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Capítulo 2

Como todo caso de infidelidade, a gente faz quando tem oportunidade, com vcs Felipo.
Um beijo e até breve.
Obra escrita em conjunto com Kami_Cavalcante

Como é bom acordar com uma mulher aninhada em seus braços, e como é ruim quando o cérebro acorda depois do corpo tê-la tomado para si.

Minhas mãos deslizaram por toda a pele macia e quente e só percebi que não estava com minha noiva ao chegar aos seios redondos e firmes, abri os olhos e ergui o tronco delicadamente para ver que cabelos loiros cobriam um rosto claramente simétrico, tirei meu braço debaixo da minha companheira com carinho para não acordá-la, não conseguia me lembrar de como paramos naquela cama, mas o cheiro de sexo no ar me mostrava que havíamos feito mais do que deveríamos.

Fechei os olhos e me veio a lembrança da moça que estava ali  disputando comigo quem tomava mais shots de tequila, e como eu pensei que ela era gostosa, daí em diante eu não me lembrava de mais nada.

Ela constratava com o lençol de cetim branco, a pele cor de ébano, era perfeitamente esticada em um corpo escultural.

Olhei a bunda dela e devo confessar que era uma bela bunda, e percebo que estou com uma ereção que não pode ser caracterizada somente como. matinal. Droga!

Levanto e recolho minhas roupas do chão, não vou acordá-la para que ela veja minha situação, acho que nenhuma mulher deseja acordar olhando o pau duro de um desconhecido.

Mesmo que esse pau já tenha sido apresentado previamente.

Vou até o banheiro tomo um banho rápido e me visto, o terno ainda cheira a saquê, me vem um flash de memórias com a desconhecida em minha cama.

— Eu quero mais uma dose de caipirinha de saque — ela batia o copo, nervosa.

A voz me chamou a atenção e não pude evitar de me aproximar.

— Se quer ficar bêbada, por que não bebe algo realmente alcoólico?

— Quem é você? — ela me encarou com olhar cheio de desafio, o decote que ela usava me chamou a atenção e sentei-me na mesa com ela, mesmo sem ser convidado.

— Sou sua companhia — ela usava uma corrente dourada que adoraria ver batendo na minha testa.

— Eu não preciso de companhia, eu preciso de saquê... — ela me ignorou.

— Então você terá saquê, qual o seu nome mesmo?— perguntei e ela sorriu.

— Eu não disse meu nome, engraçadinho.

— Pode dizer agora, ou...

— Seria leviano a gente só aproveitar o momento sem nomes, sem dados bancários, sem nada, só o momento? — encaro a situação proposta.

Ela é linda, a pele negra luminosa cria um contraste perfeito com os cabelos dourados, um sorriso largo e franco, olhos amendoados que me desafiam.

— E esse momento incluiria o que? — eu quero mais que saque e um amasso, ela tem uma libido tão forte que só me resta tentar.

— Faça por merecer, eu faço valer a pena, que tal? — ela dá de ombros.

— Na melhor das hipóteses, eu tenho a suíte presidencial essa noite — ela me encara obviamente indiferente à informação.

Volto pé ante pé e a encontro acordada.

— A gente não? — ela suspira — Usamos camisinha pelo menos?

— Eu não sei... — sou honesto.

— Não sabe? Meu Deus, eu não sou uma qualquer, eu... Quer saber? Não lhe devo satisfação — ela levanta e se veste na minha frente.

Os seios firmes agitam a minha memória de sugar aqueles mamilos escuros enquanto a fodia gostoso, a jovem era safada e se erguia para que eu visse meu pau entrando e saindo, além do mais, tinha um gemido delicioso e baixinho.

Sou tirado da minha lembrança com a porta batendo, quem quer ela seja, já foi embora da minha vida.

Não faço ideia de quem é a mulher que eu comi com mais vontade durante toda a minha vida. E talvez comesse novamente de ela não tivesse saído tão rápido.

Mas não posso largar tudo por uma trepada.

Se bem que tudo, o que?

Peço o motorista e vou direto ao meu maior dever: Maria Helena Queiroz de Orleans.

Minha noiva e em dois meses, minha esposa, blasé, fútil e arrogante. Eu só queria poder desistir daquilo.

Mas é o casamento ideal.

Mal sento-me na frente dela e meu celular toca.

— Senhor Felipo sou responsável por cuidar das suítes, o senhor saiu e algumas coisas que foram usadas não foram pagas — a voz profissional é pontuada e cortez.

— Como é?

— O rapaz da recepção fez o check-out sem atenção...

— Não tem mal, mas que coisas pode me informar?

— A senhorita que estava na sua companhia pediu preservativos, gel e calda de chocolate, como são serviços externos... O senhor não reconhece essa compra?

— Reconheço, mande a conta para minha empresa, vocês têm meu contato em alguns minutos estará tudo certo.

Desligo o telefone e recebo o olhar atento dela, o tom azulado é lindo pena que carrega toda a arrogância do universo.

— Que conta? — ela me encara.

Passo a mão pelos cabelos, ela sabe que eu não sou o mais fiel dos homens, mas opto por não dizer sobre a desconhecida.

Minha linda noiva blasé tem valores radicais quando se referem a empregados e minorias, os trata com a educação que a lei exige, nada além.

           — Eu passei a noite com os rapazes e acho que passamos da conta.

            — Use camisinha, não quero pegar uma IST na primeira vez que me entregar a um homem, o casamento é em dois meses e isso sim, é algo que vale a pena eu pensar, bem eu tenho um problema.

           — Qual, Maria Helena?

            — Eu tive uma pequena rusga com a cerimonialista, ela é muito insolente, mas é competente, seria muito você estar comigo amanhã? Você é mais conivente com a plebe...

             — Maria Helena...

              — Ela é só uma subalterna, se não fosse a república, nem tinha que usar de melindres com...

              — Com?

               — Não me encha, sim, esteja aqui amanhã às 14 horas, eu preciso dessa moça, faça isso por sua futura esposa, me dê o casamento dos sonhos!
Engoli em seco, se era o que Maria Helena queria, era o que ela teria.

                Mal eu sabia que eu também.

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