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Capítulo 16. Lovers to enemies




     No caminho entre a casa de Daiana e a sua, Marcela se pergunta se isso era realmente o que queria quando contou sobre os seus sentimentos para Giulia.

Sim, ela não quer perder a amizade de Lucas, mas isso não significa que queira perder o seu laço com Daiana. Vale ressaltar que ser só amiga de Daiana não é o que Marcela quer.

Está encarando a mãe, dirigindo depois de buscá-la na rodoviária, e se sente nua. "Não precisa conviver com você por mais de seis meses pra saber, Marcela" a frase de Giulia se repete dentro da cabeça de Marcela. Todos sabem? Todos, mesmo? Sua família nunca falou sobre isso, mas Carlos escondeu sua sexualidade quando terminou com Thais. Por quê?

Marcela acredita que deveria se sentir melhor agora que entendeu o que sente, mas só está com mais medo agora.

Escolhe ir pelo caminho mais fácil e foi por isso que mandou mensagem para o seu irmão mais velho ainda no carro e agora está sentada diante da tela do seu computador enquanto encara o irmão e conta para ele sobre tudo o que sente. É a busca por uma validação. Marcela não consegue se enxergar em Giulia, que é extravagante e confiante e nem em Daiana, que fala com ela por mensagens, mas pessoalmente flerta apenas com os olhos.

É um privilégio ter um semelhante na família como Marcela tem. Ela para de falar, espera a reação dele, que é mais surpresa que a dos outros.

Dez dias atrás, Carlos voltou para sua universidade, e é verdade que Marcela acha que deveriam ter feito uma festa ou algo do tipo, de despedida, mas ele recusou e quando aquele homem põe algo na cabeça, ninguém é capaz de tirar. Ela não ficou tão triste quanto da primeira vez, mas hoje em específico Marcela gostaria que ele estivesse com ela pessoalmente.

— Eu tinha certeza de que você se casaria com o Lucas — diz o irmão, sério demais. — Eu sei que você odeia que pensem isso, desculpa.

Marcela engole em seco. Está fria, meu estômago está embrulhado e o coração tão apertado.

— Você não precisava sair do armário para mim, Ma — diz Carlos, Marcela encara as mãos que se apertam. Ergue a cabeça novamente. — Ninguém deveria precisar sair do armário para ninguém. É o que você é e está tudo bem. É isso que precisa ouvir? — Ela assente e suspira. — Foi exatamente o que você fez quando segurou a minha mão no dia que eu estava aí. Sabe disso, não é? — Marcela nega. — Mas foi. Foi isso que você me disse: que estava tudo bem. Vale para mim e vale para você.

— Por que você não contou pro papai o porquê da briga com a Thais? — Marcela pergunta, as mãos tremendo.

— Eu não sei qual seria a reação dele e, sinceramente? Não quero saber. Não me importa porque não vai mudar quem eu sou. Fugi de uma tempestade que poderia surgir. — Eles se encaram sem que ninguém diga nada por alguns instantes. — Quer saber o que acho sobre você falar?

Marcela não responde. O medo a paralisa.

— Só se quiser arriscar a tempestade, Ma, conta — continua Carlos. — Se não quer, faça como eu e espere um momento no qual não vai mais importar a opinião deles.

Não era isso que Marcela queria que Carlos falasse. Ela não saber O QUE queria que ele dissesse, mas não era isso.

Marcela foi dormir mais cedo do que o costume. Cansada, feliz e triste ao mesmo tempo. Acordou há trinta minutos e agora está boquiaberta com o celular na mão.

Já está pronta para a escola e, por ser segunda, aguarda a carona da mãe. As últimas mensagens que viu são de Giulia e a amiga, errando quase todas as palavras por mera ansiedade, contou algo que Marcela não esperava.

Giulia [06:22]: Aconteceu um coisa

Giulia [06:22]: Daina posto uma foto beijando Igr

Giulia [06:22]: IGOR.

E enviou um print da foto removida poucos minutos depois da rede social de Daiana, Marcela não consegue disfarçar o espanto nem quando a mãe entra no quarto e pergunta o que aconteceu. As grossas sobrancelhas loiras de Bianca estão tensionadas porque a filha demora para voltar a se mexer.

Com olhos arregalados, o coração acelerado e, definitivamente, despedaçado, Marcela ergue a cabeça e engole em seco.

— Lucas está precisando de mim — sussurra Marcela, guardando o celular e começando a seguir a mãe.

