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Capítulo 7

Depois de tomar o remédio que a enfermeira recomendou, me sento novamente e observo o resto do treino, sem realmente prestar atenção em nada. Na minha cabeça, as palavras de Alex flutuam como uma água-viva no mar, com elegância, porem letais.

Ele pareceu realmente arrependido de haver dito aquelas palavras quando soube que eu tinha sofrido um acidente com a moto, mas ao me provocar com a quadra, eu percebi que ele não iria dar o braço a torcer tão cedo. Alex é orgulhoso e eu sei bem que ele não gosta de parecer fraco diante de ninguém.

Eu gostaria de entender o que se passa na cabeça desse garoto. Desde o dia que cheguei aqui, ele me trata como se eu não valesse o chão que ele pisa. Tenho certeza de que o dinheiro acabou subindo para sua cabeça e ele acabou virando o típico playboy que adora jogar na cara dos outros o quanto ele é rico, mas por outro lado, essa atitude de hoje me mostrou uma faceta dele que até então era desconhecida para mim. Nos quase três anos que estudo aqui, jamais havia recebido um pedido de desculpa de Alex, e olha que ele e Melina fizeram minha vida impossível desde o início.

Apesar de eu nunca demostrar que essa perseguição me afetava, eu me senti mal muitas vezes. Pensei tanto em desistir desse colégio para ricos, desse time e dessa vida que jamais seria minha, que em um ponto cogitei inclusive voltar para a gangue das inocentes, mas graças à Amanda e ao treinador Rogers, eu jamais desisti dos meus objetivos. Eu sei que eles irão me apoiar, aconteça o que acontecer. Sei que eles nunca me abandonarão, não importa se tenho dinheiro ou não. Os dois se tornaram uma parte importante na minha vida. Duas pessoas que mais que amigos, viraram minha família fora de casa.

─Margo? Ei, está aí? –Uma mão balançando aparece no meu canto de visão. Foco minha vista e percebo que Amanda está parada diante de mim com uma expressão engraçada.

─O treino acabou? –Pergunto observando as meninas saindo da quadra em direção ao vestiário.

─Sim, a uns dez minutos. Estou a um tempinho tentando chamar a sua atenção na verdade...

─Desculpa, estava pensando em algumas coisas. –Desconverso e ela me lança um olhar de quem não acredita em uma palavra do que disse.

─Em algumas coisas ou em alguém?

─Não sei do que está falando.

─Pelo amor né, Margo, eu vi você conversando com Alex, inclusive vi como se olhavam, como se quisessem se matar ou se beijar ali mesmo... talvez os dois. –Ela ri com a própria piada e eu sinto meu rosto esquentando. Odeio corar porque isso entrega quando estou mentindo e quando fico com vergonha, duas coisas que estou fazendo no exato momento.

─Ele veio pedir desculpas. –A essa altura, não adianta negar nada, no final das contas, Amanda viu a cena toda.

─Pelo que amiga? –E é nesse momento que percebo a burrada que fiz. Eu não havia contado para ela o que Alex sussurrou no meu ouvido mais cedo, portanto ela não saberia o porquê do pedido de desculpas do garoto.

─Ele... me disse algumas coisas mais cedo... –Amanda faz uma cara engraçada tentando lembrar em que momento foi isso, até que o click na sua cabeça é evidente.

─Ah! Como eu esqueci de te perguntar sobre isso? O que ele te disse no final das contas?

Por alguns minutos, não digo nada. Tento reformular suas palavras de forma que não pareçam tão sugestivas, mas é impossível.

─Droga. –Sussurro e ela solta uma risada. ─Promete que não vai surtar? –Peço e ela balança a cabeça em concordância. ─Tudo bem, lembra que Melina achou que eu saia com o Joseph, e eu disse que ele beijava melhor que muita gente por aí? –Minha amiga não diz nada, apenas continua balançando a cabeça para cada pergunta que faço, como aqueles cachorrinhos que encontramos em cima das televisões nas casas das vovós. Faço uma pausa para respirar e finalmente continuo. ─Então, ele sussurrou algo como "você diz isso porque ainda não provou o meu beijo..." e depois disse algo sobre como devo me valorizar e blá blá blá... –Não consigo sequer terminar a frase porque um grito estridente invade meus tímpanos.

