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You and I

faz um looooongo tempo, né? desculpem pela demora, mas agora estou de férias, quero escrever bastante :)

estou travada na escrita de Nocte dps de tanto tempo sem escrever, tenham paciência, ok?

me encontrem nas notas finais

boa leitura <3

_____________

1.

Acordo de madrugada com Jimin falando palavras sem sentido e entrelaçando as mãos nas minhas. Sob a luz da lua vejo pequenas lágrimas pressionadas nos cantos dos olhos dele. Eu as beijo, sorvendo-as.

Quando a noite cai e as defesas de Jimin ficam vulneráveis, vejo o verdadeiro estado do meu irmão. Não sei dizer quando começou, se depois do acidente com Yoongi ou muito antes disso. Tudo que sei é que preciso fazer Jimin entender que estamos lutando juntos, ele não está sozinho.

"Fique comigo", suplico para ele num sussurro. "Para sempre."

"Eu vou ficar, TaeTae", Jimin responde, lábios entorpecidos se movendo em reação às minhas palavras. Ele é tão pequeno em meus braços, membros estreitos na camisa branca folgada, dedos curtos e roliços agarrando a barra do meu pijama.

Jimin tem um grau de sonambulismo que não chega a ser preocupante. Ele não levanta da cama ou faz coisas perigosas, mas ele pode ter conversas inteiras e sequer lembrar delas no dia seguinte. Eu levo todas muito a sério, especialmente porque, dormindo, Jimin é completamente sincero e consciente.

"Jimin", escuto o suave ronronar de Jimin em resposta, "Você sabe o que aconteceu no passado?"

"Yoongi", a voz dele é um apelo, a falta que ele sente do nosso amigo tão crua e genuína em sua voz frágil.

"Sim, Yoongi", engulo em seco. Tudo entre nós volta para Yoongi, não é mesmo?, "Ele não está mais aqui, Minie. Mas antes disso... antes dele ir embora, o que houve? Você sabe?"

"O acidente."

"Sim. O acidente levou Yoongi embora", é um esforço cansativo não pensar naquela noite, no telefonema e na voz ansiosa de Yoongi dizendo que viria até mim, que tínhamos que conversar, mas olho o rosto adormecido de Jimin, a suave ruga marcando sua testa por baixo da franja loiro manteiga e só ele importa, só ele. Eu o beijo sobre as pálpebras e no pescoço, minha mão grande sobre seu coração que se agita como um animalzinho preso.

"O acidente... o acidente...", mais lágrimas afloram na extremidade de seus olhos apertados.

"Shhh, está tudo bem. Passou, estamos aqui agora, estamos juntos e vivos. Vai ficar tudo bem, Jimin, eu prometo."

"As vozes...", Jimin soluça baixinho, dedos enrolando na minha camisa. Ele cheira tão bem, doce e fresco na madrugada.

"Que vozes?"

"As vozes... Estão aqui. Ele está aqui."

"Ele quem, Jimin?"

"Mande-o embora."

"Quem?"

"Taehyung...", Jimin estremece, pálpebras oscilando e a respiração descompassando. Sussurro palavras de carinho para ele, mas meu irmão me chama sem parar, urgência e terror infiltrando seus sonhos.

Taehyung, Taehyung, Taehyung.

Não lembra em nada o modo afetuoso como ele pronuncia meu nome. É agressivo, quase como se ele estivesse na defensiva e isso me assusta.

"Eu estou aqui. Fique comigo também, Minie."

Fecho os olhos, entendendo o que sempre foi tão óbvio. Estou preso num círculo e não posso me salvar sem salvar Jimin. Se ele cai, eu caio, mas estou deixando que outras coisas me levem para longe dele, estamos nos perdendo, como na época em que nossos pais queriam nos colocar em internatos diferentes para nos separar e a simples ideia disso nos fez adoecer de tristeza.

