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VIII - Impossível


Ela esperava numa sala contígua ao espaço de dormir. Nunca tinha conhecido quartos de hotel tão grandes como aquele. Suites dignas de chefes de estado e de gente muito rica. Também nunca estivera num piso totalmente reservado em nome de uma única pessoa, que ocupava os quartos em conjunto com a sua comitiva, que consistia em amigos, assistentes, técnicos, músicos e toda a sorte de pessoas necessárias a uma digressão mundial. Agora incluía a ela e às filhas, um quarto amplo e cheio de mordomias. Podia pedir o que quisesse, comer o que quisesse, usar uma casa de banho maior que o apartamento onde morava.

Vestira o pijama, não tinha outra roupa mais confortável. A sua bagagem era leve de propósito, para não arrastar demasiado peso, porque seria uma viagem com poucas paragens e nenhuma para ver as vistas. Por cima colocara o roupão que estava à sua disposição no quarto, calçara uns chinelos fofos e confortáveis que vinham com o roupão, para não aparecer de pijama. Era um pouco indecoroso... Deixara as filhas com a Janet, que estava mais amigável depois de ter tomado um duche quente e de ter ceado. Deitara as meninas e pedira-lhes que a esperassem, que se portassem bem com a Janet. Não iria demorar. Assim julgava...

Olhava para os desenhos da alcatifa brilhante, mãos enfiadas nos bolsos do roupão – ela também tinha tomado um duche a ferver e sentia-se entorpecida, cheia de sono e querendo voltar para o seu quarto para experimentar aquela cama gigantesca – quando Mike Shinoda apareceu na sala.

Ela sentiu vontade de correr. Faltou-lhe, subitamente, a coragem de estar ali com o músico. Era tudo ainda demasiado estranho. Continuava a não perceber a razão de ele querer falar com ela.

Também se tinha posto mais confortável. Vestia umas calças de fato de treino e uma camisola larga. Estava apenas calçado com meias e por isso não fazia qualquer ruído quando caminhava na sua direção. Ela sentiu-se despida por estar de pijama e fechou melhor o roupão.

Mike sorriu-lhe e ela quis deixar-se cair para trás, fingindo um desmaio.

- Desculpa se te fiz esperar, mas não quis deixar ninguém em falta. Se esperaram por mim, achei que tinham direito a uma palavra da minha parte, ao autógrafo, à recordação com a respetiva selfie. Essas sessões de autógrafos são sempre imprevisíveis. A Janet está sempre a repreender-me por ser demasiado amistoso. Somos uma família, não é verdade? A grande família Linkin Park. Não podemos ignorar os nossos parentes quando aparecem para uma festa tão maravilhosa.

- Sim... – retrucou ela entredentes. Tinha as faces paralisadas com a vergonha e não conseguiu sorrir. Devia estar a fazer caretas, mas como podia ser simpática com alguém tão estupendo como ele? Não era suposto estarem no mesmo espaço físico, na mesma sala, num ambiente tão acolhedor.

Ele inclinou-se ligeiramente, perguntando-lhe:

- As tuas filhas estão bem? Estão bem alojadas? O quarto é satisfatório?

- Sim. Acho que sim. Claro, o quarto é ótimo. Obrigada. Está tudo excelente.

- Já jantaram?

- Sim, antes do concerto.

- E agora, não comeram nada?

- Sim. As minhas filhas beberam leite e comeram bolachas... Eu, por outro lado...

Tinha o estômago demasiado embrulhado para comer e agora devia estar espalmado contra as costelas. Não lhe revelou esse pensamento. Nem sabia o que dizer a Mike Shinoda. Tudo lhe parecia inapropriado. Uma coisa era numa sessão de autógrafos, com uma mesa de permeio. Outra era ali, num quarto de hotel. Mas que coisas estás aí a pensar, sua doida?

- Podem pedir o que quiserem – adiantou ele. – Não irão pagar nada, é tudo por minha conta.

