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Capítulo 9

Enquanto eu me arrumava para o jantar e também para o baile da minha madrinha, eu senti algo se revirando dentro do meu estômago, ao pensar na sugestão do Eduardo. E eu estava tão nervosa assim, pois apesar de saber que não era certo enganar a justiça, ao me casar com o meu amigo somente para adotar o Theo, eu também sabia que aquela era a minha chance mais real, de poder me tornar a mãe daquele menininho que eu tanto amava.

Passei uma maquiagem bem suave no rosto e então desci as escadas do chalé do Edu, ainda sentindo as minhas emoções entrando em conflito, dentro de mim.

Eu encontrei o meu amigo ali embaixo, sentado no sofá me esperando. E quando ele me notou ali, tão próxima dele, logo se ergueu e foi até a mim, parecendo estar tão nervoso e fora do lugar, quanto eu.

O Eduardo então me olhou profundamente com os seus olhos levemente esverdeados, e sem falar mais nada, acariciou a minha face carinhosamente.

Eu estremeci com o toque dele, pois apesar de tudo ainda ser como era antes, eu já não me sentia mais totalmente igual, depois da sugestão dele.

Eu devolvi o olhar para o Edu, percebendo que ele estava impecavelmente vestido, para os eventos daquela noite.

Eu sorri com timidez, pois era inegável que o meu amigo era um homem muito bonito e atraente, e que qualquer mulher que estivesse em meu lugar, aceitaria se casar com ele, mesmo que aquele não fosse um relacionamento de contos de fadas.

Mas eu, acima de tudo, tinha medo de que tudo acabasse muito mal; tanto na questão da adoção, quanto para a nossa amizade.

― Você está muito linda, Bia! ― ele disse, quebrando o gelo entre nós.

― Você também está muito bonito, Eduardo! ― eu disse com sinceridade, enquanto abria um sorriso na face. ― Vamos lá? Eu preciso me certificar de que o Theo tomou os remédios da noite…

― Vamos, sim… Mas pode ficar tranquila, pois eu já dei os remédios para o pequeno, enquanto você se arrumava ― ele disse, sem afastar os olhos de mim.

E estranhamente eu fiquei tímida e corada, ao ver que estava sendo observada pelo Eduardo, nos mínimos detalhes. 

― Obrigada ― eu falei, realmente agradecida. 

Não demorou muito e caminhamos em um silêncio constrangedor, até a residência principal. E ao entrarmos ali, fomos recebidos por Carlos e Natasha, que haviam acabado de chegar de São Paulo.

No entanto, ninguém estranhou a minha presença ali, pois eu era como se fosse da família, já que havia crescido ali, quando a minha mãe ainda trabalhava naquela casa.

― Como está bonita, Beatriz! ― Natasha disse, depois de me cumprimentar com um longo abraço. ― E como estão as coisas? Está gostando de morar em BH?

― Obrigada, Natasha ― eu disse, abrindo um longo sorriso na face. ― Eu estou amando! O Edu me ajudou muito na adaptação…

A mulher então lançou um olhar na direção do meu amigo, e então voltou novamente os seus olhos para mim.

― Ah, eu imagino mesmo! Afinal, na última vez em que nos vimos, ele só sabia falar de você e da sua mudança para Belo Horizonte… ― ela disse, enquanto parecia me investigar com seus olhos negros. ― E por falar nisso, eu já conheci o futuro filho de vocês… e posso dizer que já amei o meu sobrinho!

Eu até perdi a fala, ao notar que todo mundo ali, provavelmente, estava achando mesmo que eu e o Eduardo estávamos juntos.

Por sorte, o Carlos chamou a Natasha para ver alguma coisa, pois depois daquela sugestão tão explícita de que eu, o Eduardo e o Theo éramos uma família, eu já não sabia mais o que dizer, e nem muito menos como agir. 

