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8 • Normal

Ok, fiquei muito tempo sem atualizar aqui, mas finalmente consegui corrigir esse capítulo e creio que ele vá ser bem interessante por algumas coisas explícitas que deixei sobre o Bakugou.

Espero que gostem e boa leitura! ^^

***********

Dia seguinte

Para a sorte de Kirishima, é sábado. Ele pôde dormir até tarde em seu quarto – qual voltou, pois os estragos de Katsuki já foram consertados –, sentindo o sono tomá-lo e se aconchegando na cama, agora sem se sentir ansioso, pressionado e obrigado a permanecer estático devido ao medo de incomodar outra pessoa. Apesar de Bakugou não ter expressado nenhuma reclamação verbal em relação ao ruivo, Eijirou ainda sentia que o incomodou demais, ainda mais pelo espaço da cama não ser muito favorável aos dois.

No dia anterior, ele evitou ao máximo sair do quarto e ao entardecer, estudou com Katsuki o que foi passado nas aulas do dia, se sentindo mal por estar tomando tanto tempo do loiro com seus problemas bobos, fazendo-o se preocupar demais consigo.

Quando saiu do quarto à noite, informando ao loiro que iria dormir – apesar de não sentir um pingo de sono –, deslocou-se até seu quarto antes que o rapaz explosivo fosse capaz de contê-lo lá, ouvindo-o resmungar palavrões por estar fugindo novamente.

Agora são quase meio dia e Kirishima permanece em sua cama, sonolento, pensando nos acontecimentos recentes e sentindo certa paz em seu espírito... apesar de lá no fundo, uma mágoa perdurar. Ele se sentia bem, mas ao mesmo tempo o sentimento de vazio tomava-o.

Como se uma parte de si houvesse sido arrancada à força.

Ele decide ignorar os sentimentos negativos e pega o celular que reside ao lado de seu travesseiro, vendo algumas mensagens que lhe foram enviadas desde o dia do incidente; mais uma lembrança que ele gostaria de simplesmente deletar de sua memória. Seu olhar captou mensagens vindas do grupo "Baku Squad" e visualizá-las fez seu coração pesar; eram inúmeras perguntas de seus amigos marcando-o, querendo saber se ele estava bem, o que havia acontecido e o porquê dele ter feito aquilo.

É claro, eles estavam curiosos e assustados, afinal, Eijirou foi encontrando machucando alguém desconhecido em seu próprio quarto, era bizarro em todos os sentido, ainda mais para ele, o raio de sol que eles tanto o chamam, Kirishima Eijirou.

O simples pensamento de os ter decepcionado decidiu aparecer, fazendo-o ficar ainda pior.

Ele queria responder, queria muito... mas não tinha o que responder. Ele fez aquilo e não se arrependia, doeu bastante e ele até quis parar, mas a sua própria existência estava irritando-o tanto que ele simplesmente desejava destruí-lo.

Por fim, ele não conseguiu digitar uma resposta e desligou o aparelho, deixando-o em sua cama novamente, levando as mãos à cabeça e puxando os fios rubros de seu couro cabeludo com certa força. Aquilo o frustrou demais.

Foi aí que tomou uma decisão: Não sairia daquele quarto.

***

Já era de tarde, Kirishima não havia almoçado nem saído para pegar um lanche qualquer. Ele ficou o tempo inteiro em sua cama, pensando e repensando em seus atos anteriores; vez ou outra pegava seu celular – desativando a Internet do mesmo – e ouvia algumas músicas a fim de relaxar e esquecer um pouco tudo que aconteceu.

"Missing pieces of my skull

I'll sew on patches of my own soul

There's nothing you or I can do

So let the stars fall

Cause from up here

The sky's my thoughts and we're all

So small"

Não tinha um motivo específico pelo qual gostava da música que ouvia no momento, mas a sensação que ela passava era simplesmente muito boa e fazia-o pensar sobre a vida de uma maneira mais simples, desejando que essa situação inteira em que estava metido simplesmente não existisse.

Músicas assim o deixavam mais relaxado, a ansiedade constante que corria em suas veias por tudo que veio a acontecer não dava sinais e isso era bom.

Mas tudo que é bom dura pouco, não é mesmo?

Em dado momento, ele começa a ouvir alguns berros vindo do lado de fora da porta e ao tirar os fones de ouvido reconhece a voz de um certo loiro irritadiço chamando por seu nome, aparentando estar impaciente. Ele suspira, ficando um pouco tenso e ansioso de repente, pois já não pensava que o loiro continuaria a se importar tanto consigo, não queria alimentar falsas esperanças, mas seria cruel de sua parte simplesmente ignorá-lo por isso; talvez Katsuki estivesse se esforçando para ser um bom amigo, e isso certamente também contava muito para o ruivo.