Eu estou deixando Jimin na escuridão, estou quebrando minhas promessas porque não consigo resistir a Jungkook. É simplesmente forte demais, sinto que vou partir ao meio com a intensidade do que sinto por Jimin e Jungkook, cada um me puxando para lados opostos.

Por quê? Por que é que Jungkook tem um domínio tão grande sobre mim?

Não sei que tipos de segredos Jungkook esconde, mas perdê-lo dói demais. Não posso mais escolher entre Jimin ou Jungkook, Jimin é minha alma gêmea, mas Jungkook é minha rocha sólida no meio dessa tempestade. O que sinto por ele, seja lá de onde vem, é devastador.

Eu preciso de ambos para respirar.

Fecho os olhos e os próximos minutos são contados com as batidas do coração agitado de Jimin contra o meu; o mesmo ritmo assustado, o mesmo vigor relutante. Meu coração e o de Jimin são um só e adormeço pensando, pela primeira vez, que essa é a resposta.

E, pela primeira vez, a certeza disso não me acalma - ela me faz ter pesadelos.

2.

O sol nem terminou de nascer quando saio da cama, escovo os dentes e visto um moletom grande, puxando o capuz sobre a cabeça. Atravesso o vale até a casinha amarela na beira do penhasco. As rosas brancas que misteriosamente brotam ao redor da casa começaram a se espalhar pelo terreno desordenadamente como uma praga, alvas feito bolas de neve.

Bato na porta da casa amarela e espero, o frio mordendo minha nuca e meus tornozelos.

Jungkook a abre. Ele não parece ter acordado agora - é mais como se nem tivesse dormido. Olhar agitado, cabelos bagunçados caindo em mechas macias sobre a testa e o lábio inferior inchado e mordido e eu o visualizo revirando um pensamento na cabeça por horas e horas, protelando, protelando...

Jungkook é uma cicatriz em minha mente. Nós estivemos juntos e nossos corpos se uniram tantas e tantas vezes que ele se tornou parte de mim, eu só não consigo lembrar disso.

"Oi", não sei em que pé estão as coisas. Não fui exatamente gentil no dia anterior ao deixá-lo falando sozinho. "Precisamos conversar."

Jungkook assente e se afasta para me dar passagem. A sala está uma bagunça, papéis de desenhos espalhados pelo chão, crayons misturados com xícaras de café sujas sobre a mesa.

"Eu estava tentando produzir alguma coisa", Jungkook desculpa-se, cutucando o lóbulo da orelha, então para no meio da sala e me encara atentamente, afeto e preocupação misturando-se ao cansaço em seus olhos escuros. "Você está bem?"

"Não vou mais deixar Jimin sozinho", solto de uma só vez. É isso ou nada. "Não vou mais ficar com você andando em círculos sem entender o que tivemos antes ou o que está acontecendo, eu e Jimin viemos para cá para ficarmos juntos. E assim será."

Os olhos de Jungkook arregalaram e a boca dele pende numa expressão abobada, mas ele se refaz depressa, assentindo e concordando. Isso me choca. Não é possível que Jungkook seja tão compreensível e dócil sempre, pessoas normais não são assim, as pessoas normais que eu conheço não são perfeitas.

Onde estão os defeitos de Jungkook?

"Tudo bem", ele diz com firmeza.

"Ele precisa de mim, e eu preciso dele. Somos um só. Entende isso, Jungkook? Ele é mais que um irmão para mim."

"Taehyung", Jungkook ri ácidamente, "eu sei disso."

"É, você sabe. Você sabe e sabe e sabe e não me conta nada. Isso cansa."

Os ombros de Jungkook cedem e ele se aproxima com cuidado. O calor das palmas das mãos dele no meu pescoço é tão bom e reconfortante que quero gemer, a sensação sempre que nos tocamos é forte o bastante para embaralhar meus sentidos.

"Tae, eu quero que você sabia, quero tanto, mas há uma razão para você não lembrar."