─Meu Deus, ele está caidinho por você! –É oficial, Amanda ficou doida de pedra.

─Está louca? Alex, caidinho por mim? Impossível. Ele disse isso só para me provocar, Amanda. É a meta de vida daqueles dois.

─Margo, pensa comigo, se ele não se importasse com você, por acaso teria vindo e pedido desculpas pelo que disse? Além do mais eu escutei quando ele falou aquilo sobre esperar que você não tivesse se machucado.

─Ai amiga, o treino afetou o seu cérebro, só pode! –Começo a descer da arquibancada. Preciso escapar dessa acusação sobre Alex urgentemente, mas minha perna dolorida dificulta um pouco as coisas.

─Volta aqui dona Marjorie que eu ainda não terminei. –Seu braço circula meu corpo, me ajudando a chegar até o chão da quadra. ─Eu vi como vocês se olhavam amiga. Ele parecia realmente arrependido e sabe de uma coisa? Quem sabe essa implicância toda não seja um amor encubado heim? –Não resisto e acabo soltando uma gargalhada da sua ideia de girico.

─Eu não sei porque está tentando me convencer disso, Amanda, eu sequer gosto de Alex para começo de conversa. E obrigada.

Agradeço pela ajuda e caminho rapidamente até a entrada do colégio, com a teimosa ainda no meu encalço.

─Margo, você é tão inocente... quando vai aceitar que tem sentimentos por Alex e...

─O que tenho que fazer para que entenda que eu não gosto do Alex, e nunca vou gostar! Ele é um rico mimado que só pensa no próprio umbigo, capaz de fazer qualquer coisa, inclusive destruir uma quadra só para satisfazer seus "desejos". Eu não suporto pessoas assim, Amanda, você é diferente, mas eles... eles simplesmente não merecem sequer o sentimento de ódio vindo de mim. –Praticamente grito e paro de falar quando percebo que minha amiga me lança um olhar completamente assustado. Nesse momento sei que disse merda. Eu nunca falei com ela desse jeito. ─Amiga desculpa por falar assim com você eu... não estou bem, minha perna dói, eu sei que não é desculpa, mas, você sabe como sou. ─Seu olhar se dirige a algo logo atrás de mim e aquele maldito arrepio sobe pela minha espinha pela segunda vez hoje. ─Droga. –Sussurro e me viro lentamente para encontrar Alex me encarando com uma expressão de fúria estampada no seu rosto. Assim como fez de manhã, o garoto se aproxima até ficar praticamente encostado em mim. Não ouso me mover um centímetro sequer, não tenho medo dele.

─Você não me conhece, Marjorie, não sabe nada da minha vida, então não tem nenhum direito de me julgar. E só para você saber, a ideia de transformar a quadra em um teatro, foi do meu pai, com o aval da diretora, que já havia planejado isso a algum tempo. Não sei se sabe, mas há mais pessoas que dançam além de mim e Melina. –Suas palavras invadem meus ouvidos e se fincam no meu interior.

─Não me interessa, você está de acordo com isso, então é cumplice, eu sei que não gostam de mim desde que cheguei, mas isso não justifica prejudicar a todos do time de basquete e dos outros times que treinam na nossa quadra. –Retruco e ele se aproxima ainda mais de mim, se é que isso é possível.

─Você se acha tão importante assim é? Acha que estou me importando com o que faz ou deixa de fazer, Marjorie? Eu não ligo para o seu time, para a quadra e muito menos para você. Eu luto pelos meus objetivos, e assim como disse, não meço esforços para conseguir o que quero. –Uma risada sarcástica escapa pela sua boca carnuda e sinto minha testa se franzindo tanto que não seria nada raro que minhas sobrancelhas se unissem ao meu cabelo.