Contudo, antes mesmo que eu recuperasse o fôlego, o meu tão amado e pequeno garotinho, veio correndo em minha direção, e logo pulou em meus braços, com um grande sorriso no rosto.

Eu o aninhei contra o meu peito, pois era assim que eu queria que o Theo ficasse, para sempre. Contudo, eu tinha muito medo de que aquilo se acabasse, antes mesmo de começar.

― Tia? ― Theo me chamou, enquanto me olhava com seus grandes olhos, que eram tão expressivos. ― Posso pedir mais uma coisa ao Papai Noel?

― Claro! ― eu disse, não querendo quebrar o sonho infantil dele. ― E posso saber o que vai pedir, ou é um segredo?

Theo então olhou para mim e depois para o Eduardo, aparentando exalar uma ansiedade, que era muito típica na infância.

― Eu quero que você e o titio sejam os meus pais… ― ele disse, mostrando-se muito irrequieto, o que eu logo notei ser receio, de ser rejeitado mais uma vez em sua vida.

Naquele segundo algumas lágrimas ameaçaram vir sobre os meus olhos, pois tudo o que eu mais queria era ser a mãe daquele garotinho tão doce e encantador, mas eu não sabia se aquilo seria possível. Contudo, me controlei e apenas sorri para ele, tentando disfarçar a minha angústia.

E antes que eu pudesse dizer qualquer coisa que fosse, o Eduardo se aproximou de nós dois, fazendo o meu coração disparar.

― O jantar está pronto… ― ele disse e logo notou, que estávamos em um momento importante. ― Eu estou atrapalhando algo?

― Claro que não! ― eu me adiantei em dizer, pois não queria chamar ainda mais atenção, do que já estava chamando. ― Vamos jantar, Theo?

Eu fiz de tudo para encerrar aquele assunto, mas o jovem garotinho estava mesmo, muito ansioso por uma resposta. 

― Tio, posso trocar os meus presentes por outra coisa? ― ele insistiu, enquanto se agarrava às pernas de Eduardo.

O meu amigo se abaixou e pegou o pequeno em seus braços, com um semblante muito preocupado na face.

― Mas você ainda nem sabe o que o Papai Noel irá trazer para você… ― Edu disse, tentando entender porque Theo parecia tão insatisfeito.

― É que eu prefiro ganhar uma família de presente… ― Theo falou, ainda muito agitado. ― Você e a titia poderiam ser os meus pais?

Eduardo ficou levemente boquiaberto com a sinceridade do pequeno, tanto que me encarou com profundidade. E naquele segundo, nós nos comunicamos através do olhar, pois o meu amigo sabia e eu também, que só tinha um jeito de realizarmos o pedido de Theo, e aquilo dependia mais de mim, do que de qualquer outra pessoa.

― Eu prometo que nós vamos conversar sobre isso com a tia Beth, ok? ― Eduardo falou, citando a assistente social do orfanato e tentando acalmar o garotinho, que esperava por uma resposta urgente. ― Mas para isso, você precisa comer e dormir no horário… então vamos logo jantar?

Theo fez que sim com a face, e em seu olhar, um brilho de esperança brilhava.

Nós então caminhamos até a mesa, e como eu imaginei, a minha madrinha havia separado as nossas cadeiras todas juntas, como se fôssemos verdadeiramente uma família.

Eu me sentei ali, mas engoli a seco, pois já não sabia se teria como desfazer aquele mal entendido, sem criar um desconforto na família.

― Nós estamos tão felizes de ter vocês aqui conosco hoje, nesse dia que é tão especial para mim e para a Sandra… ― Jorge disse, mostrando-se verdadeiramente emocionado com a presença da família, ali em sua casa. ― Há quarenta anos, eu e a Sandra decidimos ficar juntos para sempre, e foi graças a essa decisão, que hoje temos essa família tão linda!

― Ah, papai, não seja tão piegas! ― Milena reclamou, mas pelo sorriso em sua face, dava para ver que a sua implicância era teatral.