"Qual razão? Por favor, Jungkook, isso está me enlouquecendo."

"Eu sinto muito", os lábios dele pressionam minhas bochechas antes de selarem beijos macios na minha boca. Quero ser duro e afastá-lo, ainda estou aborrecido, mas quando minhas mãos agarram o moletom sobre seu peito, é para puxá-lo para mais perto até que minha testa esteja aninhada no calor de seu pescoço. "Mas eu não posso, não posso dizer nada, me desculpe, meu amor."

Meu amor.

Como fios soltos de uma memória, as palavras soam naturais na voz calma de Jungkook, encontrando um lugar certo dentro de mim. Eu sou o amor de Jungkook, nós construímos isso, mas por mais que eu force minha mente a encontrar o caminho, nada vem, só escuridão e caos.

"Eu não entendo como posso amar tanto alguém que eu não lembro de ter me apaixonado."

"Seu corpo lembra", Jungkook beija minha orelha, a voz rouca roçando os pelos arrepiados na base da minha nuca. "Seus sentidos lembram."

Ele tem razão, porque as reações que tenho a Jungkook são antigas. Elas sedimentaram, e ao mesmo tempo são novas, porque não consigo lembrar como surgiram.

"Eu sempre quis tanto você, Tae, desde a primeira vez que nos vimos."

"Quando foi? Como foi?"

Ele se afasta e eu vejo outra vez o rosto dele ficando inflexível, ângulos duros. O olhar de Jungkook é tão expressivo e ele não consegue esconder muito de mim, por mais seja bem óbvio o quanto ele tenta. Isso o afeta. O que tivemos, e o fato de eu não lembrar, o machuca.

"Nós éramos crianças. Em outro lugar."

"Que lugar?"

"Tae..."

"Como aconteceu? Como foi que... isso começou?"

Jungkook puxa o ar com dificuldade, o tempo chia em nossos ouvidos, ou talvez seja apenas o vento cortando o penhasco ao lado da casa. Eu estou muito perto da verdade agora, tão perto que se eu der um passo para frente, caio dentro dela, mas Jungkook está parado na minha frente, me segurando. Ele não deixa a verdade vir, ele a retém nas mãos.

"Me dê alguma coisa Jungkook, qualquer coisa", não é totalmente ingênuo da minha parte pedir isso enquanto o beijo, empurrando-o devagar contra a parede. Ele se deixa levar, língua buscando a minha, olhar penalizado queimando de desejo e eu sei que posso jogar com ele, o que nos liga é forte o suficiente para que eu o tenha tanto quanto ele me tem.

Jungkook me beija selvagemente antes de se afastar para respirar. Em algum momento fui virado contra a parede, apertado e tocado e então, não sei como, paramos no divã. Estou deitado debaixo do peso maciço de Jungkook e ele me beija com raiva e necessidade, a frustração dos segredos que não podem ser ditos o tirando do controle.

"Você estava tão bonito quando nos beijamos pela primeira vez", ele diz, os lábios inchados esfregando nos meus e estamos gemendo juntos, enlaçados e confusos. "Você sempre ficou tão bonito no uniforme da escola, Tae. No começo, era um segredo, Jimin não podia saber, nem Yoongi, nem nossas famílias, mas então você contou para Jimin. Eu estava tão apaixonado por você e eu faria qualquer coisa que você pedisse, então nós continuamos em segredo... Tae..."

A voz dele quebra, saturada de desejo.

Nossos corpos se comprimem numa junção apertada e Jungkook soluça entre um gemido e outro e eu engulo cada som que ele faz, puxando sua camisa para cima e a arrancando por sua cabeça. Como quando nos beijamos aqui nesse divã pela primeira vez, é tão fácil tirar as roupas, é natural, a sensação de pele contra pele e estar de volta em casa é uma bênção, o calor dele, o cheiro dele, o gosto dele. Jungkook apoia uma mão ao lado da minha cabeça e com a outra ergue meus quadris, nos encaixando em giros justos. Estou quente, tão quente e pulsante para Jungkook, minhas entranhas implorando por ele, meu pênis doendo de excitação.

