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Capítulo 7

"Quantas noites leva para contar as estrelas?
Esse é o tempo que levaria para concertar o meu coração." — Infinity, One Direction.

Dois de julho

A festa estaria ótima se não fosse pela Rebecka, gralhando em meu ouvido desde o momento em que a Angelina se aproximou para falar com o Ryder. Se o objetivo dele era deixá-la irritada, meus parabéns! Conseguiu! Porém até eu tinha estranhado, pois a iniciativa da conversa partiu dela e não dele.

— Charlie, eles terminaram a merda da garrafa de vodka! — A morena diz, indignada, me fazendo revirar os olhos. — Ele está caindo! Com certeza, vai fazer alguma besteira!

— Qual besteira, Becky? Ele beijar a Nina é o pior que pode acontecer!

— E é terrível! É a nossa inimiga, Charlie! Ele beijar ela, seria uma traição!

— Traição para os Wolfs ou para você? — Minha pergunta a deixa completamente sem graça, o que faz nascer em mim uma pequena esperança do casal dar certo. — Foi o que eu pensei. — Concluo, após não obter nenhuma resposta.

— Ele podia beijar qualquer garota daqui, menos ela!

— Se eu fosse você, parava de ficar observando o Ryder se divertindo e ia me divertir também. É verão, Rebecka! — Digo e me levanto, caminhando até o Matthew e dando o último gole no meu energético.

Eu não iria beber nada alcoólico naquela noite, pois sabia que ela seria longa e o efeito do álcool não passaria até as oito da manhã, que é o horário em que tenho que tomar os meus remédios.

— Você viu o Ryder, irmão?! Quase beijando a loirinha! — Matt fala, rindo, mostrando que a Rebecka era a única que estava vendo problema nisso.

— Está sendo lerdo, na minha opinião. Estão conversando faz mais de uma hora e até agora nada!

— Mas ele conversar com uma garota que não seja a Becky, já é uma evolução!

— Tem razão! — Forço um sorriso, percebendo que aquela situação estava fazendo um nó se formar em minha garganta, mas não conseguia entender o porquê.

— Queridos alunos do RiverHigh, atenção aqui! — O homem que estava cantando chama a nossa atenção pelo microfone e em questão de segundos, todos estavam em silêncio, olhando para ele. — O jantar está servido para os que quiserem e o wi-fi do restaurante estará disponível para vocês durante uma hora, apenas. Aproveitem para darem notícias aos seus pais. Obrigado e de nada! Em vinte minutos continuamos com o show!

O anúncio causou um certo alvoroço. Mais da metade dos jovens correram para jantar e o restante pegou rapidamente o celular nas mãos, para usufruir da internet. Já eu, estava sem o celular e sem fome também. Meu estômago estava cheio de tanto salgadinho que comemos à tarde. A única coisa que sobrou para eu fazer foi olhar em volta e, nessa olhada, vi o Ryder se aproximando dos garotos, todo sorridente, então, instantaneamente, procuro a Angelina com o olhar e a vejo caminhando com o celular nas mãos.

Ela estava feliz, porém algo que ela viu na tela do celular fez seus olhos se arregalarem e sua expressão mudar instantaneamente. A loira joga seu celular contra a areia, com força, deixando nítido sua raiva e em seguida, corre até o Ryder, surpreendendo-o — me surpreendo também — com um beijo.

Eu desviei o olhar no mesmo instante e caminhei até onde ela estava, tirando o celular da areia e tentando limpá-lo. Depois de limpo, notei que ele estava desbloqueado e que havia um vídeo pausado na tela.

Eu sabia que não deveria assisti-lo sem sua autorização, mas naquele momento, a curiosidade falou mais alto do que a razão. Sem nem pensar, apertei o PLAY e a única coisa que vi foi o Christian e a Cherry, praticamente transando em cima de um sofá. A questão é... por que isso a incomodou tanto?

Guardo o celular no bolso e volto para onde eles estavam, notando lágrimas nos olhos de Rebecka.

— Por que está chorando?

— Eu... não estou chorando! — Ela diz, enxugando os olhos.

— Não? Então por que estou vendo lágrimas escorrendo dos seus olhos?

