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CAPÍTULO 2 - Emily Laurel Holden

Na segunda-feira, Jason se atrasou para chegar ao escritório. Janet, a secretária, sempre esperava que esse atraso fosse seguido por um sorriso cafajeste e um cheiro de perfume de mulher barata, mas por outro lado, veio seguido de alguns xingamentos e problemas com o carro.

Não que ela se importasse com isso, na verdade, o problema com o Lexus era apenas mais um detalhe em relação aquela segunda-feira, já que ela seria seguida por algo que Jason amava: Entrevistas com estagiários.

Se existia algo no mundo que Jason queria extinguir da área jurídica, eram estagiários. Eles tinham a única função de esgotar sua pouca paciência e lhe forçar a entrar em um estado de autonegação, já que não aceitava a burrice alheia, principalmente quando ele era o responsável por ela.

Sebastian Maddlen, por outro lado, fazia questão que os seus estagiários fossem os melhores e com isso, precisavam ser escolhidos a dedo, dessa forma, acabava que por ser o sócio majoritário, ocupadíssimo, deixava essa pequena e adorável função para Jason.

Que honra.

Isso fazia com que o seu dia fosse dominado por adolescentes de dezenove anos, com acne no rosto, e perguntas óbvias recheadas com respostas cretinas. Mais um dia feliz com entrevista de estagiários.

Disposto a fazer aquele inferno terminar, respirou fundo e prometeu para si mesmo que não iria humilhar nenhum dos estagiários naquela manhã. Iria perder seu precioso tempo, iria manter a paciência e não faria ninguém chorar.

— Jane – Disse apertando um botão no teclado do telefone sob a mesa. – Peça para que o primeiro entre. – Pediu para a secretária, que instantes depois estava abrindo a porta com um sorriso no rosto.

— Bom dia, senhor Castle. – Ela disse, sorrindo.

Janet Macoy tinha seus bons vinte e poucos anos. Pra falar a verdade, ele não sabia dizer exatamente quantos anos ela tinha, mas parecia ser mais jovem que ele. Os cabelos escuros sedosos escorriam até abaixo dos seios, emoldurando o rosto de maças altas sob a pele cor de oliva, os olhos castanhos e um corpo de dar inveja pra muita gente, era alta e magra, mas isso não lhe impedia de ter curvas de deixar qualquer um de queixo caído. Pra falar a verdade, ele teria ido pra cama com ela na primeira semana se ela tivesse dado o sorriso errado, porém o profissionalismo dela era uma linha tênue entre a liberdade que chegava a ser irritante.

Ela colocou um copo de café sobre a mesa e lhe entregou uma pequena lista. Jason suspirou antes de subir a sobrancelha e pegar a folha.

— O que é isso? – Questionou ao ver os nomes dos candidatos em ordem, onde alguns deles continham um pequeno asterisco na frente do nome.

— Selecionei algumas pessoas de antemão, sabendo da doença do transtorno de estagiários que você sofre. Acho que abatedouro ficaria um pouco mais rápido dessa forma, já que você tem uma reunião ás doze horas e não pode se atrasar. Por favor, confie em mim. – Ela debruçou sobre a mesa, pegando sua mão, fazendo-o erguer os olhos em sua direção. – Você não vai se arrepender. – Piscou, dando um pequeno gole no café, antes de se erguer. Antes que pudesse se afastar o suficiente, Jason lhe deteve segurando sua mão.

— Jane, eu já disse que te amo hoje? – Perguntou, fazendo cara de cachorro sem dono. Novamente, ela exibiu o lindo sorriso.

— Se você me amasse como diz eu ganharia mais, senhor Castle. – Respondeu piscando pra ele, antes de seguir para a porta. — Posso chamar a primeira vítima?

— Você será recompensada por isso. – Ela deu os ombros, meiga.

— Me arrume uma reserva naquele restaurante oriental na quinta avenida. Você sabe que eu amo um sushi. – Falou arregalando os olhos, antes de se afastar e fechar a porta atrás de si.

Jason olhou para a mesa e deu um gole no café. Acima dela havia uma pilha de pastas e pegou a primeira antes de respirar fundo e deixar que o primeiro estagiário entrasse.

Foram duas horas e cinquenta minutos de profunda tortura. Ouvir o que cada um deles pretendia para a carreira de advogado, qual era o motivo de suas notas estarem parecendo uma montanha russa e porque gostariam de estar na Maddlen & Castle fez com que sua cabeça doesse. Dedicou-se a ouvir pelo menos cada um dos quinze candidatos por dez minutos e por mais que não quisesse admitir, Janet tinha acertado em 99,9% da sua listagem.

Anotou um último rabisco na ficha do último candidato: Não, definitivamente não! Antes de respirar fundo e observar que mesmo que sua lista estivesse acabado, ainda havia uma pasta sob sua mesa. Apertou o ramal da mesa de Janet.

— Diz que eu já posso ir comer. – Pediu em tom de suplica e quando a secretária respondeu percebeu que achava aquilo algo muito engraçado.

— Ainda não. Tem mais um. – Falou.

— Não tem mais nome na lista. – Ele disse, franzindo a testa, virando a folha de um lado para o outro, procurando um nome no verso.

