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3 • Mentiras

Demorou um pouquinho, mas consegui prosseguir mais um pouco.

Boa leitura! :)
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- Ei, cabelo de merda! - Eijirou ouviu a voz rouca lhe chamar enquanto colocava sua mochila na carteira. - Tem alguma merda rolando com você?

O coração do ruivo falhou uma batida com aquela pergunta tão certeira, mas Kirishima abriu um sorriso e negou.

Quer tanto me esconder, Eijirou? Não acha que é egoísta? Não... você sabe que é. Até me proibiu de sair do quarto para não me verem, mas tem consciência de que posso ver tudo que faz, estando aí fisicamente ou não.

- Tem certeza? Não que eu me importe, mas porra... - desviou o olhar, não querendo parecer tão preocupado. Não queria que Eijirou notasse sua preocupação extrema, que denotava sua paixão descontrolada pelo ruivo. - Você não veio ontem.

- Ah, verdade! Eu sinto muito Bakubro, eu acabei dormindo. - respondeu coçando a nuca, rindo de seu próprio erro. Que péssima desculpa, Eijirou, você só conseguiu dormir por duas horas antes de estar aqui. - Foi mal mesmo, bro. Eu vou hoje, beleza?

Katsuki estreitou os olhos, um pouco desconfiado da veracidade de tais palavras, mas não conseguindo ver além daquele sorriso falso que jazia na face alheia. Bufou, demonstrando-se irritado com o quão esquecido Kirishima era, por tê-lo preocupado tanto, e enfim fez um leve manear de cabeça para confirmar de que compreendera.

Não dói mentir para aquele que você ama, Eijirou?

Bakugou então tratou de voltar à sua mesa, olhando para Kirishima discretamente e tentando captar alguma falha naquela tranquilidade toda que este exibia. Era difícil fazer isso quando o ruivo estava sorridente o tempo inteiro.

É difícil perceber a mentira quando esta se iguala à verdade.

Eijirou apenas permaneceu sorrindo, fazendo algumas caretas usuais no decorrer das aulas por estas abordarem matérias que ele não compreendia com facilidade. Mas era melhor frustrar-se com algo como matérias da escola do que seu próprio eu desprezível que lhe esperava dentro do quarto. Desejou aquela madrugada que tudo fosse apenas um pesadelo, que aquele garoto que lhe perturbava tanto não estivesse ao seu lado quando acordasse, mas apenas sentiu outra fisgada de ódio ao deparar-se com a figura morena lhe dando bom dia como quem não quer nada, como se não houvesse tentando lhe arrancar alguma coisa ruim na noite anterior.

"O que ele quer de mim?" pensou por um momento, mas não obteve resposta. Não uma que estivesse ouvindo, ao menos.

Só quero que pare de fingir, Eijirou. É muito simples!

***

As aulas acabaram e a hora do almoço havia chegado. Bakusquad era o grupo qual Eijirou pertencia, e embora não fosse de aprovação de Katsuki, ele e seus amigos adoravam aquele nome, pois deixava o loiro irritado.

Kirishima estava fazendo o que sabia de melhor; conversar. Diria que é uma verdadeira borboleta social que gosta de compartilhar situações engraçadas ou interessantes que tenham ocorrido com si, mas neste momento apenas comentava sobre as idiotices que Sero e Kaminari aprontaram por aí, já que a última situação que ocorreu com ele não era algo que gostaria de compartilhar. Pelo contrário, queria esconder seu "eu" de todos, não deixar que o vissem. Não daquele jeito, não com aquela aparência de perdedor e não com aquela personalidade perturbadora.

Não quer que te vejam dessa forma, é isso, Eijirou.

- Kiri, você tá bem? - Ashido questionou e ele apenas mostrou seu sorriso despreocupado, afirmando que estava tudo ótimo. - Conta sobre seu dia aí vai, deve ter acontecido algo interessante no seu estágio!

De fato, aconteceu, mas ele não quer contar. Eijirou não quer que saibam sobre seu lado podre estar andando por aí...

Eijirou engoliu em seco com aquele pedido e o medo ficou evidente em seus olhos, ao menos para um certo loiro de fios espetados que mantinha sua atenção centrada nele naquele exato momento. Katsuki dedicou mais atenção a Kirishima desde a conversa de manhã, queria ter absoluta certeza de que estava apenas sendo preocupado demais - coisa que até condenava, já que não queria admitir estar apaixonado por alguém estúpido como Eijirou.

Ele negava tanto que quando a pergunta sobre ser gay o pegou de surpresa, ele negou de uma forma que se arrependia. Uma que Eijirou viu, e que não pareceu gostar.

Deixaria estes pensamentos de amargura para mais tarde, afinal, Kirishima estava ali dizendo prováveis mentiras e queria confirmar isso.