— Porque eu estou bêbada, ok? Só por isso!

— Tudo bem. Eu acredito! — Digo, na intenção de não deixar a morena mais estressada. — Vem, vamos dançar!

— Dançar o quê, Charlie? A música ainda não voltou!

— E quem precisa de música para dançar, Rebecka? Venha logo! — Sorrio e finalmente consigo arrancar um sorriso do rosto dela. Nós começamos a dançar uma música que nós mesmos cantávamos, até o momento em que os músicos voltaram a cantar. Ficamos dançando por horas e esquecemos do Ryder e da Angelina. Porém, quando olhamos em direção ao mar, vimos os dois quase entrando na água, de roupa e tudo

— Caramba! — Corremos até eles e eu segurei a Angelina, enquanto a Rebecka tentava impedir o loiro de ir para o fundo. — Está maluca, Angel?

— O mar está nos chamando, Charlie! Não consegue ouvir? — Ela diz, rindo... Completamente bêbada.

— Então não o escute! É perigoso, ok?

— Perigoso foi eu ter ficado o dia inteiro sozinha e perdida aqui. — Sua fala sai de forma embolada e extremamente sarcástica, me fazendo revirar os olhos.

— Vem, vamos no restaurante comer alguma coisa? Quem sabe assim você melhora...

— Não. Eu não vou com você! Somos inimigos, não somos? Não preciso de caridade!

Ela gosta de jogar as coisas na cara, hein?

— Você é muito rancorosa, Angelina! — Digo, soltando uma lufada frustrada no ar enquanto ela caminha para longe, mas volta a me olhar após a frase.

— É... eu guardo rancor quando as coisas me magoam. — Disse, em um suspiro e voltou a caminhar cambaleando, me deixando completamente sem reação.

Eu não sabia que aquilo tinha magoado ela de verdade. Falei aquilo porque eu estava magoado.

A vida é assim... nos magoamos.

— Charlie, me ajuda a levar o Ryder pra barraca, por favor! — Becky grita, a alguns passos de distância de mim.

— Eu não posso, preciso ajudar a Angelina!

— Ajudar ela? Por quê?

— Porque ela está caindo de bêbada, Rebecka! Qualquer um pode tentar se aproveitar dela nessa situação.

— Tem razão, desculpa! Bom... tenta não demorar muito!

— Não vou! — Forço um sorriso e, assim que eles se viram para sair, volto meu olhar para a Angel, notando que ela estava deitada na areia e encarando o céu. Solto um suspiro e, antes de caminhar até ela, vou até o restaurante e preparo um prato de macarrão com carne. Saio de lá discretamente, andando em sua direção. — Trouxe comida.

— Eu não deveria aceitar, mas vou, só porque estou morrendo de fome e com preguiça de ir até lá, ok? — Concordo, sorrindo levemente e aliviado por ela ter aceitado.

Quando a loira se senta para comer, não consigo conter o riso ao ver seu cabelo.

— Sua ideia de deitar foi péssima, Angelina! Seu cabelo está cheio de areia! — Ela ri e nega com a cabeça.

— Acha que eu deitaria de propósito? Eu caí e não tive forças pra levantar!

— Agora faz sentido! — Sorrio e passo a observá-la, enquanto ela saboreava a comida. Não demorou muito para que o prato estivesse limpo.

— Oh céus, eu estava faminta!

— Eu percebi! — Solto uma leve risada e então encaro os seus olhos. — Você... tinha deixado cair seu celular! — A entrego, meio receoso.

— Eu não derrubei. Eu joguei no chão e era para ele ter quebrado! — Ela bufa e joga-o novamente na areia e, logo depois, um silêncio constrangedor se instala entre nós, mas Angel não o deixa durar mais do que dez segundos. — Se eu não fosse uma Lion, o que você diria quando alguém te perguntasse sobre mim?

