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Capítulo 8

Depois de tomar um banho bem demorado, eu encontrei a Beatriz lendo um livro, deitada em meu sofá, então resolvi deixar ela mais à vontade, e fui conversar um pouco com a minha mãe.

E depois de ajudar a dona Sandra em algumas atividades corriqueiras de seu amado lar, eu voltei para a varanda, a fim de observar o pôr do sol, que era ainda mais magnífico, visto ali de Itatiaia.

Contudo, antes mesmo que eu entrasse em meu estado de contemplação, a minha irmã surgiu do meu lado, com a cara mais deslavada do universo.

Tentei ignorar a sua presença, pois estava um pouco chateado com a intromissão dela, mas a Milena nem se importou com isso também.

Ela apenas me abraçou, enquanto sorria, da mesma forma maliciosa de mais cedo.

― Edu, eu estou doida para comer bastante doce, na sua festa de casamento… ― ela disse, e então fechei os olhos, pois a Milena não estava mesmo afim de me deixar em paz. ― Então que tal pedir a Beatriz em casamento, logo de uma vez?

Eu encarei a minha irmã com bastante seriedade, pois se ela continuasse falando naquele assunto sem parar, com certeza, ia deixar a Bia ainda mais constrangida do que já estava.

― Mi, pare com isso, por favor! ― eu adverti, com medo de que a Beatriz não quisesse ficar ali mais, por causa da Milena. ― Eu e a Bia somos mesmo, somente amigos… e essa sua insistência, está deixando ela muito sem graça!

― Fala sério, Edu! ― a minha irmã protestou, sem paciência. ― Eu já vi como os seus olhos brilham, quando olham para a Bia! Então por que complicar as coisas?

Eu engoli a seco, pois não esperava por aquilo, de verdade. E infelizmente, eu não sabia se eu agia mesmo assim, perto da Beatriz.

― Não tem um único dia, que você não fale da Bia para a gente! ― Milena disse, me deixando sem graça. ― E como hoje é o aniversário do dia em que o papai pediu a mamãe em casamento, há quarenta anos atrás, eu pensei que seria bem legal, caso vocês começassem a namorar hoje também… ― ela disse, com uma carinha de cachorro sem dono que só ela sabia fazer. ― A mamãe ia amar a novidade, ainda mais sendo hoje!

Eu balancei a cabeça em negação, pois a minha irmã era insistente e teimosa, como eu nunca havia visto antes.

― Acontece que a Bia só tem vinte e dois anos, e não está interessada em se casar, nem comigo e nem com ninguém! ― eu disse, me lembrando que provavelmente, a minha mãe faria o seu clássico baile em família, para relembrar o momento em que ela foi pedida em casamento. E era assim todos os anos, pois mesmo depois de quarenta anos, os meus pais faziam questão de manter acesa, a chama do amor que os unia. ― A vida não é esse conto de fadas que está na sua cabeça, não, Mi!

― Eu vi nas cartas, que vocês vão ficar juntos! ― ela disse, pois agora tinha dado uma de taróloga. ― E, aliás, ela só tem vinte e dois anos, mas não tem cara de que gosta dos molecotes da idade dela, não!

― Esse negócio de cartas é uma grande baboseira, Mi! ― eu falei, pois pensava isso mesmo sobre aquele assunto. ― E, por favor, se controle, Milena, pois eu quero que a Bia se sinta confortável aqui!

Eu já me preparava para sair, quando a minha irmã me segurou pela camisa, olhando em meus olhos.

― Se não quer parar de perder tempo, pode ao menos convidar ela, para ir com você no baile da mamãe? ― Milena perguntou, agora um pouco mais séria. ― O Carlos e a Natasha vão vir também, e a mamãe ia gostar bastante, dos filhos dela todos reunidos, relembrando os velhos tempos.

― Claro! ― eu disse, pois sabia como aquele evento era importante para os meus pais. ― Mas sem especulações impróprias, por favor!

Ok ― Milena disse, mostrando-se vencida pelo cansaço. ― Mas se mudar de ideia, posso te arrumar o anel ideal…

Eu balancei a cabeça em negação, e então me pus a caminhar em direção ao meu chalé, que ficava dentro da propriedade dos meus pais.

Quando entrei ali dentro de seu aconchego, no entanto, encontrei a Beatriz sentada perto da janela, aparentando estar bem pensativa.

E só de imaginar que talvez ela pudesse estar incomodada com as especulações da Milena, eu me vi um pouco apreensivo, mas mesmo assim, caminhei até ela.

Contudo, ao me aproximar mais ainda da Bia, pude perceber que ela estava chorando, então sem nem pensar duas vezes, eu simplesmente a abracei.

― O que foi, Bia? ― eu perguntei, enquanto enxugava as suas lágrimas com os dedos. ― Eu achei que estivesse gostando de estar aqui com a gente…

― E eu estou, Edu! ― ela se apressou em me dizer. ― Mas quando essas festas chegarem ao fim, e nós tivermos que voltar então para BH, eu já não poderei estar mais com o Theo… e isso é duro demais para mim, e sei que será para ele também!

