Capítulo XVIII
Mike aguardava tenso na sala de aula, que naquela manhã se tornara uma sala de espera. Ele e mais quatro colegas aguardavam algo que sim, poderia mudar suas vidas acadêmicas, para melhor, um estágio remunerado, e de acordo com as regras se a Escola gostasse do trabalho, poderiam ganhar um contrato. Ele tinha a certeza que se ganhasse, seria um ótimo professor, todos os colegas gostavam dele como monitor, então só precisava lidar com alguns jovens do ensino médio.
Flashbacks inundavam sua mente, recordações sobre sua apresentação, ele olhava seus colegas de curso e não pareciam estarem tão nervosos assim, mas ele se sentia extremamente desta forma, pois os concorrentes, estavam bastante confiantes de si, sem contar no projeto incrível que montaram, durante o período de três meses.
Até onde uma garota pode invadir a mente de um homem? Ele não gostaria de fazer escolhas duras naquele momento. Ao olhar o número de Milaíne no celular, não se quer viu uma mensagem de bom dia, na verdade depois da tarde intensa, eles não entraram em comunicação, embora ele se sentia voltado para ela, principalmente em pensamentos. Fingir está estudando, não era do seu feitio, se sentia preocupado pela sua atitude, mas não tinha culpa, ou até mesmo tinha, abriu uma brecha para alguém preencher seu coração, ou talvez sua mente e dizem por aí que quando estamos apaixonados tendenciamos a ficar preguiçosos, e era assim que Mike se sentia.
— Com licença, discentes, bom, eu gostaria de parabenizá-los, primeiramente pelo esforço durante esses meses, o trabalho de um professor é realizado com dureza, e pelo menos isso mostraram, mas o corpo de professores da Academia de Física só pode escolher um para o estágio, então, sendo breve, já deixo meus parabéns para: Suzie McCartiney!
— SUZIE !?
— Algum problema Pierce? — Mike decide ficar calado, mas não podia admitir que ele não foi o fiel escolhido, era o preferido dos professores.
— Pierce... — A professora e Doutora Martina Grambell em física se aproxima lentamente até Mike, aproveitando a festa que Suzie estava fazendo com os outros colegas. — Você de fato é o nosso aluno modelo, de todos esses anos suas notas, suas apresentações são imprescindíveis, mas, a de hoje não foi um bônus das outras, a de hoje valeria a entrada para o estágio, aconteceu até apostas em seu nome, e você me fez perder, não culpe a Suzie, culpe a si mesmo, você foi péssimo! — O atual problema de Mike Pierce era a hipersensibilidade, então na sala mesmo se põe a chorar e o drama clássico de sair correndo, acontecera.
Como um bom aluno de física, ele sabia que a velocidade era uma relação de uma determinada distância percorrida e o seu tempo gasto. Então, pretendia gastar menos tempo, até a distância da porta principal da faculdade, por isso usou a corrida como sua fiel escudeira.
Ao conseguir finalizar seu percurso, a última pessoa que ele queria ver era a Milaíne, mas para sua derrota ela estava em frente ao seu carro com o sorriso persuasivo de sempre.
— Mike! — Milaíne começa a acenar.
— Milaíne... — Mike começa a andar de um lado para o outro com a mão na cabeça. — Você deve está acostumada a agir desta forma... A-agir da pior forma possível, agir como se nada tivesse acontecido entre nós dois, mas que bom, que bom que não sou como você, eu esperei ao menos uma mensagem...
— E se eu te falar que eu também esperei uma mensagem sua? — Milaíne comete o erro de fazer uma cara mimada e decide cruzar os braços.
— Esperou?
— Lógico que sim, Mike...
— Você se mostra ser tão pra frente, que eu sei que se quisesse falar comigo falaria. — Milaíne começa a rir.
— Ai Mike, você é tão dramático...
— Dramático? Olha, por sua culpa, acabei de perder um estágio, que poderia mudar minha carreira pra melhor!
— E você me culpa? Pensei que houve consentimento ontem a tarde...
— Se você não tivesse aparecido ontem, eu não teria deixado de revisar...
