19
Pov Brunna Gonçalves
Retornei para casa depois de passar quatro dias fora de casa. Fui recebida por minha mãe e pelo meu filho, que nesse momento está pendurado no meu pescoço dizendo o quanto estava com saudades, enquanto eu empurro minha mala até o carro.
— Filho a mamãe também estava morrendo de saudades. — beijo sua testa.
— Eu brinquei muito com o papai. — conta animado e eu sorrio feliz.
— Mamãe fica muito feliz de você ter ficado bem esses dias, sabia? — o coloco no chão para conseguir guardar as malas.
— Ele se comportou muito bem, também, sabia Bru? — minha mãe fala enquanto nos observa.
— É mesmo, meu amor? — ele concorda com a cabeça — Está merecendo um presente então.
— Um alienígena? — pergunto animado e eu franzo as sobrancelhas sem entender — Eu pedi um alienígena para o papai e ele disse que iria me dar.
— Ah, é mesmo? — o pego no colo — Onde é que o senhor Neymar vai encontrar um alienígena para te dar?
— Não sei, mamãe. — ele parece pensar — Ele tem muito dinheiro né?!
— É, seu sapequinha. — beijo seu pescoço — Agora vamos pra casa? A mamãe está morrendo de fome.
— E a tia Lud? — pergunta curioso.
— Ela foi pra casa dela, lindinho. — adentro o carro com ele no colo — Mas se você quiser a gente pode ir lá na casa dela mais tarde.
— Sim, mamãe. — ele deita a cabeça sobre meu peito.
— E como foram esses dias pra você, dona Miriam? — pergunto a mais velha que colocava os óculos para dirigir.
— Tranquilos, graças a Deus. Tive a oportunidade de descansar um pouco, mas senti falta da bagunça de vocês dois. — comenta e eu sorrio simples.
Em vinte minutos minha mãe já estava estacionado o carro na garagem de nossa casa, sai do carro ainda com Philipe no colo e abri a porta principal da casa.
Suspirei cansada e me assentei no sofá da sala de estar. De relance consegui identificar um par de chuteiras do Neymar jogado ao canto do cômodo e julguei que ele esteve aqui mais cedo para brincar no quintal.
— Filho, você fica com a vovó uns minutos só pra mamãe poder tomar um banho? — pergunto e ele afirma com a cabeça.
— Não demora muito, porque pelo cheiro, o almoço já está pronto. — minha mãe conta enquanto eu subo para o segundo andar.
Adentrei meu quarto e caminhei direto para o closet, procurando uma roupa confortável para poder usar e rapidamente encontrei um simples vestido na cor preta. Peguei um conjunto de lingerie e segui para o banheiro.
Abro o chuveiro na água morna e logo sinto as gotas cair pelo meu corpo, causando uma sensação de massagem. Retiro o pregador que prendia meus cabelos e os deixo molhar. Finalizo o banho em trinta minutos e me enrolo na toalha branca que estava pendurada no box do banheiro.
Volto para o quarto e me assento na cama com o pente na mão, desembaraçando mechas do meu cabelo, faço uma simples finalização e visto a roupa que eu havia separado, calço meus chinelos e volto a descer as escadas.
— Nossa finalmente, eu tinha escutado sua mãe dizer pra você ir rápido que o almoço já estava pronto. — escuto Neymar falar.
— Boa tarde pra você também, Ney. — sorrio falsamente e o abraço — Eu nem demorei tanto assim.
— Como foram esses dias em São Paulo? — pergunta enquanto caminhamos em direção a cozinha.
— Normais. — suspiro — E por aqui? Que história é essa de alienígena?
— É uma longa história que eu te conto em um outro momento, porque agora eu estou morrendo de fome. — ele aumenta voz de acordo com que vamos chegando perto da cozinha e escuto a risada do nosso filho.
— A comida já acabou. — o menino fala em voz alta e eu seguro a risada.
— Como é? — Neymar cruza os braços — Você comeu tudo e não deixou nenhuma comida pro papai?
— E nem pra mamãe. — finjo estar brava o que aumenta ainda mais sua risada.
— Eu e a mamãe vamos ter que ir lá naquele restaurante gostoso, que vende batata frita, porque nosso filho não deixou nada pra gente comer. — Neymar encena.
— Mas o João vai também? — o menino acredita.
— Não filho, você já comeu toda a comida. — falo e ele rapidamente nega com a cabeça.
— Eu estava brincando. — assume.
— Ah é? Você estava brincando? — Neymar aproxima dele — Eu não gostei dessa brincadeira, baixinho.
— Sabe o que ele merece, Ney? — me aproximo dos dois.
— O que Bru?
— Ataque de cosquinhas! — falo animada.
— Não, cosquinhas não. — antes que o pequeno terminasse de falar seu pai começou a fazer cosquinhas por seu pescoço e axilas e eu o ajudei.
— Pelo jeito são três crianças. — escuto minha mãe repreender enquanto se serve.
— Qual foi, Mia? — Neymar aperta a barriga para conter a dor da risada — Quer cosquinhas também?
— Você que nem venha de graça, em menino, se não eu jogo esse prato na sua cabeça. — ela ameaça e o jogador arruma a postura.
— Não está mais aqui quem perguntou.
Escuto meu celular tocar e peço licença para poder atender, caminho até a sala e encontro o aparelho sobre o sofá, na tela inicial mostra que o número é desconhecido, mas mesmo assim atendo.
— Alô?
— Boa tarde, falo com Brunna Gonçalves? — escuto a voz de um homem.
— Hum, sim. Mas quem gostaria? — pergunto curiosa.
— Eu me chamo Wander, faço parte da assessoria da Virgínia Fonseca. — explica.
— Certo. E qual o motivo do contato? — pergunto ainda sem entender.
— Estamos entrando em contato com a senhorita para lhe informar o convite da Virgínia para você. — ele faz uma pausa — Nós precisamos de alguém para fazer divagação sobre a nova marca.
— Olha, me desculpe, mas eu não sou influencer. — explico.
— Nós sabemos, mas foi um pedido feito direto por ela, podemos te dar um tempo para pensar.
— Tudo bem. — suspiro.
— Te retornamos hoje a noite, Brunna. Até mais.
— Até.
Desligo a ligação e solto uma risada baixa pelo convite, mesmo sabendo que seria algo interessante de se fazer. Aproveito a ideia e abro meu Instagram procurando pela página da blogueira e quando encontro a sigo para pensar profundamente.
Volto para cozinha e já encontro os três fazendo sua refeição, o que me faz pegar meu prato rapidamente e me servir com a comida que estava com um cheiro maravilhoso.
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