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Capítulo 10

Depois de organizarmos todas as louças sujas usadas durante o jantar, nós nos deslocamos para uma espécie de salão, em que Sandra e Jorge realizavam pequenas recepções da sua família.

Eles eram muito animados e festivos, então haviam construído aquele espaço, a fim de poderem realizar as suas comemorações, de um modo mais confortável.

Logo que entramos ali, nós pudemos observar que todo o local estava organizado, como se estivéssemos verdadeiramente em uma discoteca dos anos 80. 

Havia um grande globo espelhado pendurado no teto e toda decoração em si, remetia àquele tempo passado.

Eu sorri, pois gostava bastante daquela época, então para mim seria fácil me divertir, em uma festa daquele tipo. Contudo, eu não estava totalmente tranquila, pois me sentia nervosa, com a decisão que eu e o Edu havíamos tomado, um pouco antes do baile começar.

O meu amigo, no entanto, estava tranquilo e com um sorriso iluminado no rosto, que não denunciava em nada, algum tipo de apreensão.

Logo nos primeiros minutos do baile, começou a tocar a música "Every time go away", e então todos foram dançar com os seus respectivos pares, e nesse segundo então, o Edu estendeu a mão para mim e me olhou profundamente, me chamando para dançar com ele.

Eu aceitei com timidez, e logo nós estávamos balançando juntos, ao ritmo daquela e de várias outras músicas, que tanto marcaram toda aquela geração passada.

E ao olhar para o lado e ver o quanto Sandra e Jorge estavam felizes, revivendo aqueles momentos ao lado dos filhos, eu sorri e me senti em paz, simplesmente por poder estar vivendo aquilo tudo também.

Todavia, quando começou a tocar a música "Big in Japan", Eduardo me soltou e então pegou em minha mão, puxando-me em direção dos seus pais.

E naquele minuto o meu coração saltou no peito, pois eu imaginei que o meu amigo estivesse planejando falar para a sua família naquele mesmo momento, que iria se casar comigo e, sinceramente, eu não sabia como eles iriam reagir àquele anúncio.

― Pai, mãe… como vocês amam celebrar o amor, eu acho que não vão se importar se eu roubar o momento de vocês só por um instante, para fazer um pedido muito especial… ― Eduardo disse com animação, enquanto olhava para os pais, que pareciam mais felizes do que já costumavam ser normalmente.

― Claro, filho! ― Sandra disse, enquanto sorria para o filho. ― O que você quer pedir?

O meu amigo então se aproximou do som e o desligou, chamando a atenção dos irmãos, que se aproximaram, para saber o que estava ocorrendo.

Eduardo então se abaixou e se ajoelhou aos meus pés, pegando em minhas mãos e me encarando, e naquele segundo, os seus olhos brilhavam tão sinceros, que até parecia que tudo aquilo que vivíamos, era mesmo verdade.

O meu coração saltou dentro do peito, pois nunca imaginei que o Edu faria o anúncio do nosso casamento fictício, assim daquele jeito.

― Beatriz, você quer se casar comigo? ― ele perguntou, e em seguida tirou um anel do bolso, que eu não fazia ideia de onde o Eduardo havia tirado.

Naquele segundo, todos os olhos estavam sobre mim, e eu me sentia nervosa e tímida, mas resolvi me controlar, ou então iria estragar tudo.

― Sim, eu aceito ― eu disse, e logo após isso, todo mundo começou a gritar e aplaudir.

Eduardo então se ergueu e colocou o anel em meu dedo, olhando dentro dos meus olhos e transparecendo calma e cumplicidade, e desse modo, eu pude relaxar um pouco.

― Vocês me enganaram direitinho, seus filhos da puta! ― Milena gritou, mas mesmo depois do xingando, aparentava estar muito feliz. 

― Olha a boca suja, Milena! ― falou Jorge, que parecia inconformado com a falta de modos da filha.

― Alguém pega a câmera, pois eu quero registrar esse momento! ― falou Sandra, que diferentemente do que eu imaginei, parecia muito feliz com o noivado do filho.

Milena se adiantou e sacou o celular de sua bolsa, apontando logo o aparelho para nós.

― E cadê o beijo para selar esse momento tão especial? ― a moça disse, nos acordando para a realidade.

Eu então encarei o Eduardo, pois sinceramente, nenhum de nós tinha pensado nisso, e então não havíamos nos preparado para esse momento.

― É isso mesmo, um momento como esse pede um beijo! ― reiterou Natasha, que também parecia estar muito feliz, com o nosso relacionamento falso.

Eduardo então me encarou e eu logo soube que não teríamos como fugir daquilo, sem causar estranhamento.