— Caramba... Não estava esperando essa pergunta! — Eu sabia que no fundo ela não queria saber a minha opinião, apenas estava precisando ouvir elogios. — Ok... Eu diria: "A Angelina Miller? Ah, ela é uma garota legal! Pode ser meio estressadinha e bem rancorosa às vezes, mas é divertida, tem um vício em mostrar o dedo do meio e, sempre que fica envergonhada ou sem graça, morde o lábio inferior de maneira muito sexy!" — falo isso ao vê-la mordendo os lábios, o que a faz sorrir. — "E ah, ela tem um sorriso lindo!"

— Um sorriso lindo e bochechas gigantes! — Ela me corrige, dando risada, me fazendo rir também. Suas bochechas estavam coradas naquele momento. — E hoje? O que você falaria se alguém perguntasse?

"Não conheço e não tenho vontade de conhecer. Uma chata!" — Brinco e dou graças a Deus ao perceber que ela entrou na brincadeira.

— O pouco que você me conhece, nenhum dos seus amigos sabe, não é? Você nunca fala comigo quando eles estão por perto.

— Ah, mas se os seus amiguinhos estivessem aqui, você também não falaria comigo! — A loira revira os olhos, mas concorda com a cabeça.

— Ok, você está certo! Mas vem cá... quero deixar claro uma coisa! — A encaro, curioso, com um certo medo do que iria ouvir, pois sua expressão ficou extremamente séria. — Em uma briga de leões e lobos, os leões ganhariam, com certeza!

— Não acredito que era isso o que você queria falar! Você ficou tão séria que eu pensei que fosse algo importante! — Rio baixo. — E não, um leão não ganharia.

— Como não? Ele é bem maior e mais forte!

— Pode até ser, mas, diferente do leão, um lobo nunca anda sozinho. São os animais mais leais às suas famílias. Eles andam sempre juntos... formando uma matilha! Se um fosse atacado, todos atacariam. O leão não teria chance.

— Vocês são assim? Uma matilha?

— Sim. Mexeu com um, mexeu com todos! — Sorrio e estranho o sorriso em seu rosto. Ela realmente não parecia a Angelina que eu via todos os dias na escola.

— Queria ter alguém que me defendesse com garras e dentes assim... Sinto falta disso. — Ela suspira, voltando a se deitar na areia e encarando o céu. Fico alguns instantes parado, olhando para ela, mas decido me deitar ao seu lado e encarar as estrelas também. O céu estava muito estrelado naquela noite.

— Sente falta? Quer dizer que já teve alguém assim?

— Já... ou, pelo menos, pensei que tivesse.

— Pelo jeito, essa pessoa te magoou... — Digo e engulo seco, com medo de estar me intrometendo demais.

Bingo!

O quanto essa pessoa te magoou? — Questiono e ela solta uma leve risada, se sentando e passando as mãos em seus cabelos para tirar a areia.

— Estou bêbada e falando mais do que deveria! Está se aproveitando de mim, não está, idiota? — Ela diz, em tom de brincadeira e eu nego, me sentando ao seu lado e encarando seus olhos.

— Claro que não... Só fiquei curioso! — Ela morde os lábios e abre um leve sorriso, desviando o seu olhar para cima.

— Está vendo a quantidade de estrelas que têm no céu, Charlie? — Concordo com a cabeça. — O tempo que você levaria para contá-las é o tempo que levaria para concertar o meu coração.

Aquilo foi profundo! Mais profundo do que eu pensei que seria!

Profundo e triste... Só me deixou ainda mais curioso para conhecê-la melhor.

Mas, obviamente, ela só falou isso pra mim porque estava bastante alcoolizada. Provavelmente, amanhã não se lembrará de nada e eu terei que fingir que isso não aconteceu.

— É melhor a gente ir para o acampamento. — Ela sugere, se levantando com dificuldade e eu me prontifico a ajudá-la. — Obrigada. — Quando se vira para sair, seguro levemente seu pulso, fazendo-a olhar para mim.

— Só queria dizer que... nenhuma dor é eterna e que todo vazio pode ser preenchido. Não por qualquer um e nem facilmente, mas pode.

— Eu espero... — A garota abre um leve sorriso e uma lágrima solitária escorre pelo seu rosto e eu me seguro para não secar. — Vamos? — Concordo com a cabeça e então caminhamos lado a lado até as barracas, em completo silêncio... um silêncio nada constrangedor. — Boa noite, Charlie! Obrigada por ter me ajudado! — Angel diz, bocejando e eu a seguro, no momento em que ela tropeça em um galho no chão, a impedindo de cair. — Obrigada por isso também! — Ela ri.

