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Capítulo 4


— Na tarde de hoje, o empresário Mariano Lacerda sofreu um sequestro relâmpago enquanto ia para uma reunião, no restaurante Cacife, na avenida Soares Costa. Os bandidos ligaram para sua esposa — A repórter ia contando o caso enquanto a polícia ainda negociava a saída do Mariano.

Morgana não seguiu o conselho da amiga e nem precisou mandar Rafael ir para onde estava a grande confusão. Ela voltou a sua postura de "sou apenas uma garota rica que ficou aflita pelo pai" mesmo antes de descer do carro.

Ela correu na direção da imprensa com Rafael em seu enlaço. Os outros membros da organização ficaram mais afastados, apenas observando a movimentação e se misturando na multidão de curiosos.

Um policial a segurou para impedi-la de avançar para dentro do perímetro demarcado.

— Você não pode ultrapassar! — A voz grave invadiu os ouvidos de Morgana lhe dando um choque em seu interior. Ela inclinou a cabeça na direção da voz e percebeu os olhos negros a observando com firmeza.

Ela deu um passo para trás e tentou puxar da sua mente várias situações tristes para que seus olhos começassem a lacrimejar e obteve sucesso, pois o cara uniformizado a sua frente mudou a postura e as sobrancelhas dele se inclinaram em preocupação.

— Eu preciso saber do meu pai! — Morgana tornou a voz o mais trêmula possível.

Rafael observava toda a dramatização enquanto o policial, percebendo a identidade de Morgana, colocava a mão no ombro da mulher e buscando o olhar dela diz:

— Vai ficar tudo bem! No que depender de mim, seu pai voltará para você e vou colocar esses bandidos atrás das grades.

Naquele momento, Morgana observou cada detalhe da expressão determinada do policial, por breves segundos ela perdeu a noção da dramatização. Rafael arranhou a garganta chamando atenção dos dois que estavam tão concentrados em seu diálogo particular.

Ele comentaria algo quando o rádio do policial chiou e dele saiu uma voz:

— Delegado, eles se manifestaram, vamos realizar a troca.

O oficial assentiu e antes de ir deu uma última olhada para Morgana e saiu apressado em direção aos outros policiais.

— Olha só! Estou vendo que tem fetiche em caras de uniformes. — Rafael tinha um sorriso no rosto enquanto se deparava com o olhar cheio de ódio que Morgana direcionava a ele.

— Você por acaso tem fetiche em apanhar? Porque não é possível alguém abrir a boca só para falar merda.

— Se você não fosse empresária, poderia ser atriz, não acha não?

— Eu tenho talento para tudo meu bem. Já você — ela o encarou de cima a baixo — tem talento para usurpador.

Rafael foi impedido de responder a noiva por um tumulto de repórteres se concentrando num canto, Morgana também percebeu a movimentação, viu seu pai caminhando para fora do cativeiro, em pouco tempo ele estava cercado por repórteres. Morgana quis correr até lá, mas o fluxo de pessoas ficou caótico e ela só podia ouvir a reportagem enquanto os policiais tentavam garantir a segurança de Mariano, entre os sequestradores dois escaparam.

— Senhor Mariano, o que você acha que a prefeitura deveria fazer para melhorar a segurança da cidade? — O teor da pergunta em meio a tantas mais superficiais fez Morgana parar de tentar ultrapassar os repórteres para prestar atenção.

— Apesar dos policiais terem feito um bom trabalho hoje, eu percebo que esse governo é muito fraco. Se eu fosse o prefeito buscaria trazer leis mais duras, quantas pessoas inocentes e crianças teriam que morrer para a justiça manter esses bandidos na cadeia? Eu fui sequestrado e não tive como me defender por eles estarem apontando armas para mim, porque eles tem que ter armas e os cidadãos de bem não? Como nós vamos proteger nossas famílias? — Com essa última fala, ele encarou a câmera como se estivesse falando diretamente com o público.

Rafael revirou os olhos diante de tamanha ironia. Olha só quem quer prender criminosos, justo o "rei" deles.

Mariano começou a tentar sair do aglomerado novamente com ajuda dos policiais e só assim Morgana conseguiu chegar até ele. Mesmo desconfiada de toda aquela situação, como uma boa atriz, ela abraçou o pai.

— Eu fiquei muito preocupada!

Morgana percebeu algumas câmeras apontadas para eles e secou suas falsas lágrimas com delicadeza. Relembrando os velhos tempos de quando era criança e uma colega lhe negou um doce, ela simplesmente chorou e disse para a professora que a garota a tinha ofendido a comparando com hashis que na época a menina ardilosa nomeava de "palitinhos", ninguém conseguiu contestar Morgana e a garota que não tinha feito nada ficou de castigo.

— A filha de Mariano acabou de encontrá-lo e ambos estão sendo escoltados pela polícia até o carro. Não houve feridos durante a negociação e parece que alguns sequestradores não identificados ainda conseguiram escapar pelos fundos. A polícia seguirá com as buscas... — A repórter da TV Orbe finalizava sua matéria enquanto outros também tentavam se atualizar.