"Jungkook", minha voz se parte, profunda e tão rouca que é distorcida. Sinto que meu coração pode explodir de tanta vontade de me unir a Jungkook de todas as formas possíveis. É o mais próximo que já estive de uma abstinência e é aterrador, avassalador.

"Nossa primeira vez também foi assim", Jungkook diz, uma risada suave torcendo sua boca, olhos brilhando nos meus. Ele está corado e ofegante e eu me pergunto se ele sempre é assim no sexo, tão vulnerável e intenso e uma onda de calor percorre meu ventre. Umidade aquece nossos jeans, tornando a pressão ainda mais insuportável. Gememos de boca aberta, Jungkook morde meu lábio inferior com força e sinto o gosto metálico de sangue na língua, mas não importa. "Nós queríamos tanto e então aconteceu e só conseguimos pensar no que tínhamos acabado de fazer quando realmente acabou e você estava sorrindo para mim, tão lindo, Tae..."

"Eu quero", consigo encontrar um fio de raciocínio entre o desejo e o desespero de abrir nossas calças. "Jungkook, eu quero agora, me mostre, eu quero viver isso, por favor me dê isso."

"Qualquer coisa", ele assente, rosto roçando a cavidade do meu pescoço. "Tudo que você quiser, Tae, tudo."

Jungkook se afasta para nos livrar do que resta de roupas e então... Deus, é o paraíso. Apenas pele quente e macia e músculos e ele encaixa tão bem em mim, o peso dele, a forma como minhas coxas aceitam perfeitamente sua cintura estreita e como as pernas dele se flexionam para me apoiar. Tão certo, tão bom.

As mãos dele deslizam por mim e as minhas por ele, apertando e apalpando. Jungkook é quente e firme em todas as partes, ossos e força moldando-o e eu olho para baixo para ver nosso membros expelindo lubrificação juntos sobre a minha barriga, a latência dolorida nos fazendo chiar conforme nos apertamos mais e mais até que estamos ambos nos perdendo em ofegos.

Nossos olhares se encontram e não é preciso mais nada. Há tanta intensidade nos olhos de Jungkook, tanto amor e desejo e sei que os meus não estão muito diferentes, porque ele assente em submissão e desce uma mão. É estranho me sentir virgem quando sei que não sou. É vergonhoso passar pela preparação, o tempo interminável entre estar apertando os dedos de Jungkook em mim, suplicando e resistindo e choramingando de dor e ansiedade e o estalo do látex do preservativo sendo esticado na extensão dura de Jungkook, e então a realização de que ele está finalmente deslizando e me preenchendo.

Tudo é quente e molhado e apertado.

O choque. A ardência alarmante e a total desconexão entre isso e o fato de que, ainda assim, eu não quero parar. Meu pau, minhas entranhas, cada cavidade minha pulsa e exige, mais, mais, mais, eu quero, quero, quero e estou sufocando.

"Meu deus, Taehyung, eu senti sua falta", Jungkook lamenta no meu pescoço, empurrando o máximo que posso suportar sem que se torne demais. Ele está tremendo, a respiração totalmente fora de ritmo, pele em chamas. Eu abro a boca para confortá-lo, porque apesar da dor que sinto, é ele quem parece perdido, esmagado, completamente descomposto, mas não consigo falar. Jungkook me beija, a boca acertando partes aleatórias de pele exposta, dentes mordiscando e chupando. Ele não se move enquanto meus músculos estão retesados, minhas coxas o apertando e minhas unhas o ferindo; não há nada de delicado aqui.

Ele espera. Meus ouvidos não captam nada que não seja os sons de Jungkook, sua respiração brusca e os gemidos engasgados enquanto ele se ajeita com cuidado em cima de mim. A dor do estiramento anestesia todo o resto, mas estou rindo. Como é possível que eu queira mais?

