°Autora on°

Mais tarde naquele dia, às 17:00, o mensageiro trouxe notícias. O reino estava em uma bagunça só, tudo que se ouvia era da tragédia e do desaparecimento dos príncipes e princesas, acusações de Granus contra os plebeus. Tudo isso deixou todos preocupados. Uma pessoa que estava fazendo essa discórdia inteira, JunSeo.

— O reino Granus anunciou guerra contra Anarouch. — e aquelas palavras fez todos se chocarem.

— O que? Como assim? — Lia estava perplexa, não podia travar guerra com seus amigos, não mesmo. Ela sabia de todos os segredos que seu reino escondia, as bruxas no calabouço seriam soltas, e a matança começaria.

— B-bruxas. — Ryujin gaguejou — Granus tem bruxas adormecidas, irão acorda-las e começaram a matar.

Todos encararam lia, que concordou hesitante

— desculpa não contar. Não sabia que seria útil em alguma hora.

— Lia, não podemos pensar nisso por enquanto. A guerra começou, não podemos medir esforços — Ataz declarou

— Só a gente não vai dar, temos que ter muito mais.

— é, eu sei Soobin. — Ully começou, sentido quem estava chegando — Por isso que o chamei.

Logo um rugido foi escutado, e um ser mítico voador visto sobrevoando o céu. Mais rugidos, e a barreira foi facilmente quebrada pela mistura de fogo e gelo.

Todos se assustaram, e se preparam para lutar. Mas ao perceber a cabeleira familiar em cima do dragão, baixaram um pouco a guarda.

Huenigkai fez o dragão aterrissar cuidadosamente, e desceu dele em um pulo, murmurou algo em seu ouvido e seguiu até eles.

— Vestes novas, vejo que aproveitou do fosso. — Kalel sorriu pro menino, que assentiu.

— Eu o fiz. E trouxe algo pra vocês. — sorriu, e andou de volta pro dragão, que levantou a asa azul, mostrando três ovos, eles se aproximaram da relíquia — São ovos petrificados, não nascem mais pela mãe. Mas, pelo o que li sobre dragões, eles podem ser chocados com fogo, ou com sangue, sacrifícios em geral, me entendem?

— Pretende botar fogo em algo? — Ully perguntou.

— Sim, minha rainha. — respondeu, fazendo se chocarem com tanta.. educação — Também indicaria o nosso envolvimento na guerra. A nossa.. ascenção.

— Muito bem pensado, hueningkai.

— O que você pensava que estava fazendo quando fugiu? — foram interrompidos pela fúria de Eunwoo, que estava mais preocupado com Kai do que qualquer um. — Você poderia ter morrido! Tem noção disso?!

— Claro que ele tem, Ataz. Mas eu o mandei. Kostich tinha de ser domado. Por alguém de minha confiança.

— Por que não mandou a yuna? — aquela pergunta rondava não só na cabeça de yuna, mas sim de todos ali.

— Yuna já tem o dela, e o Hueningkai que deveria ter esse dragão. É da família dele. — Kalel cortou qualquer outra pergunta.

— Eu terei um dragão?

— Kostich é seu, minha alteza. — Hueningkai disse, sem ciúme algum — Tudo o que é meu, também é da minha alteza.

Olhos arregalados por toda a parte, aquilo era uma.. declaração.

— Kostich me obedece apenas, porém, caso queira algo que tenha a ver com ele, poderá me pedir, a hora que quiser. — Pode-se ver a cor subindo às bochechas dos dois — irei entrar, tenho que dormir. — disse por fim, e correu pra dentro do castelo. — Kostich, käyttäydy!¹

[•••]

Tudo aquilo afetou Yuna, que agora tinha seus sentimentos completamente bagunçados. Sentia-se flutuando.

Saiu para o jardim, onde Kostich se encontrava. Não tinha medo do dragão, por mais grande que ele seja. Ele nunca a machucaria, por causa de Hueningkai.

— O que aconteceu aqui hoje, kostich? — perguntou retoricamente. Sentiu uma presença se aproximando, fazendo ela se virar e encontrar Dahye, com um livro em uma das mãos, indo em direção a menina.

— Olá, vossa alteza — fez uma referência, por mais do tempo que passaram juntas, ela não deixava de tratar Yuna como uma pessoa da realeza. — Quer companhia?

— Aceito sim, Dahye. — sorriu feliz — e, eu posso desabafar com você? — perguntou, com um pingo de medo. A ruiva assentiu com a cabeça, sorrindo de lado. — você acha que eu.. gosto de Kai?

A mais velha a olhou confusa, com uma sobrancelha arqueada.

— Vossa alteza, eu não posso lhe dizer isso. — começou, deixando Yuna com uma ponta de dúvida — Eu não entendo de seus sentimentos, apenas você pode dizê-los com certeza, ou não. Mas posso lhe confirmar que suas trocas de olhares são extremamente.. intensas.

— O que queres dizer com "intensas" ?

— Quero dizer que.. quando se olham, parece que o mundo vai desmoronar com tanto fogo que está rolando. Parecem se sentir tão atraídos, mas negam com todas forças restantes. E essa é a primeira etapa, negação.

— Primeira etapa de quê?

— Do amor, oras.

¹: Kostich, comporte-se!