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BÔNUS

POR ALEX

Depois de passar quase duas semanas em treinamento, estou completamente esgotado. Meu pai me obrigou a aprender tantas coisas que minha mente está um caos, não consigo sequer raciocinar direito e isso me prejudicou bastante, pois errei vários passos com Melina, o que me trouxe mais um problema para minha vasta coleção. Como "futuro herdeiro" do cargo de chefe da empresa da família, fui submetido a dias inteiros fechados em um escritório, escutando vozes monótonas, anotando coisas sem sentido em uma caderneta, conhecendo a empresa e os funcionários. Não gosto disso, de ficar preso. Sempre gostei de ser livre, fazer o que gosto e ser feliz. Mas meus pais não entendem isso, quero dizer eles me apoiam na dança, mas continuam querendo que eu assuma a liderança como chefe.

No dia que encontrei Marjorie naquela pracinha que conheço desde criança, foi como uma válvula de escape para mim. Um desvio da rotina que estava apenas começando. Ficar ali sentado ao seu lado sem dizer uma palavra sequer, me tranquilizou, apesar de que só de escutá-la me dá nos nervos. Aquela menina é tão prepotente e cheia de si que na maioria das vezes tenho vontade de castigá-la e o resto das vezes quero beijá-la. Essa rivalidade meio que me atrai. Não pude deixar de agradecê-la pela companhia e quando ela voltou e disse aquelas palavras para mim, fiquei muito surpreso. Pensava que Marjorie era uma garota típica da periferia, membro de gangues e vendedora de alguma substância ilícita. Eu sei que sou um idiota por julgá-la antes mesmo de conhecê-la, mas é inevitável, fui "treinado" a vida toda para ser assim.

Observei sua moto se perdendo na curva da rua e uma risada escapou pela minha boca, para desaparecer minutos depois quando cheguei em casa. Meus pais estavam esperando, mamãe sentada elegantemente no sofá e papai atrás dela, com as mãos no seu ombro em uma típica pose de presidente.

─Que bom que chegou filho, hoje começa o treinamento. Antes de que cheguemos na empresa, te darei alguns conselhos... –Papai começou e falou por quase uma hora.

Eu quase nem prestei atenção no que ele disse, apenas concordava com a cabeça e dizia "sim" ou "não" quando parecia conveniente. Mamãe como sempre, escutou tudo calada e seus olhos brilhavam enquanto papai falava. Quando ele finalmente se calou e pegou as chaves do Mercedes, suspirei de alivio. Pelo menos teria alguns minutos de paz.

Ao chegar na empresa, fui apresentado a todos como o futuro chefe, e cada vez que essa palavra era dita, uma careta involuntária tomava conta do meu rosto.

Porque me obrigar a isso? Eu deixei tantas vezes claro que não quero seguir os passos deles, que quero viver a minha vida viajando em shows como dançarino, e não trancado num quarto de dez metros quadrados assinando papeis e me estressando.

Esses dias foram os piores da minha vida, mas o sofrimento ainda não havia acabado.

Tinha que voltar para o colégio depois de dias faltando a maioria das aulas. Quando meu despertador tocou as seis da manhã, lutei comigo mesmo para sair da cama. Depois de lavar o rosto e escovar os dentes, desci até a cozinha e encontrei mamãe tomando café da manhã, maquiada, porém vestida com um roupão de seda vermelho.

─Bom dia, querido. –Disse enquanto levava a xicara de chá até os lábios vermelhos.

─Bom dia.

─A Esther fez torradas e bolinhos, estão no forno. –Apontou para o fogão e peguei um prato do armário. Coloquei alguns bolinhos e servi um copo de suco de abacaxi da jarra em cima da mesa.

Comi lentamente, ainda com sono e percebi que mamãe me observava atentamente.

─O que foi? –Perguntei na defensiva e ela negou com a cabeça.

─Não faz essa cara querido, tudo o que fazemos por você é para o seu bem... –Começa, mas não consigo escutar mais disso. Estou literalmente de saco cheio de toda essa ladainha.

─Olha mãe, eu sei que vocês querem o meu bem, mas já pararam para pensar no que eu quero? Ou o dinheiro também a cegou? Será que vai acatar todas as ordens do marido, só para não perder a preciosa conta bancaria recheada e esquecer do filho? –Seus olhos se arregalam e me sinto mal imediatamente por dizer isso a ela.

─Alexei, não permitirei que fale assim com a sua mãe! Peça desculpa agora. –Papai rosna entrando na cozinha. Droga. Sua expressão furiosa não dá lugar a replica. Me levanto, me aproximando dela e a abraço me desculpando em um sussurro envergonhado. Mamãe não diz nada, mas posso ver que ela está se segurando para não chorar.

Porque Irina Estensoro nunca chora.

─Vá se trocar que o levarei até o colégio hoje. Tenho uns assuntos que tratar com a diretora. –Papai continua, com a voz firme e apenas obedeço sem discutir. Porque se o fizer, só estarei trazendo mais dor de cabeça para mim mesmo.

Vinte minutos depois, estamos a caminho da escola. Dentro do carro um silencio sepulcral. Papai olha algo na agenda e mamãe está distraída com o celular. Já estou acostumado com essa falta de atenção, afinal é o único que conheço. Rara vez escutei um "te amo filho" ou "temos orgulho de você".