— Ela foi colocada por último. É uma amiga do senhor Maddlen. – Respondeu e Jason suspirou, antes de largar o telefone e pegar a última pasta sob a mesa.

Emily Laurel Holden. 27 anos.

Ele franziu o cenho e respirou antes de dar o último gole no quarto copo de café do dia enquanto a porta do escritório era aberta. Ele não se deu ao trabalho de erguer os olhos para ela, apenas continuou observando a pasta enquanto sentia o perfume feminino dominar o ambiente.

— Você não acha que está velha demais para ser estagiária? – Perguntou, cruzando os dedos sob a mesa para erguer o rosto. O sorriso esnobe que carregava foi se dissolvendo devagar enquanto observava a mulher.

— Mas eu não sou estagiária. – Respondeu sorrindo. – Olá de novo, doutor Castle. Lembra de mim? – Ela subiu as sobrancelhas esticando a mão para ele. Jason se recusou a apertar. – A propósito, espero que tenham te devolvido o cheque. Foi muito caridoso da sua parte, devo ressaltar. E falando nisso, como anda o seu Lexus?

Era ela. A doida que havia causado – sim, a culpa era toda dela – o acidente no último sábado. Era por causa dela que havia se atrasado para o trabalho naquela manhã e por conta dela que tinha tido um prejuízo gigantesco para a reparação do veículo.

Ela era loira, tinha os olhos claros, era alta e magra. Usava um vestido verde musgo até os joelhos e saltos que quase lhe deixavam da altura dele. Os cabelos estavam presos e a franja caia emoldurando seu rosto de modo que quase lhe deixaria desconsertado. Ela se sentou sem ao menos pedir permissão.

— O que está fazendo aqui? – Perguntou com os dentes trincados. Emily abriu a boca para responder, porém ele lhe ignorou totalmente. — Estamos contratando apenas estagiários. Obrigado, a saída fica por ali. – Disse apontando para a porta, totalmente calmo. Emily tirou a franja do rosto, sorrindo.

— Eu já disse que não sou estagiária. – Afirmou novamente.

— Ah não? – Perguntou, enquanto folheava os papeis. – Porque aqui falava que você... – Ele hesitou, enquanto buscava a informação. – Ah, você é formada. Harvard, turma de 2006. Então você se formou faz cinco anos e até agora tem o total de... – Ele sorriu observando o currículo. – Você entregou as horas necessárias para a faculdade e não assumiu desde então? Qual o motivo... – Ele novamente olhou para os papeis, antes de erguer os olhos pra ela. – Emily?

— Acho que isso não é da sua conta. – Foi à vez de ele sorrir.

— Ah, não? Pensei que era eu quem tivesse te entrevistando, estagiária.

— Eu não sou estagiária.

— Mas seu currículo diz ao contrário. – Ele cruzou os dedos sob a mesa, maneando a cabeça como se lhe analisasse. Emily parecia totalmente confortável conforme ele lhe encarava, o que fazia com que Jason se sentisse particularmente desafiado. – O que adianta ser formada e não ter nenhum tipo de prática jurídica? – Suas sobrancelhas se ergueram. – O que eu farei com um peso morto igual a você? Vou colocar no canto pra manter a porta aberta, mandar buscar cafezinho ou limpar e rearquivar os contratos antigos do escritório? Porque pelo o que eu tô vendo aqui, é tudo o que você sabe fazer: nada. A Maddlen & Castle precisa de gente competente e não pessoas esperançosas que acreditam que vão conseguir alguma coisa com trinta anos nas costas. Eu ajudo a construir carreira e não a realizar sonhos, você deveria ter pensado nisso há cinco anos. Não vou te ensinar a fazer petições, meu bem, então acredito que já pode se retirar. Eu não posso te ajudar. Deveria se conformar com a vidinha que leva e deixar o direito pra quem entende. – Ele se ergueu, abotoando o paletó. Emily se manteve imóvel. – Já te mostrei onde fica a porta.

— Já terminou? – Perguntou, maneando a cabeça de um lado pra o outro, observando-o atentamente. Jason se manteve estático, enquanto tudo o que esperava era que ela começasse a chorar e fosse embora com o rabinho entre as pernas. – Ótimo. – Sorriu, se erguendo. – Meu nome é Emily Holden, trabalhei cinco anos em uma empresa de segurança privada que prefere se manter assim, privada, e resolvi a pouco tempo voltar a advogar, coisa que eu quis fazer desde que saí da faculdade. Como criei contatos nesse meu antigo trabalho, entrei em contato com Sebastian e ele permitiu que eu advogasse na Maddlen & Castle até quando achasse necessário. – Ela suspirou. – Agora, se me der licença, eu tenho uma reunião com Sebastian ao meio dia. – Ela olhou no relógio ao seu pulso. Era um Patek Phillipe, e se ele entendia bem, eram relógios feitos com exemplares contados. – E adivinha só, são quase meio dia e eu não quero me atrasar. Foi um prazer conhecer o senhor, senhor Castle. De novo. Espero que seja uma ótima jornada a partir daqui. – Ela pegou o casaco e a bolsa que tinha jogado na cadeira ao lado e se ergueu, estendo a mão. Jason não a apertou novamente e Emily não pareceu se importar muito com isso, apenas deu mais um de seus sorrisos e saiu da sala.

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