a ciência das coisas que não tem respostas
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já estamos no início de outro dia, o sol não se levantou ainda, a noite esconde por trás do véu escuro os desiludidos pelo amor, com seus olhos grandes e ternos, com o coração cheio de algo intangível, incomensurável, de medidas, tamanhos, cortes e curvas maiores do que o mundo. dentro do universo destes minutos onde a noite não vem me buscar, te conservo nas nuvens e nebulosas dos meus sentidos, meus pensamentos mais íntimos nas caras tortas que faço no dia a dia quando te vejo cruzar pelos meus olhos, no teu silêncio encontro algo distante, geograficamente distantes, um sorriso simpático na face triste dos armários, dos refeitórios onde se serve a comida que não muda de gosto e a história que se repete na volta eterna dos dias sem afeto. no desespero, às 6 horas de uma tarde de dezembro, a coisas parecem incertas, já não sei o que planejo ou desejo sentir, existe confusão dentro dos meus tímpanos, perfume e paladar que alteram tudo que há em mim e tudo que penso sobre mim.
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