Talvez seja por causa dessa rotina de trabalho que eles levam, ou porque realmente não tem tempo para perder comigo.

Não que eu esteja reclamando, pelo menos assim eles não me enchem o saco com a dança ou com qualquer outra coisa que eu faça. É só que... algumas vezes seria bom se sentir amado.

─Alex... temos um jantar beneficente no sábado, quero que vá com a Melina, preciso dela longe do pai, pois temos que ver umas coisas sobre a nossa sociedade e aquela garota não larga do pé dele. –Suas palavras atraem minha atenção e por alguns segundos fico sem reação.

─E se eu não quiser ir? –Desafio e ele me lança um olhar ameaçador.

─Você não tem essa opção. Todos da família têm que estar presentes nesse jantar, queira você ou não.

Eu simplesmente tenho aversão a esses eventos. Todos se gabando das riquezas que possuem, comprando coisas ridículas por preços absurdos para logo dizerem que ajudaram aos mais pobres, dizendo os valores de cada item adquirido. É uma tortura ter que ficar sentado em uma mesa ou pior ainda, ter que cumprimentar a cada pessoa presente no local, para não parecer mal educado.

─Eu não sou babá da Melina, pai. –Minha voz sai abafada pela raiva e ele solta uma risadinha cínica.

─Não mesmo, quero que você seja muito mais do que isso.

─Como assim? –Um medo começa a surgir dentro de mim.

─Vocês dois tem que sair juntos, namorar...

─Claro que não! Eu não gosto da Melina, não desse jeito. –Protesto, mas ele faz de conta que não escuta nada do que digo.

─Será bom Alexei, pense a longo prazo, quando você seja o chefe, ela será filha do sócio. O que poderia ser melhor?

Papai acaba de passar do limite do aceitável. Me fazer namorar uma garota por interesses materiais. Eu pensei que ele era melhor do que isso.

Minha cabeça gira, tentando achar uma saída para essa loucura. Preciso encontrar uma desculpa convincente para que ele me deixe em paz, pelo menos até que esse jantar passe.

Um nome surge na minha cabeça e imediatamente sei o que fazer.

─Eu... já tenho namorada. –Digo tentando não transparecer que estou mentindo. Papai não é dono de uma empresa multimilionária a toda, sabe muito bem quando alguém blefa.

─Hum, se está mesmo namorado, convide-a para o jantar. –Solta e percebo que cai na minha própria armadilha. Mas que droga.

─Vou ver com ela. –Respondo simplesmente e agradeço aos céus pelo fato de havermos chegado na escola.

Me despeço de mamãe com um beijo na bochecha e praticamente saio correndo do carro e vou direto até o meu armário pegar os materiais das aulas de hoje.

Em que enrascada fui me meter? Era só para ele acreditar que estava com alguém e pronto, não insistir nessa ideia louca de namorar Melina, mas papai foi mais inteligente que eu, como sempre.

Agora tenho que ver a forma de solucionar esse problemão.

Passo as aulas inteiras pensando em como farei isso. Não presto atenção em absolutamente nada do que os professores explicam. A imagem dela invade minha cabeça uma e outra vez e rogo para que aceite minha proposta, caso contrário estou ferrado.

Quando o sinal para a última aula bate, respiro aliviado e corro para o lugar onde sei que irei encontrá-la.

O time de basquete feminino está treinando. Ótimo. Escuto as vozes das garotas em uma confusão de gritos e ordens, mas a voz dela se destaca dentre todas.

Marjorie é uma líder nata, e tenho que admitir, joga malditamente bem.

Observo suas pernas torneadas correrem pela quadra, sem dar um sinal sequer de cansaço, mesmo depois de estar mais de quarenta minutos jogando.

Ela reclama de alguma coisa com outra garota, se aproximando furiosa e de repente tudo vira uma confusão. Marjorie leva uma bolada na cara e acaba caindo sentada. Me levanto de uma vez e caminho até descer das arquibancadas, na intenção de ir ver se ela está bem, mas a garota é osso duro de roer, pois se levantou tão rápido quanto caiu.

Volto a me sentar e continuo observando. Ela caminha até a arquibancada e tira o blusão, colocando-o debaixo do nariz, que provavelmente está sangrando, mas não consigo reparar em outra coisa a não ser no seu corpo atlético. O top e o short curto a deixam incrivelmente sexy e antes mesmo que perceba, imagens dela assim debaixo de mim, aparecem na minha cabeça.

Ela caminha até a saída mas para ao ver papai e a diretora passando pela porta. Posso ver a raiva dominando todo o seu corpo e isso só piora quando ela percebe a minha presença ali também.

Antes mesmo que eu possa descer para falar com ela, Marjorie escapa até o vestiário. A sigo e paro na porta, enquanto a observo lavando o rosto na pia, com a postura completamente derrotada. Passo pela porta e me aproximo dela, levantando a mão para tocar no seu ombro, mas antes mesmo que possa fazê-lo, sua voz enraivecida preenche o local.

─O que quer agora? Não ferrou com a minha vida o suficiente? –Posso sentir o veneno escorrendo por cada palavra sua.

─Está bem? Parece que o golpe foi forte. –É o único que me ocorre dizer, pois não tenho resposta para as suas perguntas.

─E desde quando se importa, Alex? –Solta ainda mais furiosa e tenho que me controlar para não colar minha boca na dela pois essa garota fica muito sensual quando está irritada.

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