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Fredericksburg


    Amber avistou Henrique e ao mesmo tempo que se sentiu com raiva, também se sentiu obrigada a dar uma explicação, por isso quando se aproximou dele pediu que subisse.
    – Oi Amber, eu queria pedir descul...
    – Desculpas aceitas! Vamos, me ajude a subir com essas coisas.
    – Eh! Obrigado por me desculpar, ontem foi meio estranho, mas as coisas não poderiam ficar desse jeito.
    – Sim, que bom que você veio, iremos conversar lá dentro.
   
    17:30, escritório de advocacia, o detetive Adams vai de encontro ao chefe de Lucy para informar e fazer perguntas sobre a jovem. Assim que chegou foi recepcionado por um funcionário que logo o levou para a sala do chefe.
    – Ora, ora! Se não é o detetive Adams! – Disse o chefe.
    – Willians??
    – Sim, por que a surpresa? Você que veio até aqui! Preferiu vir pessoalmente a ligar?
    – Não é sobre aquilo! Vim por causa de uma funcionária sua.
    – Amber!! Olha, ela nem trabalha mais aqui, mandei ela embora, já não confiava mais nela.
    – Interessante! Eu conheço a Amber sim, porém eu vim falar da Lucy...
    – Lucy?? O que foi que aconteceu?
    – Bom, senhor Willians, vim lhe informar que Lucy foi assassinada pelo serial killer!!
    – Assassinada?? Não pode ser!! Mas espere, eu sabia!!
    – Sabia do quê, senhor Willians??
    – Amber!!!
    – Amber??
    – Sim, ontem eu e Lucy fomos até o apartamento da Amber e a pobre Lucy decidiu dormir lá, e agora ela está morta? Eu sabia que era aquela menina!!
    – Vamos com calma, o senhor está fazendo uma acusação muito séria.
    – Eu sei disso, mas ontem na casa dela, Lucy e eu ouvimos ela comentar com um rapaz sobre umas cartas que recebia.
    – Um rapaz?
    – Sim, certeza de que ela ou ele são o assassino, talvez sejam os dois!!
    – Eu vou pedir que o senhor permaneça em sua casa hoje, amanhã uma viatura irá buscá-lo e levá-lo até a delegacia, amanhã também vou mandar viaturas para buscar a Amber e este rapaz! O senhor conhece ele?
    – Não, mas o nome dele é Henrique, e pelo jeito ele é colega de classe da Amber!
    – Certo, vamos resolver isso.
   
    No apartamento, os dois conversavam.

    – Aquilo que você me disse ontem continua muito estranho Henrique, por hora eu vou acreditar.
    – É a verdade Amber, sei que é estranho, e eu fui muito burro em fazer aquilo, contudo eu não estou mentindo.
    – Vou acreditar em você, que escolha eu tenho.
    – Obrigado! Agora eu gostaria de saber sobre as tais cartas, se puder me contar!?
    – OK! O assassino manda cartas para mim, ele invade o meu apartamento, e essas malditas criações são feitas para mim, ele quer me ter de alguma forma e eu estou de mãos atadas, não consigo fazer nada!
    – Uau! Que situação complicada! Agora comecei a entender algumas coisas, como a sua denúncia anônima para a polícia no caso da Catherine. O lado bom, se é que existe um lado bom, é que ele não pretende te causar mal.
    – Não sei, ele é um assassino lunático, nada garante a minha segurança!
    – Mas por que não contou para alguém antes, para a polícia por exemplo?
    – Ele ameaça matar meu avô e minha irmã, já estou correndo risco demais te contando isso.
    – Entendo, sinto muito mesmo. A partir de agora eu queria que você viesse morar comigo Amber.
    – O quê??
    – Por sua segurança, não é seguro ficar aqui, ele consegue invadir, isso te deixa a mercê dele.
    – Não Henrique, e a sua mãe? Como vou morar lá?
    – Vamos dar um jeito, sei lá, faremos alguma coisa a respeito disso!
   