Jungkook começa a transar devagar. Primeiro, apenas giros lentos, olhar focado no meu. Eu vejo o prazer nublando sua expressão, mas ele pisca para afastá-lo e falar comigo quando não consigo encontrar minha voz em meio aos gemidos roucos e obscenamente arrastados.

"Estou tão perdido por você", ele se ajeita mais uma vez e investe com um pouco mais de ritmo e força. Jungkook chama meu nome, ronronando e arquejando no meu pescoço. Ele está totalmente consumido pela paixão e eu tento dar algo a ele, alguma coisa em troca, mas não consigo. Jungkook está empurrando os quadris contra minhas nádegas, me curvando debaixo de si, ele se move duramente, uma onda que cresce cada vez mais, cravando fundo e queimando tudo até que não reste nada além de prazer absoluto.

É delirante.

É agressivo.

É antigo.

Eu abro os olhos e percebo os detalhes no rosto de Jungkook, o marrom brilhante dos olhos redondos e afetuosos, o formato incomum do nariz grande e fofo, a pinta solitária sob o lábio inferior, e eu o vejo, não o homem que transa comigo agora como se não fosse durar muito, mas o garoto gentil e impetuoso, um pouco afobado, a camisa branca do uniforme da escola amassada e aberta sobre o peito, a gravata vermelha desfeita ao redor do pescoço e o rosto ainda tão, tão jovem, e esses dois Jungkooks se sobrepõem e se misturam porque o amor no rosto deles é o mesmo. O amor por mim, o desejo que queima suas bochechas e o torna adorável.

Ele segura meu rosto, quadris alternando entre ir devagar e fundo e então rápido até que ele precise parar para se impedir de gozar.

"Taehyung", ele me chama e só então percebo que estou longe demais, preso em algum lugar entre o passado e o presente. Os dedos dele deslizam pelo meu rosto, recolhendo umidade. Eu não sei porque estou chorando, meus olhos ardem, arregalados, e as lágrimas apenas descem sem controle. Jungkook ondula os quadris praticamente parando. "Fale comigo, estou te machucando?"

"Não... Jungkook, não pare", eu suplico.

"Mas você está..."

"Jungkook, não pare", é uma ordem. Qual o sentido em negar meu corpo a Jungkook quando ele já tem meu coração? É tudo dele para possuir.

Minhas coxas o puxam para mais perto, seu pênis indo tão fundo que silvo entre os dentes porque estou tão cheio e é tão fodidamente delicioso.

Em algum momento a dor se foi e o que resta é uma bola quente e pulsante apertando minhas virilhas, minha barriga. Jungkook deve estar sentindo o mesmo, porque isso nos torna irracionais e desesperados. Uma mão dele desce até meu membro, ele volta a estocar com vontade e eu fecho os olhos, é bom demais e ele sabe como me manipular para que eu me perca.

Estou no alto, tão alto que já posso ver o céu.

"Assim, venha pra mim, Tae", ele murmura, maravilhado. É íntimo, tão doce como ele fala comigo, apesar de estar transando com força e velocidade, quadris batendo nas minhas nádegas e as coxas suadas flexionando embaixo de mim. Os sons são obscenos, os estalos de pele contra pele, a penetração molhada e os nossos chiados e todas as coisas pervertidas que Jungkook fala para mim sobre como sou apertado e quente e bom. Sinto meu rosto ardendo, mas não tem como me envergonhar mais do que já estou, aberto e exposto, soltando sons animalescos e movendo os quadris de encontro ao de Jungkook para ter mais dele dentro de mim.