Enquanto isso, Morgana entrou no carro preto junto do pai. Rafael pensou em ir até eles, mas deu meia volta para longe da confusão e decidiu seguir eles com seu carro.

— O que fazia ali Morgana? — Mariano encarou a filha com o olhar severo

— Eu planejava te salvar, mas parece que você já tinha tudo sobre controle. — Morgana falou com sua voz neutra.

— Exatamente. Não se meta mais nos meus negócios. Se concentre no casamento que será melhor para você não deixá-lo falhar.

A mulher revirou os olhos e disse:

— Eu não tenho vocação para dona de casa, papai. Não vendi minhas ações na Liberté à toa.

— Você quer um trabalho? Ótimo! Posso te dar um cargo e em troca, você não questionará minhas ordens.

Mariano pediu que o motorista fosse em direção ao hotel. Enquanto estavam a caminho, o mais velho fez uma ligação para alguém chamado "Paulo" pelo teor da conversa, devia ser chefe de RH. O carro foi parado em frente ao enorme prédio espelhado onde um homem de uniforme azul se aproximou para abrir a porta

Morgana suspirou antes de descer, sabendo que seria difícil lidar com os pensamentos arcaicos do pai. Não é como se ela não tivesse os próprios meios de conseguir o que quer.

A morena entrou no lugar notando o alto fluxo de pessoas, nada surpreendente para uma época de alta temporada para vinda de turistas à cidade. A decoração clean sempre agradou especialmente os tons de azul remetendo ao litoral e o verde das plantas que dá mais vida ao local.

Ela foi levada até uma sala com porta de madeira mogno. Sentado atrás de uma mesa, um homem beirando entre 40 e 45 anos estava digitando em seu notebook.

— Olá, você deve ser a filha do chefe. — Ao sorrir sem mostrar os dentes, os olhos âmbar dele se estreitaram.

— Meu nome é Morgana.

— Muito bem Morgana, o chefe me passou as instruções. Nosso advogado está preparando o contrato. Você vai para o setor de gerência administrativa-financeira, seu superior já está ciente.

Morgana balançou a cabeça em negação.

— Está brincando comigo? Eu era CEO de uma empresa multimilionária e agora além de me colocar num cargo abaixo ainda tenho um superior?

— Você quer o emprego ou não? São ordens do chefe, mas se preferir pode ir buscar um cargo maior em outro lugar.

A mulher sabia: para conseguir ingressar em todo aquele esquema, teria que estar dentro. Primeiro o hotel, depois a boate e assim assumiria seu lugar, os outros nem iriam saber o que os atingiu.

Morgana suspirou profundamente e aceitou, sendo direcionada a outra sala. Era grande e assim como a anterior, o ar condicionado estava gelando toda ela. Um grande quadro de uma pintura abstrata se destacava em meio a parede branca. Perto da janela tinha uma mesa de vidro e uma cadeira de couro preta.

Do lado direito, uma porta se abriu revelando um homem de cabelos loiros, olhos negros e quase da mesma altura que Morgana. Ela jamais teria como esquecer, por mais que o tempo passasse, a face malandra de seu primo.

— Pietro?

— Morg! Quanto tempo! Então é você que vai trabalhar comigo? Achei que estivesse indo bem na Califórnia. Não me diga que faliu?

— Como você é engraçado, querido! Nunca viu o ditado? O bom filho à casa torna.

— É claro! Cuidado para não ser expulsa de novo! — ele riu como se tudo não passasse de uma piada e Morgana fechou as mãos em punho tentando não perder a postura.

Pietro sempre foi assim. Eles nasceram com apenas um ano de diferença e na infância estavam juntos com frequência, porém os encontros sempre foram regados a pequenas brigas, eles foram crescendo, as brigas foram sendo substituídas por provocações e alfinetadas sempre que se encontravam, o que nos últimos 18 anos acontecia apenas nas raras visitas de morgana para o natal em família.

Morgana colocou em mente que logo mais não precisaria aturar Pietro diariamente. Só teria de ser forte durante algum tempo para se manter em equilíbrio, nem que tivesse que voltar a tomar Rivotril.

O lado bom é que aquele ainda não era seu primeiro dia e portanto, poderia se preparar melhor para a guerra. Enquanto isso, ela poderia cuidar de outros assuntos.

No mesmo dia, ao anoitecer, Morgana se arrumou novamente para sair.

O táxi deixou Morgana na porta da boate, ela avistou seu carro no estacionamento, mas sabia que as chaves haviam ficado no escritório. Lembrou-se que as colocou em cima da mesa quando foi mexer no notebook no momento em que estava se arrumando para sair ao resgate.

Ela viu o segurança checando as identidades das pessoas que entram como se realmente se importassem com isso. Ela foi se aproximando da entrada chamando atenção das pessoas na fila que a olhavam com estranheza por aparentemente estar cortando. Assim que ela ia ultrapassando a porta, o segurança põe o braço na frente, Morgana lhe lança um olhar que o faz recuar levemente o corpo enquanto a incerteza cruza o seu olhar.