- Eu sei. Obrigada, muito obrigada. Vamos ficar muito bem e... é realmente melhor não termos viajado esta noite. Seria muito perigoso.

- Bastante.

- Vamos amanhã de manhã...

A conversa estava uma completa idiotice. Ela fechou as mãos dentro dos bolsos.

Ele deixou cair o silêncio, fixando-lhe um olhar escrutinador. Humedeceu os lábios, respirou devagar. Fez uma curta análise e percebeu. Ou julgou perceber.

- Tu não te lembras... pois não?

Ela forçou a garganta.

- Lembrar-me do quê?

Descontraiu no mesmo instante que disse aquilo. Não se devia portar como uma adolescente tola diante do seu ídolo, tinha prometido a si mesma. Viu a situação de um ângulo menos pessoal, aplicando um filtro de indiferença, e ajuizou que era mais vantajoso deixar-se de melindres. Tinha sido Mike Shinoda a convidá-la, ela não se impusera, de nenhuma maneira, pelo que escusava de se sentir acanhada por estar a ser demasiado intrusiva perante alguém tão famoso.

Mike convidou-a a sentar-se no sofá da sala. Ele ficou ao lado de uma mesa de apoio, sobre o qual estava aceso um candeeiro. A luz deste evidenciava um pequeno envelope castanho. Ele pousou o seu smartphone na mesa e agarrou no envelope, que colou à barriga, tapando-o com as mãos.

- Vou começar com uma simples pergunta... Pode ser?

- Hum-hum.

- Lembras-te de onde estavas em setembro de 1999?

- Sim, claro. Estava a preparar um casamento.

- Em Nova Iorque?

Ela soltou uma gargalhada. Percebeu que fora indelicada. Encolheu-se, colocou os dedos sobre a boca calando a risada imprópria. Engoliu saliva e disse:

- Desculpa. Em Nova Iorque, não... Nunca estive em Nova Iorque.

A testa de Mike enrugou-se, em descrédito.

- Tens a certeza?

- Claro que tenho. Não estou senil ainda... Está bem, eu explico melhor. Sei muito bem o que fazia nesse mês e nesse ano, em específico. A data é inconfundível. O casamento que estava a preparar... era o meu. Mesmo que não tivesse resultado, já me divorciei, quero dizer, tenho duas filhas lindas desse casamento e acabou por não ser tudo em vão, acho eu, nunca me iria esquecer onde estava em setembro de 1999. Pois estava a casar-me. Choveu nesse dia e tudo... Dizem que abençoa os noivos. Tretas!...

- Oh...

Ele pareceu desiludido. Voltou a ficar pensativo. De seguida, abriu o envelope e enfiou os dedos no seu interior. Ela deu por si a observar-lhe as mãos. Eram realmente bastante bonitas e corou um pouco. Ajeitou-se melhor no sofá, afastando-se dele por instinto. Não queria ultrapassar os limites, mas mais uma vez recordou-se que estava ali por causa dele. Mike retirou uma fotografia e estendeu-lha.

- Quero que vejas isto.

Ela agarrou na fotografia quadrada. Primeiro voltou-a para ver o verso escuro, identificando-a como uma daquelas fotos tiradas por uma máquina polaroid. Tinha qualquer coisa escrita que ela não leu. Estava mais interessada na imagem. Ao olhá-la reconheceu primeiro Chester Bennington. Estava muito jovem, tinha o cabelo preto e encaracolado, o piercing no lábio inferior do início da carreira, usava óculos. Estava com uma mulher ao lado, que abraçava pelos ombros, colando as cabeças que estavam muito juntas. A mulher... era ela!

- Que granda merda! O que raio é isto?! – exclamou num grito.

Mike reagiu com um meio sorriso, algo como uma vitória após uma longa batalha, algo como alívio por identificar um sofisma com o qual se debatera por noites de insónia. A verdade crua e cristalina a desembrulhar-se diante das suas confusões. Deixou que ela absorvesse melhor o que estava a ver. Mas ela não conseguia absorver melhor o que estava a ver, porque aquilo não fazia sentido nenhum. Estava agitada, milho a transformar-se em pipocas num tacho a ferver.

