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Capítulo 5

"Oh, eu, eu, acho que sou difícil de ignorar.
Pegue aquele queixo do chão" — Sue me, Sabrina Carpenter.

Primeiro de julho.

Finalmente, chegou o tão esperado dia e eu não podia estar mais ansioso. Quando o despertador tocou, eu pulei da cama com um sorriso no rosto, diferente de todas as outras manhãs. Já havia deixado todas as minhas coisas arrumadas antes de dormir, então só precisei tomar um banho e fazer minhas higienes matinais.

Depois de pronto, coloquei a mochila nas costas e desci até a sala, vendo minha mãe sentada no sofá, com um leve sorriso em seu rosto.

— Você vai voltar, né? — Ela questiona e eu me sento ao seu lado, segurando as suas mãos.

— Claro que vou! Prometo que volto rapinho! A tia Anny chega hoje à noite para ficar com você, ok? — Ela afirma com a cabeça, mas é possível ver as lágrimas em seus olhos. — Você vai ficar bem?

— Claro! Minha mãe também cuida de mim.

Minha mãe jurava que via a minha vó e conversava com ela todos os dias. Da mesma maneira que eu achava isso estranho e preocupante, eu achava bom. Pelo menos, dessa forma ela não se sentia tão sozinha. Os médicos disseram que isso é normal para uma pessoa no estado em que ela está e, principalmente, após sofrer uma perda muito grande. Cinco anos já se passaram, mas o buraco que a vó deixou é impreenchível e eterno.

— Que bom... — suspiro e lhe dou um beijo na bochecha — eu vou indo, ok? Senão vou me atrasar!

— Se cuide, pequeno! A mamãe te ama!

— Pode deixar! A senhora também! Amo você! Tchau Bárbara! Qualquer problema, ligue para o meu pai. Não estou levando o celular. O número está na geladeira. — Falo para a cuidadora dela e saio em passos rápidos, com medo de me atrasar.

Depois de buscar o Ryder e o Matthew, piso fundo, a caminho do porto. Quando chegamos lá, Rebecka, James, Lucas e Peter correram em nossa direção, eufóricos, nos contagiando com a euforia.

— Preparados para o melhor verão das nossas vidas?? — Becky grita, pulando em meu colo para um abraço.

— Estou mais do que preparado! — Respondo, a abraçando e abrindo um largo sorriso.

— Eu nasci pronto, princesa! — Matthew diz, a abraçando por trás e Ryder desvia o olhar.

— Todo mundo já entrou no barco! Vamos logo, seus lerdos! — James nos repreende, em tom de brincadeira e, depois de pegarmos todas as nossas bolsas e nossas pranchas de surfe no carro, entramos no barco, que estava cheio de jovens da escola. A maioria eram nerds e a galera excluída, mas também tinha um pessoal mais "normal", que eu já havia visto algumas vezes nos corredores.

Nós estávamos todos distraídos, conversando, quando Ryder se levanta, boquiaberto, olhando para fora do barco.

— O que ela está fazendo aqui?

— Quem? — Quando olho para trás, perco o ar dos meus pulmões durante alguns segundos, por vê-la ali.

— O que a vaca da Angelina está fazendo na NOSSA viagem? — Rebecka questiona, indignada.

— Não faço a mínima ideia... — Respondo, pasmo, ainda observando-a entrar no barco com sua enorme mala rosa nas mãos. Ela usava óculos escuros, o mesmo short jeans daquele dia e um top verde, razoavelmente, decotado.

— Eu odeio ter que odiar ela! — Ryder comenta e, em questão de milésimos, leva um soco da Rebecka em seu ombro. — Que foi? Ela é gata!

Solto uma risada e então a loira passa por nós, notando os nossos olhares em cima dela.

— O que estão olhando? Perderam alguma coisa na minha cara?

— Não, mas parece que você perdeu o bom senso, querida! O que veio fazer aqui?

— A mesma coisa que você, fofa! Curtir o verão! O que mais eu teria vindo fazer? Estragar a sua viagem? — Angel questiona, cínica, nos fazendo rir discretamente, para a Becky não perceber.

— É bem a sua carinha!

— Eu tenho mais o que fazer, querida!

— Então fique longe da gente, entendeu? Nós ignoramos a sua existência, você ignora a nossa e assim não haverá desavença alguma. — Becky impõe e a loira ri, deixando-a ainda mais irritada.

— Pode tentar a sorte, querida! Eu sou difícil de ignorar. — A garota desvia olhar e encara o Ryder, que estava na mesma posição, a encarando. — Querido, pegue seu queixo do chão... Deixou cair! — Ela sorri e dá uma piscadinha, saindo dali de cabeça erguida, me fazendo gargalhar. Rebecka estava furiosa e Ryder, completamente, sem graça.

