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7. Touro

No dia seguinte, todos sabiam que eu tinha um encontro com Lucas. Exceto meus melhores amigos.

- Por que tá todo mundo olhando para a gente? - Carol quis saber, continuando a andar com a cabeça erguida. Sabia que não demoraria um segundo pra ela partir pra cima de alguém.

- Calma. - Pedi, vendo Lola olhar sua própria roupa para ver se estava bagunçada ou suja.

- Deve ser porque andamos com o projeto do Universo chamado Julia que semana passada estava pulando no pescoço de todo mundo e hoje está desfilando com bijuterias e penteados.

- Não é um penteado. - Corei de imediato e vi o olhar de Guilherme no meu, logo vindo me abraçar para si, provavelmente para que eu não ficasse tão envergonhada pelo seu comentário.

- Você fez duas tranças boxeadoras e quer falar que não fez penteado para vir à escola? - Carol revirou os olhos assim que se sentou em uma das mesas do pátio.

- Tudo bem, talvez seja por isso. - Dei um sorriso sem graça, olhando à minha volta.

Queria desviar o assunto, porque não queria que aquela história do meu encontro com Lucas chegasse aos ouvidos de Carolina. Sabia que ela não aceitaria tão bem.

As garotas me olhavam debochando e com ódio também. Sabia que Lucas poderia estar apenas caçoando, mas não me importava. Eu só queria ser clara com ele e pedir para ele ir atrás de alguma outra garota que não fosse eu. Jamais poderia ficar com ele.

Já os garotos eram mais discretos, exceto os do grupo de Lucas. Encontrei o olhar do Lucas em mim enquanto batia com força na mão de algum amigo seu que se aproximava. Uma piscadela foi direcionada a mim e eu me virei rapidamente, voltando a prestar atenção nos meus amigos e em Davi, que chegara sorrateiramente e havia sentado ao lado de Lola, abraçando minha amiga.

Eu até teria ciúmes dos dois, mas simplesmente estava amando vê-los juntos. Talvez fosse humanamente impossível que um signo me fizesse ter ciúmes dos dois separadamente, sendo que juntos estavam se fazendo muito bem.

Logo na saída, Carolina ficou silenciosa e, quando estávamos esperando nossas carona, me chamou para conversar.

- O que foi, Carol? - Perguntei, preocupada que ela tivesse descoberto sobre Lucas.

- Não sabia que a característica de Touro era cinismo. - Sua voz estava embargada e eu sabia que ela havia descoberto.

- Carol...

- Não. - Ela ergueu sua mão e me olhou com seus olhos avermelhados. - Tudo bem se você gostar dele, se você quiser ficar com ele, mas teria sido melhor descobrir por você.

Meu lábio inferior tremeu e eu assenti, engolindo em seco. Não queria ficar com ele e queria dizer isso, mas a garota saiu a passos largos antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.

Agradeci por minha mãe ter aparecido naquele momento e saí sem me despedir dos meus amigos. Não tinha certeza se ela tinha dito algo para eles, mas também não queria ser eu a dar a notícia. Naquele dia fiquei mais silenciosa no carro, sabia que temia desabar se abrisse a boca. Agradeci aos céus por Lola não ter ido junto hoje. Talvez ela soubesse.

Tentei ligar para ela assim que cheguei em casa, mas só dava na caixa postal.

Digitei uma mensagem rápida para Carolina.

Eu: Carol, me desculpa não ter contado antes. Eu temia que você reagiria dessa exata forma. Mas saiba que eu vou me encontrar com o Lucas para que ele me deixe em paz. O garoto não para de me enviar mensagens e eu quero resolver isso com ele cara a cara. Mil perdões, mesmo. Eu te amo, amiga, e sei que estou dando muita mancada ultimamente. Espero que entenda.

Não sabia se ela me responderia, não sabia nem se ela iria ler a mensagem.

Foi por essa situação, por ter errado com a minha melhor amiga que eu desisti de ir ao encontro com Lucas. Sabia que não iria conseguir desenvolver uma conversa como queria com o garoto e apenas perderia meu tempo me deslocando. Não avisei para Lucas e sabia que aquilo não o deixaria feliz, mas estava ocupada demais me afundando no sorvete que tinha no freezer.

O interfone tocou perto das quatro da tarde. Estranhei, porque eu quem recebia visitas em casa. Talvez meus irmãos estivessem esperando alguém. Quando ia voltar a ver minha série, o interfone tocou mais uma vez e eu me levantei para atendê-lo. Talvez fosse Carolina querendo conversar. Será que o bolo que o Lucas levou havia sido visto e ela resolvera vir me ver?

- Pronto. - Ofeguei ao interfone, afobada demais com a possibilidade em minha cabeça.

- Ju, tem um garoto chamado Lucas aqui querendo subir. É seu amigo?

Encostei a cabeça na parede fria ao lado do interfone e fechei os olhos. Não podia acreditar que ele se lembrava onde eu morava. É claro que sabia, ele já fora amigo do Tuti. Mais ainda, não acreditava que ele tinha vindo atrás de mim.

- Pode deixar subir. Obrigada. - Murmurei e coloquei o interfone no gancho.

Eu e Davi não tínhamos idade para permitir a entrada de ninguém, mas meus pais haviam dado permissão para que autorizássemos amigos. Eles confiavam em nós e também sabiam que a gente poderia dedurar um ou outro irmão caso trouxesse algum namorado ou namorada para casa. Nós nunca fizemos isso, seja por chantagem ou por não ter nada a ver com a vida do outro.

E daí se meus irmãos queriam transar? Eles tinham esse direito. E não havia espaço para machismo entre nós nesse aspecto, também trazia quem eu queria e quando queria.

