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Capítulo 5

Assim que estacionamos em frente ao orfanato, eu olhei para o Eduardo, com bastante ansiedade. O meu amigo captou logo a minha apreensão, e então me abraçou bem apertado, me passando forças.

― Vai dar tudo certo, e vai ser hoje, inclusive, que eu vou conhecer o famoso Theo ― ele disse, com o seu bom humor costumeiro.

― Obrigada por vir comigo, Edu! ― eu disse, cheia de verdadeira gratidão. ― De verdade.

Parecendo prever que eu pensava estar atrapalhando os seus planos dominicais, o Eduardo apenas me calou, com um dedo nos lábios.

― Eu estou aqui para te ajudar, sim, mas também porque é onde eu desejo estar, Bia ― ele falou, olhando para mim, com os seus belos olhos cor de mel. ― Então relaxa e apenas aproveite o dia, junto de mim e do Theo!

Eu abri um grande sorriso, e então peguei na mão do Edu, puxando ele logo para dentro do orfanato. E naquele instante, o meu coração batia tão forte dentro do peito, que quase imaginei que iria ter uma crise de ansiedade, muito em breve.

O Eduardo parecia captar tudo, com os seus olhos muito perspicazes, tanto que dava alguns apertos em minha mão, indicando que eu deveria reagir e não simplesmente me deixar ficar apática, mesmo antes de ter uma resposta da assistente social.

Logo chegamos na porta da sala de Beth, e eu bati, esperando a mulher nos atender, ainda com o coração aos solavancos, dentro do peito.

Quando a assistente social do orfanato abriu a porta, ela logo abriu um sorriso para mim, e então depois, Elizabeth direcionou o seu olhar para o Eduardo, que sem nem se atentar, ainda segurava a minha mão.

― Bom dia! ― a mulher disse, cumprimentando nós dois. ― Creio que já teve uma resposta da sua família, não é mesmo, Beatriz?

― Bom dia! ― Eduardo se apressou em responder. ― Sim, e a Beatriz vai passar o Natal comigo, então posso garantir que o Theo será muito bem recebido, na minha família.

A Beth olhou de mim para o Edu, parecendo sondar qual era o tipo de relacionamento que nós tínhamos.

― Algum problema com a sua mãe, Beatriz? ― Elizabeth questionou, querendo entender melhor a minha mudança de planos.

― Não, Beth ― eu respondi sucintamente, pois estava mentindo.

― Na verdade, eu é que insisti muito, para que eles passassem o Natal na minha casa ― Eduardo interviu, ao ver que a assistente social estava desconfiada. ― E, inclusive, a mãe dela mora muito perto da minha, e também são amigas de longa data.

Edu abriu um sorriso no rosto, e eu o acompanhei, pois parecia que tudo daria certo, enfim.

― Tudo bem, então ― Beth disse, sorrindo de volta para o meu amigo. ― Eu irei liberar o Theo, mas se lembre de não fazer nenhum tipo de promessa ao garoto, Beatriz! Você sabe que o seu caso é complicado, então não crie falsas esperanças no Theo.

― Eu sei disso, Beth ― eu respondi, com um tom de desgosto na voz.

O Eduardo me encarou, tentando entender sobre o que exatamente a assistente social dizia, mas eu resolvi deixar para explicar para ele depois, só quando já estivéssemos fora dali.

― E aí? Vocês já estão preparados para levar o Theo, ou vão buscá-lo somente no dia em que forem para a Vila Itatiaia? ― Beth questionou, enquanto ajeitava os papeis, que permitiria a saída do garoto, ali do orfanato.

Eu então parei para pensar só por um segundo, pois eu não podia levá-lo para o meu apartamento, com aquelas doidas morando lá, mas ao mesmo tempo, não queria parecer despreparada, ou então a assistente social poderia dizer, que eu não tinha a capacidade de cuidar do Theo, permanentemente.

Cada atitude minha, tinha que ser muito bem pensada, pois eu não queria causar má impressão.

No entanto, antes mesmo que eu pudesse responder, o Edu tomou a frente de tudo, caminhando até a Beth e lhe encarando, de forma amigável.

― É claro que estamos preparados! ― ele disse, com convicção e carisma. ― E, inclusive, nós gostaríamos de levar o Theo, para dar uma voltinha no shopping, para que ele possa ver a decoração de Natal.

Eu abri um grande sorriso na face, pois adoraria passar mais um tempo com aquele garotinho, que eu tanto amava.

O Eduardo, no entanto, não mencionou os presentes que queria comprar, ou então a Beth poderia muito bem, brecar os seus planos.

― Que ótimo! ― Elizabeth disse, com confiança e alegria. ― Ele, com certeza, ficará muito feliz com o passeio. Só não se esqueçam de dar os medicamentos dele, no horário certo!

― Obrigada, Beth ― eu disse, e sem nem pensar, dei um beijo na bochecha da mulher, que sorriu de volta para mim. ― E pode deixar, que eu jamais me esqueceria disso!

