio Zeus. Ainda me lembro do medo que senti quando ele profetizou sobre você. "Ele terá uma vida longa, desde que não conheça a si mesmo." O que isso poderia significar? Então você foi crescendo, sua beleza se tornando cada vez mais indiscutível, como um verdadeiro filho dos deuses. Não foi justo que o amaldiçoassem por não amar a ninguém, mas entendi a profecia quando vi o olhar magoado daquelas ninfas. Elas não o perdoariam por não amar nenhuma delas, nem as mortais que o desejam tanto. Sua beleza foi sua perdição. – ela contou mais para si mesma, com o olhar perdido de quem sente dor ao se lembrar. – Nada disso importa mais. Você está aqui e não vai a lugar nenhum.

Lançou um sorriso triste à mulher. Impedido de contar que o filho dela nunca voltaria e que o impostor iria embora assim que conseguisse, sentiu o peso da culpa por não poder prepara-la para a nova perda. Deitou a cabeça no colo dela e ficou de olhos fechados ouvindo a mesma cantiga destinada às plantas. Adormeceu no tempo que levou para fechar os olhos.

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