— Mike, foi um projeto de três meses, uma tarde mudou isso tudo?
— Até onde uma garota pode invadir a mente de um homem? Já ouviu essa pergunta? Não, porque você é uma garota, mas onde eu vou, em qualquer lugar é você que está em minha mente e eu juro que não queria... — Mike decide sair daquela discussão, e foi de encontro até sua moto que estava na outra esquina.
— MIKE! Espera, olha me desculpa, eu realmente estava desatenta, com isso tudo e acabei só pensando em mim....
— Milaíne, me diz de uma vez por todas, o que você quer de mim? Olha só pra mim, olha minha carreira, olha a sua, olha bem pra minha moto... — Mike começa a perder o controle da fala e demonstra uma tal comicidade pelas coisas que ele achava desprezível em si.
Milaíne se aproxima mais do corpo de Mike, mas Mike já conhecia aquela atitude e dá um passo para trás:
— Eu sei que você não queria dar esse passo Mike, mas de verdade, eu quero você, e por mais absurdo que pareça, eu também pensei em você, tanto que nem conseguir me concentrar na cafeteria e decidir vim até aqui, na porta da sua faculdade, pra te ver! Olha, você quer conversar em outro local? Podemos ir até o seu apartamento... — Mike pratica o ato de abaixar a cabeça e sorrir. — Vamos deixar as mágoas de lado? E no momento pensar em nós?
A persuasão não é um dom divino, é exclusiva, lógico de poucos seres humanos, outra coisa significativa sobre essa característica, é que ela se difere da manipulação, persuadir é o ato de alguém querer algo, e no fundo o Mike queria.
— E quando eu era criança eu tinha mania de fazer bolinha com meu cuspe.
Malmente Emilly estava prestando atenção no que Henrique estava falando, mas o ato de fazer bolinha de cuspe na infância fez com que ela prestasse atenção na boca dele devorando um bife mal passado e em seguida lambendo todos os dedos, o que se era bem diferente de todo cidadão Londrino, mas acabou lembrando dos seus irmãos, apanhando por sinal, após em uníssono lamberem os dedos.
O toque do seu celular começa a soar pelo ambiente.
— É a Celine....
— Ah, tudo bem, pode ir atende-la! — Exclama Henrique limpando os dedos no guardanapo, ao perceber o que havia feito.
Emilly anda firme até o banheiro e atende animada a uma das suas razões de está trabalhando ainda na Lemmon's Free:
— Celi...
— Olá senhorita Stevens...
— Haha! Muito engraçadinha você.
— Eu fiz um peixe aqui mulher, que você com certeza iria adorar, então, quer vir?
— Então... — Emilly cora. — Não vai dar não...
— Ai meu Deus, vai me dizer que está com o senhor ricão?
— Não, não, estou com o nosso colega de trabalho...
— Ai Jesus, o Henrique? Emilly Hall, pelo amor do que criou os céus e a terra, você é apaixonada pelo Joe...
— Quem te disse isso? — Emilly pergunta sarcástica.
— Olha você tá ouvindo isso aqui? Minha filha chorando, querendo mama, isso sim que é problema meu, mas eu só acho que você deveria parar de muita agonia e assumir logo seu macho artista...
— É assim é? — E Emilly recebeu o beap na cara.
Por mais que fosse difícil de admitir, Celine estava certa, ela podia ter tido alguns relacionamentos, mas sabia que era um ato de covardia iludir Henrique, talvez era a hora de dizer pela primeira vez um pouco de verdade.
— Demorou....
— Olha Henrique, eu quero te dizer algo... — Na mente do Henrique naquele momento, predominava apenas dois pensamentos, o primeiro que acontecera algo com Celine, e o segundo que Emilly falaria que estava sentindo algo por ele.
— Aconteceu alguma coisa com a Celi? — Ele optou pela primeira.
—Ah, não, não...
— Olha Emilly, antes que você fale, eu que quero falar... — Henrique pega na mão dela e fita nos grandes olhos negros a sua frente, mas o momento foi devidamente cortado com a presença de Joe Stevens.
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