─Você é louco. –Sussurro, sentindo o clima ficando tão tenso que poderia ser cortado facilmente com uma faca.

─Você não tem ideia do quanto. –Sua testa está quase colada na minha e apesar de todo esse clima hostil, uma vontade insana de provar o sabor da sua boca me invade. É acho que a única louca aqui sou eu mesma.

Como se de repente ficasse consciente da situação, Amanda faz um som com a boca, chamando nossa atenção. Desvio o olhar da boca, droga, de Alex e balanço minha cabeça tentando sair dessa nevoa absurdamente estranha.

─Gente, acho melhor vocês dois se acalmarem... –Começa, mas é interrompida pela voz rouca do garoto. Será que ele pensou o mesmo que eu ou é impressão minha?

─Vocês ainda não me viram bravo. –Diz e caminha na direção oposta à nossa, com passos longos e decididos.

Quando ele finalmente desaparece do nosso campo de visão, solto a respiração e me sento em um degrau da escada na entrada do colégio.

─Caramba Margo, acabo de confirmar minha teoria. –Amanda solta de repente. Lhe lanço um olhar confuso e ela continua. ─Ele está louco por você. Se eu não tivesse interrompido os dois, acabariam se beijando aqui mesmo, em plena luz do dia.

─Mas o que? Isso não é verdade...

─Essa teimosia sua me irrita as vezes, sabe? Eu não direi mais nada, mas quando aquela boca gostosa do Alex estiver sobre a sua, em um beijo abrasador, não diga que não avisei. –Solta e assim como o garoto, sai me deixando para trás.

Fico tão perplexa que permaneço sentada por alguns minutos antes de me levantar e ir para casa.

Amanda não poderia estar mais equivocada. Eu jamais beijaria Alex. Aquele desejo momentâneo deve ter sido pelo calor do momento, mas posso garantir que nunca mais acontecerá de novo, ainda mais depois do que aconteceu hoje.

É o que espero.

******

─Então quer dizer que te devolveram a caneca? –Pergunto a Emma que abraça o objeto tão apertado que tenho medo de que talvez esteja se machucando.

─Sim. E me pediram desculpas. –Responde e balanço a cabeça.

Sei que tudo isso foi obra da diretora, porque se dependesse daquela professora dela, teríamos que mover céus e terra para solucionar esse problema.

─Que bom meu anjinho, fico muito feliz! Agora vamos jantar que estou com muita fome. –A sustento nos meus braços em um abraço apertado e nos levo até a cozinha, a deixando escorregar lentamente até a sua cadeira.

Mamãe serve o jantar alguns minutos depois e todos comemos com gosto. Hoje para comemorar a volta da caneca, ela fez lasanha, um dos meus pratos preferidos, e também de Emma.

Minha família é assim, comemoram qualquer conquista, por mais boba que pareça ser e os amo imensamente por essa simplicidade toda.

O jantar estava delicioso, mas não consegui me concentrar em nada, porque cada maldito segundo me peguei pensando naquela boca e naquele olhar furioso de Alex. As palavras de Amanda servindo de música de fundo para minhas paranoias. Só espero conseguir dormir bem, não quero adicionar outra noite de insônia por culpa desse garoto para minha coleção.

Depois de jantar e de limpar tudo, meus pais e Emma vão para sala ver algum filme. Eu prefiro descansar já que ainda sinto uma leve pontada de dor no corpo.

Fico pelo menos uma meia hora no celular até que o sono finalmente resolve me fazer companhia e fecho meus olhos resignada.

Mas como nem tudo éperfeito, Alex invade meus sonhos e sei que quando acordar não vou conseguirtirar a imagem de nós dois nos beijando avidamente, com suas grandes mãospasseando por todo o meu corpo.

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