— De nada, Angel!

— Quantas vezes vou ter que te pedir para não me chamar assim?

— Um milhão! Daí talvez eu não te chame assim! — Sorrio e ela morde os lábios, mostrando o dedo do meio para mim logo em seguida, fazendo-me rir levemente.

Quando paramos em frente à minha barraca, abaixo o zíper, para me certificar de que Ryder e Rebecka estavam ali, vendo que, de fato, estavam. E estavam ocupando toda a barraca.

— Só uma pergunta, Scott... aonde você vai dormir aí?

— Pelo jeito, eu não vou... Eu falei que três barracas não seriam o suficiente! — Bufo, percebendo o riso em seu rosto.

— Você pode dormir comigo, se quiser... — A garota sugere, me fazendo engolir em seco — não comigo, mas na minha barraca. Ela é bem grande... espaço não falta!

— Eu... é... obrigado, Angel, mas não precisa. Eu dou um jeito de entrar aqui. Não quero te incomodar.

— Não vai me incomodar. Você dorme com a cabeça para um lado e eu para o outro. Pelo menos, você não vai ter que ficar espremido.

A ideia era boa, mas nenhum Wolf poderia desconfiar, muito menos a Rebecka, mas sua proposta me intrigou tanto que eu resolvi aceitar, mesmo estando receoso.

— Tudo bem! Pode ser! — Sorrio de leve e a loira também. Então andamos até a sua barraca cor de rosa. Assim que entramos, ela me entregou um travesseiro e sentou-se em minha frente. — É maior ainda estando aqui dentro!

— Muito grande pra dormir sozinha, não é? — Ela morde os lábios e eu concordo, sem conseguir tirar meus olhos de sua boca. — Você pode ficar de costas, pra eu tirar esse macacão e colocar uma camisa para dormir?

— Claro. — Fico de costas para ela, mas a fogueira ao lado de fora faz com que eu consiga ver a sombra do seu corpo. Eu tentei desviar o olhar, mas foi inevitável. Quando ela tirou o sutiã, deu para enxergar perfeitamente a silhueta dos seus seios. Naquele instante, eu tive a vontade de me virar e beijá-la, mas sabia que era apenas o calor do momento, então pensei nas consequências que isso traria para mim. Começo a conversar, retoricamente, em meus pensamentos, mesmo sabendo que depois disso eu só teria mais dúvidas. Mas a pergunta que não saía da minha cabeça era: se algo acontecesse entre mim e a Angelina, seria errado? Meu pai é casado com a mãe dela, então, tecnicamente, isso nos torna meio irmãos, não torna? Porém nós não fomos criados juntos... A verdade é que quase não nos vimos durante a infância e nem no início da adolescência. Então, se não somos irmãos de sangue e nem de criação, não somos irmãos, correto? Ah, eu não sei!

— Pronto. — Sua voz me tirou desses pensamentos errados e, então, eu voltei a olhá-la, vendo-a colocar na boca três remédios e um pouco da água que tinha em sua garrafinha rosa.

— Por que toma esses remédios?

— Uns probleminhas meus... nada demais. Sei que não vão fazer efeito agora, por conta do álcool, mas é só para não perder o costume.

— Isso não pode te fazer mal? Ficar sem o efeito do remédio?

— Dificilmente faz, então prefiro arriscar. Até porque não quero passar minha vida inteira sem poder beber e me divertir!

Eu queria saber por qual motivo ela tomava aqueles remédios, mas após perceber que ela não queria falar, preferi não perguntar. Também não gostaria que alguém perguntasse sobre os meus.

— Bom, eu vou dormir. Boa noite, Charlie!

— Boa noite, Angel!

Me deito e, antes de pegar no sono, fico repassando a noite em minha mente, tentando entender o que estava acontecendo. Era a segunda noite da viagem e eu já estava gostando de fazer algo que eu JAMAIS faria.

Estava gostando de conversar com Angelina Miller.

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