— Ai ai, essa viagem vai ser longa! — Comento e o Matthew concorda, rindo.

— Eu ainda vou matar essa garota, sério! — A morena diz e senta-se no banco, emburrada. Alguns minutos depois, o barco sai do porto.

( . . .)

Durante a viagem, reparei que, na verdade, Angelina não parecia estar nem um pouco animada por estar ali, o que me fez pensar que talvez esse tenha sido o castigo dela por ter pichado a minha casa... Tenho certeza de que ir até uma ilha e dormir numa barraca seria a última coisa que um Lion iria querer.

Em alguns momentos do trajeto, eu fiquei pensando no quanto seria melhor se ela não fosse uma Lion. Não sei se a odiaríamos tanto assim.

Assim que desembarcamos na ilha, os inspetores da escola nos guiaram no meio da floresta, até chegarmos em uma parte onde não haviam muitas árvores. Dei graças a Deus, pois não era muito longe do mar, ou seja, não seria difícil ir surfar todas as manhãs.

A ilha era, consideravelmente, pequena e somente trinta famílias viviam lá. Essas famílias eram de pescadores, pessoas que viviam da pesca. Small Island é a maior fornecedora de peixes de Rivercity e das cidades vizinhas, o que era muito legal.

Mas... nós não viemos para pescar!

— Ok, nós estamos em sete e temos três barracas. Quem dorme com quem? — Matthew pergunta, para começarmos a nos organizar.

— A minha barraca é para três pessoas. Quem quer vir comigo? — Becky mal termina de perguntar e Ryder já levanta a mão, me fazendo rir.

— Eu e o Charlie queremos! — Ele coloca a mão nas minhas costas e o meu sorriso some na hora.

— Queremos? — Ele olha em meus olhos, praticamente implorando para eu aceitar. — É, nós queremos! — Forço um sorriso, mas só de ver o enorme sorriso que se formou em seu rosto, acabo sorrindo de verdade. O que amigos não fazem?

— Beleza! Venham me ajudar a montar!

Em questão de minutos, estavam as três montadas. Nós pegamos prática devido à quantidade de vezes em que fizemos isso. A divisão ficou assim: nós três em uma barraca, Matthew e James em outra e, na última, Lucas e Peter. Todas estavam praticamente coladas, o que facilitava para que pudéssemos nos trocar atrás dela.

— Prontinho! Montamos mais rápido que todo mundo! — A morena comemora e então eu olho em volta, pousando o meu olhar na Angel.

Ela estava a alguns metros de nós, tentando montar a barraca — com a maior dificuldade do mundo! Com uma de suas mãos, segurava o manual de instruções e com a outra, tentava equilibrar tudo. Não demorou nem cinco segundos para que tudo desabasse.

Vejo que todos os Wolfs estão distraídos, arrumando as bolsas e caminho até a loira, que revira os olhos quando me vê.

— Não sabe abrir uma lata de tinta, não sabe pintar, não sabe montar uma barraca... tem algo que você saiba fazer? — A provoco e ela bufa, mostrando o dedo do meio para mim.

— Eu tenho cara de quem deveria saber montar uma barraca, Charlie?

— Deixa que eu monto pra você! — Tomo a caixa de suas mãos, para ver o formato da barraca e arregalo os olhos ao ler o que está escrito. — Tamanho família? Pretende dividir com quem essa mansão?

— Com a minha mala. Ela é bem grande! — Solto uma risada, mas paro ao ver sua expressão séria. — Estou falando sério! Acha mesmo que eu dividiria a barraca com alguma pessoa daqui?

— Talvez... muitas coisas podem mudar em um verão, Angel!

— Já disse para você não me chamar assim!

— Desculpa, Angel! — Ela bufa e dá um forte tapa em meu braço e eu rio, percebendo que ela ri também, mas de forma contida.

— Anda logo, idiota!

— Eu estou te ajudando e ainda sou um idiota? — Finjo ter ficado ofendido, formando um bico com os lábios, conseguindo arrancar um sorriso dela.

— Você sempre vai ser um idiota, Charlie! E, vindo de mim, considere isso um elogio!

— Obrigado, então! — Sorrimos ao mesmo tempo e ela mostra o dedo do meio, novamente. Então começo a montar.

Me bato um pouco, devido ao tamanho, mas logo, a única barraca rosa do acampamento inteiro estava montada.

— Prontinho, princesa! O seu castelo!

— Não me chame de princesa!

— Foi mal, Angel!

— NÃO ME CHAME DE ANGEL! — Ela finge estar brava, mas não consegue conter a risada. — Idiota!