Mas aquele não era o caso de Lucas, eu nunca havia chamado o garoto.

Quando ele apareceu na minha porta, não havia perdido o jeito galanteador.

- Julinha. - Ele sorriu e se aproximou, beijando meu rosto e tocando minha cintura enquanto meu arrastava para longe da porta.

Empurrei a porta para então poder afastá-lo. O garoto tinha um sorriso de canto, mas a expressão ainda carregava confusão.

- O que foi?

Respirei fundo e fechei os olhos, buscando a calma que esse signo trazia.

- Lucas, a gente precisa conversar. E isso não abrange a parte sexual. - Ergui as sobrancelhas, olhando-o por baixo dos cílios.

- Tudo bem. - Murmurou, parecendo insatisfeito por um momento.

Puxei-o para o sofá e antes que pudéssemos nos sentar, Tuti apareceu em nosso campo de visão.

- Lucão? - Meu irmão abriu um enorme sorriso, olhando de mim para Lucas com malícia no olhar. - Quanto tempo, cara!

Os dois se cumprimentaram com um aperto de mãos e batidas nas costas, bem no estilo macho alfa mesmo.

- É mesmo. Precisamos combinar de sair, Dog.

Comecei a rir, mordendo o lábio logo em seguida ao ver o olhar dos dois em mim. Nunca me cansava de rir ao ver os amigos do meu irmão chamando-o de "dog". Meu irmão era, no máximo, um pinscher.

- O que veio fazer aqui? - Meu irmão apontou com a cabeça para mim.

- Depois a gente fala sobre isso, Tuti. - Peguei no braço de Lucas e o puxei para que fôssemos até meu quarto, enquanto via Lucas dar de ombros para ele, como se não entendesse meu comportamento.

Assim que fechei a porta atrás de mim e me recostei nela, vi Lucas caminhar até minha cama, sentando-se ali e me olhando. A expressão nunca abandonava a malícia.

- Sabe o que eu adoraria mais do que um passeio no shopping? - Esperei que ele continuasse a falar, seria grosseiro interrompê-lo. - Uma tarde de séries e beijos.

Engoli em seco e me sentei de frente para ele, tomando as mãos dele nas minhas. Seu polegar acariciava as costas das minhas mãos enquanto eu tomava coragem para começar a falar tudo o que eu tinha para falar, organizando tudo dentro da minha cabeça.

- Lucas, escuta. - Levantei meu olhar para ele e fui interrompida.

Seus lábios acertaram os meus em cheio e eu arregalei os olhos. Uma mão de repente segurava minha nuca e a sua língua pedia passagem por entre meus lábios. Empurrei-o com mais força dessa vez e o vi confuso mais uma vez.

- Julia, você tá mandando sinais confusos. Por que me empurrou? Você é virgem? É isso? - Lucas perguntou, a mão na nuca agora acariciava meu rosto.

Tratei de tirar sua mão do meu rosto para que não corresse o risco de mandar mais nenhum sinal errado. Eu só queria passar o recado da forma menos dolorida possível.

- Me desculpa, Lucas. Eu deixei você subir aqui porque eu queria muito te falar que você precisa desencanar de mim. - Sua expressão murchou e eu me mantive firme, precisava falar aquilo de uma vez. - Nós nunca vamos ficar juntos. Carolina te ama muito e eu jamais faria isso com a minha amiga.

Sua risada interrompeu meu raciocínio e eu o olhei confusa: qual era a graça?

- Você não quer ficar comigo por causa da Carolina Araújo? É sério isso? - Debochou. - Pelo amor de Deus, você realmente acha que ela faria isso por você?

- Não preciso nem pensar, Lucas. Eu tenho certeza que a Carolina faria o mesmo no meu lugar, se não melhor do que eu. E não é só por ela. Eu também jamais me sujeitaria a ser só mais uma na sua vida.

- Você não seria mais uma. - O garoto tinha as sobrancelhas erguidas na minha direção. - Seria a única.

Ela começou a se aproximar e eu ergui uma mão na sua direção.

- Não. - Empurrei seu rosto e me levantei.

- Por favor, Julia. - Sua mão, ainda presa à minha, me puxou para si e eu fiquei entre suas pernas enquanto ele deitava a cabeça sobre minha barriga e choramingava um pedido.

Acariciei seus cabelos lisos, longos e negros, pensando por um momento no que deveria ser dito naquele momento.

- Qual o seu signo, Lucas? - Foi o que pareceu apropriado naquele momento.

O garoto olhou para mim, os olhos nem um pouco marejados como eu achei que estariam, mas parecia confuso.

- Câncer. O que isso tem a ver?

Me afastei mais uma vez e continuei o raciocínio sobre o que me lembrava daquele signo.

- Manipuladores, melancólicos... - Comecei a caminhar pelo quarto.

- Como é? - O garoto ofegou e eu me virei para ver que ele havia se levantado.

- Seu signo. Essa é a definição que mais se usa para ele.

- Já que você vai ficar me difamando, então é melhor eu ir embora.

Tive vontade de rir, porque ele estava se mostrando como o próprio signo. Provavelmente achou que eu o impediria, mas alcancei a porta e abri.

- Eu te levo até a saída.

O garoto me olhou em curiosidade, não esperava essa reação da minha parte. Passou por mim e saiu pela porta da frente sem se impedir, apertando o botão do elevador diversas vezes para que chegasse mais rápido. Não chegaria. Sabia que o tempo se arrastava para ele naquele momento.

- Espero que tenha entendido nossa conversa. - Falei e atraí seu olhar. - Nada de mensagens no meu celular ou brincadeirinhas no colégio, Lu.

Sem dizer uma palavra e ainda me fitando, Lucas entrou no elevador e saiu dali às pressas.

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