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Pov Brunna Gonçalves
Acordo com movimento sobre a cama e abro meus olhos, vejo João virar em minha direção e abrir um sorriso um tanto quanto animado. Sorrio de volta em sua direção e volto meu olhar para o outro lado da cama, para encontrar Ludmilla, mas infelizmente sua presença não está ali.
Me sento sobre a cama forrada com lençol branco e pego meu celular para me certificar o horário, 08:39, no mesmo instante me lembro que a cantora disse que precisaria resolver algumas coisas no seu escritório.
Encaro Philipe que ainda me olhava curioso e deixo um beijo em sua testa como forma de desejar bom dia e o pequeno parece se contentar apenas com gesto, já que o retribuiu da mesma forma.
- A mamãe vai tomar um banho rápido, pra poder te levar. - me levanto.
- Hoje é o dia de ficar com o papai, mamãe? - ele pergunta me olhando.
- Sim, vocês vão passar hoje e o fim de semana juntos. - explico - Mas temos que nos arrumar para ir.
- Tudo bem, eu quero ir bem bonito, tá bom? - ele sorri e minha direção e eu concordo com a cabeça.
- Vou tomar meu banho, fique aqui quietinho, tudo bem? Lembra que não estamos em casa. - peço e ele faz um aceno com as mãos.
Caminho a passos largos até o closet da Ludmilla, onde encontro um short jeans curto, pego também uma de suas camisas. Só então vou para o banheiro, prendo meu cabelo em um coque alto e abro o box de vidro. Ligo o chuveiro na temperatura fria e deixo com que as gotas de água molhem meu corpo.
Fico ali até que posso me sentir toda limpa, então me enxugo com a toalha de algodão na cor branca e visto a roupa que eu havia separado. Solto meus cabelos e os penteio, deixando as mechas soltas em minhas costas. Calço o mesmo par de chinelos que vim na noite anterior e volto para o quarto.
Philipe parecia não querer tomar banho, porque quando voltei ele já estava vestido com a única peça de roupa limpa que estava dentro de sua mochila, e em seus pés um tênis da mesma marca que patrocina seu pai.
- Que menino bonito! - o elogio.
- Você também está bonita, mamãe.
- Podemos ir? A casa do papai fica bem longe, lembra? - questiono e ele concorda.
- Não vai avisar a tia Lud que estamos indo? - o pego no colo enquanto ele fala.
- Ela está trabalhando, mas depois eu vou voltar aqui. - explico descendo para o primeiro andar.
- Onde vocês vão assim tão lindos, hein? - minha sogra pergunta ao nos ver.
- Hoje é meu dia de ficar com o papai, vovó. - conta animado.
- Ah, e não vão nem tomar o café que preparei pra vocês? - pergunta para mim.
- Olha, sogrinha... Eu não consigo resistir ao seus dotes culinários. - sorrio deixando o pequeno no chão - Vamos comer rapidinho.
- Tem bolo, mamãe. - João aponta para a travessa com bolo de chocolate.
- Vou colocar um pedaço para você. - Silvana se prontifica - E você, Brunna. O que vai querer?
- Hum, vou ficar com pão de queijo e o suco de goiaba. - falo e ela sorri.
Demoramos certa de quinte minutos tomando o café da manhã e a contra gosto Silvana nos deixou sair, apenas porque eu disse que voltaria para passar mais dias com ela.
Coloquei João na cadeirinha do banco traseiro do meu carro e só então dei partida até Lebron, onde o jogador tinha sua mansão, um tanto quanto exagerada de luxo. O pequeno cantarolou algumas músicas, mas acabou sendo vencido novamente pelo sono.
Quando estacionei enfrente a casa do Neymar, o relógio do carro marcou dez horas da manhã. Buzei algumas vezes e só então o homem surgiu usando apenas uma cueca box na cor vermelha.
- Que desnecessário eu ver isso logo cedo, Neymar. - faço uma careta de reprovação.
- Ah Bruninha, você pode não gostar, mas tem várias que gostam. - ele pisca um de seus olhos - Porque demoraram tanto? Pensei que nem viriam mais.
- Estávamos na casa da Ludmilla, e fica um pouco longe daqui. - abro a porta traseira do carro - Não consegui trazer nenhuma roupa pra ele.
- Não tem problema, tenho algumas roupas aqui, é o suficiente para passar o fim de semana. - ele comenta - Ele dormiu muito tarde?
- Um pouco, ele chorou querendo mamar. - suspiro - Ele não consegue entender a situação, Ney.
