Pedro narrando

[...]

Chego na empresa, e vou diretamente para a minha sala. Ao chegar na mesma, sento em uma cadeira e ouço baterem na porta. Ouço passos e direciono meu olhar para o tal indivíduo.

Pedro: O que você quer?

Arqueio a sobrancelha.

Henry: Vim saber como o meu maninho está. -Fala em tom de ironia-.

Pedro: Vai se fuder.

Henry: E a Laura?

Pedro: Henry, eu não quero problemas.
Estou de boa, então, sai daqui.

Otávio: Com licença. -Meu pai se aproxima-. Henry, quero conversar com você.

Henry: Então, vamos!

Henry me lança um olhar, reviro os olhos e ambos saem da minha sala.

Otávio narrando

Saímos da sala de Pedro, e fomos diretamente para a minha. Me sento na minha cadeira, e ele se senta em minha frente.

Henry: Fala.

Otávio: Não quero que arranje brigas com seu irmão.

Ele ri irônico.

Henry: Me poupe, Otávio.
Eu já sei de tudo!

Otávio: Tudo o quê?

Henry: Eu sei que sou adotado!

Otávio: Como você descobriu?

Henry: Eu escutei uma conversa sua com a Mary.

Otávio: Henry.

Henry: Por quê você acha que fiz aquilo com o Pedro? Eu já não gosto dele, mas, o fato de vocês terem me escondido isso, é demais pra mim.

Otávio: Nós não contamos para protegê-lo.

Henry: Ah claro, agora eu entendo o porquê de vocês se ligarem mais ao Pedro.

Otávio: Henry...

Henry: Quem são meus pais biológicos?

Otávio: Não sei.

Henry: Fala logo!
Você é muito influente, tenho certeza que sabe sim.

Otávio: Sua mãe é uma prostituta e seu pai está desempregado.

Henry: Mentira! -Grita, se levantando-. Me fala a verdade.

Otávio: Eu estou dizendo a verdade. Por quê acha que o trouxemos de um orfanato?

Ele se vira, e sai da minha sala.