— Cabelo de merda, abre essa porra logo ʼpra eu ter certeza de que você tá vivo, senão vou explodir essa merda de novo! — agora é perceptível certo desespero na voz do loiro e isso faz Kirishima se apressar, já sentindo-se culpado por qualquer preocupação que possa ter causado ao outro.

— Eu tô aqui, Bakubro, não precisa se preocupar. — o ruivo explica enquanto abre a porta, a fim de certificar-se de que ele se acalmasse, mas não ficando muito contente ao ver Kaminari, Sero e Ashido junto ao loiro. - Ah, oi gente... — ele não os encara diretamente, sentindo-se constrangido diante de suas presenças.

— Cara, você tá bem?! — Denki não deixa que Katsuki abra a boca para xingar o ruivo, já se pondo na frente do grupo e questionando Kirishima, olhando em seus olhos com preocupação — Você não respondeu às mensagens e nem apareceu hoje!

— Ah eu tô sim... esqueci de responder, foi mal. — Eijirou diz sem vontade, buscando ignorar a segunda pergunta por não ter uma boa desculpa. Estava tenso com as questões que eram postas sobre si.

— Certeza? — é a vez de Mina quase derrubar o loiro elétrico e perguntar, ela segura a face de Eijirou para se certificar de que ele não mentiria.

E isso deixa Kirishima ainda mais sem coragem de responder, tanto que ele apenas fecha os olhos, sorri de uma maneira forçada – mas que consegue enganar os demais, exceto Bakugou – e responde que "sim".

Afinal, ele estava bem, não?

Seu problema já havia sido resolvido...

Será?

Ele quase vacila a expressão ao divagar demais, mas logo se recompõe e responde às perguntas de forma vaga, estranhando o fato de ninguém ali ter mencionado o ocorrido.

Isso era estranho, mas certamente estava se sentindo melhor por não ter que falar daquilo; algo que queria esquecer profundamente. Insistentes como são, a Baku squad acaba convencendo Eijirou a deixá-los entrar, o ruivo se sentindo desconfortável com a presença dos demais – por motivos que ele mesmo desconhecia, afinal, eram seus amigos – mas não os rejeitando por saber que suspeitariam de algo caso fosse recluso demais.

Bakugou não disse muita coisa depois que o trio de idiotas começou a conversar com Kirishima, apenas observando-os em silêncio e resmungando vez ou outra por alguma besteira cometida por um deles.

***

Quase uma hora havia se passado desde que o grupo se instalou no quarto do ruivo, arrebatando todo aquele clima sombrio que se alastrou anteriormente pelo cômodo; as conversas sendo divertidas e usuais, até mesmo fazendo Eijirou se sentir um pouco mais leve, mesmo que aquela animação toda lhe deixasse levemente irritado.

Apenas foram embora quando Bakugou percebeu o incômodo alheio e decidiu espantar o trio – que apenas ignorava os resmungos do loiro, saindo por saberem que Kirishima não estava tão bem assim para aguentar suas baboseira por tanto tempo –, trancando a porta assim que ameaçou explodir Kaminari para fora daquele quarto.

Ainda de costas, o loiro de orbes escarlates ouviu um certo questionamento saindo de Eijirou:

— Você disse pra eles não mencionarem aquilo, né?

Bakugou respira fundo antes de se virar silenciosamente e andar a passos curtos em direção ao ruivo; sua expressão estava neutra, indecifrável. Eijirou, sem nem mesmo levantar sua face, continuou fitando o chão com certo desânimo, sentindo a presença e movimentação ao seu lado assim que o outro se sentou na cama.

— Quero dizer... obrigado por isso, acho que não conseguiria encará-los se mencionassem algo. — Kirishima se apressa em deixar explícito sua gratidão, um sorriso pequeno e tristonho se desenhando em seus lábios enquanto finalmente inclinava a face para encontrar aquele par de orbes flamejantes lhe encarando com intensidade.

Um sorriso também começa a surgir na face de Katsuki, a mistura entre alívio e desânimo gerando aquilo. O silêncio acabou fazendo-o pensar mais acerca do tempo em que Eijirou esteve naquele quarto.

— Você almoçou?

O ruivo pareceu tenso por um instante, demorou-se um pouco até que mexesse a cabeça em negação.