- É com o tempo. - ele pega a criança no colo - Vou conversar com ele sobre isso.
- Obrigada. - sorrio - Promete me ligar caso aconteça alguma coisa?
- Com certeza, Bru. Pode ficar tranquila. - ele sorri - Meus afilhados irão vir também, vai ser ótimo pra ele.
- Vai mesmo. - beijo a testa do menino - Hoje tem aula, o portão fecha às 13 horas, não deixe ele faltar.
- Mais alguma ordem? - ele finge estar entediado e eu reviro os olhos.
- Vai se ferrar. - dou a volta no carro - Ah, e não se esqueça de vestir uma roupa, seu físico já foi melhor.
- É sério isso? - ele pergunta, mas eu o ignoro, voltando a adentrar o carro.
Aceno com a mão em sua direção e dou partida no carro, para minha casa, já que eu precisava urgente de algumas peças de roupa para conseguir passar esses dias na casa da Ludmilla.
Quarenta minutos depois o carro é novamente estacionado, mas dessa vez em minha casa. Caminho rápida para o interior da casa e subo até meu quarto. Procuro por minha mala de mão e coloco algumas roupas que eu gostaria de usar.
- Chegou e já vai sair, maninha. - escuto a voz de Brunno e me viro rapidamente.
- O que você tá fazendo aqui? - pergunto séria - Quem te deixou entrar?
- Ótima forma de recepcionar seu irmão favorito. - ele sorri irônico - Mas respondendo suas perguntas, eu e o papai viemos matar saudades e foi nossa mãe que deixou a gente entrar.
- Maldita falta de privacidade. - xingo minha mãe mentalmente - Vocês não vão dormir aqui.
- Ah, nós já imaginamos que você não iria deixar a gente ficar nesse casão, então alugamos uma casa no bairro vizinho. - ele se joga sobre a minha cama.
- Primeiramente sai de cima da minha cama e segundo, porque diabos alugaram uma casa? - pergunto sem entender.
- Oras, estamos de volta ao Rio de Janeiro. - ele sorri.
Pov Ludmilla
Acordei antes que Brunna se despertasse e me arrumei para ir até o escritório resolver os direitos autorais da minha música que será gravada por outra cantora brasileira.
Marcos e Luanne fizeram questão de me acompanhar, já que ambos estão presentes na minha equipe profissional. Resolvemos tudo em um acordo simples e tudo que precisei foi assinar algumas páginas da parceria.
Retornei para casa aproximadamente onze horas da manhã e já não obtive mais a presença da atriz, segundo minha mãe ela foi levar o João para a casa do pai. Então como fica um pouco longe não me preocupei com sua demora.
Arrumei as coisas que levaremos para praia e deixei sobre a cama do meu quarto, desci para o primeiro andar parar almoçar e esperar por minha namorada. Como Marcos havia convidado o Renatinho e a Patty Cris para passar o fim de semana conosco, os convidei para ir até a praia.
- Aí Ludmilla, qual foi. - Marcos me encara - Brunna tá demorando pra caralho.
- Eu sei, mas ela não me avisou nada. - suspiro.
- Então liga pra ela. - ele fala óbvio e só então me lembro desse detalhe. Disco o número de Brunna e a ligação cai no terceiro toque - Que merda.
- Será que aconteceu alguma coisa séria? Tô ficando preocupada.
- Ela só deve ter tido um imprevisto, Ludmilla, se aquieta. - Luanne fala.
Volto novamente a ligar para Brunna e no sexto toque uma voz masculina me atende, fazendo com que meu coração dispare.
- Brunna? - pergunto mesmo sabendo que não era ela.
- Quem é? - ele pergunta.
- Ludmilla? - falo óbvia.
- Ah sim, bom, a Brunninha deu uma saidinha e esqueceu o celular aqui. - ele fala.
- Você é quem? - pergunto curiosa.
A ligação se encerra me fazendo jogar o celular sobre o chão, sem me importar se ele quebraria, Marcos e Luanne me olham assustado e eu caminho até o outro lado da sala.
- O que aconteceu, irmã? - ele pergunta preocupado.
- Não sei, um homem atendeu e disse que a "Bruninha" - imito seu jeito de falar - Saiu e esqueceu o celular.
- Ótimo, então quer dizer que ela já está vindo. - Marcos sorri sem entender a situação - O que foi?
- Um homem atendeu, Marcos e a Lud tá doidinha de ciúmes. - Luanne me encara.
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