A palma quente de Jungkook desliza pelo meu membro, polegar massageando a glande molhada e estou vindo, minha mente uma explosão em branco, meu corpo inteiro apertando e Jungkook me segura e estoca sem parar o ponto onde todo o prazer se acumula e expande. O primeiro tiro vem como uma descarga, tão forte que suprime todo o ar dos meus pulmões. E então, o segundo e o terceiro, salpicando meu peito e minha barriga de forma desordenada porque Jungkook não para de sair e entrar e ir fundo. Enfim posso rosnar em alívio, o som é seguido de um rouco e prolongado gemido.

Jungkook arqueja, sentindo meu aperto ao seu redor, e então eu o afasto. Ele olha para baixo em confusão.

"Tira a camisinha", eu peço, sufocado pelo prazer.

"Tae, não", os olhos arregalados de Jungkook estão perplexos.

"Eu quero", aceno positivamente para ele, olhando-o nos olhos para que ele saiba que eu preciso disso, que confio nele e em nós dois. Droga, é como uma fé cega. "Por favor, Jungkook."

"Eu só estive com você", ele diz depressa, a voz macia e manhosa. "Só você, Tae."

"Eu sei."

Ele faz que sim com a cabeça, engolindo em seco, então se retira para se livrar da camisinha e os segundos em que fico vazio se arrastam até que ele esteja me penetrando novamente, carne quente contra carne quente. A superestimulação é esquisita, mas bem vinda, sobretudo quando Jungkook aperta os olhos e geme, o prazer fazendo os pelos de seu corpo ficarem em pé debaixo dos meus dedos.

"Ah, Tae... Assim é... Deus...", ele se move devagar, deliciando com a sensação do pênis nu em mim. Eu chio, porque parece que Jungkook me preenche ainda mais do que antes, a pulsação de seu pau me alargando e queimando. "Droga, é tão bom, Tae... tão bom..."

Jungkook paira perdido e à deriva em cima de mim, estocadas erráticas e profundas, o pênis muito duro batendo na região superestimulada e tudo parece inchado e sensível e lascivo. E então ele vem quente, expressão torturada e boca aberta, gemidos soluçados. O ritmo de seus quadris diminuiu até se tornar um girar suave e um pouco carente, e então o peso inteiro dele cai sobre mim e ele respira com dificuldade no meu pescoço.

Nossas peles estão suadas e queimando. Nosso peitos pulsam a ponto de estourar.

"Jungkook", eu murmuro, e acho que ele pensa que vou pedir para que saia de cima de mim porque ele realmente é pesado.

"Só me dê... um segundo... só um segundo, Tae", ele ri e ofega. "Eu não consigo.... pensar depois que gozo... com você."

"Quinze anos", eu digo, e Jungkook ergue a cabeça, apoiando a parte superior do corpo nas mãos. Sua franja úmida cobre seus olhos, de modo que não posso vê-los, mas sua boca está aberta em choque. A retirada repentina do peso dele de sobre o meu peitoral me permite respirar e eu trago uma grande lufada de ar.

"O que?", ele me encara, perturbado.

"Tínhamos quinze anos. Quando transamos pela primeira vez."

Jungkook pisca, algo estranho perpassa seu rosto corado, como se ele estivesse com medo de acreditar no que estou falando.

"Eu lembro. Não, eu sei", corrijo. "Não sei como sei, mas eu sei."

Ele assente devagar e então se retira com cuidado. O vazio é estranho depois de ter sido tão preenchido e eu me ajeito no divã, a dor voltando com uma pontada que faz eu me encolher, mas ainda sinto o calor de Jungkook em mim. É uma sensação primitiva de posse.

Tenho a vaga impressão de que sempre foi assim, nós dois completamente nus, como num ritual. É o que dá sentido a tudo, o sexo urgente e a necessidade de tê-lo gozando em mim, a torrente de sentimentos que torna qualquer diálogo com palavras vazio agora.

Jungkook deita ao meu lado, rosto virado para mim. Os dedos dele roçam minha bochecha suada. Seus olhos estão tão escuros que são negros nos meus.

3.