— Ao menos tomou o café da manhã? — a voz grossa e incisiva de Katsuki denunciava sua impaciência.

Novamente, o ruivo acenou de forma negativa.

— Porra, você não comeu nada, Eijirou?

— Eu tô sem fome... — e como se fosse para contrária-lo, seu estômago lhe traiu e roncou. A vergonha tomou-o instantaneamente.

— Você é idiota? — o loiro bufou, incrédulo com aquela atitude. — Por que diabos ficou sem-

— Eu não queria que me vissem. — ele corta Katsuki, apertando os punhos de forma frustrada. — Droga, eu sinto tanta vergonha do que fiz...

Bakugou encarou-o irritadiço e revirou os olhos, bufando frustrado e se levantando. Eijirou encarou seus movimentos e se surpreendeu ao ter sua mão agarrada pelo outro, que puxou-o para se levantar da cama; suas faces se aproximando consideravelmente até o momento em que o loiro encosta propositalmente sua testa na do ruivo, as orbes escarlates mantendo contato visual com uma intensidade absurda.

— Escuta aqui, se alguém te olhar torto ou vir te encher o saco, ele vai ser explodido até o inferno. Não quero você parando de comer por merdas assim, entendeu? — ele dita fervorosamente, não deixando de encarar Kirishima por um segundo sequer.

Apenas quando ouviu um baixo "entendi" saindo dos lábios de Kirishima ele percebeu a situação em que estava, se afastando enquanto escondia a face com o braço.

— Isso não foi estranho, né?

Kirishima ainda estava vidrado naqueles olhos vermelhos, tão profundos e belos, mas saiu do transe com a pergunta, ficando alguns segundos incrédulo por conseguir enxergar certo rubor se espalhando pela face que o loiro tentava esconder.

— Claro que não! — ele se apressa em responder, meio nervoso, mas tentando passar alguma confiança, sorrindo de uma maneira mais alegre ao ter as palavras anteriores repetindo-se em sua cabeça.

***

Kirishima sente-se aliviado ao terminar de devorar o lanche que lhe fora disposto, lambendo os lábios para não desperdiçar um simples pedaço daquela maravilha feita por Katsuki. O loiro conseguiu arrastá-lo para fora do dormitório, até a cozinha; olhares caíram sobre eles e Eijirou se sentiu acuado perante eles, mas Bakugou logo fez como prometeu e levantou sua voz para os demais, gritando de forma ameaçadora.

O ruivo não esperava que o outro fosse cozinhar algo com os poucos ingredientes que sobraram na cozinha, muito menos um lanche tão caprichado como aquele, não deixando a carne – comida favorita de Eijirou – de fora. Ficou agradecido e muito contente, deixando-se imaginar se aquilo se repetirá alguma vez... Kirishima não conseguia evitar de pensar ao lado de Katsuki, aquele tipo de atitude vinda do loiro apenas reforçava seus sentimentos por ele.

— Obrigado pela comida, Bakubro. — ele sorriu para o loiro que apenas o observava comer.

— Não precisa agradecer, idiota.

— Preciso sim, isso tava muito bom! Queria poder comer isso todo dia...

A vontade de Bakugou era gritar "Você pode, caramba!" mas as palavras permaneceram entaladas em sua garganta. Era incapaz de dizer aquilo, ou melhor, não podia, não deveria expor seus sentimentos assim quando sabia que era “quebrado” e não seria capaz de oferecer o melhor de si à Kirishima. Amava o ruivo e queria seu bem, mas tinha medo de poder prendê-lo, de machucá-lo e se machucar caso iniciassem algo.

Se é que poderiam, já que qualquer chance que o loiro poderia ter, aos seus olhos, fora erradicada naquele dia em que cedeu ao descontrole e disse o que não deveria; o que não pensava.

— Bakugou?

— Hm? — percebeu só agora que estava perdido em seus pensamentos, balançando a cabeça para dissipá-los, olhando direito para Kirishima. — O que foi?

— Você parecia pensativo demais, sabe? Foi algo que eu disse?

— Tsc, é claro que não! — ele se apressa em negar, embora fosse mentira. Não pretendia expor nenhuma de suas decisões ao ruivo, queria apenas distraí-lo e descobrir o que quer que estivesse lhe perturbando.

Talvez, apenas talvez, as palavras do outro Eijirou houvessem lhe afetado, sobre ele não saber o que se passava com Kirishima...

Ele, de fato, não sabia, mesmo que seu orgulho fizesse-o negar tal fato.