Eu então me ajoelhei aos seus pés, e olhei dentro de seus olhos claros, e naquele segundo, depois de ouvir todas as ideias fantasiosas da minha irmã, algo muito maluco passou pela minha cabeça, e eu resolvi dizer, mesmo assim.

― Eles não te deixam adotar o Theo, só porque é nova e solteira, certo? ― eu perguntei, e ela fez que sim com a face. ― E se a gente se casasse, você acha que poderíamos ficar com ele?

Beatriz deu um salto de onde estava sentada, e então me encarou, com incredulidade.

― Por que está me perguntando isso, Edu? ― ela questionou, muito desconfiada.

― Porque eu posso me casar contigo, para que possa adotar o Theo… ― eu disse, sem perceber que mesmo sem imaginar que faria isso, eu acabava por aceitar a sugestão de Milena, inconscientemente.

― Você está brincando, não é mesmo, Eduardo? ― ela perguntou, muito confusa. ― Casamento é coisa muito séria! 

― Eu sei, Bia ― eu disse, já começando a acreditar que eu tinha feito muita merda, ao sugerir aquilo para a Beatriz. ― Mas pessoas se casam e se separam, todos os dias, então ninguém iria reparar…

― E o Theo, como ficaria nisso tudo, hein? ― ela perguntou, um pouco exaltada. ― Não vou ferir ainda mais os sentimentos dele, Eduardo!

― Eu me apeguei a ele também, então continuaria sendo o pai dele, para sempre... ― eu disse com sinceridade, pois era assim mesmo, que eu me sentia. ― Por favor, Bia, não reaja tão mal assim! Eu só quero ajudar…

― Tudo bem, Edu… Mas não posso aceitar, pois casamento é mesmo uma coisa muito séria, e em casos de adoção, eles investigam tudo, nos mínimos detalhes, então se pegassem você com outra pessoa, iriam acreditar que o nosso lar é conturbado e impróprio, e desse modo, jamais nos dariam a guarda do Theo! ― ela disse, olhando para mim com seriedade. ― Porém, te agradeço mesmo, por tentar fazer algo por nós.

― Eu não sou um moleque, Bia! ― eu disse, muito chateado com a sugestão dela. ― Eu não iria ficar com ninguém, estando casado contigo!

― E iria ficar todo esse tempo sem…? ― ela perguntou, mas logo pareceu se arrepender de sua questão, pois desviou a face, só para não me encarar. ― O processo de adoção pode ser bem demorado…

― Eu esperaria o tempo que fosse! ― eu falei, muito decidido. ― Eu também me importo com o futuro do Theo!

Bia então se afastou, indo para outro canto do chalé, e naquele segundo, eu me perguntei intensamente, se não tinha estragado toda a nossa amizade, com a minha sugestão impulsiva.

― Não vamos brigar, tudo bem? ― eu perguntei, aproximando-me um pouco dela. ― Eu não vou falar mais nesse assunto, pois já entendi que você não quer… E será que podemos ficar de boa? Eu juro que apenas queria ajudar! 

― Obrigada, Edu ― ela disse, um pouco mais calma. ― Mas não posso aceitar que se sacrifique tanto assim, por nós!

Como a Beatriz era de opinião formada, resolvi encerrar aquele assunto, antes que ele virasse uma bomba, e explodisse sobre nós.

― Eu só não gosto nada de te ver chorando e sofrendo, e não poder fazer simplesmente nada para ajudar! ― eu disse toda a verdade que estava em meu coração. ― E também não quero ver o Theo, voltando para o orfanato…

― Eu vou dar um jeito nisso! ― ela disse, mostrando-se muito decidida. ― Agora podemos ir ver se a sua mãe precisa de ajuda com o jantar?

― Claro! ― eu disse, um pouco aliviado ao ver que a Bia estava relativamente normal. ― E, ah… hoje é o famoso baile da minha mãe, então queria saber se pode me acompanhar, para que eu não seja o único ser solitário e sem par, nessa festa…

― É claro que eu posso, Edu! ― ela disse e então sorriu para mim, e eu pude respirar aliviado, ao crer que a Bia não modificaria comigo.

Logo em seguida, nós caminhamos em silêncio até a casa da minha mãe, e enquanto a Beatriz foi ajudar dona Sandra na cozinha, eu fui ajudar o meu velho a colocar a mesa, enquanto ele aguardava ansiosamente a chegada do meu irmão mais velho e de sua esposa, Natasha.

E enquanto eu colocava o vinho na mesa e acendia as velas do castiçal de prata de mamãe, me vi um pouco cabisbaixo, pois começava mesmo a gostar da ideia de ter uma família, porém, também me via cada vez mais distante, de alcançar esse sonho.

Todavia, tentei me distrair desse assunto, jogando conversa fora com meu pai, afinal, por hora, eu não tinha mesmo o que fazer sobre o assunto.


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