O meu amigo então se abaixou e selou os meus lábios com os seus, de forma suave e quase casta, mas mesmo assim, eu senti algo se abalar dentro de mim, com aquele toque.

― Nossa, Eduardo! Você é frouxo assim mesmo, maninho? ― Milena perguntou, parecendo muito irritada. ― Isso lá é um beijo que preste? Assim a Bia vai desistir de você, e eu não vou julgar ela, não!

Nós olhamos ao redor e percebemos que todos nos observavam, cheios de expectativa, e como não teríamos como fugir daquilo, eu simplesmente encarei o Eduardo e indiquei com os olhos, que estava tudo bem que ele me beijasse.

O meu amigo então me puxou pela cintura e segurando em minha nuca, me beijou com bastante intensidade, e naquele segundo, eu quase perdi o ar, pois o meu coração foi a mil, mas mesmo sabendo que aquilo era um erro enorme para a nossa amizade, eu retribuí o beijo, pois um lado muito egoísta que havia dentro de mim, estava gostando bastante daquele contato.

Não tardou muito e então nos separamos, com todos muito satisfeitos depois daquela manifestação de amor. Todavia, mal poderiam imaginar que estávamos mentindo, então logo que a euforia momentânea passou, eu voltei a me sentir muito culpada.

Sandra então ligou o som novamente, e como comemoração pelo meu noivado com Eduardo, ela colocou para tocar "Eternal Flame", que era uma das músicas românticas que ela e Jorge mais gostavam.

Todos então voltaram a dançar com os seus pares, pois era assim que deveria ser, no baile da minha madrinha. E como não poderia ser diferente, eu voltei para os braços de Eduardo, que me olhava preocupado.

― Está tudo bem, Bia? ― ele perguntou bem baixinho, aproveitando a nossa proximidade para ser discreto. ― Eu juro que não imaginei…

Eu o calei, colocando um dedo em seus lábios, que naquele segundo, pude notar com bastante precisão, eram tão bonitos e bem desenhados.

― Está tudo bem ― eu disse, pois apesar de ainda estar preocupada com o nosso futuro, estava tranquila naquele segundo. ― Essa é a nossa realidade agora, então temos que nos acostumar com ela...

Eduardo meneou a cabeça  dizendo que sim, mas de algum modo, parecia insatisfeito e chateado, então acreditei que eu pudesse ter dito algo de errado, contudo, ele logo disfarçou, abrindo um sorriso sem graça em sua face.

― Você quer beber alguma coisa? ― ele perguntou, enquanto parecia pensar em mil coisas.

E como eu daria tudo para poder saber o que ele estava pensando, mas não iria perguntar, pois não queria ser intrometida.

― Não, obrigada ― eu disse com sinceridade ―, mas se quiser pegar uma bebida, pode ir que eu não me importo de ficar sozinha.

Todavia, ele não fez menção de que sairia do meu lado.

― Você está bem mesmo, Bia? ― ele perguntou, parecendo muito incomodado e preocupado com a minha postura. ― Eu não quis te causar problemas…

― Está tudo bem, Edu! ― eu voltei a falar, encarando-o nos olhos. ― E foi até bom que fôssemos testados agora, pois, com certeza, seremos seriamente avaliados daqui um tempo.

Eduardo então voltou a amainar a sua expressão facial, e logo retornou com a sua mão para a minha cintura. E ao voltarmos a dançar ao som de "Heaven", eu percebi que a sensação de estranheza que deveria estar presente, ao estarmos tão unidos, simplesmente não existia, então eu relaxei nos braços do meu amigo.

E enquanto a música ia tocando, os nossos olhares se encontraram e se imantaram, unidos por uma conexão desconhecida.

E a partir dali eu peguei o Eduardo olhando mil vezes para a minha boca, e eu então desejei poder viver aquela noite, como se tudo aquilo que fingíamos fazer, fosse mesmo real, mas como o amanhã existia, decidi que aquilo não era o mais prudente a se fazer.

Porém, quando começou a tocar "It Must Have Been Love", eu simplesmente joguei a sensatez para o alto, e enquanto todas as pessoas e, inclusive, até mesmo todo o lugar eram inundados pelo amor, que pairava no ar, eu deixei que o Eduardo me beijasse mais uma vez. E naquele segundo, eu me convenci do fato de que estávamos fazendo aquilo unicamente como um treinamento, para o que iríamos enfrentar no futuro, ao sermos julgados como um casal que quer adotar um garotinho abandonado.

No entanto, eu não poderia estar mais enganada, pois se fosse somente por isso, eu não teria gostado tanto de sentir os lábios de Edu tocando os meus.


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Tags: #romance