Queria ajudá-lo, e para isso, teria que descobrir o que tanto poderia perturbar seu amado ruivo.

Não que as coisas com aquela versão sombria estivessem resolvidas, elas estavam longe de ser, afinal... não, essa não é uma informação relevante agora.

— Cabelo de merda. — o loiro chamou-o pelo apelido após ponderar um pouco sobre uma pequena ideia que havia despertado em sua mente; no fim, frustrou-se com sua própria indecisão e agiu por impulso. — Vamos sair?

Eijirou demorou um tempo até conseguir raciocinar sobre a frase que acabou de sair da boca de Katsuki. Ele não estava falando aquilo, não é? Não poderia ser...

Sua face esquentou quase que instantaneamente e seus olhos ficaram arregalados, sua boca também ficou aberta como se estivesse ouvindo algo absurdo – e meio que estava.

— Sair? — ele questiona e vê uma sobrancelha se erguer na face de Bakugou. — Tipo, no sentido...

Sua voz morre lentamente por saber que aquilo era impossível, sequer terminando sua fala antes de ter uma resposta vinda do loiro.

— Não importa, só quero andar por aí porque sei que você adora ser um atoa, então talvez não seja má ideia? Temos bastante tempo. — a resposta evasiva faz um misto de sensações se instaurar no coração de Eijirou, não sabendo se era algo positivo ou não. — Você quer ou não?

— Quero sim! — ele se apressa em responder, mostrando os dentinhos de tubarão em um sorriso singelo e verdadeiro.

Aquilo aquece o peito do loiro e ele quase deixa um sorriso tranquilo escapar, mas para manter sua pose de durão, ele vira a cara e apenas dita um "vamos" enquanto se levanta, põe as mãos nos bolsos e começa a andar em direção à porta principal.

Esteve sendo frio com Eijirou por tempo demais, deveria recompensá-lo de alguma forma.

***

Kirishima abre a porta de seu dormitório, mas não entra antes de virar para Katsuki, mostrando seu melhor sorriso e o agradecendo pela companhia.

— Obrigado por andar comigo hoje, Bakubro! — os dentes pontiagudos eram de grande destaque naquele sorriso. O ruivo não podia evitar de ficar contente, até mesmo repensando sobre o dia divertido que tiveram andando pela cidade, visitando lojas e passando o resto da tarde no shopping. — Foi divertido.

— Tanto faz... — o loiro tenta parecer indiferente, mas a coloração rosada em suas bochechas denuncia sua vergonha em estar sendo exposto àquele sorriso tão lindo e espontâneo. Era isso que desejava do ruivo; uma felicidade genuína. No entanto, ele estava pensando em prolongar um pouco isso; realmente queria passar mais tempo com Eijirou, mas não conseguia encontrar as palavras corretas e nem pedir educadamente. Seria mais vergonhoso. — Já me quer longe tão cedo, é? — decidiu provocá-lo, se arrependendo ao ver o desespero do outro.

— Não é isso, você deve estar cansado de ouvir minha voz o dia todo, então achei que seria mais fácil se eu fosse logo pro meu quarto e-

— Tsc, cala a boca, idiota. — o loiro explosivo o interrompe, adentrando o quarto enquanto o puxa também, fechando a porta e se aproximando do ruivo com cautela, parecendo irritado. — Eu nunca vou me cansar da sua voz.

Isso já é suficiente para a face de Kirishima adquirir um tom mais vermelho, denunciando sua completa surpresa e felicidade que haviam surgido com aquela frase. Obviamente, não passou despercebido pelos olhos atentos de Katsuki, mas ele decidiu não esboçar nenhuma reação; quase deixou seus sentimentos óbvios demais ao ruivo. Não deveria continuar fazendo isso.

Não demora muito para que o loiro se afaste e sente-se no chão, encostando-se na cama do outro e apenas o encarando silenciosamente, como se aguardasse por alguma ação.

— B-bem, se você quer ficar, não tem problema nenhum, Bakubro — sua voz falha, mas isso não o abala por muito tempo. — Eu só vou tomar b-banho antes, tá? — memórias do dia onde tudo aconteceu com sua outra versão passam por sua cabeça e ele sente a vergonha o corroer, apenas balançando a cabeça para dissipá-la e andando até o banheiro apressado.

Talvez fosse se arrepender de não ter levado nenhuma roupa consigo.

Bakugou apenas acenou em silêncio e apoiou a cabeça na cama, pensando nos acontecimentos do dia, refletindo sobre seus próprios sentimentos e as palavras que o moreno dissera à si anteriormente sobre o 'verdadeiro' Kirishima.