- Merda, merda... Ah, desculpa! Estou a praguejar. – Esticou o braço como se a imagem estivesse amaldiçoada e precisasse de a afastar de si. – O que faço eu com o... com o... com ele?

- Podes dizer Chester, eu não me importo de escutar o nome dele.

- Nunca o conheci! Nunca...

- E, no entanto, parece-me que és tu que aí estás... Na foto com o Chester.

- Sim, sou eu... Sou eu. Em 1999. Mas o que...?

- E o Chester escreveu, no verso da foto, que está com... a Lilly. É o teu nome.

- Eu sou... Eu sou, sim sou a Lilly. – Voltou a fotografia. – Isto é a letra dele?

- Sim, querida. É a letra do Chester.

- Esta fotografia é a sério?

- Sim, eu confirmo que é. Fui eu que a tirei, com uma velha máquina polaroid. Foste tu que me pediste que tirasse a fotografia. Entregaste-me a máquina e praticamente deste-me uma ordem. Pertencia ao Brad, na época.

- O Brad, o quê?

- Brad Delson, o nosso guitarrista. Era o dono da máquina polaroid.

- Oh... – Ela crispou a testa, num arrepio de desconfiança. – Não é nenhuma montagem do photoshop?

Mike respondeu, muito tranquilo:

- E por que motivo haveria eu de fazer uma montagem de photoshop do Chester contigo... mais novo?

- E eu estou também mais nova...

- Pela tua lógica, eu teria de ter tido acesso a uma foto tua com essa idade. Para fazer essa montagem.

- Podia tê-la publicado nas redes sociais...

- E publicaste uma foto tua, com esse ângulo, em que estás com essa expressão, nas redes sociais?

- Não... Não me lembro de alguma vez ter tirado uma foto semelhante. E nesta altura tirávamos poucas fotos... Eram todas contadas porque se usava rolo de filme e revelar as fotografias saía caro. Tinha de ser só o rosto, certo? Para ser recortado e colocado aqui...

- Podemos descartar a hipótese do photoshop. Não podemos? Tens mais alguma teoria?

Ela estava com a cabeça a andar à roda, completamente tonta.

- Ahn? O quê? Se tenho alguma teoria?

- Sobre esta fotografia – insistiu ele, debruçando-se para a frente. – Tenho outras para te mostrar...

- Existem outras, comigo?

- Neste dia foram tiradas cinco fotografias.

- Isto é impossível...

- Escuta-me – pediu ele e agarrou-lhe no braço. Ela estremeceu. – Tens de me escutar. Isto aconteceu, querida. Aconteceu comigo, com o Chester e contigo. Temos as provas, que estão dentro deste envelope.

- Era sobre isso que querias falar comigo?

- Sim. Isto é muito importante para mim. Compreendes?

- Acho que sim...

Ele continuava a agarrar-lhe no braço. Disse-lhe, muito sério:

- Não duvides de que as fotografias são reais. Acabei de te reencontrar, esta noite, em Milão. Segundo a tua perceção, foi a primeira vez que estiveste comigo... Eu percebo a tua confusão e hesitação. Nunca me viste antes e essa tua atitude também me deixou baralhado, pois a minha memória diz-me o contrário. A minha memória e este envelope. Percebe a minha posição, querida. Não podia, de modo algum, fabricar esta situação. Primeiro, porque não tenho qualquer interesse nisso. Segundo, porque tive a minha vida bastante lixada no último ano para me pôr a inventar problemas desnecessários. Terceiro, sou um homem bem casado, feliz na sua vida pessoal, nunca iria criar uma fantasia tão elaborada para me aproveitar de uma fã. Quarto, não gosto de imprevistos, nem de surpresas, nem de variáveis aleatórias. Mas, de repente, eis que apareces e eu percebi, finalmente, a cadeia de eventos que me conduziu até este momento em particular no tempo... Que se liga com esses dias em setembro, há quase vinte anos.