Eu sorri, pois admirava muito a união de Jorge e Sandra, que continuavam juntos e cheios de amor, mesmo após quatro décadas. 

― E você, Edu, não quer nos dizer nada também, não? ― Carlos disse, enquanto olhava para mim e para o Theo, de um modo bastante desconfiado. ― Estou te achando tão feliz hoje…

O meu amigo se colocou de pé em frente à mesa do jantar, fazendo com que todo mundo prestasse ainda mais a atenção em mim.

― Eu só estou feliz assim, porque estou ao lado das pessoas que eu mais amo na vida… ― Eduardo falou, com a voz embargada pelas emoções. ― E então, eu gostaria de propor nesse momento, um brinde ao amor e também à vida do pequeno Theo, que a partir de agora, também fará parte da nossa família!

Todos então ergueram as suas taças ― e as crianças os seus copos de personagens ―, e enquanto eu me juntava a todo mundo, pude perceber como o Theo se sentia importante, pois naquele segundo os seus olhos brilhavam mais do que duas pedras preciosas.

E foi naquele instante ― ao ver que a felicidade dele dependia, sim, somente de mim ―, que eu decidi que contrariando todo o meu autocontrole e senso de justiça, eu faria, sim, uma loucura, que mudaria toda a minha vida.

E que Deus me ajudasse, pois se alguém viesse a descobrir a verdade, tudo poderia acabar muito mal!

Depois de jantarmos e de eu colocar o Theo para dormir, eu me aproximei do Eduardo, que estava sozinho na varanda, tomando um ar.

Ele tirou os olhos na mata enegrecida e se virou para mim, ao notar a minha presença ali. E antes que o Edu pudesse falar algo, eu logo me adiantei.

― Eu aceito o que me propôs mais cedo… ― eu falei aquilo bem baixinho, pois ainda tinha medo das consequências dos meus atos. 

O meu amigo se aproximou de mim e me abraçou, permitindo que eu acalmasse as minhas emoções, em seus braços.

― Vai dar certo, Bia… ― ele disse, enquanto acariciava a minha face com a ponta de seus dedos, e me olhava com seus olhos cor de mel, que hora ou outra, ficavam levemente esverdeados. ― Mas por precaução, nós não podemos deixar que ninguém perceba que só estamos fazendo isso por causa do Theo…

― Eu sei ― eu disse, e aquela era a parte mais difícil, pois precisaríamos encenar uma intimidade que, na verdade, nós não tínhamos.

― Quando quer anunciar para todos? ― ele perguntou, realmente preocupado com o meu bem-estar e com a minha opinião. ― Mas saiba que se fizermos isso agora, ninguém irá estranhar…

Eu sinalizei que sim com a face, pois na realidade, eu nunca estaria preparada para mentir para aquelas pessoas, então em qual momento seria, pouco me importava.

― Pode ficar tranquila, que eu vou cuidar de tudo! ― ele afirmou, e mais uma vez, eu senti paz e segurança, por estar fazendo aquilo justamente com o Eduardo. ― E eu te prometo, que sempre farei o melhor para o Theo também…

― Eu confio em você, Edu! ― eu disse, pois não existia alguém que eu confiasse mais do que ele, no mundo. ― E obrigada por tudo, pois sei que vai ser muito difícil para você ficar sem...

Eduardo colocou um dedo em meus lábios, me calando.

― Deixa de ser tão preocupada, Beatriz! ― ele disse com bom humor e com um sorriso em sua face. ― Nós vamos fazer dar certo, ok?

Eu apenas sinalizei que sim com a face, pois sabia que a parte mais difícil ainda estava por vir, pois assim como a minha mãe não havia aceitado nada bem a ideia de que eu gostaria de adotar o Theo, eu sabia que ela também não gostaria nadinha, de saber que eu iria me casar com o filho da minha madrinha.

Mas aquele era o preço que eu teria que pagar, para poder garantir que o meu garotinho fosse feliz e bem cuidado em sua vida.


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