Estava tentando conquistar a confiança do ruivo aos poucos, mas seu jeito rude de agir acabava estragando o pouco que conquistava. Perguntava-se frequentemente como Eijirou era capaz de aturá-lo daquela forma, alguém tão impaciente como ele.

Tinha um medo extremo de expor o que sentia, ele não podia. Sentia que só seria um atraso na vida do ruivo caso o fizesse, por mais que seu orgulho fosse enorme e marcado em seu ser, havia coisas das quais se envergonhava, que via como algo quebrado dentro de si. Kirishima provavelmente iria querer fazer coisas que o loiro não se via muito confortável fazendo e isso os tornava incompatíveis, na visão de Katsuki.

E ainda tinha a maldita dúvida que deixava-o confuso; o ruivo gostava dele daquela forma? Antes isso estava mais que óbvio, com aqueles olhares discretos e cheios de admiração que recebia durante as aulas e treinos, a vergonha que ficava exposta nas bochechas do ruivo quando o loiro falava algo que soava minimamente gentil, mas agora, isso estava ficando cada vez menos frequente e Bakugou sentia que já era tarde demais.

Imaginava se aquilo que falou naquele dia poderia ser a causa de tudo.

Se ao menos não houvesse se exaltado e respondido de uma forma menos ignorante, o ruivo não estaria tão distante de si.

Seus pensamentos são interrompidos ao ouvir a porta do banheiro se abrindo; seu olhar recai sobre a figura praticamente desnuda – se não fosse pela toalha em sua cintura – se esgueirando até o guarda-roupa com certa pressa. Notou a vermelhidão que tomava a face alheia e não se conteve em brincar um pouco com a situação, já que o clima estava tenso demais.

— Esqueceu suas roupas? — ele vê Kirishima mexendo a cabeça em concordância e acaba deixando um sorriso escapar. — É um idiota mesmo.

— Ei, foi porque eu ʼtava distraído, tá? — ele se vira para e o encara com uma falsa indignação.

— Com o quê? — Bakugou ergue uma sobrancelha em dúvida e sente o sorriso intensificar ao ver o rapaz de fios vermelhos virar-se rapidamente.

— N-nada.

O loiro decide parar com os questionamentos e dedica parte de sua atenção em observar o ruivo à sua frente buscar roupas confortáveis nas gavetas do guarda-roupa. Eijirou era bonito, um fato inegável e irrefutável – xingava o ruivo aos montes quando este ousava negar isso –, sentia uma imensa vontade de afagar aqueles fios rubros e ver o quão macios poderiam ser, mas eram coisas desse tipo que sentia e nada além. Não tinha vontade de agarrá-lo, beijá-lo com avidez ou qualquer outra ação que incitasse algo sexual.

Isso... era algum problema seu?

Era o que perguntava-se constantemente e lhe deixava ansioso. Ele amava Kirishima, até demais, mas não conseguia sentir o que outras pessoas sentiam a mais quando estavam apaixonadas por alguém.

Vendo o quanto Kirishima reagia ao seu corpo, ficando envergonhado e até mesmo duro naquela situação extremamente constrangedora, imaginava qual seria a reação dele ao saber sobre esse seu lado "quebrado".

Mas ele não pretendia contar, de qualquer forma.

Kirishima sentia que sua face estava a ponto de pegar fogo apenas com a observação alheia. Podia sentir as orbes escalates queimando em suas costas de uma forma intensa, fazendo-o tentar adivinhar o que poderia estar passando na mente para observá-lo de modo tão incisivo.

Quando conseguiu se concentrar o suficiente para escolher algumas roupas, não perdeu mais um segundo antes de correr para dentro do banheiro novamente, sem nem olhar para trás a fim de evitar mais constrangimento. Seu coração pulsava acelerado e ansiedade o corroía. Esperava não ter deixado tão óbvio seu desespero em estar semi-nu na frente de Katsuki.

Após isso, o resto da noite se passou mais rápido, onde Eijirou decidiu perguntar algumas coisas relacionadas a certos conteúdos ao loiro, recebendo xingamentos em troca, mas tendo seu pedido atendido.

Ao menos isso estava normal entre eles e era grato por tal.

**********

Música citada no capítulo:

Meteor Shower – Cavetown

Bem, o capítulo foi curto em comparação aos outros, mas espero que tenha ficado bom :)

Eu já consegui planejar mais ou menos uns 4 capítulos e espero que siga tudo de acordo com o planejado.

Obrigado por lerem e até mais!

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