O ambiente tinha escurecido e ela sentiu o peso de tudo aquilo descer sobre os seus ombros, imobilizando-a e secando-a. Um enorme cansaço envolveu-a, quis fechar os olhos, dormir, despertar numa cama, podia até nem ser a dela, podia até ser o banco do carro, despertar, enfim, e descobrir que tinha sido tudo um sonho maluco. Olhou para o braço ainda preso daquela mão que ela achava cativante, sensual, bela. Levantou os olhos percorrendo o caminho visual desde os dedos até ao cotovelo, até ao ombro, até encontrar o rosto de Mike Shinoda e compreendeu que iria ser uma noite muito longa. Ele largou-a, entendendo que ela o estava a reprovar, muda, pelo contacto físico.

- Tu não te lembras, pois não? – repetiu.

Ela negou com a cabeça.

- Desculpa... Não compreendo o que possa ter acontecido – explicou, disparando as palavras como se fosse uma metralhadora. – Sim, sou eu na fotografia com o Chester. Meu Deus, que frase absurda! Sim, sou eu... com ele e é bem como tu dizes. Estou muito baralhada... Nunca na vida vos vi, nem sequer fui a um concerto dos Linkin Park. Não consegui! Não fui a tempo! O Chester foi-se embora e... e... E pronto, tornou-se impossível, não foi? Então, resolvi fazer a loucura de vir a Milão ver-te, Mike. Foi a primeira vez que estive no mesmo lugar contigo. Tu, num palco, eu, na plateia. E acabo num hotel, com um conjunto de fotografias e um mistério.

- Queres ver as outras fotografias? Vamos começar por aí...

- Sim, vamos. Se é inevitável.

Ele entremostrou um sorriso murcho.

- Outra mulher, na mesma situação, haveria de estar eufórica com a possibilidade de estar em fotografias antigas comigo e com o Chester. Mesmo que não se lembrasse de nada, iria afirmar, com toda a propriedade, de que sabia do que estava eu a falar e corroboraria tudo com um certo pedantismo. Mas tu optaste pela sinceridade. Agradeço-te por isso. Deixa-me mais confiante... Para mim, tudo isto é como um reencontro. Um regresso ao meu passado, um regresso a memórias queridas, um regresso a um momento irrepetível. Estou a ferver de impaciência para que tu, finalmente, me respondas com um gesto, uma palavra que faça eco dos meus gestos e das minhas palavras. Mas se não acontecer, não ficarei aborrecido. Está bem?

- Certo. Desculpa se não me lembro.

- Já é a terceira vez que me pedes desculpa. Não precisas de o fazer. Vamos esclarecer, então, o mistério... se for possível esclarecê-lo. Se não for, o que me levou a trazer-te e à tua família para este hotel não vai perder o seu propósito e teremos concluído este assunto da melhor forma. Não te apoquentes. Somos velhos amigos, é nesse pé que começamos.

- Velhos amigos...

- Sim, velhos amigos.

Aquela declaração era hilariante e ela forçou uma risada. Mike mostrou-lhe mais três fotografias, dizendo que fora ela a carregar no botão da máquina naquelas ocasiões. A primeira mostrava um primeiro plano do busto de Mike Shinoda, ele tinha um olho meio aberto, estava a falar qualquer coisa, a boca abria-se a meio de uma palavra. A segunda e terceiras fotografias eram de Mike e Chester, numa pose divertida, tiradas uma logo a seguir à outra, pelo que quase que constituíam dois fotogramas do mesmo filme de uma qualquer tirada humorística da dupla, uma brincadeira que estavam os dois a fazer. Chester também tinha o cabelo preto e encaracolado da foto em que estava com ela, pelo que confirmava tratar-se de imagens do mesmo dia. A data no verso era idêntica, setembro de 1999.

