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em dias como esse,
a morte me visita na alvorada da manhã,
com teus olhos de melancolia,
e tuas mãos cheias de destino e sonhos quebrados,
pés que caminham a terra procurando os últimos instantes,
pulmões cheios de últimos suspiros,
com uma arma carregada,
mira na testa do louco poeta sem esperanças,
nos tons de amarelo a vida se valoriza com crenças hipócritas,
em teses sem sentido,
para se esconder do medo da vida e de viver a vida,
assim como uma afiada faca,
reflito em teus beijos ausentes,
nos teus abraços onipresentes,
e adormeço na arte de sorrir sem alegria,
de rir de coisas bobas e sem sentido,
na graça de não haver sentido,
como um sísifo contente,
com dentes de aço e voz lúcida,
com ar cheio de futuros e preocupações,
a morte me visita,
e jogamos xadrez,
com belos capuccinos,
em um final de tarde.

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