Há um adensamento de nuvens cinzentas se aproximando da costa quando volto para casa. Entro na cozinha com a sensação de que algo está fora do lugar. Não há nada realmente concreto que me leve a sentir isso além do fato de que tenho a impressão de estar num jogo dos sete erros.

Pisco, confuso por não entender porquê meu peito aperta de repente.

"Jimin", chamo chamou, escutando apenas o ruído do vento lá fora em resposta. "Jimin!"

Nada.

"Jimin!"

Subo as escadas e vejo que a porta do banheiro está aberta. Jimin costuma levar horas no banho, desde criança. Ele enchia a banheira com água quente e levava tanto tempo imerso nela que, quando saía, a água estava fria e os lábios dele estavam roxos e engelhados.

Mas Jimin não está no banheiro, e nem no escritório, onde às vezes o encontro rabiscando o diário. Nem no quarto. Verifico o mezanino, vazio além das tralhas poeirentas da nossa mãe, e olho pela janela panorâmica lá de cima. O vale em torno da casa está deserto, uma extensão verde cinzenta que termina no precipício e, então, o mar e o céu escuro.

Jimin não pode simplesmente ter sumido. Ele nem mesmo gosta de sair de casa sozinho, o que é mais um traço da depressão que de sua personalidade. Os médicos disseram que é preciso ter paciência e por isso não o forço a sair, as crises de pânico sempre pioram quando Jimin é forçado a qualquer coisa. Ele consegue cumprir tarefas pequenas como ir ao mercado ou à parada quando está num dia bom, e só.

Por um segundo, o fantasma da culpa volta a estrangular minha garganta, porque estive com Jungkook enquanto meu irmão estava aqui, sozinho, mas decido que já passei por isso e preciso superar essa culpa se quiser encontrar uma forma de manter Jungkook e Jimin comigo.

O nó na minha garganta desce e aloja-se no estômago. Sinto vontade de vomitar, imaginando o que de tão terrível pode ter acontecido para empelir Jimin a sair de casa sem deixar nenhum aviso, com uma tempestade se aproximando.

Desço e entro no quarto outra vez. A cama está uma bagunça, ainda com as marcas dos nossos corpos, travesseiros espalhados. Eu olho cada canto com cuidado, procurando por uma pista, qualquer coisa que explique o sumiço de Jimin. Nada parece suspeito, até que meu olhar encontra algo no chão, ao pé da cama. É um monte de pedaços picados de papel, espalhados pelo carpete; eu me ajoelho e pego um, depois outro, tentando uni-los para que façam sentido, mas não é preciso. Eu sei o que é: o desenho que Jungkook fez de mim, despedaçado em tantas partes como se a fúria de Jimin quisesse transformá-lo em pó.

Como diabos Jimin o encontrou?

Sei que não há nada de errado nesse desenho ou no que tenho com Jungkook, mas, de algum modo, para Jimin, tudo está se revelando da pior forma possível...

Estou pronto para atravessar o quarto e sair para procurar Jimin pelo descampado ao redor da casa quando meu tornozelo colide com algo duro e pontiagudo despontando por baixo da cama.

Reconheço o caderno velho no qual Jimin escreve, a capa preta e lisa. O caderno parece abandonado, as folhas do miolo amassadas dobradas de qualquer jeito quando foi jogado no chão, fechando-se sobre elas.

O diário de Jimin. O diário do meu irmão.

Por reflexo, minha cabeça vira na direção oposta, recusando-o; não preciso ler o diário, não preciso. Jimin ficará tão magoado. Já sei porque Jimin sumiu, está aborrecido, com medo de me perder para Jungkook, e isso deveria bastar, não é? Ele vai voltar, eu sei que vai.

Não vai?

Olho para o diário em minhas mãos e por mais que seja só um caderno inofensivo, ele pesa em meus dedos, o peso de todos os segredos de Jimin.