Mike deixou que ela visse as fotos demoradamente. Queria que ela as contemplasse levando o tempo que quisesse para despertar qualquer memória reprimida. Estendeu-lhe uma última fotografia. Os olhos dela esbugalharam-se.

Essa imagem era diferente. Era mais complexa. Tinha uma certa aura de peça fundamental do jogo, o trunfo que se podia atirar para o tabuleiro e definir uma vitória. Três cabeças, intensamente iluminadas pelo flash da máquina, num primeiro plano apertado. Uma selfie, quando nem havia termo para designar uma fotografia tirada por um dos participantes da mesma, de braço esticado, objetiva virada para as pessoas a fotografar.

- Isto és tu... Tu, eu e... e o Chester – identificou ela. – O que foi que aconteceu? Estamos com cara de bêbados... Isto é do mesmo dia, não é? Mas o Chester já não tem os óculos. Estamos... numa cama? Isto aqui são travesseiros, não são?

Ela susteve a respiração, num assomo de quase terror.

- Queres dizer que eu e tu... nós fomos para a cama?!

- Com o Chester.

- Que granda merda! Posso desmaiar?...

Mike inclinava a cabeça e respondeu naturalmente:

- Não, não podes desmaiar. Preciso que estejas bem desperta para ouvires o que tenho para te contar. Receio que seja obrigatório contar-te a história do que aconteceu neste dia e nos dias anteriores, quando nos encontrámos todos em Nova Iorque. Vou mandar vir café.

- Pode ser chá?

- Perfeitamente! Eu também prefiro chá.

De repente, ela levantou-se, com a quinta e mais comprometedora fotografia presa na ponta dos dedos. Afastou-a. Era estranho estar a olhar para aquela imagem que comprovava um momento embaraçoso – do qual ela não se lembrava!

- As minhas filhas! Elas estão à minha espera... Com a Janet! Não posso ficar aqui, enquanto não souber que estão a dormir.

- Muito bem – concordou Mike levantando-se também. – Vai deitar as tuas filhas. Eu, entretanto, peço o chá e um lanche. Depois voltamos para conversar.

Ela dirigiu-se à porta. Nisto voltou-se e perguntou-lhe:

- Estás zangado comigo?

Mike respondeu-lhe com outra pergunta:

- Por que motivo estaria zangado contigo?

- Não sei. Já venho.

Quando regressou ao quarto de Mike Shinoda sentou-se no sofá. Ao lado da mesa de apoio estava um carrinho cromado onde fumegava um bule, rodeado por um par de chávenas e pratos com bolinhos e doces variados que lhe fez crescer água na boca.

- Estás preparada?

- Não.

Num gesto inesperado, Mike tomou-lhe as mãos. Ela sentiu uma descarga elétrica. Olhou aparvalhada para as suas mãos, presas nas de Mike. Aquele era um gesto íntimo. Ser tocada assim por um músico admirável deixou-a amolecida. Conquistada até à alma. Declarou-lhe mentalmente o seu amor.

Depois despertou com um arrepio. Supostamente eles já se tinham tocado daquela maneira e até de uma maneira mais completa e profunda.

- Lilly, esta vai ser uma história especial. Tudo aconteceu há muito tempo, antes do que somos agora. Nós éramos muito jovens, estávamos nos nossos vinte anos quando nos tornámos mundialmente famosos. E tudo o que era antes parece que aconteceu noutra vida. Porque aconteceu, de facto, noutra vida. O nosso sucesso foi demasiado rápido e tivemos de nos ajustar. Por sorte mantivemos a nossa sanidade mental, apesar de alguns percalços conseguimos ser as mesmas pessoas que sempre fomos. No entanto, com vinte anos não pensamos igual aos trinta anos, muito menos aos quarenta. É a evolução natural do ser humano, julgo eu. E se achares que vais ficar chocada, por favor, não fiques. É passado, o passado não nos pode fazer mal. Só se deixarmos.

- Estou a escutar-te.

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