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Capítulo 29 - Romeo Mazzacurati

Minha irmã vai me bater, mas cá estou. Vou sumir para nebulização, contudo o capítulo tá aí. Podem surtar que esse final é pior que o anterior. Kkkkkkkk

Embora quisesse estar em qualquer outro lugar do mundo, Romeo pegou os resultados que Michelangelo o deu e foi até seu irmão, que já havia sido informado sobre o cadáver na parede.

A boa notícia é que não era a mãe de Alex. A mulher continuava sumida, contudo o mais triste naquilo era que Dominica, sua irmãzinha estava órfã e não havia ninguém além dele para cuidar da pequena.

Com isso Romeo foi informar a michelangelo, que estava de cama, sem poder sair por conta da bala, que por muito pouco não o deixou paraplégico, mas o mantinha a uns meses internado no hospital da família.

Fora do coma induzido, Alex respondia bem aos medicamentos, ainda sim, nem ele, tampouco Anne diziam o que aconteceu na casa dos Mazzacurati.

- Hey. Peguei os resultados. A boa notícia é que não é sua mãe lá. Ela está em algum lugar por aí, mas... - começa a dizer sério.

- Sei que não é. Quem era a mulher?

Se ajeitando na cama, o homem parece atento ao que ele dizia, preocupado, embora sua única preocupação devesse ser o paradeiro de sua mãe.

- A mãe da Nica. Parece que a mulher foi emparedada viva... O velho Don era um sádico filho da puta. - contando ao irmão o vê ficar sem reação por uns segundos.

Entendendo que era algo ruim, mas nada que chocasse o homem a sua frente. Alexander foi criado lado a lado com o pai deles e por vezes era mais cruel que o próprio velho. Quase tomiu um susto ao ver o homem a sua frente gritar e atrair a atenção dos funcionários do hospital.

- Alex, o que está acontecendo com você? - Romeo questionando ao irmão mais velho ajuda a impedi-lo de sair da cama.

O estúpido muito mal conseguia andar, onde ele queria ir?

- Eu preciso sair daqui. Tenho que sair daqui! Me solte! Você não entende... - Alex falou agitado antes da enfermeira o dar um calmante.

- Claro que não entendo! Você não me explica! Vocês eram próximos? - ele pergunta ao irmão indo até o lado dele.

Agora que não precisava mais o segurar, pois o medicamento já o deixou mais fácil de ser contido.

- O que você entenderia de sentimentos, Romeo? Seu nome remete a uma história de amor do século, mas você é um filho da puta incapaz de sentir alguma coisa além de desejo... - Alexander o acusando faz o irmão revirar os olhos.

Claro até porque ele era super gente boa e meigo. Tinha muitos sentimentos que eram profundos e calorosos. Alexander Mazzacurati era um grade filho da puta que contribuiu para o sofrimento de muita gente. Deveria estar tendo uma crise de consciência e o acusando de ser exatamente o que ele era: um filho da puta sem coração incapaz de amar alguém mais do que amava a si mesmo.

- Obrigado por dizer exatamente o que nós dois somos, Alex. Fico feliz que concordemos com isso! - debocha do homem que tenta o segurar sem sucesso.

Parecia um bêbado, era deplorável.

- Eu? Amava ela! Eu a amava, Romeo! Sabe o que é isso?

- Você amava a mãe da Domenica? Qual é o seu problema, Alexander! Ela era uma criança, só tinha dezenove anos! Você dormia com ela? Sério? - repreendeu o irmão que não se importou.

Se tinha algo que Romeo Mazzacurati seguia a risca era sua omerta e sua aversão a meninas com menos de vinte anos. Não era um homem muito adulto, portanto não iria querer ficar com jovens que geralmente queriam amor eterno, não uma noite e cada um seguia seu rumo.

- Posso ser o bastardo que traiu o próprio pai com a madrasta, ao menos tive coragem de amar alguém. Coisa que você não é capaz de fazer, stronzo! Porque você é como ele! Usa, destrói e segue em frente! E é por isso que não quero minha filha com você!

Parando por alguns segundos, Romeo olha para seu irmão que ainda reluta um pouco, não disposto a ceder aos calmantes. Um detalhe que fez a ficha dele cair quanto a identidade da menina foi justamente o fato de os homens de Alex terem tirado Domenica da casa da senhora Rose, avó de Romeo, a levando para o lunático.

Que nunca disse o porquê daquilo.

- Sua filha? Domenica é sua filha? De onde tirou isso? - questiona o homem que estava prestes a apagar de uma vez.

- Faça o maldito teste então...

O observando desistir de relutar contra os remédios, Romeo pediu a mulher que tirasse uma amostra do sangue de Alex, saindo do lugar direto para a casa de Luca onde Juliet ainda estava lá.

Pretendia comer alguma coisa, a levar para sua casa e passar o resto do dia no quarto com ela, mas Julietta além de demorar a descer, não comeu nada do que Luca fez, o ignorando por completo e saindo da mesa. Fazendo Romeo a segui-la até o quarto de hóspedes, onde Juliet tenta fechar a porta na cara dele:

- Posso saber o que fiz? - reclama com a mulher que insiste em forçar a porta para tentar deixá-lo longe.

Com um só empurrão, ele entrou no cômodo, assustando ela que acabou caindo devido a força que ele pôs na porta. Um sinal claro que havia passado dos limites.

Quando foi que ficou tão difícil lidar com uma mulher? Lidava com mulheres aos montes e Juliet era de longe a pior para conseguir decifrar.

- Qual é o seu problema, Romeo? - Anne Collins se faz presente no quarto, indo até a mulher que continuava lá, sentada no chão o olhando distante.

Não havia feito nada para merecer aquela indiferença de sua Donna. Vinha fazendo tudo em seu alcance para mantê-la feliz e segura. Ainda sim, Juliet parecia mais distante do que nunca, o que incomodava o mafioso de uma forma que não conseguia explicar.

Estaria ela interessada em Luca também? Não poderia correr o risco de perdê-la. Ainda a queria.

- Não fiz nada, Anne! Só queria pedir a Juliet que se arrumasse para irmos... - usa seu tom de voz mais calmo, apesar de estar a beira de um colapso.

Já havia perdido uma para seu melhor amigo. Duas não era possível.

- Eu não vou embora daqui! Sabemos que isso não vai dar certo. Só me deixa, Romeo! - Juliet Kasey o dispensou indo em direção a sua cama.

Perdendo a paciência, Romeo vai em direção a ela. O que só não acontece porque Luca intervém e o põe para fora do quarto.

- Ela é minha Donna! Juliet vai comigo! Saia da minha frente agora! - gritando com Luca recebe um soco dele que o olha irritado.

- Ela pode ser sua Donna, mas é minha convidada! E na minha casa você não vai sair daqui com ela assustada e você nervoso desse jeito! Você é o novo Don Mazzacurati, Romeo! Não aja como o stronzo do teu pai!

Sentindos as palavras o machucarem mais que o soco, o homem decidiu sair para tomar um ar e beber alguma coisa. Pois sua frustração com o conselho e raiva pela rejeição de Juliet estavam o deixando exatamente como o seu pai.

E era exatamente disso que vinha fugindo toda sua vida, quando decidiu que nunca amaria ninguém.

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