— Obrigado. Não vai me agradecer? Eu podia muito bem ter ficado olhando você se bater para montar. Estava até divertido te assistir.

— Bom saber que você me assiste, Charlie Scott! — Ela diz, antes de entrar na barraca, me deixando completamente sem jeito. Acho que ela tem esse dom.

E ela não agradeceu!

(. . .)

Eu e os Wolfs passamos o restante da tarde caminhando na areia e dando boas risadas, como sempre fazíamos. Quando voltamos para o acampamento, a enorme fogueira, bem no centro do local, já estava em chamas e algumas pessoas estavam em volta dela. Quando olhei para a barraca da Angel, notei que estava vazia e então comecei a procurá-la com o olhar.

— Quem você está procurando? — Do nada, Ryder chega ao meu lado, me dando um susto.

— Ninguém... E você está me devendo uma por eu ter aceitado ficar na mesma barraca que vocês, hein?

— Relaxa, irmão! Você não vai ficar de vela, porque ela nem liga pra mim!

— E você não vai fazer nada a respeito, Ryder? — Rio.

— O que eu posso fazer?

— Não sei... Se declarar para ela, talvez.

— Tá maluco? Ela vai me achar um idiota!

— Tem razão... sei lá! Tenta fazer ela te olhar com outros olhos!

— E como eu faço isso?

— Mostra que essa boquinha serve para mais do que só fumar maconha.

— Tá falando pra eu beijar ela?

— Não ela, mas alguém. Ela nunca te viu com garota nenhuma e, caso veja, talvez sinta ciúmes. Se ela sentir ciúmes, fechou, irmão! — O loiro sorri e me abraça, animado.

— Tem razão! Você é um gênio, Charlie! Amanhã no Luau ela vai ver só!

— Essa eu quero ver! Agora vamos logo comer... Estou morrendo de fome!

O bom de viajar com a escola é que as refeições estavam inclusas. Naquela noite, eles deram cinco espetinhos de carne e frango para cada estudante. Para os vegetarianos, eram espetinhos de queijo e pão de alho.

— Depois tem marshmallow! — Uma das inspetoras anuncia, fazendo todos comemorarem.

Depois de pegarmos os nossos espetinhos, nós sete nos sentamos no chão, em volta da fogueira, e começamos a comer. Havia um garoto tocando violão e uma garota cantando maravilhosamente bem. Eles pareciam estar vivendo um intenso amor de verão e deixavam isso transparecer na canção.

Poxa... ouvindo os dois assim, até eu tenho vontade de ter uma namoradinha! — Matthew diz, surpreendendo a todos, mas, depois, notamos que era apenas uma brincadeira.

Quando olho para o lado contrário da cantoria, vejo a Angelina chegando. Ela estava usando um chinelo nos pés e um vestido listrado, bem solto e curto — diferente da forma que eu sempre a via na escola. Pensava que todas as roupas do seu guarda-roupa fossem justas. — Depois que ela pegou dois espetinhos, caminhou com um leve sorriso até o casal que estava cantando e se apoiou na árvore logo atrás deles, os observando cantar. Quando a música acabou, ela aplaudiu, os dois se viraram e começaram a conversar com ela.

A mesma facilidade que Angelina tem em fazer inimizades, ela tem para fazer amizades.

— Olha o tipo daquela garota! — Becky começa. — Se ela tivesse com seus amiguinhos, jamais falaria com aquele pessoal! Ela é muito falsa!

— Pode ser falsa, mas estava certa hoje mais cedo, pelo jeito! Nem você consegue ignorá-la. — Falo, brincando, mas a morena me fita seriamente com o olhar. — Estou brincando, Becky!

— Vai se ferrar, Scott!

Rebecka sempre teve um temperamento forte e vive se metendo em brigas por conta disso. Porém, a verdade é que por trás dessa garota durona, existe uma Rebecka muito legal e engraçada, que eu já tive o prazer de conhecer. Acho que ela se porta assim para se defender de seus medos, que eu não faço ideia de quais sejam, mas é a única explicação que vem em minha cabeça. Por mais que esse jeito explosivo dela às vezes me irrite, eu a amo. É a minha melhor amiga e esteve ao meu lado nos meus piores momentos.

A noite foi assim: todo mundo se divertindo em volta da fogueira. Quando a madrugada chegou e a maioria das pessoas já haviam ido para as suas barracas, Matthew nos chama para ir até a praia, para fumar um baseado, e o "sim" é unanime, exceto por mim, que não fumo. Geralmente, eu vou com eles e fico apenas olhando, mas eu realmente não estava afim naquele momento.

— Podem ir... Eu estou cansado e não vejo a hora de deitar e dormir!

