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25 - Midnight.

  Após alguns minutos, ouço passos vindo em minha direção e me encolho mais, com medo de quem poderia ser. 

- Posso sentar? - Um pedido invade o silêncio da noite, fazendo com que eu erga a cabeça e assinta ligeiramente, antes de voltar a afundar meu rosto entre minhas mãos. 

- Desculpe. - Sussurro. - Eu sei que a culpa não é sua, eu só...

- Precisava desabafar, eu entendo. - Ele fala gentilmente, me fazendo sentir cada vez pior pela forma como o tratei. 

- Mas não deveria ter sido em você! - Fungo - Eu sinto muito. 

- Está tudo bem, no seu lugar eu faria o mesmo. - Garante. 

- Faria? - Pela primeira vez, o encaro.

- Sim. - Ele assente - Você foi presa por algo que não fez, está triste, é compreensível. 

- Obrigada! - Em um movimento impensado, Inclino meu corpo em sua direção, o abraçando. 

- Por quê? 

- Por não me odiar. - Sinto um longo suspiro contra meu pescoço, enquanto ele ainda decide se retribui, ou não, o carinho.

- Não posso te odiar. - Ele suspira, como se o fato de "não poder me odiar" fosse um fardo. 

- Não? - Sento-me, o olhando com atenção. 

- Não. - Ele sorrir timidamente. 

- Acho que isso é bom. - Dou de ombros. 

  Passamos mais algum tempo ali. Julgando pela hora que saí da cadeia, já passa da meia-noite, e eu e Harry estamos sentados na calçada de uma rua qualquer, como dois mendigos sem ter para onde ir. Olho para a avenida à nossa frente e respiro fundo, soltando o ar devagar, aproveitando ao máximo o ar quente que saia ao suspirar. 

- Vai precisar de um advogado. - Harry alerta, me fazendo voltar a pensar naquele assunto. 

- É. Acho que vou. - Falo sem a mínima animação, encarando o chão incrivelmente limpo. 

- Se quiser, posso cuidar disso. 

- Não precisa, eu posso dar um... - Antes que eu continue, ele me interrompe. 

- Skye - Harry chama minha atenção - Por favor. - Ele pede, apesar de parecer uma ordem.

- Ham, acho que tudo bem. - Respondo, como se aqueles lindos olhos verdes fossem capazes de me hipnotizar à ponto de eu dizer apenas o que ele queria ouvir. 

- Ótimo, amanhã cuidamos disso. - Ele relaxa as costas contra a parede - Agora acho melhor voltarmos para casa, já está tarde. Pode ser perigoso. 

- Não quero ir para casa! - Nego,  antes mesmo que ele complete a frase - Não quero voltar agora, mas se quiser você pode ir embora. 

- Vou ficar, não tenho nada melhor para fazer. - Cruzando os braços sobre o peito, ele me encara. 

- Oh, certo. Mas você não tem medo de ficar aqui, na rua?

- Eu sei me defender, ninguém me fará mal. - Ele olha em volta, como se tivesse certeza de que, qualquer pessoa que estivesse aterrorizando a cidade, jamais o machucaria. 

- Como pode ter certeza? 

- Eu apenas sei. Agora, por favor, fique quieta, eu odeio perguntas. 

   Após esse pedido, obviamente me calo. Olhando ao redor percebo que estamos no centro da cidade, tudo está tão silencioso que simplesmente não reconheci. Encosto a cabeça na parede fria, e fecho os olhos por alguns segundos, até que um barulho alto me faz abri-los rapidamente. 

  Olho para a direção de onde vinha aquilo e não avisto nada, além de escuridão. Olho para Harry e ele estava de olhos fechados, com o chapéu cobrindo parte do seu rosto. Sussurro seu nome algumas vezes, mas sem respostas. 

- Harry? - Cutuco seu braço com certa força, até que ele me olha.

- O que houve? - Ele junta as sobrancelhas. 

- Eu ouvi um barulho. - Sussurro. 

- Estamos na rua, é normal. - Ele dar de ombros. 

