Capítulo 10
Violet Thomson
Dois dias haviam se passado e a mansão estava em uma correria total.
Nesses dias Ivan ficou ocupado o suficiente para evitar encontros e talvez isso me ajudou a pensar bastante.
O frio havia aumentado gradativamente e a neve se acumula cada vez mais, dando para ver alguns comércios e escolas fechando.
- O inverno aqui é congelante! - Reclamo me sentando ao lado de Pietra.
- Por isso as casas são equipadas com gás para os aquecedores. - Ricardo aparece com uma bandeja nos oferecendo canecas de chocolate quente com Mashmallows.
Ah, isso explica os registros a mais no banheiro e nos quartos...
Peguei minha caneca e ele se senta do outro lado, ficando os três em baixo de cobertores.
- Vem cá, quando você vai cortar esses ninhos de passarinho? - Pergunto tomando um gole, Pietra ri e Ricardo engasga cuspindo o líquido que quase acertou Ivan.
Ele havia acabado de se juntar a nós, vestido de forma informal.
- Ta aí algo que nunca vou me acostumar... - Apontei para ele e Pietra concordou balançando a cabeça.
- O que? - Ivan parecia não ter entendido nada. Se sentou puxando seu Notebook e começou a digitar algo na tela decidindo ingnorar-nos.
- Que tal um filme? - Pietra diz batendo palmas animada. A bolota se mexeu me dando gastura.
- É sério, não sei como você aguenta essas piruetas. - Aponto para a bolota e Pietra ri.
- Com o tempo nos acostumamos. É como se fossemos um só. - Ela balancou a mão no ar como se o assunto fosse algo banal.
- Ok... Vamos ao filme então. - Ricardo agarrou ela sorrindo feito um garotinho.
Liguei a televisão e começamos assistir o que nos agradou. Todo o tempo meus olhos revezavam de Ivan para a tela e da tela para Ivan.
Sério e relachado ainda teclando no computador.
- Você ainda tem pesadelos Amélia? - Pietra pergunta aleatoriamente fazendo Ivan erguer os olhos para mim.
- Ham, mais ou menos... - Vejo ele deixar o computador de lado e me olhar intensamente.
- São apenas sonhos. - Pigarreio. - Nada de tão importante.
- E não é importante? - A voz grave de Ivan me atige em cheio trazendo o desconforto que tanto conheço.
- Sim... Quer dizer... Não sei. - Embolei com as palavras. Talvez fosse melhor ir para o quarto ou procurar algo pra fazer.
- Podem ser memórias, já pensou nisso Amélia? - Ricardo diz me olhando desconfiado.
- Bom, se forem... Eu ainda não saberia tudo sobre minha vida. São sonhos estranhos... - Dou de ombros.
- Acho que vou descansar um pouco. - Anuncio me levantando e deixando a caneca sobre a bandeja ao lado do sofá.
- Bons sonhos. - Pietra diz maliciosa enquanto os homens ficaram com cara de tacho.
Subi as escadas seguindo para meu quarto. Senti que estava sendo seguida, ignorei e abri a porta.
No momento em que iria fechar Ivan impede entrando pela mesma, a fecha encostando a cabeça nela.
Estava ofegante e seus músculos tensos. Vi seu punho fechar sobre a madeira, talvez tentando se controlar.
- I-ivan? - Minha voz falha com toda a tensão que se formou entre nós dois.
Ele se aproxima, puxa minha cintura cola nossas cabeças, minha respiração fica descompassada e o coração treme.
- Amélia, desde o dia em que te vi... - Ele suspira, como se as palavras pesassem uma tonelada, fecha os olhos.
- Sou louco pelo seu cheiro. - Ele desce o rosto em meu pescoço o cheirando e no mesmo instante arreio tomou conta do corpo todo.
- Sua voz... Seu corpo, tudo me excita ao extremo! - Ivan me toma os lábios, o ar foge de meus pulmões com a intensidade do beijo.
- ... Ivan! - Cibilo aos toques de suas mãos por baixo de meu casaco, seus dedos frios deslizavam pela minha pele quente.
Solto um suspiro alto quando ele me pega no colo prensando meu corpo na parede. Perdi todo o controle quando vi o desejo em seus olhos...
Por dentro senti uma imensa confusão com meus sentimentos, mas por fora estava ardendo de desejos.
- Deixe-me te sentir apenas hoje. - Gemi com suas mordidas em meu pescoço, aos poucos nossas peças de roupas caiam no chão até estarmos semi nus em cima da cama.
Ivan geme ao encostar perto de minha intimidade, mas minha consciência acorda meu corpo do transe fazendo me separar dele.
- Ivan, para. - Ele ergueu o rosto para me ver, preocupado se aproxima.
- Você está bem? - Senti meu peito tremer e latejar, era um sentimento novo... Como se eu tivesse atingido uma barreira impossível de se ultrapassar.
Lágrimas caem de meus olhos e Ivan me puxa para seus braços. Ficamos um tempo juntos o suficiente para que eu pegasse no sono.
Senti meu corpo ser colocado e ajeitando na cama, com cuidado Ivan vai erguendo as cobertas sobre mim, pouco tempo depois o lado da cama afundou e sua mão acariciou meus cabelos recém cortados.
Pensando bem, tudo em minha vida havia mudado e Ivan é uma das pessoas que agora faz parte, tem um pedacinho de mim e se quisesse poderia conquistar mais do que eu posso imaginar...
- *YA pozabochus' o tebe, malen'kiy Lotos! - Sua voz soou como uma canção de ninar antes que sentisse sua ausência e escutasse a porta ser fechada, mas uma única coisa que não poderia ser ignorada...
É essa dor em meu peito que arde e queima.
***
YA pozabochus' o tebe, malen'kiy Lotos!: Vou cuidar de você minha pequena Lotus!
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