Sim, Lucas precisa de Marcela e disso ela tem certeza. Outra coisa que Marcela sabe é que ela precisa de alguém também. Não Lucas, não pode ser ele, mas precisa de alguém porque não deu 7h e ela quer mundo chorar enquanto a mãe vai saindo da garagem do prédio. Não é ânsia de vômito e nem dor, mas Marcela tem a impressão de que alguém deu um soco em seu estômago. Aquela sensação bem específica de falta de ar e pressão que mata qualquer borboleta.

— Não quero mais nada com ela — declara Lucas. Ele está com os braços cruzados, encostado no muro ao lado da escola e morde o piercing de argola dourada no canto da boca com brutalidade. Cada palavra deixa sua boca furiosamente. Marcela não disse nada desde que encontrou os três amigos. — Meu irmão? Que vingança ridícula. Eu fui ao aniversário dela, tentei ser um cara legal, e aí ela faz algo assim? No mesmo dia? Por que ela saiu com ele? A mãe dela com certeza conheceu o Igor pra deixar.

— E se não for vingança? — Intromete-se Giulia. Ela está com uma touca preta na cabeça e as duas mãos na cintura. — Talvez Daiana tenha esquecido você.

O olhar que Lucas lança em sua direção a cala imediatamente e Giulia ergue os braços em sinal de paz. O colégio ainda não abriu, mas logo Daiana vai chegar também . Antes disso, Lucas quer esbravejar à vontade. Marcela também quer isso, mas não o faz.

— Sempre eu pra resolver essas coisas — Giulia sussurra. Ela está com seu celular em mãos agora e Marcela assiste quando a amiga remove Daiana do grupo de amigos. — Daiana não é mais bem-vinda. Fim.

Giulia coça a garganta e encara Marcela, essa não sabe o que dizer. Só sente tudo como um tsunami a afogando.

— Daiana não namora ninguém, ela tem direito de ficar com quem quiser — Sérgio diz. Está encostado no muro ao lado de Lucas e ignora o olhar cheio de rancor deste em sua direção. — Tadeu, você ganhou a aposta e acabou. Ela não é parte do nosso grupo, ficar com Igor prova isso, mas é só uma pessoa. Para de agir como se fosse sua.

Marcela e Giulia se encaram boquiabertas e Lucas bufa antes de desencostar do muro e sair andando para longe de Sérgio. Esse último balança a cabeça negativamente e olha as duas garotas.

— Estou mentindo? — pergunta ele, Marcela e Giulia negam. — A Paulinha está te encarando — diz para Marcela, apontando com os olhos para a garota loira com um rabo de cavalo atrás de Marcela. Ela não olha para trás, mas seu rosto começa a corar e Sérgio sorri, dissipando todo o clima pesado que antes contaminava tudo.

Giulia, ao contrário de Marcela, olha rápido e ainda acena, fazendo Marcela querer enfiar a cara no bueiro mais próximo e nunca mais tirar.

Dia 29 é aniversário de Lucas. Sérgio, Lucas e Patrícia estão comendo a mente dela para que Marcela convide Paulinha. Ela quer fazer isso e o que Daiana fez só a deixa muito mais corajosa para deixar seus sentimentos por ela morrerem, mas ainda é muito estranho. Quando estavam dentro do ônibus, ontem, Patrícia aproveitou para distribuir curtidas no perfil de Paulinha pelo perfil de Marcela no Facebook, o que deixou óbvio o interesse. Marcela lembrou disso e quer sumir ainda mais.

Marcela tem certeza de que flertar é quase como esquiar o monte Everest de regata. Sua barriga está se revisando, a pele está fria e respira com densidade. Marcela cria coragem e olha para trás. Paulinha está bonita: o a bochechas rosadas, os dentes pequenos alinhados à mostra em um sorriso e a mão de unhas pintadas de branco balançando de um lado para o outro. Marcela acena de volta e sorri, mas tem certeza de que o desconforto está estampado no seu rosto.

Mas Marcela gosta da Paulinha. Elas são parecidas. Quer dizer, Marcela deixou de usar o seu moletom preto e Paulinha ainda usa o seu, mas elas têm a mesma altura e gostam de silêncio na maior parte do tempo. Já foi dito aqui que Marcela gostaria se sentar no canto da sala de aula e o faria se não fosse por Lucas. Ambas também gostam de festas em casa, Paulinha estava lá quando Daiana e Marcela se beijaram no banheiro, era a loira quem cuidava da garrafa.

Paulinha chamou Marcela no Facebook depois da série de curtidas, mas ela não respondeu. Agora acha que deveria ter respondido, deve parecer uma louca.

Então Sérgio coça a garganta. Giulia e Marcela o olham no mesmo momento e ele indica com a cabeça a esquina da rua. Lá vem o problema. Daiana acaba de surgir na esquina, está atravessando a rua e olha diretamente para eles. Marcela suspira alto.

Isso não vai dar certo.

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