Márcio vem até mim, me abraçando, e no mesmo instante eu o aperto.
O mesmo sussurra em meu ouvido se desculpando, suspiro e nos afastamos.

Laura: Vamos embora.

Márcio: Tudo bem. -Se vira para Henry-. Nunca mais ouse tentar algo contra ela, nunca mais chegue perto dela, nem sequer a olhe. Entendeu? Não quero ouvir mais falar de você. -Se vira para mim-. Vamos embora.

Márcio pega na minha mão, e saímos da sala de Henry.
Vamos até o elevador e descemos até o térreo, e logo depois vamos para o carro.

Pedro: Laura.

Me viro para o dono da voz.

Laura: Oi, Pedro.

Pedro: Pode me explicar o que está acontecendo? É que.. estou boiando.

Laura: Não é nada, não se preocupe.

Pedro: Ele te ameaça? Me fale, por favor.

Laura: Não, Pedro.
Esqueça essa história, por favor.

Pedro: Tudo bem, me desculpe.
Não tenho nada haver com sua vida.

Percebo que ele ficou magoado, me aproximo e o abraço.
Suas mãos vão para minha bunda, assim retribuindo o abraço. Passo a minha mão direita por sua nuca, a acariciando-a. E por fim, nos separamos lentamente.

Laura: Eu já vou.

Ambos sorrimos.

Entro no carro, e Márcio dá partida.

Chego em casa completamente morta, o efeito dos comprimidos ainda não passou.

Márcio: Vou preparar algo para você comer, nem parece nutricionista.

Laura: Desculpe, sei que fui idiota.

Márcio: Não, Laura.. Eu te entendo, só que.. -Bufa-. Eu fiquei irritado, e acabei descontando em você.
O que quer comer?

Laura: Tanto faz.

Dou de ombros.

Márcio: Tá bom, então. -Sai-.

Vou até o meu quarto, e tomo um banho. Visto algo fresco, pois está calor, e faço um coque.

Vou até a cozinha, me sento em cima do balcão, e observo o Márcio.

Laura: O que é?

Sorrio empolgada.

Márcio: Lasanha.

Laura: Gordice.. Adoro! - Ele sorri-. Janta comigo? -Faço bico-.

Márcio: Tinha combinado com a minha morena. -

Sorrio ao lembrar que Pedro também me chama assim.

Laura: Chama ela, então.. Dá para três, certo?

Márcio: Sim, mas... -Sorri-. Chama o Pedro, não quero que fique de vela. -O fuzilo com o olhar-. Vocês estão se dando bem, o que custa?

Laura: Tá, mas.. Eu não tenho o número dele.

Forço um sorriso.

Márcio: Pega. -Me dá o celular-. Oi amor, vem jantar comigo? -Fala imitando a minha voz-.

Laura: Márcio! -O repreendo-. Se você não calar essa sua boca, eu pego essa colher de pau e enfio na sua boca.

Márcio: Que agressividade.