    Henrique pede para ficar e passar a noite, a princípio Amber resiste, Lucy tinha combinado de ir dormir na casa dela no dia seguinte, mas para não ficar sozinha decidiu aceitar a proposta. Henrique havia faltado no trabalho para ir visitar Amber, na manhã de terça-feira ele foi até a empresa onde trabalhava e inventou uma situação que envolvia a sua mãe, e disse que também não poderia ir trabalhar naquele dia, só tinha ido para avisar, seu chefe sabendo da situação da mãe do rapaz acabou acreditando.
    Ele voltou para a casa de Amber, iria ajudá-la a procurar emprego, já que ela não aceitou se mudar para a casa dele. Estavam prontos para sair quando de repente alguém bate na porta. Os dois se assustam.
    – Quem é?? – Grita Henrique.
    – Aqui é da polícia. – Responde um policial.
    – Polícia!? – Pergunta Henrique para Amber falando baixinho.

    Amber vai até a porta e abre, um policial com um mandato entra em sua casa e pede para vasculhar a casa.
    – Desculpe senhorita, precisamos vasculhar a casa, e gostaríamos que você nos informasse aonde mora um rapaz chamado Henrique. – Pergunta o policial.
    – Eu sou o Henrique!
    – Ótimo, nos poupa o trabalho.
    – O que estão procurando na minha casa? – Pergunta Amber.
    – Cartas! Sabemos que o você tem cartas do suposto assassino aqui escondidas. – Afirma o policial.
    – Quem contou sobre as cartas? – Pergunta Amber.
    – Não posso contar, entretanto logo saberão, estamos levando vocês dois para depor sobre mais uma coisa!
    – Mais uma coisa? – Pergunta Henrique.
    – Sim, mais uma coisa!
    Um outro policial avisa que encontrou as cartas escondidas por baixo da geladeira.
   
    – Vamos indo, na delegacia vocês serão melhor informados. – Diz o policial.

    Pouco antes dos ocorridos, durante a reunião de Adams com o FBI, um fax chegava na delegacia, neste fax havia dois nomes e dois números, o primeiro nome era de uma mulher e junto ao nome dela o número (16), o segundo nome era de um homem, o número era (75).

    Amber, Henrique, e os policiais chegam à delegacia, o detetive encaminha Henrique para uma sala separada, onde se encontrava Willians e um policial, na sala de interrogatório para onde Amber foi levada o comandante do FBI a aguardava. Ele se apresenta para Amber e começa a explicar a situação.
    – Olá Amber, prazer em conhecê-la, sou o comandante do FBI.
    – O prazer é meu, senhor.
    – Fiquei sabendo que você frequenta bastante este lugar.
    – Sim, essa delegacia já se tornou um local comum para mim.
    – Quero que saiba desde já que você será mantida presa até segunda instância, afinal, você ocultou as cartas, que são documentos importantes para a investigação.
    – Eu imaginei que seria presa, afinal o detetive disse que a próxima vez que eu voltasse aqui seria em voz de prisão!

    O detetive Adams entra na sala com o fax recebido mais cedo.

    – Que bom que se lembra de minhas palavras Amber, mas agora a situação mudou um pouco. – Diz o detetive entrando na sala.
    – De fato. Me diga Adams, a final, os números correspondem com aquilo que pensamos? – Pergunta o comandante.
    – Mais ou menos! Pegue e dê uma olhada. Enquanto isso nós vamos ler as cartas que Amber recebeu.

    O detetive Adams leu as cartas em voz alta, eles fizeram perguntas a Amber, e se preparavam para dar a outra notícia.

    – Então, por que não relatou isso a polícia Amber? Estava sendo ameaçada este tempo todo, e agora está sendo presa por causa desta negligência! – Pergunta o comandante.
    – Minha família estava está sendo ameaçada nas cartas, como os senhores puderam ler! O que eu deveria fazer? Deixar que eles morram?
    – Vamos mandar policiais agora mesmo para a casa de seus familiares e colocá-los em segurança! Aonde eles moram? – Pergunta Adams.
    – Fredericksburg. – Responde Amber.

    Adams e o comandante se entre olham apreensivos, era certo afirmar que finalmente os passos rumo ao fim desta caça estava terminando, mas não antes de mais resoluções mortais.

    – Fredericksburg hum! Tudo bem, anote o endereço neste papel e vamos entrar em contato com a polícia de lá e pedir que escoltem seus familiares. – Diz o comandante.   
    Adams pega o papel onde Amber anotou o endereço e entrega para um policial que estava na porta.

    – Pois bem Amber, temos mais uma coisa a lhe dizer. – Adams diz olhando seriamente para Amber.

    (Capítulo 15, presente)
   
    – LUCYYYYYYYYYY!!!!!!!!!!!!!!

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