Elizabeth riu, e então entregou os papeis para que eu e o Eduardo assinássemos, e apesar de eu não querer ser vista como incapaz de fazer tudo aquilo sozinha, não contestei o fato do meu amigo também ser responsabilizado pela saída do Theo. Afinal, isso era melhor do que não conseguir passar o Natal com ele.

Depois que nós preenchemos os nossos dados e assinamos o termo de responsabilidade, logo a Beth nos direcionou até o quarto do garotinho, para darmos a notícia a ele.

Assim que o Theo me viu, veio correndo na minha direção e me abraçou bem forte, com os seus braços magros. Ele então olhou para o Eduardo, se questionando quem era o meu amigo.

― Theo, esse é o tio Edu... e ele vai passar o Natal com a gente também! ― eu falei, sem esconder o meu entusiasmo.

O garotinho, que era um pouco tímido, olhou para Eduardo, sem saber como agir. Mas o meu amigo, que era completamente carinhoso e desinibido, logo se aproximou de Theo, e lhe fez um afago na cabeça.

― Olá, Theo! ― Edu o cumprimentou, com um grande sorriso na face. ― Preparado para ir se divertir com a gente hoje?

― Eu , tio! ― o garotinho disse, ainda com certa timidez.

― Então vamos arrumar as suas coisas, para que possamos ir logo! ― eu disse, e então dei a mão para o Theo, que a agarrou com alegria.

Logo eu havia arrumado tudo o que o Theo precisava, e não demorou muito mais, até que nos despedíssemos de Beth, e caminhássemos até o carro de Edu, que estava estacionado bem próximo ao orfanato.

Quando o Theo viu o automóvel, todavia, logo ficou animado, pois não tinha o costume de andar muito de carro; ainda mais em um veículo tão bonito, quanto era o de Edu.

― Tio, essa é uma limusine? ― perguntou Theo, com a sua inocência.

― Quem me dera, garotão! ― Eduardo respondeu com bom humor, após dar uma gargalhada. ― Você gostou do meu carro então?

― Sim, é tão bonito quanto uma limusine, tio ― Theo respondeu, com humildade.

Eduardo destravou as portas do carro, e logo nós ja estávamos sentados em seus bancos confortáveis de couro.

― Que tal então, se qualquer dia desses, você me ajudasse a dirigir ele? ― Eduardo perguntou, enquanto dava a partida e ligava o som.

― Eu posso mesmo? ― Theo perguntou com expectativa, enquanto me olhava com os seus olhos brilhantes. ― Tia, eu vou dirigir uma limusine!

― Claro que pode, Theo! ― Eduardo respondeu, com um grande sorriso no rosto.

― Está vendo que legal? ― eu respondi ao garotinho, com um grande sorriso no rosto.

Logo nós três já estávamos rindo, e enquanto o Eduardo dirigia em direção do BH Shopping, Theo ia olhando para tudo pela janela do carro, com verdadeiro entusiasmo.

Eu então olhei para o meu amigo, que estava ao volante, e lhe agradeci com o olhar, pois sem a ajuda do Edu, eu provavelmente, não poderia estar vivendo nada daquilo, ao lado do Theo.

Quando nós chegamos então no BH Shopping, o Theo começou a pular de euforia, e como ele era um garoto cardiopata, tive medo de que ele ficasse muito ansioso com a novidade, e acabasse passando mal.

Mas depois da empolgação inicial, ele se acalmou, e então nós começamos a andar pelos corredores, cheios de lojas e pessoas transitando, com as suas sacolas de compras.

Como o Theo era muito carente de afeto, e também muito dengoso, ele logo deu as mãos para mim e para o Edu, ficando assim, no meio de nós dois. E mesmo sem ser aquela a verdade, quem nos visse ali, diria apenas que éramos uma família feliz, fazendo um simples passeio de final de semana.

Mas a realidade não era nem tão fácil e nem tão doce assim, então o jeito era aproveitar aqueles segundos efêmeros de felicidade.

Durante todo o nosso passeio, o Theo se maravilhou com a enorme árvore de Natal, que alcançava todos os andares do shopping, com a sua beleza e magnitude.

Ele também se divertiu, andando no trenzinho que ali havia, e visitando a famosa casa do Papai Noel. E como tudo aquilo poderia acabar logo, eu registrei todos aqueles instantes preciosos, tirando assim, várias fotos com o meu celular.

Depois de muito andar, nós fomos comer alguma coisa na praça de alimentação, e apesar de o Theo ter que comer da forma mais saudável possível, somente naquele dia, deixamos ele comer alguma coisa, que estivesse fora da sua dieta rotineira.

Após isso, o Eduardo simplesmente se abaixou um pouco e então cochichou no meu ouvido, enquanto o Theo olhava para uma vitrine, totalmente maravilhado com os brinquedos e com os pisca-piscas, que enfeitavam aquele local.

― Eu vou levar ele no banheiro, e enquanto isso, você compra os presentes, para colocarmos na árvore... ― ele disse, e então colocou uma quantia de dinheiro realmente absurda, nas minhas mãos.

― Eduardo! ― eu disse, enquanto o repreendia com o olhar.

