Eu sou acrobata. E nos meus dias de glória, ganhei muita fama rodando o país fazendo performances com a minha irmã, Cinthia.

Começamos trabalhando para um circo, mas logo nossa fama alcançou patamares inimagináveis e decidimos cuidar do nosso próprio show. Éramos irmãs empreendedoras.

Certa noite, fomos abordadas por um homem charmoso, cabelos escuros e olhos astutos. Acho que me apaixonei naquele mesmo dia. Sempre fui a mais inocente das duas, mesmo sendo mais velha.

Não demorou muito para eu e Rogério nos casarmos. Ele assumiu o papel de ser nosso assessor e cuidar da parte burocrática do show. Cinthia e eu podíamos nos concentrar mais na coreografia, e ele cuidava do dinheiro. Era um bom negócio; nós três nos dávamos muito bem.

Um dia, fomos convidadas para fazer uma apresentação em um cruzeiro. Seria um show especial e íamos ficar no navio pelo resto da viagem, aproveitando tudo que podiam oferecer.

Na noite depois do show, estávamos os três na mesma suíte, fazendo uma festinha de celebração. Era o quarto mais chique já vi na vida, com vários ambientes e um banheiro incrível. Estávamos felizes, bebendo, comemorando nossa vitória. Foi um passo enorme para nossas carreiras, acreditávamos que aquele era o auge que qualquer artista gostaria de atingir.

Bebemos demais, disso eu me lembro. E eu precisei ir ao banheiro para vomitar. Sabe, limpar o estômago para aguentar mais horas de farra.

Quando voltei, Cinthia e Rogério estavam... Fazendo um número do nosso show. Entrelaçados. Completamente nus.

O choque e o álcool me fizeram perder a consciência.

Foi só quando acordei é que percebi o sangue espalhado pelas minhas mãos.