— O que pensa que está fazendo?

— Você tem que mostrar o seu documento.

Morgana pôs a mão direita na cintura e com a outra apontou para o segurança bem maior do que ela.

— Quem foi o idiota que te contratou? Isso não é jeito de lidar com sua chefe.

Mesmo olhando para cima, Morgana não perdia a postura autoritária. As pessoas observavam a confusão, sem querer perder um segundo. Infelizmente para eles, a cena não durou.

— Olá Morg, devo te lembrar que seu pai ainda está vivo?

Rafael surgiu das sombras com as mãos nos bolsos e seu costumeiro sorriso frouxo. Talvez algum inocente caísse no truque da cara de bom moço, Morgana não seria tão tola.

— Perdão, senhorita! — O segurança se deu conta do seu erro e saiu do caminho de Morgana.

Ela avançou boate adentro depois de encarar o segurança e mesmo com a música ainda pode ouvir Rafael gritar:

— Bom ver você, querida! Sentiu saudade?

Morgana sentiu seu sangue ferver, mas decidiu seguir em frente, pois sabia que quanto mais cedo saísse dali, mais cedo poderia enfim desfrutar do seu próprio apartamento que já estava pronto à sua espera. Não teria mais que ficar no hotel por mais que fosse agradável ter toda a comodidade que um hotel cinco estrelas pode oferecer.

— Está carente, Rafael? Não larga do meu pé, sempre que me vê.

— Estou desconfiado que você me ama em segredo já que não tem motivos para vir tantas vezes aqui.

— Você não tem um trabalho a fazer? Por que fica por aí sem fazer nada de útil?

— Ao contrário minha vida, a senhorita que está muito sem o que fazer para vir numa boate com tanta frequência — Rafael sorria como se estivessem tendo uma conversa agradável

— Talvez encontre um namorado novo para me livrar de você

Eles já estavam próximos então Rafael surpreendeu Morgana a segurando em seus braços, seu aperto forte não a permitia escapar de primeira, ela olhou em volta, buscando se tinha alguém prestando atenção nos dois.

— Serei seu único homem agora, querida! — A voz rouca de Rafael lhe provocou arrepios sem que pudesse reprimir. Antes que ela pudesse reagir, Rafael afrouxou o aperto percebendo o efeito que causou — Agora eu tenho que ir fazer uns nadas, te vejo mais tarde!

Rafael piscou para ela, Morgana abriu a boca, mas nenhum comentário saiu a deixando irritada e com vontade de dar outro soco no rosto dele enquanto o via se afastar.

Sentou por alguns segundos em um banco reorganizando os pensamentos até lembrou do seu objetivo inicial e se levantou novamente.

Próximo ao escritório da boate, dois caras enormes vigiavam a passagem, ambos se colocaram na frente dela quando tentou ir em direção ao escritório, não importava quem era ela, importava a ordem que Mariano os deu de não deixar ninguém atrapalhar a reunião.

— Desculpe Senhorita! Ordens do chefe! — Aquele segurança não era tão alto, mas seu porte físico era triplo ou mais que o de Morgana.

Já que a coisa parecia séria ela partiu para o plano b.

Morgana deu dois passos para trás, observando bem o oponente. Ela mirou o segurança aparentemente mais fraco e desferiu um soco em sua têmpora que o deixou desnorteado. O segundo avançou para segurá-la, mesmo com o espaço apertado conseguiu usar o próprio peso do corpo numa cambalhota para trás, jogando o segurança escada abaixo. A essa altura o primeiro segurança ainda estava de pé pronto para avançar, mas caiu desmaiado ao receber um chute na área da mandíbula.

" Devia ter feito isso com aquele infeliz, sorte a dele que tinha plateia" ela pensou.

Morgana se aproximou da sala fechada e encostou seu ouvido na porta, enfim conseguiu escutar:

— O sequestro ocorreu como o esperado, mas Mariano você tem que controlar a sua filha, não a deixe estragar sua campanha.

— É claro que não. Nada pode dar errado até que eu me torne prefeito.

— O que você está fazendo? — A voz em sussurro do Rafael fez Morgana se afastar bruscamente da porta com o susto.

— Você outra vez? Está me perseguindo por acaso? — ela sussurrou.

— Só vim ver se gostaria disso aqui — Ele mostrou a ela a chave do carro, ela tomou o objeto da mão dele, consertando a postura em seguida. — Mas pelo jeito, você deu um jeito nos seguranças. Acho que precisamos treiná-los melhor.

— Me acompanhe, nós precisamos conversar!

Morgana saiu na frente, Rafael balançou a cabeça em negação deixando uma risada sem humor escapar e optou por seguir a noiva. A mulher parou no estacionamento em frente ao próprio carro e se virou para Rafael.

— Se queria privacidade era só dizer — Rafael sorriu, se aproximando de Morgana, mas recebeu um empurrão dela para se afastar.

— Eu acredito que podemos entrar em um acordo benéfico para nós dois.

— Isso quer dizer...

— Nós vamos nos casar e espero que não tente me fazer de idiota ou se arrependerá amargamente.

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