- Não aconteceu nada tão legal, eu só resgatei algumas pessoas depois de um ataque de um vilão que não deu pra combater a tempo. - explicou, lembrando do dia anterior com mais detalhes - E bem, nada tão incrível ou estranho aconteceu, foi só um dia normal. - forçou uma risada enquanto fechava os olhos.

Nada?

- Tá bem então - a garota disse, se convencendo da mentira tosca. Nem todos são capazes de te olhar no fundo e perceber que a verdade não jaz em suas palavras. - E você Kami, algo legal aconteceu?

Então o foco do assunto na mesa foi para Kaminari contando sobre seu segundo dia de estágio qual finalmente fora convocado, se exaltando de suas besteiras e arrancando risadas dos outros, até mesmo de Kirishima.

Às vezes, suas risadas são verdadeiras, mas não significa que as falsas não estejam aí também.

Katsuki era o único que não ria de nada, só mostrando um sorriso de canto com o quão ridículos seus amigos conseguiam ser e chamando Kaminari de burro, como sempre. Ele não gostou com o foco sendo retirado de Kirishima, mas se contentou com isso ao constatar que Eijirou sorria de uma forma um pouco mais verdadeira com as conversas quais estavam imersos no momento.

***

O fim da tarde chegou, e Eijirou esteve no estágio até então. Dessa vez, houve uma luta contra alguns vilões, mas nada que não dessem conta. Eijirou estava no vestiário da agência, colocando roupas normais para retornar à U.A. quando foi abordado por Fatgum e Tamaki.

- Kirishima, conseguiu descobrir algo sobre... aquele garoto que também é você, ou algo do tipo? - Tamaki questionou ao ruivo, que mais uma vez se encontrou tenso.

- Estamos procurando pelo responsável da individualidade que fez isso com você, mas precisamos saber com mais exatidão o que ela faz. Se puder nos dizer o que descobriu...

- Ah, bem, eu não sei ainda o que ele é, ele fala algumas coisas estranhas, sabe? - os outros dois demonstraram-se preocupados. - Não é nada de preocupante! - Será que eles vão cair nessa? - Mas eu prometo que vou tentar descobrir o mais rápido possível, obrigado pela ajuda! - e curvou-se diante do adulto, que disse que tal educação não era necessária, se contentando com a desculpa esfarrapada de Kirishima e dando um prazo para que descobrisse.

Depois disso, Kirishima seguiu normalmente para a U.A. cansado, entrando em seu quarto e se lembrando na hora de sua outra versão ao vê-la sentada na cama, olhando em sua direção com certo tédio nos orbes. Suspirou, já se sentindo irritado por aquela presença - não tendo certeza do porquê - e começando a ir para o banheiro do quarto para tomar um bom banho, mantendo em mente que iria ao quarto de Katsuki para estudar. Assim que pôs os pés na porta do banheiro, foi impedido de adentra-lo por uma mão que firmou-se em seu ombro.

- Você sabe que se não aceitar quem eu sou, não vai poder se livrar de mim, não é? - perguntou e a tensão retornou aos ombros de Kirishima, fazendo-o virar a face para encarar o moreno. - Tamaki e Fatgum querem te ajudar, mas você continua sendo egoísta.

- Como você sabe disso?

- Eu sou você, não entende isso?

- Tá, eu saquei. - respirou fundo, não querendo surtar com a dor de cabeça que lhe perseguia. - Eu preciso tomar banho agora, então por favor, me deixa.

E assim o moreno fez. Retirou sua mão do ombro alheio e permaneceu o encarando sem sentir algum pudor ao vê-lo retirando a camisa enquanto fechava a porta do cômodo.

Até meu olhar te incomoda? Por que me odeia tanto assim?

O moreno então sentou na cama, esperando pelo retorno do ruivo, pensando em como fazê-lo admitir o que queria, vendo a negligência de Kirishima durante o banho sobre se abalar com sua presença. Riu fracamente e se sentiu um pouco tonto, uma fraqueza percorreu seu corpo, fazendo-o se deitar na cama.

O ruivo saiu do banheiro com uma toalha envolta de cintura enquanto seu olhar ia até o moreno. Ele parecia estranho, sentia algo estranho vindo dele, mas apenas ignorou, pois, aquele garoto era estranho de qualquer forma.

Pegou algumas roupas e as vestiu rapidamente, indo pegar seu celular que deixara na estante ao lado da cama e percebendo que a expressão do outro garoto não era das melhores.

- Ei cara, tá tudo bem? - se curvou para vê-lo mais de perto, constatando que o menor estava praticamente passando mal.

- Não está. - aquela sinceridade era o que mais lhe deixava aturdido - Eu me sinto fraco.

Mas será que você se importa com isso?

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