― A experiência do moleque tem que ser completa, Bia! ― ele disse, me fazendo parecer uma pessoa chata e controladora. ― Encontre a gente no HotZone, quando acabar as compras!

O Edu logo me deu as costas, pegou na mão do Theo e saiu apressado com ele dali, como se fugir de mim, fosse me fazer mudar de ideia.

Eu entrei então em uma loja, e até comprei algumas coisas para o Theo, sim, mas nada absurdo e que pudesse me fazer gastar toda aquela quantia, que me foi entregue por Eduardo.

E depois disso, eu simplesmente caminhei até a casa de jogos, onde o Edu havia pedido que eu o encontrasse. E a cena que eu encontrei ali, me encheu de emoção e alegria, fazendo os meus olhos se encherem de lágrimas, automaticamente.

O meu amigo e o Theo brincavam juntos, em uma daqueles famosos jogos, que imitavam carros de corrida.

Contudo, o detalhe que me fez estacar e sorrir feito uma boba, não era o simples fato de eles estarem naquele brinquedo, mas sim, foi porque naquele segundo, eu notei a grande conexão que os dois pareciam ter, juntos.

Eduardo e Theo sorriam e gargalhavam um para o outro, e às vezes, até mesmo se olhavam, como se estivessem totalmente imersos na sintonia do amor. E como eu podia sentir aquilo com tamanha intensidade, eu não sabia, mas aquele sentimento era tão genuíno, que todo o seu poder, jamais poderia ser capturados pelas lentes de uma câmera fotográfica, então eu apenas registrei aquelas memórias na minha mente, para sempre.

Limpei as minhas lágrimas, para que ninguém pensasse que eu era uma maluca, e então caminhei até eles. E dessa forma, logo eu também já estava envolvida nas brincadeiras e nas gargalhadas; tanto que quando resolvemos sair do shopping, já era noite.

Assim que entramos dentro do carro do Edu ― com o coração repleto de amor e alegria ―, muito exausto do dia de atividades, o Theo apagou nos primeiros minutos da viagem, em direção ao meu apartamento. Afinal, mesmo eu dizendo que não queria mais dormir na casa do meu amigo, eu teria que passar os próximos dias ali, por causa do garotinho que me acompanhava.

Eu então olhei para o Edu, e o meu coração pareceu querer explodir no peito, de tanta gratidão que eu sentia, por tudo o que ele havia feito por nós naquele dia.

E sem nem mesmo ver, eu logo já estava chorando de novo, pois ali comigo, dentro daquele carro, estavam duas das pessoas que eu mais amava no universo.

― Obrigada por tudo, Edu! ― eu falei, com a voz embargada pelas emoções.

O Eduardo olhou então para mim, ao estacionar em frente à minha casa, na Rua Augusto de Lima. Ele limpou as minhas lágrimas, e ao eu sentir o meu amigo tocar em minha pele, eu notei que lipaz e segurança, me invadiram; mesmo que eu ainda fosse ter muitos problemas, na luta de manter o Theo presente na minha vida.

― Não chore, não, Bia! ― ele pediu com cuidado, enquanto retirava uma mecha rebelde do meu cabelo, e a colocava devidamente atrás da orelha. ― Eu é quem agradeço, por permitir que eu fizesse parte do dia de vocês. E eu amei o Theo, aliás!

― Ele, com certeza, também te amou, Edu! ― eu falei, sem afastar os meus olhos esverdeados dos dele. ― É sério, hoje significou muito mesmo, para mim!

O Eduardo sorriu, e então beijou a minha testa. Logo em seguida, ele abriu a porta do carro, para que eu fosse buscar as minhas coisas.

― Vá buscar as suas coisas, pois o dia ainda não acabou ― ele falou, e então me encarou de forma enigmática e que me fez estremecer um pouco, sem nem saber por qual motivo. ― E, Bia, pense com carinho no caso de deixar só algumas poucas coisas suas lá em casa, para quando o Theo vier me visitar, você já ter o que vestir.

O Eduardo me olhou de forma intensa, e então sorriu para mim, e quando eu saltei para a rua, eu percebi que o meu amigo havia vencido aquela batalha, pois só de imaginar que viriam mais dias como aquele, eu me senti extremamente eufórica, com aquela ideia.

Caminhei então até o meu apartamento, e devido à minha alegria, eu decidi nem me importar, com a zorra feita por minhas colegas de casa. Eu apenas coloquei tudo o que eu precisaria para até depois do Natal, em uma grande bolsa de viagens, tranquei o meu quarto e saí, afinal, eu não estava a fim de voltar ali, antes da chegada de um novo ano.

E ao descer de volta para o carro do Edu, eu percebi que algo estava se modificando dentro de mim, e que eu só precisava entender o que realmente era, e qual impacto aquilo teria em minha vida.

Contudo, a sensação de que nada mais voltaria a ser igual, não me abandonou, nem mesmo quando nós já chegávamos perto do prédio do Edu. E aquele sentimento que me tomava, era tão intenso, que eu quase me vi sem ar.

Todavia, eu ainda não podia entender o que exatamente ele significava em minha vida, mas senti que também, eu não demoraria muito a descobrir.


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