Pedro esteve sempre colado à mim, essa noite. Apesar de ter muitas mulheres dando em cima.

Não que eu esteja reclamando dele estar aqui, mas, é estranho.
Ele fica me olhando muito, tipo nesse exato momento.

Laura: O que foi? Por quê está me olhando?

Pedro: Promete que não fica brava?

Arqueio a sobrancelha.

Laura: O que você fez, Pedro Smith?

Pedro: Não é o que eu fiz, mas, o que vou fazer.

Laura: Hãm?

Ele vêm até mim, coloca uma de suas mãos em minha nuca, entrelaçando assim os meus cabelos em seus dedos.

Seu olhar cruza o meu, e antes que eu pudesse dizer algo, ele me beija com toda intensidade.

Ele agarra firme com uma de suas mãos, a minha cintura. Minha mão vai para o seu pescoço, e a outra está em seu cotovelo.

O mesmo morde o meu lábio inferior, recuperando o ar, mas, em segundos ataca novamente a minha boca.
Desta vez, ele ousa e enfia a sua língua na minha boca, nossas línguas se tocam e sua pegada fica mais forte.

Seus lábios nos meus.. Parece que o mundo parou. Eu não ouço a música, estou perdida em seus lábios.

Me coloco na ponta do pé, assim aprofundando o beijo.
Sua mão que estava em meu cabelo, agora desce para  minha bochecha, assim a acariciando-a com o seu polegar.

Separo as nossas bocas quando o ar falta, respiro fundo. Seu olhar está sobre mim, certeza!

Olho em seus olhos, e estão mais escuros.

Pedro: Desculpe, não me segurei.

Balanço a cabeça negando.

Laura: Tudo bem, eu correspondi.

Ele sorri de lado.

Barman: Com licença, senhores.
Aquela moça pediu para lhe entregar isso.

Olho pelo canto do olho, ela acena para o Pedro.

Suspiro derrotada.

Pedro: Eu.. Pode levar de volta.

Ele passa a mão pelo meu braço, e um arrepio percorre meu corpo.

Já não estou virada para ele, e sim de lado. Sei que está me olhando e isso me deixa envergonhada.

Deixo meus lábios umedecidos com a língua.

Laura: Eu vou embora, estou cansada.

Pedro: Vou com você.

Laura: Não!
Aproveita a noite, você quase não aproveitou. E dá pra ver que têm várias dando em cima de você, e algumas comendo com o olhar.
Tenha uma boa noite, senhor Smith.

Me viro e saio andando até a saída.

Pedro: Laura, espere, por favor! -Paro de andar, ficando de costas pra ele-. Posso te levar, pelo menos?

Laura: Tanto faz.

Dou de ombros.

Continuo andando, agora em direção ao seu carro, entro e coloco o cinto. Encosto minha cabeça no vidro e ele dá partida.

Não falo nada, estou estressada mesmo.

Por quê ele têm que fazer tanto sucesso com as mulheres?

Laura: Obrigada.

Falo assim que chegamos na entrada do meu prédio. Saio do carro, assim como ele.

Vou em direção a porta, abrindo-a. Me viro e o mesmo está encostado no carro.

Laura: Vou entrar. -Se na educada, Laura Kennedy!-. Quer entrar?

Falo por fim, e ele aceita sorrindo.

Entro e vou para o elevador, logo o mesmo entra. Seleciono o andar, me encosto na parede. Chegamos, abro a porta e dou espaço para o mesmo entrar.