Jimin sumiu depois de ter rasgado o desenho com tanta raiva...

Mas Jimin não tem realmente nada para esconder de mim, então olhar o diário não será um crime tão grande. Preciso encontrá-lo e protegê-lo de si mesmo, é minha obrigação e esse sempre foi o propósito maior da minha existência: Jimin. Há algo mais importante em jogo do que a privacidade do meu irmão e eu enfim tomo minha decisão.

Pego o diário e o abro. Não há muitas anotações, Jimin é conciso, quase seco, uma versão inesperada do garoto meigo e emocional que me abraça e conversa comigo todos os dias. Mas as anotações vão ficando cada vez menores e confusas à medida que as folhas passam.

Terça-feira

Não quero mais tomar esses remédios. Eles deixam minha mente pesada e turva como se tivesse água suja no lugar do meu cérebro.

Quarta-feira

Hoje nossa mãe ligou. Ela insiste em nos separar, como se fizéssemos mal um ao outro. Como é possível que eles não entendam? Eu não posso deixar Taehyung e ele não pode me deixar, estamos ligados para sempre. Me magoa que ela pense que faço mal a ele, que ela não acredite quando digo que estamos juntos e sempre será assim. Não entendo porquê ela chora.

Quinta-feira

Não tomei os remédios hoje. Sei que Tae ficará magoado comigo se souber, eu lamento muito, mas não posso mais. Eles me fazem tão mal, não consigo pensar, eles me puxam para baixo, para um lugar onde não existe nada além de um branco opaco e indolor. Eu me sinto morto, mas prefiro a dor do que isso. Isso é muito pior, é vazio, é deserto.

Eu sinto muito, Tae. Me perdoe por ser assim. Por favor, me perdoe, me perdoe, me perdoe.

Sábado

Acho que estou desaparecendo. Eu não quero sumir, não quero. Por favor, Tae, não me deixe sumir, eu prometi que ia ficar, eu devo ficar com você, é o único lar de verdade que tenho.

Eu viro uma nova página e levo alguns segundos para entender os garranchos espalhados por ela, não mais parágrafos e linhas ou datas, mas palavras soltas rabiscadas em letras disformes e horrendas.

MATE-O.

ANIQUILAR ANIQUILAR

JUNGKOOK JIMIN TAEHYUNG YOONGI ANIQUILAR JIMIN JIMIN JIMINJIMINJIMINJIMINJIMINJIMINANIQUILAR

O caderno cai das minhas mãos quando corro e corro de volta à casa amarela.

__________

o amor do tae e do jungkook é tão profundo e lindo, espero estar conseguindo passar isso aqui

era pra esse cap ser muito maior, mas dividi no meio pra não sobrecarregar vcs de informação

hm, eu sinto que devo falar algumas coisinhas. uma delas é que eu não planejava fazer um lemon aqui, mas aconteceu, talvez tenha ficado um pouco repentino, mas levando em conta que não é de fato a primeira vez dos taekook, acho que é compreensível. eu quero muito narrar a primeira vez deles, mas isso vai depender se vou conseguir alongar tanto essa história :(

outra coisa: Nocte é flex. eu me sinto mais confortável escrevendo top!tae, talvez pelo costume, mas essa história pede flex. eu estou super enferrujada com lemon, então me desculpem se ficou sem graça ou sei lá :(

e eu já falei antes, mas volto a falar: Nocte é sombria. não criem expectativas de coisas fluffy aqui, ok? tem romance e é intensa, mas é dark fic.

vcs torcem para descobrir logo esse mistério em torno dos taekookmin e eu vi nos comentários que alguns de vocês acertaram a teoria; eu tenho tantas ideias para Nocte, ela devia ser uma long LOOONG mesmo, mas pela demora das att eu acho que vou resumir ela e parar de torturar vcs :(

é isso, espero que tenham gostado do cap, apesar dele ser curtinho!

obrigada por não desistirem <3

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