— Tá bom, seu chato! Só vê se não ocupa a barraca inteira! — Becky diz e beija minha bochecha antes de sair.

Quando eu estava caminhando até a minha barraca, vi Angelina indo em direção à dela, enquanto fazia um coque em seu cabelo. Ela estava suando de calor.

— Na sua mansão tem ar-condicionado? — Pergunto, chegando por trás dela. Ela pula, assustada, colocando a mão no peito.

— Não, mas pelo jeito eu vou morrer de susto e não de calor!

— Foi mal! — Sorrio. — Viu? Aqui nem é tão ruim! Tem até um romance musical em 3D. — Ela ri.

— Acredita que os dois nem se falavam na escola? Ela o viu entrando no barco com o violão e resolveu ir falar com ele. Achei fofo! Os dois compartilham a mesma paixão!

— Eu jurava que eles já namoravam há séculos! — Rio e, então, ela pergunta algo que eu não esperava.

— E a sua namorada? Por que não veio?

— Ah, ela não gosta muito desse tipo de coisa e os pais dela são BEM chatos!

— Acredite... é mais fácil ter pais legais quando você é um garoto! Pais de meninas tendem a ser muito mais protetores!

— Mas seus pais não são, não é?

— O Owen é o mais tranquilo dos três! Minha mãe é, porém ela é muito minha amiga, então sabe que se tentar me prender em casa, vai ser muito pior. Já o meu pai, se pudesse me guardar em um potinho, guardaria. — Ela diz, com um leve sorriso no rosto e senta-se em frente à sua barraca e, sem nem pensar, me sento ao lado dela. — Você sabe que o Owen se preocupa muito com você, não é? — A encaro. — Todas as vezes em que ele volta do verão com você, fica falando disso por meses. Principalmente, quando ele te ensinou a surfar! Ele disse que você está realizando o sonho que ele não teve coragem de realizar, depois do acidente que sofreu.

— Ele já me contou essa história, mas nunca disse que pensava assim. — Sorrio. — Admito que, quando eu era criança, era difícil vê-lo somente no verão. Eu morria de saudades, mas as férias compensavam tudo.

— Acredite, era difícil pra ele também. Ele sempre cogitava a hipótese de você vir morar com a gente, mas sabia que você não aceitaria por conta da sua mãe e da sua avó.

— Eu não podia largar tudo e ir para Nova Iorque. Seria egoísmo da minha parte!

— Ele sabia disso, então entendeu bem!

— Então quer dizer que meu nome já era famoso para você! — Digo, sarcástico e ela ri.

— Famoso até demais! Eu ficava indignada porque a gente sempre se desencontrava!

— Pois é! Sempre que eu estava com sua mãe e meu pai, você tinha ido viajar com o Sean!

— É que eu também só via o meu pai no verão, então... — nós sorrimos simultaneamente e um silêncio constrangedor se instala, por alguns segundos, até que ela o rompe.

— Aonde seus amigos foram?

— Na praia, fumar maconha.

— E por que você não foi?

— Porque eu não fumo... — ela abaixa a cabeça, o que me faz franzir a testa. — O que foi?

— É só por isso que está falando comigo, não é? Porque eles não estão vendo. — Engulo seco e fico sem palavras. Eu não podia dizer a verdade. Pelo jeito, a magoaria, mas eu também não consegui pensar em uma boa desculpa. — Foi o que eu imaginei. — Ela se levanta.

— Ei, Angel! Aonde você vai? — Questiono, ficando em pé e ela respira fundo, revirando os olhos logo em seguida.

— Dormir. Até amanhã, Scott! — Essas foram suas últimas palavras antes de entrar na barraca, o que me fez bufar.

Essa foi a primeira conversa descente que tivemos e admito que foi até divertido... Porém ela estava certa. Os Wolfs não podiam nem sonhar com isso.

Passei apenas alguns minutos sozinho na barraca, até que eles chegaram.

— Não dormiu? — Becky questiona e eu nego com a cabeça. — Ótimo! Assim podemos contar o nosso plano!

— Plano? Pra quê?

— Pra zoar a Angelina! A ideia da Rebecka é incrível, sério! — Matthew fala, animado, e eu permaneço sério, os encarando.

— Vocês não disseram que se ela ignorasse a nossa existência, vocês não iam brigar? Ela fez isso... Ignorou a gente!

— Ah, mas nós nunca perdemos a oportunidade de zoar um Lion, não é, Charlie?

Eles começam a contar do plano idiota e eu tive que fingir concordar com tudo e achar a ideia incrível, mas a verdade é que eu achei bem desnecessário e me senti péssimo por não conseguir fazer nada a respeito.

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