- É sério, acho que tem alguma coisa ali. - Aponto para um pequeno beco à nossa direita, então o barulho se repete, só que desta vez mais alto. 

- Vou lá olhar. - Ele se levanta devagar, caminhando em passos lentos até o lugar. Ele fazia tudo tão naturalmente, que era como se já estivesse acostumado a chegar devagar.

  Após alguns minutos, ouço caixas caindo e de repente, um gato preto pula em mim, me fazendo gritar de susto.

- Não precisa ter medo, é só um gato. - Ele revira os olhos. 

- Eu só me assustei! - Bufo. 

  Antes que Harry responda, uma silhueta aparece entre a fina neblina que tomara conta da rua, nós observamos aquilo se aproximar, com certo receio, até perceber que se tratava de um morador de rua. O senhor, por volta de setenta anos, estava sujo, sua barba aparentava estar a anos sem ser feita, um de seus olhos estava mais claro que o outro, mostrando que ele era cego e suas roupas eram apenas pedaços de panos um sobre o outro. 

- Boa noite. - Sua voz cansada resmunga, quando ele para a nossa frente. 

- Olá. - Respondo. 

- O que você quer? - Harry se aproxima dele, me fazendo ficar de pé para impedir qualquer besteira que ela possa tentar fazer. 

- Apenas algumas moedas, meu jovem. A não ser de você!  - Ele aponta para mim - Sei que na cadeia não é permitido entrar com essas coisas. 

- Como sabe onde eu estava?  - Me aproximo,  ultrapassando a barreira que Harry havia formado entre nós. 

- Vivo aqui a muitos anos, eu sei de tudo. - Enfatizando o "tudo" ele olha para Harry. 

- Bom, mas não temos nada para você. Vá embora! - Ele fala entre os dentes. 

- Tem sim. Eu quero aquilo!  - Ele aponta para o meu anel de prata que ganhei de Matt. 

- Não posso dar isto, foi um presente. - Afirmo.

- Ora, menina, você pode comprar outro, eu não. Por favor, não irá custar nada! - Ele insisti.

- Ela já disse que não, saia daqui! - Harry ordena.

- Por favor, minha jovem, só o anel! - Ele dá um passo a frente, fazendo Harry avançar sobre ele.

  Harry sussurra alguma coisa para o homem, que arregala os olhos e nos olha, em seguida saí andando tão rápido quanto achei que ele não poderia. 

- O que você disse?  - Pergunto,  assim que Harry volta. 

- Nada demais, apenas que ele estava me irritando.  - Ele se encosta na parede e tira o chapéu, passando as mãos por seus cabelos.

- Harry? 

- Sim? 

- Quero ir para casa. - Peço quase choramingando. 

- Certo. - Ele sorrir da minha mudança de opinião - Vou te levar para casa!

  Nós caminhamos um pouco até a frente da delegacia, onde seu carro preto estava estacionado. Logo começamos a viagem que parecia não ter fim, olho pela janela e vejo a cidade xom apenas algumas luzes acesas, a maioria das pessoas já estavam dormindo, até que passamos na frente de uma casa grande e um grupo de adolescentes bêbados saia de lá, sorrio ao ver a cena e logo olho para Harry que mantinha os olhos fixos na estrada. 

- Como descobriu que eu estava presa? - Me sinto estranha falando isso, ainda não acredito no que aconteceu. 

- Vi sua mãe chegar em casa, ela chorava muito e eu perguntei o que aconteceu, aí ela me contou e eu me ofereci para ajudar. 

- Obrigado, pela ajuda. - Agradeço. 

- Foi um prazer, Skye. 

   Logo depois da próxima curva, chegamos em casa. Saímos do carro e caminhamos até lá, Harry entra pelo pequeno porta de madeira ao lado da casa e vai para o galpão, enquanto eu abro a porta com a chave reserva mantida atrás de uma planta. 

  Entro devagar e tiro os sapatos para tentar fazer silêncio, até que um pigarro é ouvido atrás de mim. 

- Onde você estava? 




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