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Pov Brunna Gonçalves
Enquanto espero pelo favor que pedi ao meu cunhado, faço uma simples maquiagem para poder levar meu filho a escola e arrumo sua mochila e em seguida a minha, já há alguns dias tive a ideia de começar a malhar na academia aqui do condomínio.
Deixo Philipe sentado sobre o carpete da sala de estar e caminho até a cozinha onde anúncio que não será preciso preparar a lancheira do pequeno, já que ele iria se alimentar com as coisas que provavelmente será servido na festa.
Escuto gritos vindo do mesmo lugar em que deixei meu filho e corro em sua direção, preocupada com o que poderia ser, mas sou surpreendida pelo menino segurando firmemente no pescoço de Ludmilla que o rodava sem parar.
- Que algazarra é essa aqui dentro da minha casa ? - pergunto em um tom divertido.
- Ainda não se acostumou com isso, minha cunhadinha? - Marcos pergunta sorrindo.
- Eu estou matando a saudade do meu grande amigo. - Ludmilla se refere ao meu filho - Fazia muito tempo em que a gente não se via.
- Verdade, Tia Lud. - João fala a olhando - Eu estava com um monte de saudades.
- Fiquei sabendo que hoje você tem uma festinha pra ir, eu posso ir também? Amo festas. - ela coloca ele novamente no chão.
- Não pode não. É a festa do meu amiguinho.
- Por falar nisso. - Marcos corta o diálogo deles e caminha em minha direção - Isso aqui foram as coisas mais legais que achei no shopping.
- Não precisa se preocupar, Marquinhos. - sorrio enquanto pego as bolsas de sua mão - Obrigada por ter me ajudado.
- Você sabe que sempre que precisar eu estarei aqui. - ele se assenta no sofá e chama Philipe para brincar.
Me aproveito da situação e me aproximo de Ludmilla que me olhava com um sorriso nos lábios e um brilho encantador nos olhos. Rodeio minhas mãos em sua cintura e deixo um simples selinho em seus lábios. Não se contentando, a cantora intensifica o beijo e só nos separamos quando o ar se faz ausente.
- Meu amor, que saudade que eu estava de você. - ela apoia sua cabeça em meu ombro.
- Eu também estava morrendo de saudades, pensei que você não iria vim me ver tão cedo. - suspiro pesadamente.
- Tentei tirar uns dias de folga pra poder curtir com você, mas só me foi liberado daqui duas semanas. - ela comenta - Estou lotada de shows.
- Pelo menos isso é melhor do que ficar atoa dentro de casa. - sorrio sem graça.
- Não fica assim, Bru. - ela me apera - Daqui um tempo eles vão ver a burrada que foi não ter te chamado pra fazer essa novela que foi anunciada.
- Está tudo bem, Lud. - beijo sua bochecha.
- Agora trocando se assunto, eu posso saber onde você vai tão linda assim? - ela pergunta enquanto segura minha mão, me fazendo girar para ela poder olhar perfeitamente.
- Levar meu filho na escola e ir malhar, amor. - sorrio como a língua entre os dentes.
- Estou com ciúmes dessa academia. - ela fala e consigo ver o bico que se formou em seus lábios.
- Meu amor, é academia de condomínio, só tem os próprios moradores daqui, ou seja, idosos. - gargalho - E mesmo se tivesse gente bonita eu não ia querer.
Ela parece se contentar com a resposta e eu volto minha atenção para Marcos e João que ainda brincavam tranquilamente com um dos carrinhos que o pequeno ganhou de seu pai, que por falar nisso está morrendo de saudades dele e eu preciso dar um jeito deles se encontrarem.
- Pequeno, eu sei que a brincadeira está muito legal, mas a gente precisa ir, se não você vai se atrasar. - pego sua mochila e ele se levanta.
- Mas eu queria ficar, pra brincar com a Tia Lud, eu estou com saudades. - fala triste.
- Meu bem, a Lud não vai ficar aqui. Ela tem que trabalhar e você tem que estudar. - explico.
- Mas, mamãe... - ele me olha carinhoso, tentando me convencer e Ludmilla intervém.
- Carinha, eu prometo que vou passar um dia todinho com você, mas pra isso você tem que ir estudar. - ela se abaixa pra falar com ele - Eu vou trabalhar daqui a pouquinho.
- Hum, tudo bem. - ele abraça ela.
- Vamos lá ? - seguro a mão dele - Dá tchau pro Tio Marcos e corre pro carro que daqui a pouco chego lá.
- Tchau, Tio Marcos. - ele beija a bochecha do mais velho e corre para o carro, assim como eu mandei.
- Eu queria ficar mais com vocês, mas eu realmente preciso levar ele. - olho para os irmãos que me olhava.
- Relaxa Bruninha, teremos oportunidade outro dia. - ele beija minha testa - Vou indo pro carro, te espero lá Lud.
- Tudo bem. - a morena responde para ele e caminha em minha direção me dando um abraço apertado - Tô pensando em dar um fugidinha e vim aqui te ver hoje a noite.
- Não seria uma má ideia. - falo quando sinto seu nariz passar por meu pescoço - Mas você precisa descansar bastante, pra poder fazer os shows.
- Eu vou descansar, aqui com você. - ela deixa um beijo simples na mesma região em que seu nariz estava passando.
- Você sabe muito bem que se você vier a última coisa que vai fazer é descansar. - sorrio e ela me olha com a sobrancelha levantada - Sabe que eu te amo né?!
- Sei, Bru. - ela sorri - E eu também te amo.
Para nos despedir demos um beijo intenso e mais um abraço. Ela caminhou para o carro de seu irmão e eu para o meu onde meu filho já estava, a minha espera. Coloco os cintos na sua cadeirinha e entro no banco do motorista, escutando ele cantarolar uma música qualquer.
A escola em que ele estuda, fica fora do condomínio, então a viajem dura quase vinte minutos e com isso consigo escutar o pequeno contar coisas aleatórias e cantarolar as infinitas músicas que ele havia aprendido tanto na escola quanto com a minha mãe.
- Prontinho, amor da mamãe. - estaciono enfrente a sua escola - Chegamos.
- Você vai vim me buscar também? - pergunta enquanto tenta se livrar dos cintos de segurança.
- Não sei, meu bem. Mas se eu não vier ou a vovó ou a Andreia, estará aqui para te levar para casa. - o ajudo a sair da cadeirinha.
- Entendi. - sorri simples - Tchau, mamãe.
- Tchau, filho. Se comporta. - falo e abro a porta do carro para ele sair.
Ele caminha a passos largos até o portão da escola, onde cumprimenta a recepcionista e me dá mais um aceno com as mãos antes de entrar. Após ter a certeza de que ele entrou, volto a dirigir para o condomínio, onde eu iria na academia, malhar.
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Desculpem a demora
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