Enquanto Mike tomava uma ducha quente, Milaíne decidiu dá uma de mulher invisível e invadir o quarto de Emilly.

Astuta, ríspida e veloz, tentava encontrar algo, algo que alimentasse ainda mais as paranoias da jovem garota cheia de adjetivos. A demora não acontecera, em cima do criado mudo, Milaíne encontra uma folha de papel, desdobra cada parte e sorrir maliciosamente. 

— Ah! — Suspira Mike. — Sou um novo homem... — Mike se joga na cama com toda força, fazendo Milaíne revirar os olhos. 

— Mike, como vamos ficar em relação a sua amiguinha?

— Está falando da Emilly? — Milaíne afirma com sua cabeça. — Olha, ela acha que eu odeio você e que você a odeia, deveria pegar menos pesado...

— Mike, amorzinho, é uma relação de trabalho, Emilly é muito dispersa e conversadeira, é intolerável em um ambiente de trabalho, concorda? Ou ainda vai defende-la? — Mike se cala, não queria abrir uma discussão, sobre todo aquele motivo. 

Mike Pierce, no auge dos seus vinte e quatro anos de idade era o aluno mais inteligente de toda a sua faculdade, dedicara sua vida, voluntariamente e involuntariamente para os estudos. Filho de um pai ausente, talvez esse fosse o motivo pelo qual sempre tentava impressiona-lo, e sua arma secreta se conduzia através dos estudos, mesmo sendo uma arma totalmente fraca, pois nem se quer seu pai o ligara, ou mandara nenhum tipo de mensagem.

Conheceu Emilly Hall no início da sua faculdade, enquanto ambos foram beber água no mesmo bebedouro, um compartilhamento de copo se tornou uma sólida amizade. Decidiram logo dividir apartamento, teve que enfrentar seus colegas praticamente uma ano, achando que eles dois eram namorados, mas não, só havia cumplicidade. 

Pierce estava preocupado diante a sua relação com Emilly, após está ficando com Milaíne sem simplesmente falar-lhe nada, principalmente no mesmo apartamento que dividiam, outra coisa que o preocupara eram os motivos ao qual Milaíne o escolhera, ele era apenas conhecido como: Geek, o baixinho de óculos que estudava física. 

— Acho que não precisamos contar logo de imediato para ela... — Destaca Milaíne se espreguiçando na cama. 

— EU NÃO QUERO ACREDITAR QUE EMILLY ESTÁ COM O HENRIQUE! — Joe não queria se dá  o prazer de pensar como o Tob, fingira não ver a presença de Henrique e Emilly de mãos dadas, especificadamente na mesa sete. — POR ISSO EU NUNCA ASSISTO NOVELAS!

O único questionamento de Joe era: O que eles faziam juntos no restaurante preferido dele? Seria por isso que ela pediu mais tempo? Por quê estava com o Henrique? 

Emilly da mesa não consegue tirar os olhos de Joe, suas pernas trêmulas identificava que ela estava com um grande problema e que teria que resolver. 

— Emilly, eu sei que está muito dispersa, mas quero muito que considere meu pedido de somente conhece-la melhor, somente isso... Podemos sair todos os dias após nossos expedientes e tentarmos. 

— O que você disse, mesmo? — Era muito difícil não notar que Hall estava sem um pouco de vontade de manter aquela conversa.

— Olha, acho que já vou indo... 

— Henrique... — Ela segura sua mão, e se põe no lugar dele,  mesmo parecendo horrível o que estava fazendo era necessário dizer a verdade, pois o amor é assim, sai sempre um machucado. — Eu quero te agradecer por todo esforço, mas não estou interessada em relacionamentos no momento... — Henrique somente afasta a cadeira e encaminha seu olhar para a direção onde ela somente olhava, e viu quem estava lá, Joseph Stevens e no mesmo instante tirou suas próprias conclusões. 

Joe se sentia aliviado ao ver o talvez casal saírem do restaurante, podia comer seu Spaggetii ao molho branco em paz, mesmo com o Tob depositando em seu cérebro uma canção triste.

— Love of my life, you've hurt me
     You've broken my heart
     And now you leave me... — Agora sentiam o que talvez  Freddie sentiu, sua conexão com Emilly vai além de dois corações, era algo inexplicável, assim como no século XIX, quando o hemisfério norte passou um ano sem saber ao menos o que era o verão. 

Ele não queria mais alimentar aquelas desilusões, pela primeira vez não conseguia comer seu prato favorito, e sim, por causa de uma mulher. 

— QUAL A RAZÃO MOTIVO E CIRCUSTÂNCIA, PARA NOS TORNAMOS TÃO IDIOTAS QUANDO NOS APAIXONAMOS?

Ao sair do  Italian, Joe foi surpreendido pela figura de Emilly em sua frente:

— Joe, eu sei que e você me viu com o Henrique... — Emilly nunca o vira assim, e olha que só tinham pouco tempo de convivência, esperava ele pegar o famoso bloquinho de anotações, mas a espera não adiantara de nada, ele continuava parado olhando-a firmemente. — Eu sei que pareceu algo estranho, mas eu não estou com o Henrique e nem com você...  

Joe procura seu bloquinho no suéter, com a falha de achar entrou novamente no Italian, foi até sua mesa, pegou um guardanapo  e pediu emprestado ao garçonete uma caneta e entregou a Emilly:

"Então porquê tomou inciativa daquele beijo?"

Uma coisa era clara, nunca tome iniciativa de nada se não tiver a plena certeza do que desejas.